999 resultados para Região da Rua 25 de Março
Resumo:
Foram mostrados alguns aspectos sobre a ecologia de 11 espécies de Culicidae que procriam em recipientes, em uma área urbana do Sul do Brasil. Os mais variados tipos de recipientes foram listados como eficientes criadouros para larvas de culicídeos. Aedes aegypti apareceu como espécie recém-introduzida e limitada somente a duas áreas da cidade. As espécies predominantes foram: Culex quinquefasciatus, Culex coronator, Aedes aegypti, Aedes fluviatilis e Limatus durhamii.
Resumo:
Por meio de estudo retrospectivo, descreve-se a casuística referente aos atendimentos prestados a acidentados de trânsito, em 1988, em hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, RS - Brasil. Os dados utilizados foram fornecidos pelo Setor de Documentação e Estatística do hospital estudado (n=6.099). Os resultados encontrados, similares àqueles descritos na literatura, chama especial atenção pela predominância do sexo masculino (69,2% do total de atendimentos), pela concentração dos acidentados na faixa etária dos 20 aos 39 anos (52%) e pela freqüência com que a cabeça é acometida (49,6% dos pacientes). Lesões severas como contusões e fraturas foram encontradas, respectivamente, em 61,5% e 24,2% dos pacientes. Os dados revelam, ainda, o elevado número e a gravidade das lesões resultantes de atropelamentos, os quais foram responsáveis por 32,7% do total de atendimentos por acidentes de trânsito, 57,2% das internações hospitalares, 54,6% dos atendimentos de menores de 9 anos e 42,8% dos acima de 60 anos.
Resumo:
Coorte constituída por 4.876 crianças nascidas vivas, em hospitais do Município de Maringá-PR (Brasil), em 1989, foi acompanhada com a finalidade de estimar a probabilidade de morrer no primeiro ano de vida. As variáveis de estudo foram sexo, peso ao nascer, idade da mãe, subgrupos etários e causa básica de morte. A probabilidade de morte no primeiro ano de vida foi estimada em 19,9 por mil, sendo que 77,3% dos óbitos ocorreram no período neonatal. As causas perinatais, juntamente com as anomalias congênitas, responderam por mais de 80% dos óbitos, e as doenças infecciosas e parasitárias, por apenas 1,1%. A probabilidade de morrer no primeiro ano de vida devido às afecções originadas no período perinatal foi superior nas crianças nascidas de parto normal (20,3 por mil) em relação à das nascidas por cesárea (9 por mil). O risco de morrer foi maior nos filhos de mulheres adolescentes, nas crianças nascidas com peso inferior a 2.500g. Os resultados chamam a atenção para a necessidade de melhorar a qualidade da assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido e sugerem possível associação entre maior mortalidade e pior nível socioeconômico.
Resumo:
Foram apresentados os principais resultados do estudo de prevalência de síndrome cerebral orgânica, realizado na cidade do Rio de Janeiro, com a população idosa. A partir de um conjunto de indicadores foram selecionados três distritos: Copacabana, Méier e Santa Cruz. No de Copacabana foi realizado o estudo de validação e confiabilidade do instrumento de diagnóstico. Os resultados de prevalência em Copacabana, Méier e Santa Cruz para síndrome cerebral orgânica foram de 5,9%, 9,8% e 29,7%, respectivamente. Várias hipóteses foram formuladas para resultados tão díspares em uma mesma cidade. São apresentadas associações com vários indicadores socioeconômicos. Idosos com perda de autonomia e dependência são fortemente associados à síndrome cerebral orgânica.
Resumo:
Caracterizou-se a mortalidade neonatal de residentes em Maringá -Paraná, no ano de 1990, segundo algumas variáveis. O material de estudo constituiu-se de 87 óbitos. Foram utilizadas informações retiradas das declarações de óbito, dos prontuários hospitalares, das entrevistas domiciliares, dos prontuários dos núcleos integrados de saúde e dos laudos de necrópsia. O coeficiente de mortalidade neonatal foi de 19,4 por 1.000 nascidos vivos. A maioria dos óbitos ocorreu na primeira semana de vida (92,0%), em recém-nascidos com menos de 37 semanas de gestação (79,8%), em crianças com baixo peso ao nascer (74,1%), em recém-nascidos do sexo masculino (56,3%) e em crianças nascidas através de cesariana (54,2%). As causas básicas de óbito foram codificadas de acordo com a Classificação Internacional das Doenças - 9ª revisão. As Causas perinatais juntamente com as Anomalias congênitas responderam por 94,0% dos óbitos neonatais. As Causas perinatais foram responsáveis por 83,2% dos óbitos neonatais, onde a prematuridade ocupou o primeiro lugar, causando 15,8% das mortes. Constatou-se, também, que a prematuridade foi a causa associada mais freqüente dos óbitos de recém-nascidos (59,0%).
Resumo:
Estudaram-se os atestados de pessoas falecidas no Estado de São Paulo, Brasil, em 1987, cuja causa básica foi a cardiopatia chagásica, com a finalidade de conhecer a informação adicional que está presente no atestado como "causa contributária". Foram analisadas as informações existentes em 1.308 Declarações de Óbito. As causas contributárias foram identificadas e registradas a partir de uma leitura direta do atestado. Foram identificadas 261 Declarações com causas contributárias (20%), sendo 185 com apenas uma causa registrada e 75 com duas. As seis primeiras causas foram: megas, embolias, doença pulmonar crônica, infecções (exceto doença de Chagas), hipertensão arterial e desnutrição. Analisando a presença das causas contributárias no subgrupo de menores de 50 anos e de 50 anos ou mais, constatou-se uma maior proporção no grupo mais idoso e um perfil diferenciado de causas em cada subgrupo. As causas contributárias não apresentaram associação com sexo e local de residência.
Resumo:
A pesquisa de aglutininas anti-Leptospira, pela técnica de soroaglutinação microscópica, em soros de trabalhadores dos serviços de águas, bueiros e galerias, esgotos, coleta de lixo e limpeza pública, do Município de Pelotas, RS, Brasil, revelou 10,4% de reagentes a um ou mais sorovares; não houve diferenças significantes entre as proporções de reagentes de cada um dos setores de trabalho. Foram identificados 12 sorovares diferentes; castelonis e australis, apesar de mais freqüentes, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes com os demais. Constatou-se que 86,9% das amostras apresentavam títulos aglutinantes compreendidos entre 100 e 400; as proporções de soros com títulos iguais a 100 e 400 foram superiores às dos títulos 800, 1.600 e 3.200 (p < 0,05).
Resumo:
Durante um ano de coletas de culicídeos no Município de Querência do Norte, no Estado do Paraná, Brasil, utilizando-se isca humana e armadilhas de Falcão, investigou-se a composição faunística, a sazonalidade, o horário de maior densidade, a afinidade ao hospedeiro humano c a presença desses dípteros em abrigos de animais domésticos. De junho de 1989 a maio de 1990 foram coletados 5.923 mosquitos dos gêneros Aedes, Aedomyia, Coquillettidia, Culex, Mansonia, Psorophora, Sabethes e Uranotaenia. Identificaram-se 32 espécies de culícideos, dentre as quais Aedes scapularis, Anopheles albitarsis, Aedomyia squamipennis, Coquillettidia lynchi, Mansonia titillans e Coquillettidia venezuelensis tiveram maior prevalência, tendo sido capturados em grande número em isca humana, exceto Aedomyia squamipennis que compareceu sobretudo em abrigos de animais domésticos. O horário de maior atividade foi entre 18 e 19 horas e o mês de maior densidade foi o de abril, considerando-se o conjunto dos insetos capturados.
Resumo:
Para determinação de mercúrio presente como contaminante nas águas sanitárias usadas para desinfecção de água e alimentos, foi proposto um tratamento de amostra com ácido clorídrico para eliminação do cloro. A técnica de espectrofotometria de absorção atômica com gerador de vapor utilizada para quantificação do mercúrio apresentou uma recuperação de 103%. Foram analisadas 69 amostras de águas sanitárias de 35 diferentes marcas, comercializadas no Estado de São Paulo. Os valores obtidos para a mediana e nonagésimo percentil foram respectivamente: 15 e 67 ug/L. Pelas concentrações de mercúrio encontradas nas águas sanitárias, verificou-se que, usando as quantidades recomendadas para descontaminar água, frutas e hortaliças, o mercúrio residual não apresenta riscos à saúde, situando-se dentro dos valores estabelecidos pela legislação em vigor.
Resumo:
Foi estudada transversalmente uma amostra de 10% dos pacientes que consultaram em dois Postos de Assistência Primária à Saúde da Cidade de Pelotas (RS), Brasil, com o objetivo de avaliar, qualitativamente, o cuidado à saúde que estava sendo oferecido. Através de entrevistas domiciliares, 15 dias após a consulta, a resolução do problema (cura ou melhora) foi alcançada em 87,9% dos pacientes. A satisfação do paciente ou de seu responsável, no caso de consultas pediátricas, foi observada em cerca de 90% dos casos e esteve associada estatisticamente com a resolução do problema (p = 0,04). Observou-se associação entre resolutividade e disponibilidade de medicamentos no Posto. Os pacientes que receberam todo ou pelo menos parte do tratamento tiveram uma probabilidade 33% maior de terem seu problema resolvido. A satisfação dos profissionais mostrou-se linearmente associada com a percepção de melhor relação profissional-paciente (RP = 3,48; IC 95% 2,17 - 5,59) e com a expectativa de melhor prognóstico para o paciente (RP = 1,99; IC 95% 1,36 - 2,91).
Resumo:
Realizou-se análise exploratória das taxas brutas de mortalidade por causas externas, nos municípios da Baixada Fluminense e no Município do Rio de Janeiro, Brasil, no período de 1979 a 1987. Objetivou-se verificar a tendência da mortalidade na área e período especificados para investigar a premissa de que a violência vem crescendo. Os resultados obtidos mostraram que as taxas de mortalidade apresentaram tendência de crescimento não linear ao longo de todo o período. Observou-se decréscimo de 1979 a 1983, seguido de crescimento a partir de 1984 quando as taxas atingem patamares mais elevados.
Resumo:
Foram estudados 283 idosos do sexo masculino e feminino pertencentes ao projeto multicêntrico "Identificação de Necessidades dos Idosos Residentes em Zona Urbana do Município de São Paulo", estratificados por nível socioeconômico em três regiões do Município de São Paulo, SP - Brasil. Utilizou-se o método de freqüência de alimentos para se obter o padrão alimentar do grupo analisado. Os resultados indicam que no grupo de alimentos energéticos, mais de 90% dos indivíduos das três regiões ingerem feculentos, arroz, pão e macarrão; porém, apenas o arroz e o pão são utilizados diariamente. Quanto ao grupo de alimentos protéicos, 70% ou mais dos idosos consomem feijão, carne de boi, aves, leite e ovos, entretanto, no consumo diário, existe uma diferenciação entre as regiões analisadas. Dos reguladores, mais de 85% dos indivíduos têm por hábito consumir frutas, verduras folhosas e legumes, mas, ao se avaliar o consumo diário, verifica-se que a prática é maior na região de melhor nível socioeconômico. As informações dietéticas mostram que os idosos analisados apresentam o mesmo padrão alimentar de outros grupos populacionais no tocante aos alimentos energéticos, porém, diferem quanto aos protéicos e reguladores.
Resumo:
Foi realizado em Pelotas, RS, Brasil, estudo de intervenção randomizado, para a promoção do aleitamento materno. Grupo de 450 mães e lactentes foram visitados em casa aos 5, 10 e 20 dias após o nascimento, e comparados com um grupo-controle do mesmo número. Noventa e dois por cento das famílias no grupo de intervenção receberam as três visitas planejadas. A avaliação do padrão de aleitamento materno e causas de desmame aconteceu seis meses depois do nascimento para ambos os grupos. Noventa e quatro por cento do grupo de intervenção e noventa e dois por cento do grupo-controle foram encontrados na visita de avaliação. A intervenção aumentou a duração do aleitamento (mediana de 120 dias no grupo de intervenção, contra 105 dias no grupo-controle; p=0,03) e retardou a introdução do leite artificial (mediana de idade de 90 dias no grupo de intervenção e 60 dias no grupo-controle; p=0,01). As causas de desmame foram classificadas como subjacentes, intermediárias, e imediatas. A causa subjacente mais comum foi "o bebê chora muito", sugerindo que as mães devem ser instruídas a respeito dos padrões normais de comportamento do lactente nas primeiras semanas de vida, em particular da necessidade que a criança tem de chorar e o fato de que isto, não necessariamente, significa fome.
Resumo:
Foi realizado estudo com o objetivo de verificar a prevalência da anemia em crianças atendidas nas unidades básicas de saúde do Estado de São Paulo, Brasil. Foram estudadas 2.992 crianças de 6 a 23 meses de idade, atendidas dentro da demanda espontânea, em 160 unidades de saúde de 63 municípios das 5 Coordenações das Regiões de Saúde do Estado (CRS). O sangue foi coletado por punção venosa, e a hemoglobina dosada pelo método da cianometa-hemoglobina. Utilizou-se o critério da Organização Mundial de Saúde para caracterizar a anemia (Hb < 11,0 g/dl.). Detectou-se que 59,1% das crianças eram anêmicas, sendo que a prevalência variou entre 47,8% e 68,7% nas 5 CRS. A CRS-1, que compreende a Região Metropolitana da Grande São Paulo, apresentou prevalência de anemia significantemente inferior à observada nas 4 CRSs que se situam no interior do Estado. Encontrou-se níveis de hemoglobina inferiores a 9,5 g/dl em 25,1% das crianças. A anemia atingiu mais as crianças do sexo masculino, as que nasceram com peso inferior a 3.000 g, as que foram amamentadas por um período inferior a 2 meses e as que apresentavam algum grau de desnutrição energético-protéica, segundo o critério de Gomez.
Resumo:
O "problema de nervos" surgiu como tema de estudo durante inquérito de morbidade referida, quando foram entrevistados 93 adultos, lavradores, em 25 comunidades rurais da região serrana do Estado do Espirito Santo, Brasil, sobre os problemas de saúde nas últimas 48h. Dentre os entrevistados, 30% relataram "problema de nervos" para si e/ou familiares, o que resultou em 34 depoimentos sobre esse problema distribuídos proporcionalmente entre colonos e proprietários e entre os sexos. Em 11 relatos (32%) o excesso de trabalho aparece como desencadeador privilegiado de "nervos". Em 88% dos casos, o uso de pelo menos uma dentre 26 drogas psicotrópicas referidas é regular, sendo a dependência explicitada em 47% deles. A referência a esses remédios sobrepõe-se ou substitui a descrição do problema em 18 relatos (53%), refletindo a introjeção do discurso e práticas médicas pela população. A fragilidade dos limites entre normal e patológico, evidente nas descrições de "nervos" obtidas, reforça o caráter de síndrome interpretada culturalmente. O consumo de calmantes concorre para a manutenção de "nervos" como fenômeno individual e do "nervoso" no papel de "doente crônico", obscurecendo os motivos de seu sofrimento. A facilidade de obtenção das drogas é discutida em relação aos macro-determinantes do consumo de medicamentos.