953 resultados para Modulação de largura de impulso
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Esta dissertao apresenta os resultados de uma anlise experimental de um pavimento flexvel solicitado por um simulador de trfego linear. A pista experimental (com 20 m de comprimento e 3,5 m de largura) tem uma estrutura representativa de pavimentos existentes no Rio Grande do Sul: camada final de terraplenagem de argila latertica, sub-base de macadame seco, base de brita graduada, camada de concreto asfltico de 4 cm trincada e recapeamento, tambm em CBUQ, de 5 cm. A pista foi dividida em trs regies, sendo que em duas a camada trincada e o recapeamento foram ligados por mantas geotxteis impregnadas de asfalto. O trfego foi aplicado ao longo de duas faixas. A Faixa A, com 70 cm de largura, foi ensaiada entre setembro e dezembro de 1999, sendo aplicados cerca de 50.000 ciclos de carga de eixo de 100 kN e mais de 30.000 cargas de eixo de 120 kN. A Faixa B, com 100 cm de largura, foi ensaiada entre maio de 2000 e maro de 2001, aplicando-se cerca de 345.000 ciclos de carga de eixo de 100 kN. Ao longo do perodo de ensaio foram medidas deflexes, bacias de deformao e deformaes permanentes (afundamentos nas trilhas de roda e irregularidade longitudinal). Os parmetros ambientais foram monitorados e mediram-se temperaturas do pavimento em duas profundidades da camada asfltica. Os resultados do estudo explicitaram a influncia marcante da temperatura do pavimento na deformabilidade plstica do concreto asfltico. O aumento da temperatura e da carga de eixo na Faixa A tambm resultou em aumento das deflexes, sugerindo o incio da fase de fadiga. Esse comportamento no foi observado na Faixa B, na qual o trfego ocorreu em condies de temperatura controlada No se observou reflexo de trincas, sequer na regio sem camada intermediria. Entretanto, a extrao de placas mostrou a eficincia do geotxtil no desvio na direo de propagao das trincas, retardando a reflexo das mesmas atravs do recapeamento asfltico. Tambm se observou que o geotxtil confinou a fluncia do concreto asfltico na camada de recapeamento, evitando danos s camadas inferiores. Finalmente, prope-se nesta dissertao modelos estatsticos de grande significncia que permitem estimar a temperatura no interior do pavimento em funo da temperatura do ar e da irradiao solar.
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O Parque Estadual de Itapu considerado a ltima rea representativa dos ecossistemas originais da regio metropolitana de Porto Alegre, sendo que nos ltimos 11 anos somente foi permitida a entrada de pesquisadores em suas dependncias. Aps este longo perodo em que esteve fechado, o Parque voltar a receber turistas no incio de 2002, sendo que os principais destinos sero as praias. Dentre as oito praias existentes na rea, somente trs sero abertas visitao, sendo a Praia de Fora a maior delas e a nica voltada para a Lagoa dos Patos. Com objetivo de fornecer subsdios para o gerenciamento da Praia de Fora, efetuou-se a anlise de uma srie de parmetros morfodinmicos consagrados na literatura mundial, aprimorando o nvel de conhecimento desta praia e suas relaes com a Lagoa dos Patos. Para tanto, utilizou-se os modelos de praias de Banco nico e de Bancos Mltiplos da chamada Escola Australiana com a aplicao dos seguintes parmetros: Parmetro Adimensional Omega (), Omega Terico (terorico), Parmetro de Banco (B), Declividade da Face de Praia (Tang ) e Parmetro Dimensionador de Surfe (surf scaling parameter). Outros modelos utilizados foram o Perfil de Equilbrio de DEAN (1973), o modelo de Transporte Longitudinal dos sedimentos da zona de surfe, (SPM, 1984), o Limite Externo e Limite Interno (Profundidade de Fechamento) e o modelo de Sentido Preferencial de Transporte Perpendicular (SUNAMURA & TAKEDA, 1984). Alm destes, optou-se por realizar uma anlise temporal da variao da linha de praia da Praia de Fora no perodo entre 1978 e 2001. Os resultados obtidos indicam um ambiente com uma grande variao energtica anual, sendo que a largura da face praial apresentou variaes de at 16 m e a declividade de 2,8 a 11.3. A anlise dos parmetros morfodinmicos indicou uma praia com grande alternncia de estgios morfodinmicos, que reflete a presena de uma zona de transporte de sedimentos muito intenso por ao de ondas at a profundidade de 0,90 m, uma zona de transporte significativo entre 0,90 e 5 m e uma zona de transporte incipiente para as profundidades maiores que 6 m. O transporte no sentido longitudinal, apresenta uma bidirecionalidade com uma pequena resultante para SE e em sentido transversal apresenta uma maior incidncia de transporte da zona de surfe para a antepraia, caracterizando setores erosivos na Praia de Fora. Estes setores erosivos foram detectados em 58% da extenso da Praia de Fora com uma taxa mdia de 3,75 m por ano. J em 14% da extenso da praia foi observado acreso e em 28% da praia no houve variao significativa da posio da linha de praia. As taxas mdias de deposio chegaram a 1,75 m por ano. A sistematizao de todos os resultados permitiu a elaborao de subsdios para o gerenciamento da Praia de Fora. So eles: anlise dos riscos para a segurana de banhistas na praia, manejo de dunas, restries a explotao de areia de fundo nas adjacncias da Praia de Fora e delimitao submersa do Parque de Itapu junto cota batimtrica dos 6m. Esta delimitao aumentaria em aproximadamente 10.920 hectares ou 196 %, a rea atual de preservao do Parque de Itapu.
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O roedor subterrneo tuco-tuco Ctenomys minutus (Rodentia, Ctenomyidae) habita campos arenosos da Plancie Costeira do RS. Esta espcie uma das cinco existentes no Rio Grande do Sul (Brasil), ocorrendo desde o Farol de Santa Marta (SC) at So Jos do Norte (RS). O objetivo deste trabalho foi descrever a biologia populacional de C. minutus e desenvolver um mtodo para classificao etria individual que utilize medidas corporais de fcil obteno em campo. Foram realizadas 22 campanhas de amostragens em 14 meses em trs locais de amostragem. Foram capturados 191 animais (73 machos e 118 fmeas) e foram obtidas 39 recapturas ao longo do estudo. Os animais foram capturados com armadilhas Oneida Victor n 0, anestesiados, marcados e soltos aps serem tomadas medidas corporais de peso, comprimento total, comprimento da cauda e largura do dente incisivo. Durante os trabalhos, foram registradas evidncias de atividade nas tocas, indicadas pelo bloqueio das aberturas das tocas aps a colocao das armadilhas. Foi desenvolvido um mtodo de classificao etria com base em diagramas de disperso de pontos entre medidas corporais e sua associao com estado reprodutivo de fmeas. Os resultados demonstram que a utilizao de pelo menos duas medidas corporais, associadas s informaes de estado reprodutivo permite a construo de um diagrama consistente com os dados biolgicos obtidos em campo. Com base nesta constatao, proposto o Diagrama de Classificao Etria que pode ser utilizado para quaisquer duas medidas, associado a dados de estado reprodutivo, podendo ser adaptado para outras espcies de tuco-tucos Entretanto, o mtodo deve ser aperfeioado para machos, possivelmente a partir de informaes sobre estruturas reprodutivas internas. As classes etrias utilizadas foram jovem, subadulto e adulto. As fmeas foram classificadas quanto ao estado reprodutivo em no perfurada, perfurada, cicatrizada e prenhe. O estado reprodutivo de machos no foi determinado porque estes no possuem testculos aparentes. A populao de C. minutus estudada foi composta por 84,8 % de adultos, 9,4 % de subadultos e 5,8 % de jovens, com razo sexual nas fases jovem e subadulta de 1:1 e na fase adulta de 0,5 machos:1 fmea. H uma poca preferencial de acasalamento nos meses de inverno e de nascimentos no final do inverno e primavera. Entretanto, ocorrem indivduos com atividade reprodutiva durante todas as estaes do ano, porm em menor nmero. Ctenomys minutus atinge a maturidade sexual com aproximadamente seis ou sete meses de idade, com o comprimento do corpo por volta de 155 mm e a partir de 170 mm todos os indivduos so considerados adultos. Os machos tendem a ser mais pesados que fmeas de mesmo comprimento, principalmente a partir de 150 mm de comprimento de corpo. O tamanho aproximado de primeira maturao (incio da fase adulta) de 155 mm de comprimento do corpo Com dados de captura-marcao-recaptura foi demonstrado que esta espcie pode viver at aproximadamente trs anos. Ctenomys minutus uma espcie solitria, que compartilha as galerias somente para o acasalamento e durante o cuidado das crias. Aparentemente, os machos no participam do cuidado da prole, uma vez que somente fmeas foram capturadas na mesma toca que jovens. O menor nmero mnimo de indivduos na populao de um local de amostragem foi de 20 indivduos (setembro/2001) e o maior foi de 39 indivduos (maro/2002). A densidade absoluta encontrada em cada dia de amostragem foi de no mnimo sete indivduos/ha (janeiro/2002) e de no mximo 15 indivduos/ha (setembro/2002). No foram detectadas diferenas sazonais no padro de atividade (IAp), nem no nmero mnimo de indivduos na populao ou na densidade absoluta (indivduos/ha) da populao estudada.
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Populaes de Trachemys dorbigni foram estudadas em duas reas geogrficas distintas. Estas reas localizam-se na Estao Ecolgica do Taim (Base Santa Marta) (UTM x=346185 y=6365666 22H) e na Lagoa Verde, no municpio de Rio Grande (UTM x=385820 y=644500 22H), ambas no sul do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A populao da Lagoa Verde serviu de subsdio para a caracterizao da estrutura populacional da espcie, enquanto que a da Estao Ecolgica do Taim foi analisada quanto aos aspectos da biologia e ecologia reprodutiva. A caracterizao da estrutura foi analisada utilizando-se 210 exemplares adultos (104 fmeas e 106 machos). As fmeas atingem comprimentos da carapaa maiores que os machos ( x CMC= 212,1mm 14,823; x CMC= 181,6mm 17,076), sendo significativamente diferente (F1,207=191,140; P<0,001). O surgimento dos dimorfismos sexuais secundrios dos machos ocorre a partir de 130mm de comprimento da carapaa, e se caracterizam pelo maior tamanho da cauda e pela melanizao. Os machos de T. dorbigni no apresentam dimorfismo quanto concavidade do plastro. A maturidade das fmeas foi estimada entre 150 e 160mm. A espcie desova entre os meses de outubro e janeiro, depositando, em mdia, 12,1 ovos. Os ovos de T. dorbigni so brancos, pergaminosos e elpticos O comprimento mdio dos ovos 39,3mm 2,06, a largura 25,8mm 1,07 e o peso 14,9g 1,47. As fmeas podem realizar at trs posturas por temporada reprodutiva, havendo um intervalo de 15 a 20 dias entre cada evento. Apenas 31% da populao de fmeas desova anualmente. As fmeas depositam seus ninhos a distncias que podem variar de 0 a 560,3m ( x =69,2m; N=101) da gua. As estimativas do deslocamento de fmeas em terra foi de 132m/dia (Mn.=15m; Mx.=285m; N=8). J o maior deslocamento na gua foi 950m em um dia. A mdia geral da distncia entre duas capturas consecutivas para fmeas no transferidas foi de 545,0m, enquanto que para as transferidas foi 520,5m. Constatou-se uma acentuada capacidade de orientao nas fmeas transferidas ( =59,089; P<0,01), sendo que 86% destas foram capazes de retornarem na direo do seu ponto de captura aps sua transferncia.
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O objetivo deste estudo foi avaliar a eficcia de trs aparelhos fotopolimerizadores comerciais que utilizam o LED como fonte de luz (Elipar FreeLight - 3M-ESPE, UltraLume-LED2 - Ultradent e Single V - BioArt) na polimerizao do compsito Z250 (3M-ESPE), cor A3, atravs das propriedades: microdureza Knoop, profundidade de polimerizao e resistncia flexural. Um aparelho fotopolimerizador convencional de lmpada halgena XL 2500 (3M-ESPE) foi utilizado como controle. Em todos os casos, o tempo de polimerizao adotado foi de 20 s. Para o ensaio de microdureza foram confeccionados 10 corpos de prova cilndricos com 8 mm de dimetro e 2 mm de altura para cada aparelho fotopolimerizador. A microdureza foi medida 24 h aps a confeco dos corpos de prova, que ficaram armazenados em ambiente seco e protegidos da luz. Para o ensaio de profundidade de polimerizao foram confeccionados trs corpos de prova cilndricos com 4 mm de dimetro e 6 mm de altura para cada aparelho fotopolimerizador. O ensaio foi realizado imediatamente aps a polimerizao do compsito. Para o ensaio de resistncia flexural foram confeccionados 5 corpos de prova com 25 mm de comprimento, 2 mm de altura e 2 mm de largura para cada aparelho fotopolimerizador. A resistncia flexural foi medida 24 h aps a polimerizao do compsito e armazenagem dos corpos de prova em gua destilada a 37C. Os resultados obtidos foram comparados s exigncias da especificao 4049:2000 da International Organization for Standardization (ISO) e submetidos anlise estatstica para comparao entre os aparelhos. Os valores de microdureza obtidos com os trs fotopolimerizadores com LED no mostraram diferena entre si e foram superiores aos obtidos com o aparelho convencional. Para o ensaio de profundidade de polimerizao, os valores obtidos com o aparelho Single V foram superiores aos do aparelho convencional, enquanto que os obtidos pelos outros dois aparelhos no apresentaram diferenas significativas entre si e o convencional. Para o ensaio de resistncia flexural, no houve diferena entre os valores obtidos pelos trs aparelhos com LED e o aparelho convencional. As exignias da ISO 4049:2000 para os ensaios de profundidade de polimerizao e resistncia flexural foram atendidas em todos os casos.
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O presente trabalho tem como objetivo a descrio e apresentao dos resultados obtidos atravs de simulaes e implementao da tcnica de modulação por espalhamento de espectro (Spread Spectrum). Maior nfase ser dada tcnica de espalhamento por seqncia direta (DSSS), dada a larga utilizao nos sistemas de comunicao correntemente em uso, assim como sero apresentados os resultados de simulaes e implementao de um sistema de comunicao Spread Spectrum utilizando o microcontrolador PIC 16F876 para a interligao de computadores padro PC via interface serial RS232.
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A temperatura baixa um estresse comum na cultura do arroz em regies temperadas, portanto a tolerncia ao frio uma caracterstica altamente desejvel em gentipos brasileiros de arroz cultivados no sul do pas, onde as temperaturas baixas prejudicam o estabelecimento da lavoura e diminuem o redimento de gros. O mapeamento molecular uma estratgia promissora para o estudo e compreenso de de caractersticas com controle complexo, tais como a tolerncia ao frio em arroz. Com base nisso, os objetivos deste trabalho foram estudar a herana e herdabilidade das caractersticas de tolerncia ao frio e das caractersticas de importncia agronmica a serem maepadas, desenvolver um mapa molecular a partir da populao segregante F2 proveniente do cruzamento IRGA 417 (ndica) x Quilla 66304 (Japnica) e identificar locos de caractersticas quantitativas (QTLs) para a tolerncia ao frio no perodo de germinao e vegetativo e caractersticas agronmicas que diferenciam estas duas subespcies. Por fim, investigar a possibilidade de obter indivduos recombinantes com caracteristicas agronmicas desejveis e tolencia ao frio em uma populao F2 do cruzamento entre IRGA 417 x Quilla 66304. As anlises das distrbuies de freqncias da gerao F2 evidenciaram a dificuldade de estimar o nmero de genes que controlam as caractersticas analisadas, sendo que todas elas apresentam distribuio contnua e segregao transgressiva em relao aos genitores. O mapa foi construdo com base em oito marcadores SSR e 42 marcadores do tipo AFLP com uma densidade mdia de marcador a cada 38,8 cM, sendo o comprimento total do mapa de 581,6 cM. Foram identificados cinco QTLs, sendo que um deles confere tolerncia ao frio no perodo de germinao, e explica 15,9% da variao fenotpica deste carteer. O outros quatro QTLs identificados foram para largura do grgo (21,3%), esterilidade de espiguetas (61,6%), estatura das plantas (34, 5%) e comprimento do gro (21,9%). A deteco de um QTL associado tolerncia ao frio no perodo de germinao, e outros QTLs associados demais caractersticas a viabilidade deste tipo de anlise. Entretanto, um mapa de ligao enriquecido nceessrio para permitir a deteco de outros QTLs associados s caractersticas estudadas. Plantas recombinantes com alto recrescimento de coleptilo e outrras caracteristicas agronmicas desejveis foram encontradas, o que evidencia o potencial da populao proveniente de IRGA 417 x Quilla 66304 para o melhoramento da tolerncia ao frio de gentipos de arroz adaptados ao Sul do Brasil.
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O estresse oxidativo tem um papel importante no desenvolvimento da falncia orgnica mltipla e choque sptico. O presente estudo foi realizado para determinar diferentes parmetros de dano oxidativo a biomolculas, produo de superxido mitocondrial, atividades da superxido dismutase e catalase e suas relaes com a mortalidade por sepse em um modelo animal. Alm disso, ns avaliamos os efeitos da combinao de antioxidantes (N-acetilcistena e deferoxamina) em um modelo murino de sepse polimicrobiana induzida por ligao cecal e puno (CLP). Ratos Wistar machos (250-300 g) foram randomicamente divididos em quatro grupos: sham-operated, CLP ressuscitado com soluo salina (50 ml/Kg imediatamente e 12h aps CLP), CLP ressuscitado com soluo salina e antibioticoterapia (soluo salina 50 ml/ Kg imediatamente e 12h aps CLP + ceftriaxone 30 mg/Kg e clindamicina 25 mg/Kg de 6/6h), e CLP com N-acetilcistena (20 mg/kg subcutneo, 3h, 6h, 12h, 18h e 24h aps CLP) + deferoxamina (20mg/kg, subcutneo, 3h e 24h aps CLP). A peroxidao lipdica, a carbonilao protica e a atividade da superxido dismutase se apresentaram significativamente aumentadas nos animais no-sobreviventes podendo predizer a mortalidade. Ns demonstramos que existe uma modulação diferente da superxido dismutase e da catalase nos animais no-sobreviventes Existe um grande aumento da atividade da superxido dismutase sem um aumento proporcional da atividade da catalase nos no-sobreviventes. Os ratos tratados com antioxidantes apresentaram uma reduo significante da atividade da mieloperoxidase e da peroxidao lipdica em todos os rgos estudados. A produo de superxido mitocondrial apresentou uma reduo significante nos animais tratados com antioxidantes. Alm disto, o tratamento com antioxidantes melhorou o equilbrio entre a atividade da catalase e superxido dismutase. A sobrevivncias nos ratos spticos no tratados foi de 10%. A sobrevivncia aumentou para 40% com a ressuscitao volmica e antibiticos. Ratos tratados apenas con N-acetilcistena e desferoxamina apresentaram uma sobrevivncia de 47%, similar aos ratos que receberam suporte bsico. Este estudo demonstrou pela primeira vez que a atividade da superxido dismutase deve ser um marcador precoce de mortalidade em sepse. Nossos resultados auxiliam o entendimento de aspectos importantes da resposta oxidativa na sepse; um aumento na atividade da superxido dismutase sem um aumento proporcional na atividade da catalase. Alm disto, nossos resultados demonstraram que o tratamento combinado com N-acetilcistena e desferoxamina reduzem as conseqncias da sepse, reduzindo o estresse oxidativo, limitando a ativao de neutrfilos e a disfuno mitocondrial, levando a uma melhor sobrevida.
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A disfuno autonmica est associada com aumento da mortalidade em pacientes diabticos, especialmente naqueles com doena cardiovascular. Neuropatia perifrica, mau controle glicmico, dislipidemia e hipertenso so alguns dos fatores de risco para o desenvolvimento de doena vascular perifrica (DVP) nestes pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de risco associados com a presena de DVP em pacientes com DM tipo 2. Um estudo transversal foi realizado em 84 pacientes com DM tipo 2 ( 39 homens, idade mdia de 64,9 7,5 anos). Os pacientes foram submetidos a uma avaliao clnica e laboratorial. A presena de DVP foi definida, utilizando-se um um aparelho manual de ultrasom com doppler (ndice perna-brao < 0,9). A atividade autonmica foi avaliada atravs da anlise da variabilidade da freqncia cardaca (HRV) por mtodos no domnio do tempo e da freqncia (anlise espectral), e pelo mapa de retorno tridimensional durante o perodo do dia e da noite. Para a anlise da HRV, um eletrocardiograma de 24 horas foi gravado e as fitas analisadas em um analisador de Holter Mars 8000 (Marquete). A potncia espectral foi quantificada pela rea em duas bandas de freqncia: 0,04-0,15 Hz baixa freqncia (BF), 0,015-0,5 Hz alta freqncia (AF). A razo BF/AF foi calculada em cada paciente. O mapa de retorno tridimensional foi construdo atravs de um modelo matemtico onde foram analisados os intervalos RR versus a diferena entre os intervalos RR adjacentes versus o nmero de contagens verificadas, e quantificado por trs ndices refletindo a modulação simptica (P1) e vagal (P2 e P3). DVP estava presente em 30 (36%) pacientes. Na anlise univariada, pacientes com DVP apresentaram ndices que refletem a modulação autonmica (anlise espectral) diminudos quando comparados aos pacientes sem DVP, respectivamente: BF = 0,19 0,07 m/s2 vs. 0,29 0,11 m/s2 P = 0,0001; BF/AF = 1,98 0,9 m/s2 vs. 3,35 1,83 m/s2 p = 0,001. Alm disso, o ndice que reflete a atividade simptica no mapa de retorno tridimensional (P1), foi mais baixo em pacientes com DVP (61,7 9,4 vs. 66,8 9,7 unidades arbitrrias, P = 0,04) durante a noite, refletindo maior ativao simptica neste perodo. Estes pacientes tambm apresentavam uma maior durao do diabetes (20 8,1 vs. 15,3 6,7 anos, P = 0,006), nveis de presso arterial sistlica (154 20 vs. 145 20 mmHg, P = 0,04), razo cintura-quadril ( 0,98 0,09 vs.0,92 0,08, P = 0,01), e nveis de HbA1c mais elevados (7,7 1,6 vs. 6,9 1,7 %, P = 0,04), bem como valores de triglicerdeos ( 259 94 vs. 230 196 mg/dl, P= 0,03) e de excreo urinria de albumina ( 685,5 1359,9 vs. 188,2 591,1 /min, P = 0,02) superiores aos dos pacientes sem DVP.. Nos pacientes com DVP observou-se uma presena aumentada de nefropatia diabtica (73,3% vs. 29,6% P = 0,0001), de retinopatia (73,3% vs. 44,4% P = 0,02) e neuropatia perifrica (705 vs. 35,1% P = 0,006). Os grupos no diferiram quanto idade, ndice de massa corporal, tabagismo e presena de doena arterial coronariana. Na anlise logstica multivariada, a DVP permaneceu associada com a disfuno autonmica, mesmo aps ter sido controlada pela presso arterial sistlica, durao do DM, HbA1c, triglicerdeos e excreo urinria de albumina. Concluindo, pacientes com DVP e DM tipo 2 apresentam ndices que refletem a modulação autonmica diminudos, o que pode representar um fator de risco adicional para o aumento da mortalidade nestes pacientes.
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Este trabalho visa realizar o estudo do comportamento dinmico de um eixo rotor flexvel, modelado segundo a teoria de Euler-Bernoulli e caracterizar as respostas peridicas de sistemas LTI (sistemas lineares invariantes no tempo) e sistemas fracamente no lineares de ordem arbitrria. Para tanto, utilizada a base dinmica gerada pela resposta impulso ou soluo fundamental. O comportamento dinmico de um eixo rotor flexvel foi discutido em termos da funo de Green espacial e calculada de maneira no-modal. Foi realizado um estudo do problema de autovalor para o caso de um um eixo rotor biapoiado. As freqncias so obtidas e os modos escritos em termos da base dinmica e da velocidade de rotao. As respostas peridicas de sistemas LTI, utilizadas nas aproximaes com sistemas fracamente no lineares, so obtidas, independentemente da ordem do sistema, como um operador integral onde o ncleo a funo de Green T-peridica. Esta funo caracterizada em termos das propriedades de continuidade, periodicidade e salto da funo de Green T-peridica, e da base dinmica Simulaes foram realizadas para sistemas concentrados, matriciais e escalares, com o objetivo de mostrar a validade da metodologia desenvolvida com as propriedades da funo de Green T-peridica. Foi abordado um modelo no-linear para uma centrfuga utilizada na indstria textil [Starzinski, 1977].
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O objetivo desse trabalho estudar diferentes aspectos que envolvem o mecanismo de repasse cambial no Brasil, para o perodo de flutuao do real. Os resultados obtidos mostram que a apreciao do real possibilitou a desinflao verificada a partir de 2003, refutando estudos anteriores que identificam assimetrias nos efeitos do pass-through. Estimativas de equaes de Phillips para diferentes grupos de preos indicam que os bens comercializveis apresentam maior sensibilidade no apenas ao repasse cambial, mas tambm aos demais canais de transmisso da poltica monetria. No sentido inverso, o elevado peso do coeficiente backward-looking nas equaes para os bens no-comercializveis refora evidncias anteriores acerca de grande rigidez na dinmica temporal daquele grupo. Verificou-se ainda uma elevada inrcia na dinmica dos bens administrados, caracterizando aquele grupo como uma importante fonte de propagao sobre a inflao futura de choques cambais. As estimativas tambm mostraram que variaes nos preos das commodities produzem importantes repasses sobre a inflao, uma vez que seu coeficiente semelhante ao da variao cambial. Atravs de uma abordagem VEC, conclui-se que a taxa real de cmbio atua no sentido de alterar os preos relativos entre os bens comercializveis e no-comercializveis, e que o preo real das commodities possui um papel central nesse processo, produzindo variaes tanto no cmbio real como nos preos relativos domsticos. Por fim, funes resposta a impulso, calculadas a partir de modelos VAR, confirmam que os choques na taxa cambial so transmitidos sobre os preos com defasagens, atingindo o valor mximo trs trimestres aps a ocorrncia do choque.
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A proposta deste trabalho, consiste na elaborao de uma ferramenta computacional para a medio de campos de velocidades em escoamentos com baixas velocidades (< 0,5 m/s) utilizando o processamento digital de imagens. Ao longo dos anos, inmeras tcnicas foram desenvolvidas com este objetivo. Para cada tipo de aplicao, uma tcnica se aplica com maior ou menor eficincia do que outras. Para o caso de estudos em fludos transparentes, onde o escoamento pode ser visualizado, tcnicas que utilizam processamento digital de imagens vm ganhando um grande impulso tecnolgico nos ltimos anos. Este impulso, devido a fatores como: cmaras vdeo filmadoras de ltima gerao, dispositivos de aquisio de imagens e componentes de processamento e armazenamento de dados cada vez mais poderosos. Neste contexto, est a velocimetria por processamento de imagens de partculas cuja sigla PIV (particle image velocimetry). Existem vrias formas de se implementar um sistema do tipo PIV. As variantes dependem, basicamente, do equipamento utilizado. Para sua implementao necessrio, inicialmente, um sistema de iluminao que incide em partculas traadoras adicionadas ao fluido em estudo. Aps, as partculas em movimento so filmadas ou fotografadas e suas imagens adquiridas por um computador atravs de dispositivos de captura de imagens. As imagens das partculas so ento processadas, para a obteno dos vetores velocidade. Existem diferentes formas de processamento para a obteno das velocidades. Para o trabalho em questo, devido s caractersticas dos equipamentos disponveis, optou-se por uma metodologia de determinao da trajetria de partculas individuais, que, apesar de limitada em termos de mdulo de velocidade, pode ser aplicada a muitos escoamentos reais sob condies controladas Para validar a ferramenta computacional desenvolvida, imagens ideais de partculas foram simuladas como se estivessem em escoamento, atravs do deslocamento conhecido de vrios pixels. Seguindo o objetivo de validao, foi utilizada ainda uma imagem real de partculas, obtida com o auxlio de um plano de iluminao de luz coerente (LASER) e cmaras de vdeo tipo CCD. O programa desenvolvido foi aplicado em situaes de escoamento real e os resultados obtidos foram satisfatrios dentro da escala de velocidades inicialmente presumida.
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A unio de chapas de diferentes materiais, espessuras e propriedades mecnicas formando uma geratriz para estampagem uma estratgia que a indstria automobilstica utiliza no desenvolvimento de estruturas leves. Uma delas chama-se Tailored Welded Blanks, onde duas ou mais chapas so unidas pelo processo de solda. Dentro do contexto de estruturas leves analisado neste trabalho o comportamento mecnico de duas diferentes chapas soldadas utilizadas pela indstria automobilstica, formando uma nica geratriz com diferentes razes de espessuras. Para isso, foram unidos os materiais ZSTE 220 P nas espessuras 1.5 e 0.8 mm e St 05 nas espessuras de 1.5 e 1.2 mm. O processo de juno utilizado para unir os materiais de diferentes espessuras foi solda a laser. Os ensaios de fabricao utilizados para caracterizar o comportamento mecnico do material foram o ensaio de trao uniaxial e o ensaio Nakajima modificado. O ensaio de trao define as propriedades mecnicas e o ensaio Nakajima quantifica as deformaes principais maiores e menores na superfcie da chapa. De posse destas deformaes possvel construir as Curvas Limites de Conformao (CLC) de cada material. A maneira encontrada para simular estes estados de deformaes foi utilizar 8 corpos de prova de mesmo comprimento, porm variando sua largura e o raio do entalhe correspondente. O uso de corpos de prova com diferentes larguras e raio de entalhe permite obter deformaes que abrangem os campos referentes ao estiramento, deformao plana e embutimento profundo.
Equilbrio oramentrio atravs de aumentos nos impostos ou redues nos gastos pblicos: o caso brasileiro
Resumo:
Na teoria econmica costuma-se analisar comportamento de longo prazo de um agente supondo que mesmo est sujeito um determinado tipo de restrio de recursos intertemporal. equao de restrio oramentria intertemporal do governo nos diz que um aumento nos gastos pblicos no acompanhado de um aumento na receita do governo), deve futuramente ou ser reduzido ou ser seguido por um aumento de receitas. Alm disso, aumento futuro nas receitas somado as redues futuras nos gastos do governo deve ser igual ao choque inicial em termos de valor presente. No curto prazo governo tem interesse em se desviar da sua posio de equilbrio de longo prazo.Causas polticas institucionais so teis para explicar tal desvio como por exemplo: redistribuio intergeracional, iluso fiscal, papel estratgico da dvida pblica, conflito distribucional, etc. Um modelo terico de anlise de impulso resposta usado para descobrir qual mecanismo usado pelo governo brasileiro para alcanar equilbrio oramentrio de longo prazo. principal concluso do estudo que maior parcela dos dficits pblicos no Brasil eliminada, independentemente da sua fonte geradora, por aumentos futuros nos impostos. Tambm foi discutido que imposto inflacionrio vem sendo usado para garantir equilbrio oramentrio de longo prazo. Com base nesses resultados, mudanas polticas institucionais so propostas, tais como: criao de leis que restringem tamanho da razo dficit-PIB como tambm criao de um banco central independente.
Resumo:
INTRODUO. Mulheres ps-menopusicas apresentam maior risco de desenvolvimento de doena arterial coronariana. Estudos observacionais demonstraram que a terapia de reposio hormonal produz efeitos benficos no perfil lipdico e na modulação autonmica cardaca. O aumento da variabilidade da freqncia cardaca (VFC), at ento atribudo reposio hormonal, no foi testado em estudos randomizados, placebo-controlados, delineados para permitir a comparao entre as duas formas mais utilizadas de reposio hormonal. A VFC de 24 horas calculada pelo mtodo no linear Mapa de Retorno Tridimensional permite avaliar tanto a modulação vagal como a simptica. OBJETIVOS Avaliar a modulação autonmica cardaca de mulheres psmenopusicas atravs da anlise da VFC no domnio do tempo e dos ndices do Mapa de Retorno Tridimensional no ECG de 24 horas. Testar a hiptese de que a reposio hormonal contnua, seja com estradiol isolado (TRE), seja com estradiol associado noretisterona (TRH), por um perodo de trs meses, aumenta a VFC nessas mulheres. MTODOS Quarenta mulheres ps-menopusicas (46 a 63 anos; mdia = 54,6 4,2) foram randomizadas para um dos trs tratamentos, de forma contnua: TRH, estrogenioterapia (TRE) ou placebo, por trs meses consecutivos. Previamente, todas as mulheres foram submetidas a exames clnico, ginecolgico e laboratorial (glicose, estradiol, HDL, LDL, triglicerdios; mamografia e ultrassonografia transvaginal). O ECG de 24 horas foi gravado em cada paciente, antes e aps o tratamento, para calcular os ndices da VFC. RESULTADOS No houve diferena estatisticamente significativa entre os trs grupos, aps 3 meses de tratamento, nos ndices da VFC e do Mapa de Retorno Tridimensional. A TRH diferiu da TRE apenas quanto ao perfil lipdico. A associao com a noretisterona provocou uma reduo de 12,4 % no HDL (p = 0,008). CONCLUSO Em mulheres ps-menopusicas, a terapia de reposio hormonal contnua com estradiol, ou com estradiol associado noretisterona, por um perodo de 3 meses, no altera a modulação autonmica cardaca avaliada pela VFC.