1000 resultados para Microscopia de vídeo Teses
Resumo:
A pesquisa analisa as relaes entre interculturalidade, prxis e educao escolar indgena Tupinikim e Guarani do municpio de Aracruz, Esprito Santo, Brasil. Investiga a prxis da educao intercultural no espao da educao escolar indgena como meio de revitalizao das culturas Tupinikim e Guarani. Objetiva problematizar a formao inicial e continuada dos professores indgenas; discutir a prxis da interculturalidade no contexto da educao escolar indgena; e, identificar outros espaos educativos da cultura e educao indgena. Analisa aspectos tericos e prticos sobre cultura (WILLIAMS, 2008; BRANDO, 1989; FORQUIN, 1993; CANDAU, 2011; GEERTZ, 1989), interculturalidade (DAMBROSIO,1996; FLEURI, 2002; 2003; SCANDIUZZI, 2009;), identidade e alteridade (MELI, 2000; FREIRE, 1981; 1987; LITAIFF, 2004) e prxis (FREIRE, 1989; VSQUEZ, 2011; SEMERARO, 2006) e educao (escolar) indgena de acordo com a legislao vigente. Realiza pesquisa interpretativa (GEERTZ, 1989) na educao escolar indgena junto aos professores indgenas Guarani das Aldeias de Boa Esperana e Trs Palmeiras (2009-2010) e professores indgenas Tupinikim da Aldeia de Comboios (2011-2013) na perspectiva de um dilogo intercultural. Contribuem nos processos investigativos para produo, sistematizao e anlise de dados a realizao de observaes, entrevistas semiestruturadas, registros no caderno de campo, fotografias, gravaes em udio e em vídeo e anlise documental sobre a educao escolar indgena de Aracruz. (ANDR, 2007; GIL, 1999; 2004). Os resultados deste trabalho levantam questes relativas a duas realidades de educao escolar nas comunidades indgenas pesquisadas que se constituem em aspectos de sobrevivncia e desencadeia formas para interagir e reagir em defesa de sua identidade e dignidade. Nesse sentido, a escola um local de vivncias e de encontro, vista e sentida pelas lideranas e pela comunidade como uma possibilidade real para desenvolver um elo entre as formas tradicionais de vida e as formas contemporneas. O desafio de garantir uma escola nestes termos significa concretizar a proposta de um projeto de educao escolar para os povos indgenas, constitudo por especificidades de como trabalhar a terra, pelo reconhecimento de suas tradies, das lnguas e da memria coletiva. Distante de apresentar respostas conclusivas prope uma educao escolar, coletiva e participativa, que critica e dialoga com todos os envolvidos no processo educativo.
Resumo:
O objetivo desta tese produzir uma reflexo hermenutica e fenomenolgica acerca dos saberes e fazeres que vm sido produzidos a partir de pesquisas que tratam da incluso de alunos com necessidades especiais nas escolas de ensino regular. Buscou-se uma pesquisa de natureza bibliogrfica que debruou-se na produo de conhecimento relativa a dissertaes e teses que foram produzidas no PPGE-UFES entre os anos de 2000 e 2010 que buscaram analisar os saberes-fazeres inclusivos que vm se constituindo a partir da insero de alunos com necessidades especiais nos espaos-tempos das escolas comuns. Procurou-se num primeiro momento traar o estado da arte de tais trabalhos de pesquisa para, posteriormente, compreend-los numa dimenso filosfica. Como resultado concluiu-se que estas pesquisas apontam movimentos profundamente ambguos e paradoxais, revelando uma profunda crise de um modelo de racionalidade excludente que encontra-se enraizado em nossa cultura e no cotidiano das escolas. Frente a esse quadro, procura-se compreender, a partir das pistas e rastros deixados pelas dissertaes e teses pesquisadas, como vm se configurando outras formas de racionalidades que instauram novas formas de ensinar-aprender conjugadas aos diferentes modos de ser-sentir-conhecer o mundo.
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O rim demonstra uma capacidade singular em reparar-se aps danos locais, no entanto, depois de acometido, as chances de desenvolvimento de leses renais elevam-se. A patofisiologia da isquemia/reperfuso (IR) complexa porque h ocorrncia simultnea de danos celulares e inflamao. O decrscimo na quantidade de oxignio requer um sistema capaz de evitar seus efeitos prejudiciais e uma maquinaria molecular HIF (Hypoxia Inducible Factor), um complexo, atua como fator de transcrio de diversos genes desde os da regulao da proliferao celular e apoptose at a sinalizao para angiognese. O Fator Estimulador de Colnia de Granulcitos (G-CSF) uma glicoprotena conhecida pela sua capacidade de promover a sobrevivncia, proliferao e diferenciao de clulas estimulando a recuperao aos efeitos advindos da IR. Com o intuito de observar as influncias dessas protenas foi realizada uma anlise semi-quantitativa de amostras renais submetidas ou no IR, usando-se descries microscpicas morfolgicas e imunohistoqumicas, com os clculos e grficos estatsticos foram feitos no software GraphPad Prism. Das anlises morfolgicas, constatou-se que as leses caractersticas de IR foram observadas em espcimes no tratados: bolhas em epitlio tubular; vacuolizao citoplasmtica, distalizao tubular e congesto luminal. De forma anloga, foi encontrada nos tratados, contudo em estgios menos avanados e em animais controle, no foi houve esta diferena tissular. As anlises de microscopia eletrnica demonstraram alterao na barreira filtrante com concomitante perda de outras caractersticas glomerulares. Aos animais controle foi observada a arquitetura tpica, ao passo que para os animais tratados notou-se conservao da barreira. A presena de HIF-1 nos rins contralaterais demonstrouse significante quando comparadas s amostras isqumicas e tratadas (p<0,05). J a ocorrncia da mesma protena em rins isqumicos no apresentou qualquer diferena. Analisando-se a protena VEGF foi comprovado que em rins contralaterais no h diferena estatstica, contudo nos rins esquerdos h significncia entre os trs grupos (p<0,05). J a correlao entre estas duas protenas no se mostrou estatisticamente significante. Em relao s atividades de proliferao e morte celulares, todos os trs grupos foram significantes entre si (p<0,05). Ao que concerne o tratamento, foi demonstrada a atividade protetora do medicamento e uma possvel interao molecular com a HIF, enquanto que a ativao desta protena corrobora sua rota metablica j previamente descrita.
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Prope-se um estudo acerca da recepo da obra de Paulo Coelho pela crtica literria e pelo leitor, envolvendo a indstria cultural, sob a perspectiva da Sociologia da Literatura. A pesquisa justifica-se pela grande proporo de leitores que a obra atinge: traduzida para 81 idiomas e lida em 168 pases, tendo boa aceitao por diferentes perfis de leitores e por muitos crticos literrios de outros pases. No Brasil, a produo do escritor recebida com uma certa reserva pela crtica literria. As intervenes da indstria cultural so discutidas por meio de um dilogo estabelecido entre Theodor W. Adorno, Max Horkheimer, Pierre Bourdieu, Umberto Eco, Luiz Costa Lima e Muniz Sodr. Em seguida, estabelece-se uma discusso sobre valor esttico em relao literatura contempornea. Posteriormente, so mostradosos elementos temticos recorrentes e a proximidade da narrativa coelhana com a oralidade, a partir da influncia das canes compostas em parceria com Raul Seixas e da operao dos gneros parbola e fbula.A recepo da crtica analisada, baseando-se em estudos de Mrio Maestri, Elosio Paulo, teses e dissertaes, artigos, entre outros. A recepo do leitor tem como aporte terico Antonio Candido e Roger Chartier, dentre outros, apoiando-se na Esttica da Recepo, especificamente nos estudos de Hans Robert Jauss e Regina Zilberman. analisada a recepo da obra de Paulo Coelho pelos leitores da rede social Skoob, a fim de verificar o gnero, a idade,o nvel de escolaridade, a condio socioeconmica e cultural e as impresses de leitura destes. Compreendendo esses sujeitos-leitores, historicamente, e valendo-se de outros aspectos (em vez dos estticos) apontados pela Sociologia da Literatura, possvel estabelecer dilogos entre as preferncias desses leitores com obras j legitimadas pela teoria e crtica literrias, ampliando o repertrio destes e contribuindo para a mediao e a promoo da leitura, no Brasil.
Resumo:
A mudana no mercado global do petrleo nos ltimos anos, com o declnio das reservas de leo leve, tm forado a busca por novos campos petrolferos em ambientes mais remotos, como nos campos localizados na camada pr-sal, e a explorao de leos pesados que possuem elevado teor de cidos naftnicos. Isso acarreta em grandes desafios para a previso do desempenho de materiais frente s novas condies ambientais em que esto inseridos. No presente trabalho, o comportamento da corroso do ao carbono AISI 1010 e do ao inoxidvel AISI 316L foi estudado em solues aquosas com elevado teor de cloreto e em soluo de cido naftnico ciclopentanico a fim de ter melhor entendimento da ao dessas espcies no processo de corroso e simular a corroso pela gua de produo na indstria petrolfera. Foram aplicadas as tcnicas de potencial de circuito aberto, polarizao potenciodinmica, voltametria cclica, espectroscopia de impedncia eletroqumica, espectroscopia Raman, microscopia eletrnica de varredura e microscopia de fora atmica, usadas, em cada caso, de acordo com a convenincia. O aumento da [Cl-] na faixa de 1,22,8 mol.L-1 no altera os processos catdicos e andicos perto do Ecorr para os aos AISI 1010 e AISI 316L. Em condies de sobrepotenciais afastados do Ecorr, o aumento de [Cl-] aumenta os processos oxidativos de corroso, o que expresso pelas maiores densidades de corrente e carga andica e aumento da perda de massa sofrida pelos eletrodos de ambos os aos. Portanto, os danos da corroso so mais intensos quando se aumenta a [Cl-]. O ao AISI 1010 ativo nas solues de NaCl e a corroso se propaga livremente de forma uniforme. Para o ao AISI 316L, uma ampla faixa de passividade pode ser vista nas solues de NaCl; no Epit ocorre a ruptura do filme passivo e o crescimento de pites estveis. Aps 24 h de imerso em solues de sulfato de sdio (branco) e de cido naftnico ciclopentanico ocorre crescimento de filme de xido e as fases -Fe2O3, Fe3O4 e -FeO(OH) foram identificadas nos espcimes de ao AISI 1010 e Fe3O4 foi identificado nos defeitos do filme prvio presente na superfcie do ao AISI 316L. Os filmes formados em soluo de cido ciclopentanico possuem menor resistncia polarizao, maior rugosidade e maior taxa de corroso quando comparado aos filmes crescidos na soluo branco, para ambos os aos. A presena do cido naftnico muda a forma como a reao de corroso se procede e contribui para o aumento da corroso. A corroso naftnica foi mais pronunciada no ao carbono porque a presena dos elementos de liga no ao inox reduzem o nmero de stios ativos ricos em Fe e tornam menos oportuna a ligao do Fe com o naftenato.
Resumo:
O comportamento da corroso e inibio corroso dos aos carbono AISI 1010, inox AISI 316 e duplex UNS S31803 foi estudado em meio de soluo de ons cloreto 3,0% (m/v), na ausncia e presena do benzimidazol e imidazol como inibidores. A caracterizao qumica e morfolgica dos aos foi realizada por meio das tcnicas de espectrometria de emisso tica, difrao de raios X (DRX), microscopia tica, microscopia eletrnica de varredura (MEV) e energia dispersiva de raios X (EDX). As anlises eletroqumicas foram realizadas atravs das tcnicas de polarizao potenciodinmica e espectroscopia de impedncia eletroqumica. As anlises de DRX e de metalografia mostraram as fases presentes em cada ao, sendo o ao AISI 1010 composto pela fase ferrita, o ao AISI 316 pelas fases de FeNi e Cr e o ao UNS S31803 pelas fases austenita e ferrita. Alm disso, a metalografia e as anlises de MEV e EDX permitiram identificar regies e certos elementos presentes nos aos que propiciam ocorrncia da corroso, tais como incluses. Os inibidores foram testados em diferentes concentraes (25 ppm, 50 ppm, 100 ppm, 500 ppm e 1000 ppm) para os trs aos, atravs das curvas de polarizao e impedncia eletroqumica, e verificou-se que para todas as concentraes houve aumento da resistncia corroso dos aos. Pelas curvas de polarizao verificou-se que o benzimidazol proporcionou aos aos AISI 1010, AISI 316 e UNS S31803, eficincias de inibio de cerca de 51%, 71% e 75%, respectivamente. Enquanto que o imidazol apresentou eficincia de cerca de 73%, 95% e 86%, respectivamente. Os resultados de impedncia eletroqumica mostraram que as eficincias de inibio do benzimidazol foram de aproximadamente 52%, 73% e 71%, respectivamente, para os aos AISI 1010, AISI 316 e UNS S31803. E por sua vez, o imidazol apresentou eficincias de aproximadamente 96% para os aos AISI 1010 e AISI 316 e 85% para o ao UNS S31803. O teste de perda de massa mostrou que para o ao AISI 1010 tanto o benzimidazol quanto e o imidazol inibiram a corroso, sendo que reduziram a corroso em cerca de 17% e 24%, respectivamente. Nas anlises das curvas de polarizao em estudos com a gua do mar observou-se que os inibidores foram menos eficientes do que em meio de soluo de cloreto. O benzimidazol obteve eficincias de cerca de 14%, 50% e 33%, respectivamente, para os aos AISI 1010, AISI 316 e UNS S31803. Enquanto que o imidazol apresentou eficincias de aproximadamente 21%, 59% e 34%, respectivamente. Em todas as anlises eletroqumicas e anlise de perda de massa, o imidazol se mostrou o melhor inibidor para os aos estudados.
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A Educao Ambiental constitui-se na relao entre a natureza e a cultura de modo indissocivel das relaes de poder e de saber. A pesquisa enreda-se na tendncia da Educao Ambiental complexa, analisa os modos de fabricao das subjetividades impostas pelo discurso neocapitalista, investiga a racionalidade herdada da sociedade moderna e explora a lgica dos referenciais afrodescendentes, em especfico as lgicas presentes nos Terreiros da Umbanda. Problematiza o mito na Educao Ambiental e a Educao Ambiental no mito a partir das orixalidades umbandistas. Adota a pesquisa narrativa dialogando com Tristo (2012), problematiza os processos de subjetivao a partir de Foucault (1996) e busca capturar os saberes sustentveis da noosfera umbandista (MORIN, 2005c) influenciada por Deleuze e Guattari (1996-1997). Atravs das Giras, seu principal ritual, evidencia como essas lgicas so acionadas para a fabricao de novos modos de percepo da relao entre a cultura e a natureza. Contribuem, no processo de investigao para a produo dos dados, a realizao de entrevistas abertas e semiestruturadas, o registro em cadernos de bordo, gravaes em udio e vídeo, fotografias e rodas de conversas em encontros com professores e alunos de uma escola pblica, prxima aos Terreiros, onde problematiza os processos e mecanismos de excluso e violncia materializados em posturas discriminatrias e de negao da cultura afro-brasileira e o modo como essas experincias so partilhadas pelos professores e alunos no contexto de suas prticas. A aposta metodolgica consiste em criar estratgias de narrar experincias da Educao Ambiental em espaos no formais, como os espaos dos Terreiros da Umbanda, e em espaos formais, como a escola, atravs das orixalidades em narrativas, na busca de zonas de confiana e na inveno de encontros mais solidrios, por escutas mais sutis e hbridas, e de novos sentidos de alianas que dissolvam pontos de vistas e desestabilizem discursos do eixo dominante, como forma de exerccio do pensamento para abertura de lgicas silenciadas historicamente. Conclui que lgicas complexas incluem as existncias infames e obscurecidas pela lgica oficial e que lgicas complexas buscam ver os efeitos dos modos como ns prprios fomos constitudos. A f-eco-lgica presente nas orixalidades em narrativas potencializa a desconstruo dos regimes de verdade e subverte a monocultura de lgicas.
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A baciloscopia o principal mtodo diagnstico da tuberculose (TB) em razo do seu baixo custo, rapidez e facilidade de execuo. Porm sua sensibilidade baixa, principalmente nas formas paucibacilares da doena. Nesse sentido, novas metodologias que resultem no aumento da sensibilidade da baciloscopia tornam-se absolutamente necessrias. Neste estudo, nos propusemos a aprimorar e padronizar o sistema de filtrao BacFil e avaliar sua performance e acurcia em amostras paucibacilares (lavado broncoalveolar). Para alcanar esses objetivos desenvolvemos o estudo em duas fases. Na primeira fase, foram realizados ensaios para definir: 1) utilizao de membranas brancas para visualizao de BAAR corados por Auramina-O; 2) aumento do volume de NALC, utilizao de prolas de vidro no processo de digesto das amostras e mudana no sistema do suporte do pr-filtro; 3) meios de fixao da membrana de filtrao na lmina de microscopia; 4) limite de deteco da tcnica; 5) aumento do volume de NaOCl e a influncia desse aumento na visualizao de BAAR na membrana. Verificou-se que: a membrana de policarbonato branca tem a mesma eficincia da membrana de policarbonato preta na visualizao de BAAR fluorescentes; o mtodo modificado utilizando maior concentrao de NALC, prolas de vidro e sistema de pr-filtro baseado em orifcios obteve 98% de passagem das amostras pelo sistema; a melhor forma de fixao da membrana na lmina foi obtida por intermdio da utilizao de fita dupla face; o limite de deteco da tcnica de filtrao utilizando o sistema BacFil verso 6.0 foi de 2 a 9 BAAR por mililitro de suspenso bacteriana com D.O de 0,250 0,01 a 625nm; o aumento da concentrao de NaOCl para 10% ajuda na passagem de um maior volume de amostra pelo sistema, porm ocasiona a diminuio da quantidade BAAR na membrana de filtrao aps o perodo necessrio para todo o processo. Na segunda fase foi avaliado acurcia da tcnica padronizada em 101 amostras de lavado broncoalveolar (LBA) de pacientes com suspeita de TB provenientes do Hospital Universitrio Cassiano Antnio de Moraes. Observou-se que a sensibilidade da tcnica de filtrao (BacFil verso 6.0) foi de 76% e especificidade de 95%. A sensibilidade obtida foi significativamente maior do que a observada na baciloscopia aps centrifugao que foi de 59% (p = 0,001). No entanto, constatou-se uma diminuio de especificidade na tcnica de filtrao (95%) em relao a tcnica de 8 centrifugao (99%). Conclumos que as modificaes realizadas nos sistema de filtrao permitiu sanar os problemas tcnicos apresentados nas verses anteriores e aumentar a sensibilidade da baciloscopia de amostras paucibacilares (lavado broncoalveolar) para o diagnstico da TB pulmonar.
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A fruta-po um fruto rico em vitaminas e minerais do qual pode ser extrado o amido ou processado forma de farinha aumentando sua vida de prateleira. Essa farinha pode substituir parcialmente a farinha de trigo em produtos panificveis. O objetivo do presente estudo foi extrair e analisar algumas caractersticas fsicas, qumicas e tecnolgicas do amido nativo de fruta-po, alm de realizar a caracterizao fsico-qumica da farinha obtida desse fruto, de suas misturas com a farinha de trigo e verificar a viabilidade destas na elaborao de po de forma. O amido de fruta-po foi submetido s anlises de umidade, capacidade de ligao de gua a frio (CLAF), poder de inchamento (PI), ndice de solubilidade (IS), sinrese, microscopia eletrnica de varredura (MEV) e difrao de raio X. O amido de milho foi analisado para efeito de comparao. O amido de fruta-po apresentou maior umidade (18,32%), CLAF (80,33%), PI (198,71 g/g a 90 0C), IS (7,22% a 90 0C) e sinrese (2,69 mL) quando comparado com o amido de milho. Pela anlise de MEV, verificou-se que o amido de fruta-po apresentou grnulos menores que os do amido de milho, mas ambos com formato polidrico. A difrao de raio X permitiu classificar o amido de milho como tipo A e o de fruta-po como tipo B. As amostras de farinha analisadas continham um percentual de farinha de fruta-po de 0% (controle), 5%, 10%, 15%, 20% e 100% e foram submetidas s anlises de umidade, cinzas, extrato etreo, carboidratos, protena, energia, fibra total, solvel e insolvel, pH, cor e granulometria. Os mesmos percentuais de substituio foram utilizados para a elaborao dos pes, analisados em relao a umidade, peso, volume, volume especfico, altura, perfil de textura, aceitao sensorial e inteno de compra. A substituio da farinha de trigo pela farinha de fruta-po influenciou na granulometria das misturas, reduziu o teor de protena de 10,8% para 3,99%, elevou o percentual de carboidratos, cinzas e pH de 73,84%, 0,52% e 5,94 para 83,10%, 2,19% e 6,34 , respectivamente. No entanto, para a umidade, teor de lipdeos e diferena global de cor das amostras no foi verificada influncia significativa do percentual de substituio. A farinha de fruta-po apresentou um maior percentual de fibras totais (21,17%), solveis (10,39%) e insolveis (10,77%). Para os pes de forma, o aumento da substituio no influenciou na umidade e no peso dos pes, exceto para a amostra com 100% de farinha de fruta-po, que apresentou 41,28% de umidade e peso de 588,65 g. Para as demais anlises, os maiores percentuais de substituio influenciaram negativamente as caractersticas do produto. Em relao a caracterizao fsico-qumica das amostras de farinha, o aumento do percentual de substituio influenciou na maioria dos parmetros avaliados. Para os pes, as formulaes com maiores notas hednicas e com melhor inteno de compra foram as com substituio de 5% e de 10%.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo investigar o papel da ao mediada na configurao dos sentidos que perpassam um processo de interao discursiva em uma sala de aula de Biologia, da 1 srie do ensino mdio, de uma escola pblica estadual do municpio de Vitria-ES, durante aulas que visavam abordar os conceitos de fotossntese e respirao celular. Para isso, apoiamo-nos na tese de que a ao mediada qualificada como organizada, dialgica, compreensiva e interativa favorece a formao desses conceitos cientficos por alunos de ensino mdio. Assim, partimos de uma concepo terico-metodolgica ancorada na matriz histrico-cultural. A pesquisa-ao crtico-colaborativa foi utilizada como aporte metodolgico e os instrumentos de coleta de dados se basearam em observaes do cotidiano escolar e da sala de aula com registros em dirios de campo, filmagem das aulas em vídeo, questionrios, provas escritas dos alunos e entrevistas reflexivas. As anlises dos dados se basearam na anlise microgentica proposta por Vigotski, complementada com uma anlise compreensiva ancorada nas ideias de Bakhtin. Dois grandes eixos de anlise foram delimitados: 1 - a ao mediada no trabalho com os alunos; 2 - os enunciados e sentidos produzidos durante o processo da pesquisa na perspectiva da professora. Os resultados revelam evidncias de que a ao mediada qualificada como intencional, organizada, dialgica, compreensiva e interativa favorece a formao dos conceitos cientficos de fotossntese e respirao celular por alunos do ensino mdio, promovendo um ensino fecundo, na concepo defendida por Vigotski. Os resultados indicam tambm que o processo de pesquisa-ao crtico- colaborativa apresentou resultados positivos no que concerne formao continuada da professora de Biologia. Conclumos que se fazem necessrios investimentos em programas de formao de professores que procuram articular escola e universidade, integrando formao inicial e continuada de professores. Para isso, defendemos que esse processo de formao seja feito dentro de uma perspectiva crtica e colaborativa, baseada em uma ao mediada intencional e dialgica que favorea o desenvolvimento de um ensino fecundo
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A presente pesquisa aborda o estudo dos movimentos do pensamento nas redes formao com professores no Ensino Fundamental. Procura problematizar a constituio de processos formativos no dogmticos nos cotidianos escolares, pela articulao de imagens cinema e imagens escola, exibidas, compartilhadas e criadas nas redes de conversaes em uma escola municipal de Vitria/ES, entre os anos de 2013 a 2014. Apresenta um campo problemtico que se dedica a compreender que movimentos do pensamento so produzidos a partir do uso de imagens cinema nas redes de conversaes com professores em formao continuada, a partir de uma cartografia de pesquisa que articula o mapeamento de virtualidades presentes no banco de teses da CAPES e as cinecartografias do cotidiano escolar em duas dobras do tempo. Tece um debate terico que se compe pelas linhas de pensamento, principalmente, de Bergson (2006a; 2006b), Carvalho (2008; 2009; 2010; 2012) Deleuze (1988; 1991; 1992; 1995; 1996; 2003; 2006; 2007; 2010; 2011), Foucault (1979; 1999. 2006a; 2006b; 2008), Guron (2010; 2011), Pelbart (2011), Sauvagnargues (2009), dentre outros. As opes terico-metodolgicas estabelecem uma pesquisa de campo na intercesso entre os estudos com o cotidiano escolar e os da pesquisa cartogrfica, tomando o plano de imanncia como mundo material para a ocorrncia de acontecimentos. Utiliza, para a produo de dados a observao participante, os registros em dirio de campo, considerados como uma descrio cristalina, assim como, as narrativas cristalinas que emergiam nas redes de conversaes com as personagens-escolas (docentes), que se configuram como imagensnarrativas de pesquisa. Organiza o debate dos dados produzidos em sete captulos. Apresenta como consideraes trs principais agrupamentos do movimento do pensamento nas redes de conversaes com professores provocados pelas imagens cinema: cinescola-clichs, imagensformao docente e cristaisescolas. Destaca que no h uma realidade que comporte uma s verdade sobre a formao com professores, mas o que existe so cortes, percepes, afeces e produes de verdades que entrelaam os diferentes modos de existir e reexistir na educao brasileira. As telasescolas, assim como as telas do cinema, apresentam e nos cercam com um mundo que articula um cinescola-clich, imagensformao docente e cristaisescolas, que para alm do pensamento reto e dogmtico, exibem entre imagens cinema e imagens escolas, outros movimentos do pensamento com a formao de professores, sendo capazes de potencializar as pesquisas educacionais a no ir em busca de um tempo perdido, mas de um tempo a ser redescoberto, fazendo crer ainda mais nesse mundo e na educao.
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Os osteomas so os tumores benignos mais freqentes dos seios paranasais, apresentam crescimento lento e so em sua maioria assintomticos. O tratamento cirrgico destes tumores, ainda, um tema controverso no que tange suas indicaes e a escolha da abordagem cirrgica. Existem diversas opes cirrgicas que vo desde as abordagens externas clssicas at as transnasais assistidas por vídeo-endoscopia. No existem indicaes formais para cada uma das abordagens devendo-se sempre levar em conta o tamanho do tumor no momento da escolha da abordagem a ser empregada. OBJETIVO: Neste estudo apresentaremos seis casos de osteomas dos seios paranasais operados no Hospital Prof. Edmundo Vasconcelos, So Paulo-SP com diferentes abordagens cirrgicas em funo de peculiaridades de cada caso, discutiremos as indicaes da cirurgia e tambm as opes cirrgicas mostrando as vantagens e desvantagens de cada abordagem. FORMA DE ESTUDO: Estudo de srie.
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OBJETIVO: Avaliar, por meio de tcnicas histolgicas e imunoistoqumicas, o epitlio nos ndulos vocais em relao aos plipos, ao edema de laringe e s pregas vocais sem leses macroscpicas. FORMA DE ESTUDO: Clnico retrospectivo. MATERIAL E MTODO: Por meio de levantamento de pronturio, foram identificados vinte e seis pacientes com leses larngeas inflamatrias (ndulos, plipos e edema de laringe), que haviam sido submetidos cirurgia. Pregas vocais sem alteraes macroscpicas foram obtidas a partir de autpsia de cadveres. Para anlise do epitlio, foram realizadas coloraes pela tcnica da hematoxilina-eosina e do cido peridico de Schiff e tcnicas de imunoistoqumica com anticorpos dirigidos contra laminina e colgeno IV. A leitura das lminas foi realizada por meio de microscopia ptica. RESULTADOS: Houve maior imunoexpresso de laminina e colgeno IV nos ndulos quando comparados aos plipos (p=0,034 e p=0, 036, respectivamente), assim como quando comparados s pregas vocais sem leses macroscpicas (p=0,019 e p=0, 021, respectivamente). Ndulos tendem a apresentar maior espessura da membrana basal, quando utilizamos colorao pela tcnica do PAS, em relao aos plipos (p=0,102). O edema de laringe no se diferenciou das demais nas tcnicas utilizadas (p> 0,10). CONCLUSES: O Ndulo Vocal diferencia-se dos plipos, nas trs tcnicas utilizadas para deteco da membrana basal (PAS, laminina, colgeno IV), e das pregas vocais sem leses macroscpicas em duas das tcnicas utilizadas (laminina e colgeno IV). Edema de laringe no se diferencia das demais leses, nem de pregas vocais sem leses macroscpicas, quando utilizadas as tcnicas anteriormente descritas, para estudo da membrana basal.
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O acesso direto regio do ngulo pontocerebelar pela via retrolabirntica seguro, entretanto, no permite a viso direta de todo o meato acstico interno (MAI) pela otomicroscopia. Os endoscpios podem ser utilizados na explorao do MAI por esta via. OBJETIVO: Nosso objetivo avaliar a capacidade de inspeo do MAI com endoscpios de diferentes angulaes. FORMA DE ESTUDO: Estudo anatmico. MATERIAL E MTODO: Estudamos 40 ossos temporais humanos nos quais realizamos acessos retrolabirnticos. Nestes ossos, medimos as distncias ocultas do MAI, em seus quatro quadrantes, utilizando o microscpio cirrgico e os endoscpios de 0, 30 e 70. RESULTADOS: Observamos que as distncias ocultas medidas foram diminuindo, com significncia estatstica, conforme o instrumento utilizado, nesta seqncia: microscpio, endoscpio de 0, 30 e 70. Somente o endoscpio de 70 permitiu a viso do fundo do MAI em todos os quadrantes, o que ocorreu em 27,5% dos casos. A viso parcial do fundo do MAI foi obtida em 67,5% dos ossos com o endoscpio de 70 e em 12,5% com o endoscpio de 30, no tendo sido obtida em nenhum caso com o uso do endoscpio de 0 ou do microscpio. As mdias de distncias ocultas no quadrante ntero-superior, medidas com o microscpio e endoscpios de 0, 30 e 70 foram respectivamente: 10,4mm, 7,3mm, 4,3mm e 1,1mm. CONCLUSES: O endoscpio de 70 demonstrou ser significativamente superior aos demais instrumentos na inspeo do MAI e sugerimos que ele seja considerado o instrumento de escolha na inspeo do MAI nos acessos retrolabirnticos.
Resumo:
A prevalncia de SAOS em crianas de 0,7-3%, com pico de incidncia nos pr-escolares. Fatores anatmicos (obstruo nasal severa, ms-formaes craniofaciais, hipertrofia do tecido linftico da faringe, anomalias larngeas, etc.) e funcionais (doenas neuromusculares) predispem SAOS na infncia. A principal causa da SAOS em crianas a hipertrofia adenotonsilar. As manifestaes clnicas mais comuns so: ronco noturno, pausas respiratrias, sono agitado e respirao bucal. A oximetria de pulso noturna, a gravao em udio ou vídeo dos rudos respiratrios noturnos e a polissonografia breve diurna so mtodos teis para triagem dos casos suspeitos de SAOS em crianas, e o padro-ouro para diagnstico a polissonografia em laboratrio de sono durante uma noite inteira. Ao contrrio dos adultos com SAOS, as crianas costumam apresentar: menos despertares associados aos eventos de apnia, maior nmero de apnias/hipopnias durante o sono REM e dessaturao mais acentuada da oxihemoglobina mesmo nas apnias de curta durao. O tratamento da SAOS pode ser cirrgico (adenotonsilectomia, correo de anomalias craniofaciais, traqueostomia) ou clnico (higiene do sono, presso positiva contnua nas vias areas - CPAP).