998 resultados para Mato Grosso - Condições econômicas
Resumo:
A Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados (CPAC), a Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuária (Emgopa, atual Emater-GO) e a Cooperativa Agropecuária Mista do Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba (Coopadap-MG), recomendaram uma nova cultivar de trigo -- EMBRAPA 22 -- para plantio no sistema de cultivo irrigado por aspersão nos estados de Goiás e Minas Gerais e no Distrito Federal. Recentemente, a cultivar foi recomendada também para os estados de Mato Grosso e Bahia. EMBRAPA 22 é originária de cruzamentos realizados no Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT), situado no México. Foi selecionada na Embrapa-CPAC entre diversas linhas avançadas enviadas pelo CIMMYT e identificada em ensaios da rede experimental da região central do Brasil como linhagem CPAC 841153. A cultivar possui glúten forte e estabilidade alta, que conferem a ela uma classificação superior quanto à qualidade industrial, além de apresentar ainda ciclo precoce, alta produtividade, resistência à ferrugem-do-colmo e ferrugem-da-folha, em condições de campo, tolerância à debulha e moderada tolerância ao acamamento. Em experimentos conduzidos em Goiás e Distrito Federal, a EMBRAPA 22 produziu 6% a mais que a testemunha Anahuac, e em Minas Gerais, 4%.
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Em Mato Grosso do Sul, existem jazidas de calcários provenientes de rocha sedimentar, aos quais são atribuídos empiricamente maior reatividade inicial em relação aos calcários de rocha metamórfica. Na Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária do Oeste (CPAO), em Dourados, MS, avaliou-se, em casa de vegetação, a eficiência relativa de frações granulométricas de calcários, em Latossolo Vermelho-Escuro álico franco-areno-argiloso e Latossolo Roxo distrófico muito argiloso. Em cada solo, aplicou-se dose de calcário estimada para elevar o pH em CaCl2 para 6,0. Os tratamentos, dispostos em delineamento inteiramente ao acaso, consistiram de: testemunha sem calcário e a aplicação de quatro frações granulométricas (malhas de 4,00 a 2,00; 2,00 a 0,84; 0,84 a 0,30 e 0,30 a 0,21mm) de três calcários: calcítico de origem sedimentar (CS) e calcítico (CM) e dolomítico (DM) de origem metamórfica. Não se verificaram diferenças na efetividade dos calcários calcítico e dolomítico, de mesma natureza geológica, em elevar o pH do solo. A eficiência relativa dos corretivos foi influenciada pela sua natureza geológica, granulometria, tipo de solo e tempo de incubação. A eficiência relativa inicial do CS foi superior às fontes metamórficas, e se manteve igual ou superior após três meses de incubação.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes usos da terra e sistemas de manejo do solo, nas características químicas de um Neossolo Quartzarênico, no Cerrado de Mato Grosso. Os tratamentos estudados foram: cerrado nativo; uma pastagem de baixa produtividade com 22 anos de implantação; plantio convencional com 1 e 4 anos de uso e diferentes sucessões de culturas; e plantio direto com 5 anos de implantação. Foram determinados os teores de carbono e nitrogênio, pH, acidez potencial, capacidade de troca de cátions (CTC), fósforo disponível, bases trocáveis e saturação por bases do solo. Os valores mais baixos de pH, fósforo disponível, potássio, cálcio e magnésio foram observados nas áreas sob cerrado e pastagem, e a menor concentração de carbono no solo sob pastagem refletiu menor CTC do solo. A aplicação do calcário nos tratamentos com plantio convencional e direto favorece o aumento das concentrações de cálcio e magnésio no solo. Nesses sistemas, a saturação por bases (V%) do solo é mais elevada nas áreas com maior tempo de implantação (4 e 5 anos). Embora o Neossolo Quartzarênico possua limitações para o cultivo, em razão de sua baixa fertilidade natural, se adequadamente manejado, este solo apresenta potencial para o cultivo agrícola.
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A banana cv. Nanicão é a principal cultivar comercializada nos mercados brasileiro e mundial. A maior parte dessa cultivar comercializada no Estado de Mato Grosso vem de outros Estados, embora existam condições edafoclimáticas para ser auto-suficiente na produção dessa cultivar e inclusive atender a outros mercados. O objetivo deste trabalho foi verificar as condições da climatização da banana cv. Nanicão e sua influência na conservação pós-colheita de frutos produzidos no Estado de Mato Grosso (MT) e procedentes do Estado de Santa Catarina (SC). Foram acompanhadas 12 caixas de banana cv. Nanicão, pesando em torno de 21 kg cada, colhidas em pomar comercial do município de Campo Verde-MT, e também 12 caixas oriundas de SC. Anteriormente à climatização e durante todo o período de vida útil dos frutos, foram monitoradas diariamente a temperatura e a umidade relativa do ambiente, a evolução da coloração dos frutos e a perda de peso destes, assim como o teor de sólidos solúveis totais e de acidez potenciométrica nos frutos verdes e maduros. Verificou-se o maior período de vida útil da banana de SC, 3 dias após a retirada da câmara de climatização, apresentando-se totalmente amarela e com valor máximo de 7,07% de perda de peso dos frutos. A banana cv. Nanicão produzida no MT atingiu valores de perda de peso 5,69% no 2º dia, quando após esse período, não estaria mais própria para a comercialização, atingindo coloração amarelo-pálida. Altos índices de perdas foram detectados no período pós-colheita da banana-'Nanicão', representados principalmente por danos mecânicos na procedente de SC e por danos fisiológicos (despencamento) na banana de MT. O despencamento pode estar relacionado com a falta de circulação eficiente do etileno, da exaustão e umidade relativa baixa, 65% em média, durante a climatização. Nos teores de açúcares e de acidez dos frutos, a banana do MT apresentou valores levemente superiores de acidez, o que favorece o seu sabor quando relacionado com os teores de açúcares.
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O trabalho objetivou caracterizar árvores e frutos de populações naturais de Hancornia speciosa Gomes, bem como avaliar a distribuição da variabilidade fenotípica existente. Populações de mangabeiras foram amostradas no Cerrado, incluindo os Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia, abrangendo 109 matrizes de 35 populações das variedades botânicas pubescens, gardneri, speciosa e cuyabensis. Os resultados mostraram que, nas condições do Cerrado, as matrizes de H. speciosa apresentam elevados níveis de variação fenotípica quanto a caracteres de frutos, sendo que a maioria dessas variações está entre populações. Há, também, uma grande variação fenotípica dentro das variedades botânicas. H. speciosa var. gardneri e H. speciosa var. pubescens têm frutos maiores e mais pesados. A variedade botânica gardneri apresenta porte mais alto que as demais. Nas variedades gardneri e pubescens, predominam frutos redondos e verde-claros, enquanto em speciosa e cuyabensis predominam frutos de formato oblongo e coloração amarelo-escura e verde-escura, respectivamente. As variedades gardneri e pubescens destacam-se como de maior potencial para a seleção baseada em caracteres de tamanho e massa dos frutos.
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Este trabalho visou a avaliar o comportamento de quatro genótipos de banana: híbridos FHIA 1, BRS FHIA 18 e as cultivares Caipira e Prata-Anã durante o primeiro ciclo de produção, nas condições edafoclimáticas de Bonito, Mato Grosso do Sul. As maiores produtividades foram observadas para os híbridos FHIA 1 e BRS FHIA 18, com médias de 26,95 e 24,5 t/ha, respectivamente. Os híbridos foram superiores, estatisticamente, para as características massa do cacho (MC), número de pencas (NP), massa da ráquis (MR) e massa total de frutos (MTF). Os híbridos e a cultivar Caipira apresentaram médias semelhantes para número total de frutos (NTF), destacando-se o híbrido BRS FHIA 18 com 119,30. Quanto ao ciclo de produção, o híbrido BRS FHIA 18 e as cultivares apresentaram o mesmo período de floração à colheita (PFC), em média, 142 dias. O híbrido BRS FHIA 18 e 'Prata-Anã' tiveram comportamento mais precoce para o florescimento (NDF), enquanto o híbrido FHIA 1, mais tardio, apresentou menor período do florescimento à colheita (120 dias). Pelos resultados desta avaliação, os híbridos FHIA 1 e BRS FHIA 18 apresentaram melhor produtividade. O híbrido BRS FHIA 18 teve menor ciclo produtivo na região de Bonito-MS.
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A noz-de-macadâmia tem grande potencial de mercado, mas ainda é pouco explorada no Brasil. As condições de clima e solo de uma região têm grande influência na fenologia, qualidade, produtividade e sustentabilidade do cultivo. O objetivo deste trabalho foi realizar o zoneamento agroclimático da nogueira-macadâmia para o Brasil. Para tanto, foram utilizadas informações que relacionassem o desenvolvimento da planta e suas necessidades climáticas para estabelecimento de classes de aptidão e posterior mapeamento das regiões aptas, marginais e inaptas para o cultivo. Foram utilizados dados médios de 30 anos de temperatura do ar e precipitação mensal de 1.073 estações climatológicas no Brasil. Como resultado, observou-se que São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, sul de Minas Gerais, leste de Mato Grosso do Sul e oeste do Paraná apresentam condições favoráveis para o cultivo de macadâmia.
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Foram conduzidos três experimentos em casa de vegetação e um em condições de campo com objetivo de avaliar danos causados por Pratylenchus brachyurus em algodoeiro (Gossypium hirsutum). No primeiro experimento, plântulas foram inoculadas individualmente com um dos três isolados de P. brachyurus, Pb20, Pb21 e Pb22, coletados em diferentes regiões do Brasil, na dose de 12.000 espécimes por planta das cvs. Delta Opal e Fibermax 966. Além disso, populações iniciais de 3.000 e 12.000, e 12.000 e 30.000 espécimes por planta foram utilizadas nos experimentos 2 e 3, respectivamente, a fim de se avaliar o efeito do isolado Pb20 sobre algodoeiro cv. Delta Opal. Os resultados dos experimentos 1, 2 e 3 indicaram que P. brachyurus é um patógeno pouco agressivo ao algodoeiro, uma vez que densidades populacionais do nematóide inferiores a 12.000 por planta não causaram redução no crescimento das plantas. O experimento 4 foi realizado em três campos de cultivo de algodoeiro no Estado do Mato Grosso confirmaram esses resultados, já que não foi observada correlação entre a população de P. brachyurus nas raízes e a produção de algodão.
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Este trabalho teve por objetivo quantificar os danos no rendimento de grãos, causados pela infecção natural da brusone (Pyricularia grisea), em diferentes cultivares e linhagens de trigo, na safra agrícola de 2004, no Município de Dourados, Mato Grosso do Sul, isoladamente da ocorrência de outras doenças. Trabalhou-se em condições naturais e sem o emprego de fungicidas, em parcelas experimentais, na Embrapa Agropecuária Oeste e em Indápolis. Após o espigamento, todas as espigas de trigo com sintomas típicos da brusone (ponto preto de infecção na ráquis) foram identificadas e marcadas, em uma área de 1m². As espigas doentes e sadias foram colhidas, contadas e trilhadas separadamente. Os danos foram calculados com base na diferença entre o rendimento real e a estimativa do rendimento potencial. Os resultados mostraram que os danos e a incidência da brusone variaram de acordo com as cultivares/linhagens testadas e a região tritícola avaliada. As menores incidências da brusone foram observadas na cv. BR 18-Terena, com 27% e 42% de espigas infectadas, nos ensaios instalados na Embrapa Agropecuária Oeste e em Indápolis, respectivamente. O dano médio devido à brusone, registrado nos 20 materiais testados, foi de 387kg/ha, o que representou 10,5% do rendimento de grãos, no ensaio instalado na Embrapa Agropecuária Oeste. Em Indápolis, os danos foram maiores, atingindo, em média, 609kg/ha (13,0% do rendimento de grãos). As perdas em peso por espiga foram maiores (63,4%) quando a infecção foi precoce em comparação à infecção tardia (46,0%). Verificou-se que houve uma compensação das perdas causadas pela doença, através do melhor desenvolvimento de grãos produzidos abaixo do ponto de estrangulamento da ráquis. Observou-se, também, que em função das espigas brancas sobressaírem-se das demais, pode-se superestimar as perdas.
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Cupania vernalis Camb. (Sapindaceae) é uma espécie freqüente em quase todas as formações florestais, principalmente em Cerrado e Mata de Galeria, abrangendo os Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo até o Rio Grande do Sul. Essa espécie se destaca, principalmente, pelo seu emprego em plantios mistos destinados à recuperação de áreas degradadas de preservação permanente, pelo fato de seus frutos serem muito apreciados e consumidos por pássaros e, ainda, na medicina popular contra asma e tosses convulsivas. O estudo da anatomia foliar é de grande importância para a compreensão da plasticidade adaptativa de uma espécie submetida a diferentes condições ambientais, por estar correlacionada com processos de trocas gasosas e assimilação de CO2 e outras características inerentes ao crescimento da planta. Neste trabalho, objetivou-se estudar o efeito de diferentes níveis de sombreamento (pleno sol, 30%, 50% e 70%) sobre a anatomia foliar e trocas gasosas de plantas jovens de Cupania vernalis Camb. Os resultados indicaram maior taxa fotossintética e, ainda, incrementos na condutância estomática, espessura do limbo, número de estômatos por área e espessura de parede celular em folhas de plantas crescidas sob pleno sol e 30% de sombreamento. Foram observadas correlações positivas entre características de trocas gasosas e anatomia foliar. Pelos resultados, pôde-se concluir que a espécie em estudo apresenta grande plasticidade anatômica em relação aos níveis de sombreamento testados, favorecendo, assim, um melhor desenvolvimento das mudas sob diferentes condições ambientais.
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Com relação aos atributos do solo, a produtividade de madeira do pinus varia substancialmente em função do pH, do teor de matéria orgânica e da resistência à penetração. No ano de 2007, no Município de Selvíria (MS) foi analisada a produtividade de madeira do Pinus caribaea var. hondurensis, em função de alguns atributos físico-químicos de um Latossolo Vermelho Distrófico estabelecido num maciço florestal com 21 anos de idade. O objetivo foi selecionar, entre os atributos pesquisados do solo, aquele que melhor se apresentasse para explicar a variabilidade da produtividade de madeira. Para tanto, foi instalado um grid geoestatístico, para a coleta dos dados do solo e da planta, contendo 121 pontos amostrais, numa área de 3 ha do referido maciço. A produtividade de madeira variou diretamente com o pH do solo, tanto linear quanto espacialmente, com valores de 27,0-32,6 m³ ha-1 ano-1 e 3,9-4,4, respectivamente. Nos maiores, 32,6-36,9 m³ ha-1 ano-1 e 4,4-4,9. Dessa forma, o pH revelou ser um apreciável indicador da qualidade química do solo quando o objetivo foi estimar, linear e espacialmente, a produtividade de madeira da essência florestal pesquisada nas condições do Cerrado brasileiro do Sudeste do Estado do Mato Grosso do Sul.
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Este estudo teve por objetivo avaliar a composição do banco de sementes como indicador de restauração em quatro módulos de sistemas agroflorestais multiestratificados, com diferentes idades e em remanescente florestal nativo no Município de Amambai, região Sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul. As coletas de solo foram realizadas em dezembro de 2012 e consistiram em 15 amostras de 20 cm x 20 cm, a 5 cm de profundidade, distribuídas ao acaso, em cada módulo do Sistema Agroflorestal e testemunha (mata), com descarte da serapilheira, totalizando 75 amostras. As amostras foram alocadas em estufa e acondicionadas em bandejas plásticas de 3 L, agrupadas lado a lado por área de coleta. O monitoramento das plântulas ocorreu durante 180 dias, com irrigação diária. A maioria das espécies foi de herbáceas (73%), representando as arbóreas 14,2%. Entre as arbóreas, três se destacam: Trema micrantha (L.) Blume, Cecropia pachystachya Trecul e Solanum paniculatum L. Em relação à densidade de sementes viáveis no solo, ocorreu predomínio de espécies herbáceas em todas as áreas, e os valores não apresentaram diminuição em relação ao aumento em idade das áreas; entretanto, os menores valores foram encontrados na área de Mata. A densidade de sementes de espécies arbóreas aumentou conforme o avanço em idade das áreas, sugerindo o avanço sucessional dos sistemas agroflorestais multiestratificados estudados, de forma semelhante ao que ocorre em florestas em estádio secundário de sucessão, evidenciando sua capacidade em restaurar áreas degradadas.
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O objetivo deste estudo foi avaliar a composição de abelhas Euglossina em três áreas distintas, com monocultura de eucalipto de diferentes idades, utilizando a vegetação nativa como controle, com base nos aspectos de riqueza e abundância. O trabalho foi realizado em três propriedades particulares, localizadas na região Sudoeste de Mato Grosso, em monocultura de eucaliptos de diferentes idades e vegetação nativa (Cerrado). As coletas foram realizadas mensalmente, de dezembro de 2011 a março de 2012, utilizando-se seis essências: eugenol, eucaliptol, vanilina, benzoato de benzila, salicitato de metila e acetato de benzila, das 8 às 16 h. Foram coletados 430 espécimes, de quatro gêneros e 18 espécies. Eulaema nigritaLepeletier, 1841, Euglossa melanotricha Moure, 1967 e Eulaema cingulata Fabricius, 1804 foram as espécies mais abundantes e comuns a todas as áreas estudadas. A área com maior abundância de abelhas foi ApS (166 indivíduos) e com maior riqueza, a Tol (14 espécies). A composição de espécies foi semelhante nas áreas analisadas, e a abundância apresentou dissimilaridade entre a Tol e as áreas SanR e ApS. A área AC (área-controle) apresentou maior abundância (147) e riqueza (n = 15) em relação à monocultura de eucalipto.
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Objetivou-se fazer levantamento das principais afecções de cavidade oral relacionadas com a doença perio-dontal em Panthera onca proveniente de cativeiro e natureza. Sob o ponto de vista da conservação de animais ameaçados de extinção, no caso a onça-pintada (Panthera onca), buscou-se promover a orientação dos proprietários e trabalhadores rurais sobre a necessidade da preservação de tal espécie em vida livre e tentar determinar se as condições ambientais podem influenciar na saúde oral. Utilizou-se amostra constituída de 42 onças-pintadas (P. onca), provenientes de 18 instituições mantenedoras de tais espécies em cativeiro no Estado de São Paulo, que foram visitadas e anestesiadas pelo Plano de Manejo de Felinos Neotropicais. Pesquisaram-se também 4 onças-pintadas (P. onca), provenientes de vida livre, capturados na Fazenda Sete, município de Miranda, Estado do Mato Grosso do Sul, no pantanal sul mato-grossense. Todos os animais pesquisados em cativeiro apresentaram graus variados de lesões orais relacionadas à doença periodontal. Aqueles animais pesquisados na natureza não apresentaram nenhum tipo de comprometimento clínico na cavidade oral.
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Descreve-se um surto de intoxicação por Senna obtusifolia em bovinos no estado de Mato Grosso do Sul, na região do Pantanal. Em um lote de 313 novilhas, 165 adoeceram e morreram (coeficientes de morbidade de 52,7% e de letalidade de 100%). Os bovinos permaneceram no piquete infestado pela planta por 37 dias. Os sinais clínicos consistiram em relutância em movimentar-se, andar trôpego (incoordenação), decúbito esternal permanente, diminuição do tônus de língua, estado comportamental em alerta, mioglobinúria caracterizada por urina castanho-escuro e fezes ressecadas com ou sem muco (ocasionalmente diarreicas com estrias de sangue). As principais alterações macroscópicas observadas nos 12 bovinos necropsiados estavam nos músculos esqueléticos dos membros pélvicos e foram caracterizadas por graus variáveis de palidez nos grupos musculares. Histologicamente, a lesão mais relevante encontrada foi degeneração e necrose segmentar multifocal nos músculos estriados esqueléticos (miopatia degenerativa tóxica multifocal polifásica). O diagnóstico da intoxicação baseou-se na epidemiologia (massa de forragem e de planta tóxica, análise da lotação do piquete e análise da precipitação pluviométrica), no quadro clínico dos animais e nos achados de necropsia e histopatologia.