996 resultados para Insulina Secreção Teses
Resumo:
OBJETIVO: estimar a prevalncia de infeco por vrus da imunodeficincia humana (HIV), vrus linfotrpicos de clulas T humanas (HTLV), vrus da hepatite B (VHB), Chlamydia trachomatis (C. trachomatis) e de sfilis em gestantes, bem como fatores de risco associados a essas infeces, na Fundao de Medicina Tropical do Amazonas (FMTAM). MTODOS: foi realizado um estudo transversal incluindo 674 gestantes atendidas consecutivamente da demanda espontnea da FMTAM no perodo de Maro a Setembro de 2008. As informaes demogrficas, epidemiolgicas, socioeconmicas, clnicas e obsttricas foram coletadas em um questionrio especfico. As pacientes tiveram uma amostra de sangue coletada de veia perifrica para a realizao de sorologias de HIV, HTLV, hepatite B e sfilis. Foi coletada uma amostra de secreção endocervical para a realizao de teste de deteco de antgenos da C. trachomatis. A Odds Ratio foi utilizada para estimar a fora de associao entre possveis fatores de risco e infeco. A anlise estatstica foi feita com a utilizao do teste t de Student, o teste do χ2 e o exato de Fischer. RESULTADOS: a mdia de idade foi de 23,9 anos (DP 6,3). As prevalncias observadas foram de 0,6% para infeco por HIV; 0,7% para o HBsAg; 1% de sfilis e 2,7% para C. trachomati s. Todas as amostras foram negativas para HTLV. No se evidenciaram variveis associadas infeco por HIV, VHB e sfilis. Observou-se associao estatisticamente significativa entre gestantes com idade inferior a 20 anos e de primigestas com infeco por C. trachomatis. CONCLUSES: o estudo evidenciou que a prevalncia de infeco por HIV nas gestantes atendidas na FMTAM semelhante aos valores descritos na literatura brasileira, enquanto que as prevalncias de HTLV, VHB, sfilis e C. trachomatis na populao estudada encontram-se abaixo das encontradas por outros autores. O principal fator de risco para a infeco por C. trachomatis foi ter menos de 20 anos de idade.
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OBJETIVO: avaliar as caractersticas clnicas e laboratoriais de parentes de primeiro grau do sexo masculino de pacientes com diagnstico confirmado de sndrome de ovrios policsticos (SOP) e comparar os achados com um grupo controle sem histria familiar de SOP. MTODOS: foram selecionados aleatoriamente 28 homens com idade entre 18 e 65 anos que possuam parentesco de primeiro grau com mulheres diagnosticadas com SOP e 28 controles pareados por idade, cintura e ndice de massa corporal (IMC). RESULTADOS: homens com parentesco de 1 grau com mulheres com SOP comparados ao Grupo Controle apresentaram nveis mais elevados de triglicerdeos (189,6103,1 versus 99,437,1; p<0,0001), HOMA-IR (Homeostase Model Assesment) (3,59,1 versus 1,01,0; p=0,0077) e glicemia (130,181,7 versus 89,57,8; p=0,005), alm de menores nveis da globulina ligadora de hormnios sexuais (SHBG) (23,813,8 versus 31,19,1; p=0,003). Os nveis de SHBG se correlacionaram independentemente com os nveis de triglicrides. Os parentes de 1 grau tambm apresentavam mais sinais clnicos de hiperandrogenismo. CONCLUSES: parentes de primeiro grau do sexo masculino das pacientes com SOP apresentam maior grau de dislipidemia e de resistncia insulina, alm de nveis mais baixos de SHBG com mais sinais clnicos de hiperandrogenismo. Esses achados sugerem que a resistncia insulina pode ter origem hereditria em indivduos com histria familiar de SOP, independentemente de parmetros antropomtricos.
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OBJETIVO: avaliar a concentrao dos hormnios esteroides no fluido folicular (FF) de folculos pequenos (10-14 mm) e grandes (> 18 mm) de mulheres com sndrome dos ovrios policsticos (SOP) submetidas hiperestimulao ovariana controlada (HOC) e ciclos de fertilizao in vitro (FIV). MTODOS: estudo caso-controle foi conduzido em 13 mulheres infrteis com SOP (17 ciclos) e 31 mulheres infrteis por fator masculino - Grupo Controle (31 ciclos). Os FF foram aspirados individualmente e dividos em 4 grupos: G1 (FF pequeno do Grupo Controle), G2 (FF pequeno do grupo SOP), G3 (FF grande do Grupo Controle) e G4 (FF grande do grupo SOP). A metodologia utilizada para as dosagens de estradiol, progesterona e β-hCG foi a quimioluminescncia, e de testosterona e androstenediona o radioimunoensaio. Para a anlise das dosagens hormonais no FF entre os grupos SOP e Controle utilizou-se o teste t no-pareado, e para a comparao entre os quatro grupos, o ANOVA. Para a taxa de gravidez, foi utilizado o teste exato de Fisher. RESULTADOS: os folculos pequenos dos dois grupos tiveram valores menores de progesterona (8.4353.305 ng/mL) comparados aos grandes (10.2803.475 ng/mL), com valor de p<0,01. Os nveis de progesterona de todos os folculos do grupo SOP (8.0954.151 ng/mL) foram inferiores ao Controle (9.8243.128 ng/mL), com valor de p=0,03. Os nveis de testosterona diferiram entre G1 (326,6124,4 ng/dL) e G3 (205,898,91 ng/dL), com valor de p<0,001, e entre G3 (205,898,91 ng/dL) e G4 (351,10122,1 ng/dL), com valor de p<0,001. Os folculos pequenos (508,9266 ng/dL) apresentaram valores superiores de testosterona comparados aos grandes (245,10123 ng/dL), com valor de p<0,0001. As taxas de gravidez no diferiram entre os grupos SOP (5/13, 38,5%) e Controle (9/31, 40,9%), com valor de p=072. CONCLUSES: mulheres com SOP apresentam altas concentraes de testosterona no FF, independentemente do estgio de desenvolvimento folicular, e nveis de progesterona diminudos, sugerindo que fatores parcrinos podem inibir sua secreção pelas clulas foliculares. As taxas de gravidez mostraram que o tratamento de HOC e FIV uma boa opo para mulheres com infertilidade secundria SOP.
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OBJETIVO: avaliar a sensibilidade dolorosa e os fatores envolvidos na produo de fluido papilar adequado para anlise de citologia onctica, por meio de sistema automatizado de coleta. MTODOS: foram selecionadas 50 mulheres assintomticas, sem antecedente pessoal ou familiar de cncer de mama, fora do ciclo gravdico-puerperal para coleta de fluido papilar por meio de sistema automatizado. Foram registradas e relacionadas com a produo de fluido papilar a idade da paciente, tabagismo, antecedente de cirurgia mamria, paridade, amamentao, estado menopausal e idade da menarca. Todo o material coletado foi fixado em meio apropriado, e encaminhado separadamente para anlise de citologia onctica. A sensibilidade dolorosa do procedimento de coleta foi avaliada por meio da Escala Category-Ratio Scale (CR10) de Borg. RESULTADOS: a idade variou de 22 a 59 anos, mdia de 41,68,6 anos. Das 50 pacientes, 20 (40%) no apresentaram fluido papilar adequado para anlise em nenhuma das mamas. Naquelas pacientes que se obteve fluido papilar adequado para anlise de citologia onctica, a paridade esteve inversamente relacionada com a capacidade de obter amostra celular adequada, nvel de significncia estatstica (p=0,035), OR=0,0032 (IC 95%=0,0001-0,1388). Em relao sensibilidade dolorosa, o exame foi bem tolerado. CONCLUSES: o mtodo automatizado de coleta de fluido papilar para anlise de citologia onctica foi bem tolerado pelas mulheres tendo produzido material analisvel em 60% dos casos, esteve inversamente relacionado com a paridade.
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A lipodistrofia parcial familiar tipo Dunnigan uma doena autossmica dominante rara. Em sua forma clssica, resultante de uma mutao missense heterozigtica no gene LMNA, que codifica a protena nuclear denominada lmina tipo A/C. Caracteriza-se pelo desaparecimento progressivo do tecido adiposo subcutneo nos membros, regio gltea, abdome e tronco, que se inicia na puberdade, acompanhado de acmulo de gordura em outras reas, como a face, queixo, grandes lbios e regio intra-abdominal, conferindo o aspecto de hipertrofia muscular e simulando o fentipo de sndrome de Cushing. Mulheres afetadas so particularmente predispostas resistncia insulina e suas complicaes, incluindo sinais da sndrome dos ovrios policsticos. Com o objetivo de alertar para o diagnstico precoce, que possibilita a adoo de medidas que minimizam os graves distrbios metablicos vinculados desordem, relatamos o caso de uma paciente em que a investigao foi realizada somente ao final da quinta dcada de vida. A aparente hipertrofia muscular e o acentuado depsito de gordura nos grandes lbios possibilitam aos mdicos ginecologistas a suspeita diagnstica.
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OBJETIVO: Comparar as caractersticas metablicas de mulheres jovens do sudeste brasileiro, obesas e no obesas com sndrome dos ovrios policsticos (SOP). MTODOS: Estudo transversal que incluiu 218 mulheres de idade reprodutiva com diagnstico de SOP - 90 mulheres no obesas (IMC entre 18,5 e 29,9 kg/m) e 128 pacientes obesas (IMC >30 kg/m), selecionadas no momento do diagnstico. Foram comparadas as frequncias de resistncia insulnica (RI), intolerncia glicose (IG), sndrome metablica (MetS) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e os valores mdios de colesterol total (CT), triglicrides (TG), lipoprotenas de alta (LDL) e baixa densidade (HDL), entre as pacientes obesas e no obesas com SOP. Foram comparadas tambm as caractersticas clnicas e hormonais (hormnio folculo estimulante, luteinizante, prolactina, hormnio tireoestimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona e 17-hidroxiprogesterona) nos dois grupos. A anlise estatstica foi realizada com o auxlio do software SAS 9.0. Para anlise das variveis com distribuio normal, utilizou-se o teste t de Student no pareado; na ausncia desta caracterstica, o teste utilizado foi Mann-Whitney bicaudal. Para as variveis qualitativas utilizou-se o teste Exato de Fisher. Em todas as anlises, foi considerado o nvel de significncia de 5% (p<0,05). RESULTADOS: As frequncias de RI, IG e MetS foram significativamente mais elevadas em pacientes com SOP obesas do que no obesas (66,7, 29,9 e 63% versus 24,7, 12,2 e 16.4%, respectivamente). As pacientes obesas apresentaram maiores nveis de CT e TG (189,835.8 mg/dL e 145.471.1 mg/dL, respectivamente) do que as no obesas (172,138.4 mg/dL e 99,354 mg/dL, respectivamente). Ambos os grupos apresentaram nveis mdios de HDL abaixo de 50 mg/dL. CONCLUSES: Mulheres obesas jovens com SOP apresentam maior frequncia de RI, IG e SM do que as no obesas. Todavia, a ocorrncia dos distrbios metablicos elevada tambm na pacientes no obesas, sugerindo que a presena da sndrome favorea o desenvolvimento de comorbidades metablicas, com potenciais repercusses a mdio e longo prazos.
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OBJETIVO: Analisar a prevalncia de Streptococcus agalactiae, um estreptococo do Grupo B, em gestantes e seus possveis fatores de risco, bem como o impacto perinatal e a suscetibilidade antimicrobiana das colonizadas. MTODOS: Foram avaliadas 213 gestantes a partir de 20 semanas de gestao, independente dos fatores de risco, atendidas em um hospital-escola tercirio da zona Norte do Estado de Cear, no Brasil. O clculo do tamanho amostral ocorreu por convenincia. Foi utilizada tcnica do swab estril nico para coleta de secreção das regies vaginal e perianal. As amostras recm-obtidas eram armazenadas em meio de transporte Stuart e, no laboratrio, inoculadas em meio seletivo Todd-Hewitt adicionado de gentamicina (8 ug/mL) e cido nalidxico (15 ug/mL), com posterior subcultivo em placas em gar-sangue. Nos materiais eram realizados teste de Gram, catalase com perxido de oxignio e CAMP (Christie, Atkins, Munch-Petersen), sendo confirmados sorologicamente com Streptococcal Grouping Kit, Oxoid. As positivas foram submetidas a testes de suscetibilidade antimicrobiana. Foram tambm avaliadas variveis socioeconmicas, reprodutivas, clnico-obsttricas e neonatais. Os dados foram analisados utilizando o programa Epi-Info 6.04. RESULTADOS: A prevalncia de colonizao encontrada foi de 9,8% pelo teste de CAMP, embora apenas 4,2% pelo sorolgico. O nico fator de proteo observado foi cor da pele branca (p=0,01, 0.45>OR>0.94, IC95%). No foi observada diferena de prevalncia do estreptococo do Grupo B com outras variveis reprodutivas ou obsttricas. Ocorreu infeco em apenas um dos recm-nascidos de mes colonizadas, entretanto revelou-se infeco por Pseudomonas spp. Foi encontrada resistncia para ampicilina (4/9) e cefalotina (4/9), penicilina (4/9 casos), eritromicina (3/9), clindamicina (7/9) e cloranfenicol (1/9). CONCLUSES: A taxa de infeco foi inferior encontrada em outros estudos, embora tambm notou-se grande taxa de resistncia aos antibiticos mais utilizados no tratamento. So necessrios novos estudos no Brasil, com grupos geograficamente semelhantes, para a validao desses resultados.
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OBJETIVO: Aquilatar a prevalncia da vaginose bacteriana e comparar a acurcia dos testes do pH e do KOH com o gradiente de Nugent, mtodo padro-ouro, no diagnstico da vaginose bacteriana (VB) em gestantes assintomticas e sintomticas de baixo risco. MTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal em 321 grvidas, com idade gestacional entre 14 e 26 semanas, 218 assintomticas e 103 com queixa de secreção vaginal sugestiva de vaginose bacteriana. Todas as gestantes foram avaliadas pelos critrios de Nugent e submetidas pHmetria vaginal e ao teste do KOH a 10%. O coeficiente de Kappa foi utilizado para avaliar os mtodos quanto concordncia diagnstica. RESULTADO: A maioria das gestantes era adolescente (mdia etria 21,05,6 anos), nulpara e parda. A prevalncia da vaginose bacteriana foi de 33,3% pelo mtodo de pH e KOH e de 35,5% pelo Nugent. Entre as grvidas assintomticas, foi observada tima concordncia dos mtodos, com 72,5% delas apresentando resultados negativos para ambos os mtodos, o que resultou em um elevado coeficiente de Kappa (k=0,82). No grupo de gestantes sintomticas, houve 49,5% de positividade para ambos os mtodos diagnsticos, demonstrando tima concordncia (k=0,74). CONCLUSO: A prevalncia da vaginose bacteriana foi elevada tanto pelo mtodo de pH e KOH quanto pelo Nugent. O mtodo do pH e KOH to capaz em diagnosticar a vaginose bacteriana quanto os critrios de Nugent.
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OBJETIVOS: Comparar os parmetros metablicos, a composio corporal e a fora muscular de mulheres com Sndrome dos Ovrios Policsticos (SOP) em relao a mulheres com ciclos menstruais ovulatrios. MTODOS: Estudo caso-controle com 27 mulheres com SOP e 28 mulheres controles com ciclos ovulatrios, com idade entre 18 e 37 anos, ndice de massa corprea entre 18 e 39,9 kg/m, que no praticassem atividade fsica regular. Nveis sricos de testosterona, androstenediona, prolactina, globulina carreadora dos hormnios sexuais (SHBG), insulina e glicemia foram avaliados. ndice de andrgeno livre (FAI) e resistncia insulina (por HOMA) foram calculados. As voluntrias submetidas avaliao de composio corporal por dobras cutneas e absorciometria de raio X de dupla energia (DEXA) e testes de fora muscular mxima de 1-RM em trs exerccios aps procedimento de familiarizao e de fora isomtrica de preenso manual. RESULTADOS: Os nveis de testosterona foram mais elevados no grupo SOP em relao ao CO (68,020,2 versus 58,212,8 ng/dL; p=0,02), assim como o FAI (282,5223,8 versus 127,077,2; p=0,01), a insulina (8,47,0 versus 4,02,7 uIU/mL; p=0,01), e o HOMA (2,32,3 versus1,00,8; p=0,01). O SBHG foi inferior no grupo SOP comparado ao controle (52,543,3 versus 65,127,4 nmol/L; p=0,04). No foram observadas diferenas significativas na composio corporal com os mtodos propostos entre os grupos. O grupo SOP apresentou maior fora muscular no teste de 1-RM nos exerccios supino reto (31,24,75 versus 27,83,6 kg; p=0,04) e cadeira extensora (27,96,2 versus 23,44,2 kg; p=0,01), assim como nos testes de fora isomtrica de preenso manual (5079,61035,7 versus 4477,369,6 kgf/m; p=0,04). Ser portadora de SOP foi um preditor independente de aumento de fora muscular nos exerccios supino reto (estimativa (E)=2,7) (p=0,04) e cadeira extensora (E=3,5) (p=0,04). Assim como o IMC no exerccio de fora isomtrica de preenso manual do membro dominante (E=72,2) (p<0,01), supino reto (E=0,2) (p=0,02) e rosca direta (E=0,3) (p<0,01). Nenhuma associao foi encontrada entre HOMA-IR e fora muscular. CONCLUSES: Mulheres com SOP apresentam maior fora muscular, sem diferena na composio corporal. A RI no esteve associada ao desempenho da fora muscular. Possivelmente, a fora muscular pode estar relacionada aos nveis elevados de andrognios nessas mulheres.
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OBJETIVOS: Comparar a frequncia de sndrome metablica (SMet) e dos fatores de risco para esta sndrome em mulheres adultas e adolescentes do sudeste brasileiro com sndrome dos ovrios policsticos (SOP). MTODOS: Estudo transversal, realizado com 147 pacientes que apresentavam diagnstico de SOP e que foram divididas em dois grupos: Adolescncia, constitudo por 42 adolescentes com 13 a 19 anos e Adultas, composto por 105 mulheres com idade entre 20 e 40 anos. Foram avaliadas caractersticas clnicas (ndice de massa corporal - IMC, ndice de Ferriman, circunferncia abdominal - CA e presso arterial sistmica), o volume ovariano mdio, variveis laboratoriais (perfil andrognico srico, lipidograma, glicemia e insulina de jejum) e frequncia da SMet. Os resultados foram expressos em mdiadesvio padro. Utilizou-se regresso logstica mltipla tendo como varivel resposta a presena de SMet e como variveis preditoras para SMet os nveis de testosterona total, insulina e IMC. RESULTADOS: A frequncia de SMet foi aproximadamente duas vezes maior no grupo de mulheres adultas em relao s adolescentes com SOP (Adolescncia: 23,8 versus Adultas: 42,9%, p=0,04). Entre os critrios definidores da SMet, apenas a varivel qualitativa da presso arterial sistmica ≥130/85 mmHg foi mais frequente nas adultas (p=0,01). O IMC foi preditor independente para SMet em mulheres adolescentes (p=0,03) e adultas (p<0,01) com SOP; o nvel srico de insulina foi preditor para SMet apenas para o grupo de mulheres com SOP adultas (p<0,01). A mdia das CA foi maior nas mulheres de idade adulta (p=0,04). CONCLUSO: Mulheres com SOP adultas apresentam frequncia de SMet duas vezes maior do que adolescentes com SOP do sudeste brasileiro. Embora o IMC esteja associado com a SMet em qualquer fase da vida da mulher com SOP, o nvel srico de insulina foi preditor independente apenas da SMet em pacientes com esse distrbio na idade adulta.
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OBJETIVO: Descrever os casos e o perfil microbiolgico dos sorotipos de Streptococcus agalactiae provenientes de recm-nascidos em um Centro de Referncia da Sade da Mulher na cidade de Campinas, So Paulo, Brasil. MTODOS: Estudo transversal clnico-laboratorial realizado de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. As cepas suspeitas, isoladas em amostras de sangue e lquor, foram identificadas a partir da hemlise em gar sangue, colorao de Gram, provas de catalase, teste de CAMP, hidrlise do hipurato ou por automao microbiolgica Vitek 2 BioMerieux. A seguir, estas cepas foram tipadas por PCR utilizando sucessivamente primers especficos para espcie e para nove sorotipos de S. agalactiae. RESULTADOS: Foram isoladas sete amostras de sangue, uma de lquor e uma de secreção ocular provenientes de nove recm-nascidos com infeces causadas pelo S. agalactiae, sendo sete casos de infeco de incio precoce e duas de incio tardio. Apenas um destes casos foi positivo para amostras pareadas me-filho. Para um total de 13.749 partos no perodo, os 7 casos correspondem a 0,5 caso de infeco precoce por Streptococcus do Grupo B a cada 1 mil nascidos vivos (ou 0,6 casos por 1 mil, incluindo os 2 de infeco tardia), tendo ocorrido 1, 3, 2, nenhum e 3 casos (um precoce e dois tardios), respectivamente, nos anos de 2007 a 2011. Foi possvel realizar o PCR para sete amostras, sendo duas de cada um dos sorotipos Ia e V e o sorotipo III em trs amostras, uma delas em um recm-nascido e outras duas em amostra pareada me-filho. CONCLUSES: Embora com casustica limitada, os sorotipos encontrados coincidem com os mais prevalentes na literatura mundial, mas diferem dos estudos brasileiros, exceto para o sorotipo Ia.
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OBJETIVO: Avaliar a ocorrncia de sndrome metablica (SM) em mulheres na ps-menopausa tratadas de cncer de mama. MTODOS: Estudo clnico, transversal, com 158 mulheres na ps-menopausa (amenorreia >12 meses e idade ≥45 anos) tratadas de cncer de mama e livres de doena h pelo menos cinco anos. Por meio de entrevista foram coletados dados clnicos e avaliados o ndice de massa corprea (IMC) e a circunferncia da cintura (CC). Na anlise bioqumica foram solicitadas dosagens de colesterol total (CT), HDL, LDL, triglicerdeos (TG), glicemia, insulina e protena C-reativa (PCR). Foram consideradas com SM as mulheres que apresentaram trs ou mais critrios diagnsticos: CC>88 cm; TG≥150 mg/dL; HDL colesterol <50 mg/dL; presso arterial≥130/85 mmHg; glicemia de jejum≥100 mg/dL. Para anlise estatstica foram empregados o teste t de Student e o teste do χ2. RESULTADOS: A mdia de idade das pacientes foi de 63,18,6 anos, com tempo mdio de seguimento de 9,14,0 anos. A SM foi diagnosticada em 48,1% (76/158) e entre os critrios diagnsticos, o mais prevalente foi obesidade abdominal (CC>88 cm) afetando 54,4% (86/158) das mulheres. As pacientes sem SM tiveram maior tempo de seguimento quando comparadas quelas com SM (p<0,05). Em relao ao IMC atual, aquelas sem SM eram em mdia sobrepeso e aquelas com SM eram obesas (p<0,05). Entre estas, na comparao entre o IMC no momento do diagnstico do cncer e o atual foi observado ganho significativo de peso (27,85,4 versus 33,45,4 kg/m) (p<0,05). O valor mdio de PCR foi superior nas mulheres com SM (p<0.05). Na comparao das caractersticas tumorais e tratamentos oncolgicos no houve diferena significativa entre as mulheres com e sem SM. CONCLUSO: Mulheres na ps-menopausa tratadas de cncer de mama tm elevado risco de desenvolver sndrome metablica e obesidade central.
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OBJETIVO: Avaliar os parmetros clnicos, ultrassonogrficos, bioqumicos e as alteraes metablicas em adolescentes com sndrome dos ovrios policsticos (SOP). MTODOS: Estudo retrospectivo realizado com 44 adolescentes entre 12 e 19 anos, com diagnstico de SOP pelo Consenso de Rotterdam. As alteraes metablicas foram avaliadas de acordo com as recomendaes da Federao Internacional de Diabetes, sendo consideradas: circunferncia da cintura (CC) >percentil 90 (10-15 anos de idade) ou >80 cm (idade >16 anos); glicemia de jejum >100 mg/dL; triglicerdios >150 mg/dL; HDL <40 mg/dL, e presso arterial >Hg 130/85 mm. RESULTADOS: A mdia de idade foi de 16,72,2 anos e da idade da menarca 11,81,4 anos. A irregularidade menstrual mais observada foi amenorreia (72,7%) seguida de oligomenorria (27,3%); hirsutismo foi observado em 86,4% e acne em 56,8%. Ovrios policisticos ao ultrassom observados apenas em 27,3%. A mdia do IMC foi de 30,36,6 kg/m. De acordo com o IMC, 52,3% das adolescentes eram obesas, 13,6% estavam com sobrepeso e 6,8% eram eutrficas. O aumento da circunferncia da cintura (63,6%, 28/44) e a reduo do HDL-C (34,1%, 15/44) foram as alteraes metablicas mais observadas. Triglicerdios aumentados foram observados em 27,3% (12/44), presso arterial e aumento da glicemia de jejum alterada foram encontrados em 9,1% (4/44) e 4,5% (2/44) dos casos, respectivamente. Acantosis nigricans foi observada em 52,3% das adolescentes com SOP e a resistncia insulinica encontrada em 62,8%. A sindrome metablica foi identificada em seis adolescentes (13,6%), sendo todas obesas ou com sobrepeso. CONCLUSO: Entre as adolescentes com SOP do estudo, a irregularidade menstrual e o hirsutismo so as manifestaes clnicas mais frequentes, enquanto os achados ultrassonogrficos compatveis com ovrios policsticos so os menos prevalentes. A obesidade associada resistncia insulina predispe estas adolescentes maior frequncia de alteraes metablicas.
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OBJETIVO: Foi avaliar a prevalncia de Chlamydia trachomatis e os fatores de risco associados infeco em amostras endocervicais de mulheres atendidas em ambulatrio de Ginecologia e Obstetrcia. MTODOS: Amostras de secreção endocervical de 200 mulheres atendidas em Hospital Universitrio foram avaliadas para diagnosticar C. trachomatis com uso da reao em cadeia da polimerase (PCR) utilizando primers CT05/CT06 que amplificam 281 pares de bases da principal protena de membrana externa de C. trachomatis. Todas as participantes responderam a um questionrio pr-codificado e autoaplicvel. Os dados foram analisados no programa do software SPSS 17.0; para a anlise multivariada foi utilizada a regresso de Poisson. RESULTADOS: Das 200 mulheres que foram includas no estudo, a prevalncia de infeco por C. trachomatis foi de 11% (22 pacientes) e destas 55 (27,5%) foram positivas para o HPV. Os fatores de risco associados infeco por C. trachomatis foram: ter 8 anos ou menos de escolaridade (p<0,001), renda familiar de at 1 salrio mnimo (p=0,005), primeira relao sexual com 15 anos ou menos (p=0,04) e ser portadora do vrus HIV (p<0,001). Aps a anlise multivariada, apenas as variveis escolaridade igual ou inferior a oito anos (RP 6,0; IC95% 1,26 - 29,0; p=0,02) e presena do HIV (RP 14,1; IC95% 3,4 - 57,5; p<0,001) permaneceram significantes. CONCLUSES: A prevalncia de C. trachomatis em amostras endocervicais pelo mtodo de PCR foi de 11%. Os fatores associados maior infeco por C. trachomatis foram menor escolaridade e ser portar o vrus HIV.
Resumo:
A sndrome dos ovrios policsticos (SOP) uma condio endcrina que est associada a diversos fatores de risco cardiometablico, tais como obesidade central, resistncia insulina, diabetes tipo 2, sndrome metablica e hipertenso arterial. Esses fatores esto associados hiperatividade adrenrgica, que um importante fator prognstico para o desenvolvimento de distrbios cardiovasculares. Nos ltimos anos, diante das alteraes cardiometablicas comuns na SOP, estudos tm investigado o controle autonmico cardaco dessas pacientes, principalmente empregando-se a variabilidade da frequncia cardaca (VFC). Nesse sentido, nesta reviso, discorreremos sobre os achados recentes dos estudos que buscaram investigar a VFC em mulheres com SOP, assim como os mtodos no invasivos de anlise do controle autonmico a partir de ndices bsicos relacionados a essa metodologia de investigao.