979 resultados para Imunoglobulinas IgM e IgA


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Neospora caninum é um agente envolvido em perdas reprodutivas em bovinos. O diagnóstico dessa infecção é de grande importância, principalmente para programas de erradicação e controle. Sendo assim, os objetivos deste estudo foram: (1) adaptar uma reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para detecção de anticorpos anti-N. caninum no leite, a partir de uma RIFI padronizada para a detecção desses anticorpos no soro sanguíneo, (2) analisar a concordância entre a detecção desses anticorpos pela RIFI no soro sanguíneo e no leite de fêmeas bovinas, (3) avaliar a viabilidade da RIFI para a detecção de anticorpos anti-N. caninum em amostras coletivas de leite. Foram testadas amostras de soro sanguíneo e de leite, coletadas de 112 vacas em lactação, e seis amostras coletivas de leite, correspondentes a cada uma das propriedades avaliadas. Encontrou-se 78% de concordância entre a detecção de anticorpos no soro sanguíneo (com título de anticorpos >50) e no leite, com sensibilidade de 90% e especificidade de 100% para a RIFI nas amostras de leite. Entretanto, para as vacas com títulos de anticorpos >100 no soro sanguíneo, tanto a concordância como os valores de sensibilidade e especificidade da RIFI no leite foram de 100%. Todas as amostras coletivas de leite foram positivas na RIFI. Isso demonstra que, conforme a propriedade pode-se eleger com segurança qual a melhor abordagem diagnóstica a ser adotada em relação à coleta de soro sanguíneo ou de leite para a pesquisa de N. caninum pela RIFI. Além disso, a determinação da presença de anticorpos em amostras coletivas de leite pode servir para diagnóstico e triagem de rebanhos com animais infectados.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Foi comparado o nível de anticorpos de ovelhas imunizadas com uma ou duas doses de bacterina oleosa produzida com a sorovariedade Hardjo, tipo Hardjoprajitno, estirpe Norma, isolada da urina de bovino no Brasil. Culturas de 2x10(8) leptospiras/mL foram inativadas com formalina a 0,3%, à concentração final e emulsionada em óleo Emulsigen® 12%. A dose da vacina foi padronizada para a concentração de 1x10(8) leptospiras/mL. Quarenta ovinos adultos, da raça Santa Inês, de um rebanho livre de leptospirose por exames clínicos e sorológicos durante um ano foram escolhidos para o experimento. O grupo A (n=15) recebeu duas doses de 3,0mL da vacina por via subcutânea, com intervalo de 30 dias. O grupo B (n=15) recebeu dose única de 3,0mL, via subcutânea e o grupo C (controle) recebeu uma dose subcutânea de 3,0mL de solução 0,85% de cloreto de sódio. Os títulos de anticorpos pós-vacinação foram mensurados pelo teste de soroaglutinação microscópica (SAM) e um teste imunoenzimático (ELISA) a cada 30 dias durante 120 dias. Os títulos dos grupos A e B na primeira colheita variaram de 80 a 160. No grupo A, após a segunda dose, os títulos aumentaram duas a quatro vezes, até 3.200, enquanto no grupo B os títulos de aglutininas foram menores que 160 e diminuíram uma a duas vezes após 60 dias da vacinação. Utilizando-se dose única, os anticorpos persistiram por somente 30 dias e, com duas doses, com 30 dias de intervalo, os anticorpos foram detectáveis por 60 dias por meio do teste de SAM e 120 dias no teste de ELISA. Assim, o teste de SAM detectou títulos de IgM vacinal somente por 60 dias, enquanto o teste de ELISA foi capaz de detectar anticorpos durante os 120 dias. No grupo controle negativo, ocorreram no ELISA reações inespecíficas de títulos até 80, porém no SAM os títulos dos mesmos animais se mantiveram em zero. O teste de ELISA pode ser utilizado para medir anticorpos vacinais para a sorovariedade Hardjo, tipo Hardjoprajitno, estirpe Norma em ovinos.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A fase perinatal do desenvolvimento constitui um dos períodos de vida mais desafiadores para o sistema imunológico dos potros. O objetivo do presente estudo foi verificar o perfil protéico sérico de parâmetros relacionados à imunidade de equinos jovens no período perinatal, verificando-se a transferência de imunidade passiva. Oito animais desmamados há um dia, formaram o Grupo 1 (G1), enquanto vinte animais desmamados há mais de trinta dias formaram o Grupo 2 (G2). A concentração sérica de proteína total foi determinada por refratometria. Para o fracionamento das proteínas, utilizou-se eletroforese em gel de acrilamida. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de medidas repetidas e ao teste Tukey (p<0,05) para comparação das médias. As concentrações de IgA apresentaram diferença (p<0,05) entre os grupos, porém os valores observados encontravam-se dentro do considerado normal para equinos adultos. Não houve diferença (p>0,05) nas concentrações de IgG. O estabelecimento adequado da imunidade celular ocorre durante a fase neonatal, nos animais que ingerem adequadamente o colostro e o leite. O presente estudo determinou diferenças no perfil protéico sérico de parâmetros relacionados à imunidade de equinos jovens no período imediato ao desmame, comparados com animais desmamados há mais de 30 dias. De acordo com os valores observados, concluiu-se que os animais, mesmo desmamados precocemente, obtiveram transferência adequada de imunidade passiva.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Passive immunity transfer (PIT) evaluation is an essential tool for the maintenance of healthy calves during the first months of life. Since lactation number and breed have been proven to influence immunoglobulin levels in colostrum, the aim of this study was to evaluate PIT from primiparous and multiparous Canchim cows to their calves. Blood samples were collected from the calves before colostrum intake and 1, 2, 7, 15 and 30 days thereafter, while colostrum samples from the cows were taken immediately after parturition. Activities of gamma-glutamyl transferase (GGT), alkaline phosphatase (ALP), and concentrations of total protein, albumin, globulins, immunoglobulin A (IgA), immunoglobulin G (IgG), total and ionized calcium, inorganic phosphorus, magnesium, sodium and potassium were evaluated in calves' serum and activities of GGT and ALP and concentrations of total protein, IgA and IgG were assessed in cow's colostrum whey. Immunoglobulins concentrations were evaluated by electrophoresis in polyacrylamide gels. Serum biochemistry evaluations revealed an increase in gamma-glutamyl transferase and alkaline phosphatase activities and in total protein, globulins, immunoglobulin A and immunoglobulin G levels in calves' serum after colostrum intake. Only total protein and light chain immunoglobulin G levels in colostrum whey were affected by the cows' lactation number. Phosphorus and magnesium levels in blood serum increased after colostrum intake, while sodium and potassium levels oscillated in the experimental period. PIT was influenced by the cows' lactation number but was efficient in both groups.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Myeloma cells Sp2/0-Ag14 and spleen cells from BALB/c mouse immunized with sonicated Campylobacter fetus subsp. venerealis NCTC 10354 were fused with polyethylene glycol (PEG) for the selection of clones producing antibodies. Clones were obtained by limiting dilution and screened for the production of specific antibodies to C. fetus subsp. venerealis NCTC 10354 by indirect ELISA and western blot against a panel of bacteria: C. fetus subsp. venerealis NCTC 10354, C. fetus subsp fetus ADRI 1812, C. sputorum biovar sputorum LMG 6647, C. lari NCTC 11352, and Arcobacter skirrowii LMG 6621 for the ELISA and C. fetus subsp. venerealis NCTC 10354 and C. sputorum biovar sputorum LMG 6647 for the western blotting. Fifteen clones producing monoclonal antibodies (MAbs) anti-C. fetus subsp. venerealis of the IgM (1) and IgG (14) classes were further screened for species-specificity. Four clones of the 15 obtained were producers of species-specific monoclonal antibodies (MAbs): two were specific for C. fetus subsp. venerealis and two were specific for C. fetus subsp. fetus. None of the clones were reactive against C. sputorum biovar sputorum LMG 6647. All clones recognized a protein with molecular mass of approximately 148 kDa from lysed C. fetus subsp. venerealis NCTC 10354.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Após o nascimento, os cabritos são dependentes das imunoglobulinas colostrais devido às características placentárias que não permitem a passagem de macromoléculas da circulação materna. De acordo com a literatura, os cabritos possuem capacidade absortiva por até quatro dias. Muitos aspectos fisiológicos de outras espécies são aceitos e utilizados para caprinos, mas aqueles relacionados à transferência de imunidade passiva precisam de investigação. Os objetivos do presente estudo foram determinar o período de passagem de macromoléculas da mucosa intestinal para a circulação e a duração da proteção humoral transferida passivamente pela ingestão de colostro bovino e caprino. Sessenta cabritos recém-nascidos foram distribuídos em seis tratamentos: T 0 (n=25), ingestão natural de colostro caprino à vontade; T 1 (n=7), colostro bovino entre o nascimento e duas horas pós-parto; T 2 (n=7), ingestão de colostro bovino entre quatro e seis horas pós-nascimento; T 3 (n=7), leite nas primeiras oito horas e colostro bovino entre 10 e 12 horas pós-parto; T 4 (n=7), ingestão de leite até 18 horas e colostro bovino entre 22 e 24 horas pós-nascimento; T 5 (n=7), leite até 30 horas e ingestão de colostro bovino entre 34 e 36 horas pós-parto. Determinaram-se as concentrações séricas de proteína total (PT), gamaglobulina, imunoglobulina G (IgG) e a atividade sérica de gama glutamiltransferase (GGT). Ao nascimento, todos os neonatos tiveram valores mais baixos das variáveis, com aumento significativo da PT e gamaglobulina, após dois dias, nos grupos T 0, T 1 e T 2; a IgG e GGT aumentaram em todos os grupos. Os tratamentos T 3, T 4 e T 5 foram considerados como indutores de falha de transferência de imunidade passiva. A absorção de macromoléculas pelo trato intestinal dos cabritos ocorreu até 36 horas pós-parto, sendo mais efetiva até 12 horas. Os níveis de anticorpos persistiram até 75 dias após a ingestão de colostro bovino, porém, com concentrações inadequadas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Immunostimulants are susbstances that stimuli the response of effector cells to activate the immune response such as antigen uptake, cytokine release or antibody response. These substances can increase resistence to infection by different types of microorganisms, reducing dependence of antibiotics used in livestock animals. Recent reports have demonstrated the positive effect of Propionibacterium acnes (P. acnes) to control animal diseases. In this study, we evaluated the effect of the non-specific immunostimulant P. acnes on immunological functions and growth performance in goat kids. Twenty five goat kids served as control group (A) and another 25 animals received P. acnes being the experimental group (B). Kids were challenged with ovalbumin (OVA) to assess humoral immunity. To assess in vivo cell immunity, delayed type hypersensitivity (DTH) test with phytohemagglutinin (PHA) was used, clinical signs and body weight were recorded each week until 9 weeks of age when the experiment ended. Blood samples were obtained to analyze serum proteins fractions and anti-OVA specific antibodies. No clinical signs of disease and no differences (p>0.05) on body weight between groups were recorded (7.32±0.81 kg in group A, 7.13±0.65 kg in group B). Goat kids from group B had more total protein (59.8±5g/l) and albumin levels (32.8±3.3g/l) than goat kids from group A (56.6±5.7 g/l, 29.6±3.9 g/l respectively) (p<0.05). DTH response in goat kids from group B on day 42 was higher (p<0.05) than group A. At day 63, goat kids from group receiving P. acnes had higher percentage (85.4) of anti-OVA IgM titers (p<0.05) than control group (57.7). In conclusion, the results showed that oral administration of P. acnes to goat kids improved some aspects of the immune system of the animals and it could be used to control goat diseases.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Para avaliar as proteínas do soro lácteo durante a lactação, o soro obtido a partir de 48 amostras de leite coletadas de 12 vacas da raça Jersey antes da ordenha foi estudado. Os animais foram distribuídos em três grupos: terço inicial (30-120 dias de lactação), terço médio (121-210 dias de lactação) e terço final da lactação (mais de 211 dias de lactação). O proteinograma consistiu da concentração de proteína total do soro lácteo, determinado pelo método de biureto e da eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE). A diminuição gradual e significativa de algumas frações do soro de leite foi observada durante a lactação, albumina, lactoferrina, imunoglobulinas, β-lactoglobulina e α-lactoalbumina. Os valores de normalidade obtidos para as proteínas do soro do leite de vacas Jersey foram: proteína total do soro de leite 569,0-713,0mg/dL, lactoferrina 36,0-49,0mg/dL, albumina 24,0-34.0mg/dL, cadeia pesada de imunoglobulina 38,0-51,0 mg/dL; cadeia leve de imunoglobulina 59,0-95,0mg/dL, β-lactoglobulina 207,0-256,0mg/dL, α-lactoalbumina 117,0-157,0mg/dL, proteína com 226 KDa 5,80-12.0mg/dL, e proteína com 118 kDa 2,30-6.80mg/dL.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Para comparar dois testes sorológicos na detecção de anticorpos anti-Neospora caninum em soros sanguíneos de búfalas, foram coletados amostras de 288 búfalas entre dois a dez anos de idade. Para identificar a presença de imunoglobulina G anti-N. caninum utilizou-se à reação de imunofluorescência indireta (RIFI), tendo o título 200 como ponto de corte, e o Ensaio Imunoenzimático indireto (ELISA-indireto), considerando-se positiva as amostras que obtiveram razão S/P>0,5. Observaram-se 153 (53,12%) animais soropositivos para N. caninum, através da RIFI, enquanto que 50 (17,36%) animais foram reagentes no ELISA. A ocorrência de anticorpos anti-N. caninum demonstram que o parasito esta circulando entre búfalas criadas no estado do Pará, sendo que ambos os teste de RIFI e ELISA podem ser utilizados para diagnosticar imunoglobulinas contra este agente. No entanto observou-se uma fraca correlação (Kappa=0,36) entre ambos os testes, considerando a RIFI como padrão ouro.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

No presente estudo objetivou-se avaliar a influência das fases de lactação sobre o proteinograma do soro lácteo de ovelhas da raça Santa Inês. Foram acompanhadas ovelhas em sistema de criação semi-intensivo com o mesmo manejo higiênico, sanitário e nutricional avaliadas aos 15, 30, 60 e 90 dias após o parto (final da lactação e desmame). Procedeu-se ao exame clínico da glândula mámaria e triagem e cultivo bacteriológico. A triagem do material resultou em 44 amostras de leite de glândulas sadias baseadas no exame negativo simultâneo do CMT e do bacteriológico. Para a obtenção do soro lácteo utilizou-se solução de renina. O soro lácteo foi fracionado em alíquotas e mantido em freezer a -80°C para posterior separação das frações protéicas. Para determinação da proteína total do soro lácteo empregou-se o biureto. A separação das frações protéicas foi realizada utilizando-se eletroforese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE). Foram observadas oito proteínas entre elas lactoferrina, albumina sérica, IgA, IgG ( IgG de cadeia pesada - IgG CP e IgG de cadeia leve - IgG CL), β-lactoglobulina, α-lactoalbumina e as proteínas identificadas como PM 15.000 Da e PM 29.000 Da. Não foi observada diferença significativa nas diferentes fases de lactação nas seguintes proteínas: IgA (P>0,3895), lactoferrina (P>0,1611), PM 29000 (P>0,4879), αlactoalbumina (P>0,0799) e PM 15000 (P>0,4494). Na proteína total (P<0,0022) e nas proteínas albumina (P<0,0377), IgG (P<0,0354) verificou-se variação significativa nos primeiros momentos de observação, na proteína β-lactoglobulina (P<0,0005) verificou-se variação significativa com diminuição dos 15 até 30 dias pós parto com elevação progressiva até a última fase de lactação (90 dias pós parto). A técnica de SDS-PAGE permitiu a quantificação de oito proteínas no soro lácteo de ovelhas sadias. As proteínas identificadas refletem o perfil do soro lácteo para a espécie ovina, havendo influência das fases da lactação na concentração albumina, IgG e β-lactoglobulina.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The study examined (1) the immune response in broiler chickens after oral immunization with recombinant flagellin (rFliC) from Salmonella Typhimurium conjugated with sodium alginate microparticles, and the immune response enhancement in association with recombinant cholera toxin B subunit protein (rCTB) and pool of Lactobacillus spp. (PL). The immune responses were evaluated by dosage of IgY serum and IgA from intestinal fluid and immunostaining of CD8+ T lymphocytes in the cecum. The immunized animals were challenged with Salmonella Typhimurium (ST) 21 days after treatment. In all immunized groups, a significant increase (p<0.05) was observed in IgA levels (μg/mL), especially three weeks after immunization. The serum IgY levels (μg/mL) were little affected by the treatments and differed significantly among groups only in the second post-immunization week (p<0.05). After the challenge, the number of CD8+ T cells differed significantly between the treatments and negative control. Retrieval of Salmonella Typhimurium was not detected at 48 hours after the challenge in T2 (rFliC+rCTb), T3 (rFliC+PL) and T4 (rFliC+rCTB PL). The rFliC administered orally with or without rCTB and Lactobacillus spp. produces significant induction of humoral immune response, and the immunized chickens were more effective in eliminating Salmonella after challenge.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Resumo: Para avaliar o perfil bioquímico, inclusive proteínas, do soro lácteo de búfalas Murrah primíparas e pluríparas sadias foram analisadas amostras de leite de 30 fêmeas bubalinas durante uma lactação completa. Os animais foram distribuídos em três grupos: G1 - 10 búfalas primíparas, G2 - 10 búfalas pluríparas com duas a três lactações e G3 - 10 búfalas pluríparas com mais de três lactações. O período de lactação foi dividido em: fase inicial (I: primeiro ao terceiro mês de lactação), fase intermediária (T: quarto ao sexto mês de lactação) e fase final (F: sétimo ao nono mês de lactação). Antes da colheita das amostras de leite foram realizados o exame físico da glândula mamária, o teste da caneca de fundo escuro e o California Mastitis Test (CMT). Após a assepsia dos quartos mamários, foram colhidas mensalmente, durante uma lactação completa, amostras de 20mL de leite de cada quarto mamário, em frascos plásticos esterilizados e sem conservante, para a realização do isolamento microbiológico, determinação do perfil bioquímico e fracionamento proteico por meio de eletroforese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE), e amostras de 30mL de leite de cada quarto mamário, em frascos plásticos esterilizados contendo conservante bronopol, para contagem de células somáticas (CCS). Das 1.042 amostras de leite colhidas dos três grupos experimentais durante a lactação, 923 amostras de leite apresentaram reação negativa ao CMT e isolamento microbiológico negativo e foram selecionadas para as análises do perfil bioquímico e fracionamento proteico em SDS-PAGE. Notou-se influência da ordem de parto e da fase da lactação no perfil bioquímico e no proteinograma do soro lácteo de búfalas da raça Murrah sadias. As búfalas primíparas (G1) apresentaram maior atividade das enzimas gamaglutamiltransferase (GGT: 2.346U/L) e fosfatase alcalina (ALP: 181U/L) e maiores concentrações de fósforo (P: 56,6mg/dL), potássio (K: 32,0mg/dL) e α-lactoalbumina (458mg/dL). As fêmeas com duas a três lactações (G2) apresentaram maior CCS (70.700 células/mL) e maiores concentrações de proteína total (1,55g/dL), albumina (100mg/dL), magnésio (Mg: 8,80mg/dL), cloretos (Cl: 176mg/dL), ferro (Fe: 10,7μg/dL), sódio (Na: 178mMol/L) e lactoferrina (59,5mg/dL). As fêmeas com mais de três lactações (G3) apresentaram maiores concentrações de cálcio total (Ca: 41,8mg/dL), cálcio ionizado (Cai: 2,92mMol/L), imunoglobulina A (IgA: 1,32mg/dL), albumina sérica (99,1mg/dL), imunoglobulina G (IgG: 49,7mg/dL) e b-lactoglobulina (1.068mg/dL). Durante a lactação foi observado aumento da CCS, aumento das atividades das enzimas GGT e ALP, aumento das concentrações de proteína total, albumina, P, Mg, Cl, Na, lactoferrina, albumina sérica, IgG, α-lactoalbumina e redução das concentrações de Ca, Fe, Cai, K, IgA e b-lactoglobulina no soro lácteo das búfalas. Os resultados obtidos podem ser utilizados como referências para a espécie bubalina e auxiliar no diagnóstico e no prognóstico de doenças de ocorrência comum na fase de lactação.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O gênero protozoário Neospora é reconhecido como causador de desordens reprodutivas e abortos em bovinos. Entre os equinos pouco se sabe sobre os efeitos da infecção por estes protozoários. Atualmente é admitido que os efeitos da infecção por Neospora hughesi em equinos possam ocorrer no sistema nervoso central e, os efeitos provocados pela infecção por Neospora caninum recaiam sobre o sistema reprodutor de éguas. O presente trabalho verificou a presença de imunoglobulinas da classe G no soro sanguíneo de uma população de éguas de cria e, em seus respectivos potros antes da ingestão do colostro. Para execução deste trabalho foi empregada técnica de imunofluorescência indireta (RIFI), utilizando como antígeno taquizoítos de Neospora caninum, a diluição inicial dos soros das éguas foi de 1:50 e a diluição do soro dos potros empregada foi de 1:16. Foram assistidos 78 partos e todos os potros tiveram seu soro sanguíneo coletado imediatamente após o nascimento. A pesquisa de anticorpos contra Neospora spp. apontou que 50 (64%) éguas e 32 (41%) potros foram positivos. Das 50 éguas que apresentaram anticorpos contra Neospora spp. 24 geraram potros positivos. Entre as 28 éguas que não reagiram, oito deram a luz a potros positivos. De posse dos resultados encontrados podemos concluir que ocorreu a transmissão vertical de Neospora spp. nos equinos pesquisados.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The study aimed to identify potential biomarkers of mammary gland infection in Santa Inês sheep. Commercial flocks of sheep provided the same hygiene, sanitary, and nutritional management under semi-intensive production systems were monitored during the lactation stage-and assessed 15, 30, 60, and 90 days after delivery (through the end of lactation and weaning). The California Mastitis Test (CMT) was performed on the mammary glands. Milk was collected for bacterial examination and protein analysis. Bacterial culture and biochemical characterization of the samples were performed. Forty-two milk samples from healthy glands (negative CMT and bacterial testing) and 43 milk samples from infected glands (positive CMT and bacterial testing) taken at the predefined time points were assessed. A rennin solution was used to obtain the whey. The proteins analysis was performed using sodium dodecyl sulfate-polyacrylamide gel electrophoresis (SDS-PAGE), which allowed for the quantification of nine whey proteins produced in healthy glands: serum albumin, lactoferrin, IgA, IgG heavy-chain (IgG HC), IgG light-chain (IgG LC), total IgG (IgG HC + IgG LC), α-lactalbumin, β-lactoglobulin, protein with MW 15.000 Da, protein with MW 29.000 Da and eleven whey proteins secreted by infected glands, including haptoglobin and α-1-acid glycoprotein. A comparison of whey proteins between healthy and infected glands showed increases (P<0.05) in the secreted and total contents of all proteins, except for IgG LC and α-lactoalbumin. The most significant changes were observed in α-1-acid glycoprotein, lactoferrin and haptoglobin, which showed three-, five-, and seven-fold increases in secretion, respectively. This study showed that haptoglobin, α-1-acid glycoprotein, lactoferrin, albumin, and the IgA and IgG immunoglobulins may serve as potential biomarkers for mammary gland infection in sheep.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The mechanism whereby the immune system avoids self-aggression is one of the central issues of Immunology. The discovery of natural autoantibodies, mainly of IgM isotype, and of idiotypic interactions between antibodies indicates that elements of the immune system interact with self constituents and with themselves. Results of studies with soluble antibodies have indicated that the pool of circulating IgM represents the end result of a highly selective process of B cells activation and differentiation by self proteins resulting in the formation of a network. The objective of the present work was to determine the frequency of self-reacting B cells in normal mice. We were able to detect B cells that recognize self proteins present in extracts of different organs in normal adult, 2-3-month old, BALB/c and C57BL/6 mice with an ELISA spot assay. About 1% of total IgM-secreting cells among small, LPS-stimulated spleen cells reacted with organ extracts, whereas among large spleen cells the frequency was 5- to 10-fold lower. Immunization induced an increase in the frequency of IgM-secreting cells. The present results provide cellular evidence for the results of studies done at the serological level. The physiological role of these self-recognizing cells, as well as their participation in autoimmune processes, remain to be established