944 resultados para Ficção fantástica moçambicana História e crítica
Resumo:
Este trabalho visa contribuir com os estudos de História Ambiental e de Geografia ao abordar a interao entre os aspectos culturais e a natureza da Lagoa de Araruama e da Serra de Sapiatiba, localizado no Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa prope uma anlise das paisagens simblicas do municpio de So Pedro da Aldeia (RJ) por intermdio do 3 nvel da História Ambiental. Alm de caracterizar estas reas como paisagens simblicas inseridas na Regio dos Lagos numa rea de Proteo Ambiental (APA de Sapiatiba), destaca-se a importncia do capital imaterial e da história ambiental na conservao da diversidade de um pequeno fragmento de Mata Atlntica e tambm da natureza das guas em um importante trecho da maior lagoa hipersalina do mundo. Portanto, nosso objetivo neste estudo desvendar a História Ambiental da Lagoa de Araruama e da Serra de Sapiatiba no municpio de So Pedro da Aldeia (RJ), a partir da anlise da transformao da paisagem.
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A presente Tese de Doutorado tem como objetivo principal a investigao das ressonncias do Niilismo Europeu na produo literria de Antero de Quental, Ea de Queirs e Cesrio Verde. Segundo a teorizao nietzschiana, o Niilismo Europeu a história da insero, da desvalorizao e do declnio dos valores cosmolgicos do ocidente. Nesta tese, objetivamos demonstrar como as obras desses trs autores refletem essa história. Com esse fim, empreendemos uma anlise dessas obras a partir destes trs eixos temticos que remetem desenvoluo da história do Niilismo Europeu na segunda metade do sculo XIX: a conscincia da morte de Deus; a tentativa positivista de substituir o Deus morto pela verdade cientfica; e o crescente sentimento de desvalorizao da vida aps o fracasso dessa e de outras tentativas de dar-lhe um sentido. Como as obras de Antero, Ea e Cesrio representam essa história? Que influncia os fatos dessa história exercem sobre tais obras? Se a vida deixa de ter um sentido, e isso se torna a causa de sua desvalorizao, poderia a atividade literria manter ainda o seu prprio valor? So essas as perguntas que procuramos responder ao longo desta tese
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Verificamos, na ficção brasileira infanto-juvenil contempornea, uma srie de aspectos envolvendo personagens, narradores, cenrios que favorecem uma abordagem crítica baseada na presena do duplo. Podemos observar a presena do duplo na obra de Lygia Bojunga, objeto desta dissertao, que tem por finalidade principal identificar e analisar algumas das manifestaes do duplo em nove de suas vinte e duas obras: A bolsa amarela (1976), Tchau (1984), Ns Trs (1987), Livro: um encontro com Lygia Bojunga (1988), Fazendo Ana Paz (1991), Seis vezes Lucas (1995), O abrao (1995), Dos vinte 1 (2007), Querida (2009). Como base terica, utilizamos textos de Otto Rank, Nicole Bravo, Berenice Sica Lamas, entre outros. Num segundo momento, identificamos as manifestaes do duplo nas narativas de Lygia Bojunga. O duplo aparece na ficção da autora como representao das incompatibilidades do ser humano, que levam fragmentao do eu. O encontro do eu e o outro, nem sempre amistoso, nos traz questes que servem de base para a pesquisa do duplo na obra de Lygia Bojunga. Por fim, o trabalho metaficcional presente na obra desta autora tambm foi analisado como forma de manifestao do duplo
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Este trabalho pretende realizar uma história cultural ou "arqueologia" dos abrigos espritas para a infncia no Brasil, construdos como verdadeiros"monumentos" da f esprita, cuja materializao comea a ocorrer na segunda dcada do sculo XX, a partir de algumas iniciativas ou instituies que se tornaram pioneiras, tais como o Abrigo Thereza de Jesus, fundado em 1919 na cidade do Rio de Janeiro. Inspirados no lema "Fora da caridade no h salvao", um dos pilares do aspecto religioso do Espiritismo, os espritas entram na milenar história das prticas de proteo infncia apenas na Idade Moderna. A doutrina esprita,procurando estabelecer, desde o seu "nascimento", a aliana entre Cincia e Religio, acaba adquirindo a feio de uma "religio moderna", reinveno da tradio crist em tempos de racionalismo e cientificismo. Entretanto, apesar da nfase doutrinria no exerccio da caridade individual e silenciosa como fundamento para a evoluo espiritual, o movimento esprita acaba ampliando este sentido inicial presente nas obras de Allan Kardec, publicadas em Paris entre 1857 e 1869, tendo incorporado ou se apropriado de representaes e prticas de caridade que foram desenvolvidas histrica e culturalmente dentro da tradio crist mais antiga.
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Este texto resultado de encontros. Encontros de sala de aula, encontros de História, encontros de debate, encontros de vidas. Estes encontros produziram novos fios que foram tecendo-se juntos e unindo-se a uma rede que associava questes acerca do cotidiano escolar, do ensino de História, da formao do professor, da escola noturna e da pesquisa em sala de aula. Desejava-se compreender se a escola um espaotempo de pesquisa e se os estudantes so estudantes-pesquisadores e os docentes, professores-pesquisadores. Ao final da pesquisa realizada em uma escola noturna da rede estadual do Rio de Janeiro, pudemos compartilhar experincias vividas no cotidiano de seus praticantes e discutir se a escola proporciona aes de pesquisa entre os estudantes e se a mesma busca desenvolver atividades que partam dos interesses do grupo discente. A escola um lugar de pesquisa e ns somos estudantes-pesquisadores e professores-pesquisadores mesmo que, muitas vezes, a escola, da forma como est organizada e sofrendo presses internas e externas diversas, como, por exemplo, a falha formao de professores e as polticas pblicas de ensino, negligencie os interesses dos estudantes e que os mesmos no consigam reconhecer-se enquanto condutores de seu processo de aprendizagem, estudantes e professores pesquisadores. a experincia da pesquisa, de atividades que estimulem o estudante a fazer escolhas, buscar informaes, analis-las, critic-las, organizar o seu pensamento, apropriar-se dos conhecimentos reunidos e colocar-se diante da sociedade, modificando-se, que formar os cidados crticos que a escola e o ensino de História devem auxiliar a form
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O presente trabalho objetiva compreender como a temtica afrobrasileira era abordada nos cotidianos do Curso de Pedagogia, campus I, da Universidade Estadual da Paraba. A questo norteadora da pesquisa foi descobrir como professoras e estudantes negras se sentem e enfocam essa temtica nas suas redes de conhecimentos, prticas e relaes. Para tanto, foi preciso adentrar na história do povo negro no Brasil a partir da luta dos movimentos sociais negros buscando entender as noes de raa, racismo, identidade e os limites da educao do/a negro/a ao longo da história brasileira. Neste percurso se dialoga com diversos estudiosos/as como: Santos (2002), Viana (2007), Oliveira (2003, 2006, 2007, 2008), Fernandes (2007), Domingues (2009), Munanga (2002, 2006, 2009), Veiga (2007, 2008)), Pereira (2008, 2009), Gomes (2003, 2006, 2008), Morin (2000), Hall (2003), Moreira e Cmara (2008), dentre outros. Exemplificando a luta e a resistncia de mulheres negras so apresentadas as histórias de vida de quatro professoras e quatro estudantes negras, praticantes (CERTEAU, 2007), sujeitos da pesquisa, que expem o processo de tessitura de suas identidades. Suas narrativas evidenciam indcios de racismo e discriminao que marcaram suas trajetrias, desde o seio familiar, fortalecendo-se na escola, na academia e, para algumas, chegando at o ambiente de trabalho. Uma das professoras a pesquisadora que, medida que narra a história de vida das praticantes, tece sua prpria história, como mulheres costurando uma colcha de retalhos em que cada estampa retrata os momentos vividos. A metodologia de pesquisa nos/dos/com os cotidianos (ALVES, 2008) foi o caminho percorrido. Alm da observao dos cotidianos, foram realizadas conversas (LARROSA, 2003) sobre as histórias de vida (BOSI, 2003; PORTELLI, 1997) e tecidas as narrativas a partir dessas vivncias. Estas revelaram que tais mulheres, ao longo de suas histórias, viveram/vivem processos de afirmaonegao, visto que suas identidades no so fixas, mas negociaes e renegociaes (MUNANGA, 2010) que geram alegrias e conflitos. O entendimento do que Ser Negra experimentado por cada uma, sem um modelo padro para suas existncias. Elas foram se gerando nas relaes com o/a outro/a, em cada contexto familiar, escolar, acadmico e profissional. So senhoras de suas vidas e mesmo as mais jovens buscam fazer suas histórias com autonomia. So praticantes porque lutaram/lutam para conquistar um lugar na vida, utilizando astcias e tticas para fabricar (CERTEAU, 2007) meios de enfrentamento das adversidades. As tticas do silncio, do estudo e do trabalho revelaram que essas mulheres no ficaram invisveis nem se colocaram como vtimas no espao social. Assim, urge delinear a superao da viso da pessoa negra a partir dos traos fsicos e reconhecer as razes do povo brasileiro para compreender a história da negritude. A partir da ancestralidade, sero identificadas as origens do povo negro, que podero trazer o passado de resistncia e luta por liberdade, dignidade, cidadania que produzem o orgulho de ser negra. Orgulho que recupera a autoestima e a capacidade de organizao e mobilizao para combater o racismo e as desigualdades raciais. Os cursos de formao docente precisam abordar essa temtica para capacitar os/as futuros/as professores/as nessa tarefa. Essa abordagem envolve o ensinaraprender, em que professores/as e estudantes assumem compromisso com uma educao crítica e inclusiva. A reflexo entre os/as docentes formadores/as nessa perspectiva plural e intercultural poderia ajudar na superao do eurocentrismo ainda presente nos contedos e nas mentalidades. Sob essa tica, tecer um processo de formao docente no Curso de Pedagogia, comprometido com uma educao inclusiva, considera um contnuo fazerdesfazer, na tessitura de um dilogo permanente entre a prticateoriaprtica, num movimento de pesquisainterveno. Isso implica a reflexo da trajetria pessoal e coletiva e a articulao da ao pedaggica com um projeto poltico de transformao da sociedade excludente em sociedade plural e solidria. Os no ditos necessitam de aprofundamento em trabalhos posteriores, pois os silenciamentos se referem ao passado prximo e as relaes interraciais na famlia, na academia e tambm nos ambientes de trabalho. Ser que no existe mais racismo? Ou este foi naturalizado dificultando sua identificao nos cotidianos? Os limites do processo de introjeo do racismo, que provocam a invisibilidade de algumas praticantes, so novos desafios para estudos futuros. Assim, percebo que colcha de retalhos tecida ao longo desta trajetria no justaposio como usualmente entendida. Para alm disto, significa a socializao das experincias vividas nos cotidianos das praticantes, a fim de inspirar atitudes de combate ao racismo que se ampliem para o contexto social.
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[ES]En los ltimos aos la ciencia ha avanzado a pasos agigantados y el obsoleto sistema de proteccin de los derechos sobre bienes intangibles no es capaz de afrontar los retos de las nuevas tecnologas. Las patentes, los derechos de autor etc. no son ms que un mecanismo de control al servicio de las grandes multinacionales y gobiernos occidentales, que permiten que este tipo de monopolios sobre bienes intangibles pongan lmites a los avances tecnolgicos y el desarrollo, sobre todo en las naciones menos favorecidas.
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Este o resultado de um trabalho desenvolvido que compe a tese de doutorado cujo tema est focado nas prticas de leitura presentes na sociedade maranhense no sculo XIX, com recorte entre os anos de 1821 a 1831, data da circulao do primeiro jornal e da instalao da primeira tipografia no Maranho, estendendo-se por todo o Primeiro Reinado quando a provncia comeou a vivenciar os debates polticos e as transformaes sociais, culturais e econmicas que lhe proporcionaram a construo de uma nova identidade. Trata- se de uma investigao histrica, tendo como fonte principal de pesquisa os jornais que circularam no Maranho nesse perodo, e como sustentabilidade os reclames neles publicados que forneceram pistas necessrias para o entendimento das questes suscitadas sobre a cultura escrita, principalmente a presena de protocolos de leitura que, de forma geral, circundam ou esto vinculados s prticas de leitura e cultura e de modo singular s pessoas, a fim de identificar as relaes estabelecidas na trade livro-leitor-leitura e, consequentemente, os desdobramentos sociais e pessoais, a partir do que era lido, produzido, veiculado ou comercializado entre os habitantes da provncia. Assim, houve tambm uma investigao de prticas sociais, incluindo aes, sujeitos e relaes sociais, instrumentos, objetos, valores, tempo e lugar, no haurindo absolutamente o passado, mas garimpando referenciais que auxiliaram a entender o presente. O texto refaz um pouco a trajetria da imprensa no Maranho, instituda com a finalidade de publicar o primeiro jornal maranhense O Conciliador do Maranho, cujo caminho tambm reconstitudo assim como o dos demais jornais que circularam no perodo pesquisado, mostrando que eles serviram, no s para aclarar ideias, mas tambm para fazer brotar ideais liberalizantes. O captulo-chave decorre das informaes extradas sobre os impressos produzidos pela imprensa local, os que estavam sendo comercializados pelo mercado maranhense, os que se encontravam no prelo local ou externo, os que se constituam em leituras dos intelectuais e jornalistas, considerados principais construtores das prticas de leitura dos maranhenses oitocentistas. Um panorama das instituies mediadoras do livro e da leitura fecha o circuito percorrido, mostrando que as artes como a msica, a pintura e o teatro serviram para delinear uma sociedade com peculiar formao crítica e que, as sociedades literrias, os gabinetes de leitura, as bibliotecas e as escolas pblicas ou particulares, foram, de fato, verdadeiros baluartes da boa educao e da liberdade dos povos.
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Esta dissertao trata das relaes de poder que marcam a produo cientfica ocidental moderna a partir da abordagem dos estudos sobre Gnero e Cincia da feminista historiadora da cincia estadunidense Donna Haraway. Esta autora prope a concepo de toda a produo de conhecimento como pratica poltica, assumindo a perspectiva parcial como fundamento para uma cincia objetiva e apontando a perspectiva de objetividade calcada na ideia de imparcialidade como produtora de um tipo de saber que historicamente serviu como instrumento de dominao: o conhecimento que se prope como universal. Em sua narrativa, o androcentrismo, o etnocentrismo, o racismo e as divises de classe operam na conformao e nas transformaes desta cincia a partir da construo de um sujeito privilegiado do conhecimento, o cientista, figura constituda a imagem e semelhana do homem branco ocidental independente. Meu recorte de sua obra so as reformulaes dessas relaes ao longo da historia da cincia ocidental moderna observadas por ela na emergncia e nas produes de um conjunto especifico de disciplinas do campo das cincias naturais biolgicas, fortemente marcadas pelas teorias e tecnologias da informao e da comunicao produzidas no campo da ciberntica. Na construo de um discurso critico sobre os saberes / poderes hegemnicos, Haraway traz para a cena da cincia figuras monstruosas, entre elas o ciborgue, tanto como meio de revelar categorias culturais atuando na produo do conhecimento como para materializar novos significados para natureza, os corpos e as relaes de diferena. Em conexo com esses monstros, refigurados em suas narrativas, a autora defende uma relao de conexo, e no de diviso, entre sujeito e objeto do saber.
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A questo da orientao para o futuro tem ocupado um grande espao nas discusses sobre o desenvolvimento jovem, sendo abordada por uma diversidade de enfoques tericos. Prioritariamente, as teorias apontam fatores cognitivos e motivacionais como principais na relao entre os jovens e o tempo futuro. A presente dissertao de Mestrado teve por objetivo aproximar-se desse campo de investigao atravs da perspectiva Evolucionista da Psicologia, acrescentando variveis sociodemogrficas e contextuais pesquisa do tema. Tal propsito foi atingido por meio de trs artigos cientficos distintos elaborados ao longo do curso de Mestrado. O artigo inicial, apresentou uma reviso crítica da literatura sobre Metas de Realizao e Estimativas Futuras de jovens, propondo um modelo diferenciado para o estudo do tema atravs da Teoria Evolucionista das Estratgias de História de Vida. O segundo artigo, apresentou um estudo emprico sobre o mesmo tema, realizado com Jovens de diferentes contextos no Estado do Rio de Janeiro: moradores de favelas (Rocinha e Vigrio Geral) e estudantes universitrios no moradores de favelas. Concluindo que em diferentes cenrios sociais, as perspectivas futuras apresentam-se de maneiras distintas e sensveis s variveis especficas do contexto. O terceiro artigo, dedicou-se a investigao das expectativas de vida destes mesmos jovens e encontrou resultados semelhantes. Para os jovens moradores de favelas, as expectativas de vida e as estimativas de tempo futuro se mostraram menores. O conjunto de trabalhos produzidos permitiu atingir o objetivo proposto e, com base na Psicologia Evolucionista, ressaltar a importncia de variveis extrnsecas para o estudo das metas e estimativas de futuro, assim como das expectativas de vida dos jovens. Espera-se que as informaes oferecidas pelo trabalho possam ampliar o panorama de estudos sobre o tema, assim como servir de referncia para profissionais ligados ao pblico jovem, em pr-vestibulares, projetos sociais e outras polticas pblicas desenvolvidas em favelas e outros contextos sociais.
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Este trabalho o resultado da anlise de cinco livros da fase italiana (1957-1975) do poeta Murilo Mendes (1901-1975), com a inteno principal de se extrair deles a presena e a influncia da Literatura e da História da arte italianas na produo do poeta mineiro. Murilo Mendes, que na Itlia se tornou professor universitrio e praticou a crítica de arte com intensidade, chegou a escrever dois livros em italiano. As duas primeiras obras aqui analisadas, Retratos-relmpago e Locchio del poeta, recolhem textos em prosa sobre artistas de contextos, pocas e pases diferentes: da msica literatura s artes plsticas. Esses textos escritos entre prosa e poesia so o resultado de uma maior aproximao reflexo crtico-terica por parte de Murilo, que, ao analisar um artista, recorre aos mesmos recursos, motivos e tcnicas que ir colocar em prtica na prpria obra potica. Nos ltimos livros de poesia do poeta mineiro (Siciliana, Convergncia e Ipotesi), encontram-se de fato alguns desses elementos, como, sobretudo, o lrico-autobiogrfico e o crtico-social. Na Itlia, a poesia de Murilo se universaliza ao superar, segundo o impulso do Essencialismo, as fronteiras de espao e tempo. A rede de citaes se multiplica, parecendo representar uma ltima e desesperada tentativa de salvar a Arte e sua Tradio da catstrofe geral da sociedade moderna
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A obra O vendedor de passados, do escritor angolano Jos Eduardo Agualusa, tem como enredo um homem que tem o estranho ofcio de comercializar passados. Os clientes normalmente costumam procur-lo por questes de ordem financeira e social, tendo os novos passados a funo de apresent-los melhor sociedade. A trama ganha novos contornos com a chegada de um estrangeiro que se coloca disposio do vendedor para que este lhe atribusse a identidade que considerasse a melhor. Questes referentes identidade e suas implicaes emergem. O processo, que a princpio parecia simples, torna-se cada vez mais obscuro. A memria atua como um dos fatores de maior interferncia no procedimento, atribuindo a ele maior complexidade. As experincias do indivduo tambm sofrem mutaes com o procedimento de compra. E por fim, a identidade do sujeito sofre modificaes com a obteno de um novo passado. Tais questes que surgem em decorrncia do peculiar comrcio de passados sero foco de estudo da presente dissertao
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Na tentativa de reconstruir a crítica nietzschiana reflexo filosfica sobre o fenmeno moral, o presente trabalho investiga os critrios utilizados pela Filosofia moral na sistematizao dos conceitos de liberdade e obrigatoriedade sob a base de uma assim chamada vontade de verdade. O propsito dessa reconstruo crítica consiste em averiguar o papel desempenhado pela noo de veracidade na compreenso filosfica das aes e normas morais. Para tanto, o estudo se ocupa, em um primeiro momento, dos argumentos utilizados por Nietzsche ao conceber a interpretao filosfica em sua essncia moral e ao identificar na exigncia humana por sociabilidade uma das gneses da noo de veracidade. Essas duas hipteses so decisivas na anlise das propostas hermenuticas ocidentais referentes ao fenmeno moral, tal como Nietzsche props no famoso texto Sobre verdade e mentira em sentido extramoral (1873) e em sua obra tardia. Em seguida, abordada a dificuldade que a tradio filosfica enfrentou na tentativa de fundamentao das normas e aes morais, sobretudo luz da crise do pensamento metafsico. Por fim, procura-se apresentar a reflexo de Nietzsche sobre o fenmeno moral como o meio mais adequado para se responder crise do pensamento metafsico, na medida em que procura substituir os pressupostos tericos da tradio filosfica ocidental e apresentar a noo de veracidade como probidade e virtude por excelncia do esprito livre.
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Esta dissertao apresenta uma narrativa sobre o Setor de Psicologia Social da Universidade Federal de Minas Gerais, pretendendo resgatar a constituio do ensino da Psicologia Social nesta Universidade e o seu desenvolvimento como teoria e prtica profissional. Este estudo enfocar o perodo de 1964, incio do Setor, at o ano de 1992, data em que foi aprovado o Mestrado em Psicologia na UFMG, momento em que vrios integrantes do Setor mudaram para outros Departamentos ou Universidades, compreendendo-se assim, como momento final do grupo. Este trabalho, utiliza-se da metodologia histrica, a partir de anlise de documentos e entrevistas, visando a compreenso das condies da emergncia do grupo, o desenvolvimento de suas atividades prticas e tericas, seu percurso e os motivos pelos quais este grupo no permaneceu.
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Pesquisas sobre a situao de leitura dos nossos alunos apontam que a maioria no tem proficincia leitora. O problema ganha amplitude quando resultados de avaliaes externas elaboradas pelo governo federal so divulgados, dentre eles os da Prova Brasil. Essas avaliaes da Educao Bsica tm provocado muitas discusses em vrios nveis, visto que promovem um retorno de ordem quantitativa, porque controlam o percentual de acertos das questes. Um destes nveis o organizacional, j que tais avaliaes apontam para os possveis problemas do fazer pedaggico. Esse quadro aliado aos resultados insatisfatrios do municpio de Duque de Caxias na Prova Brasil motivou a elaborao do Projeto Con-seguir e da Prova Caxias, com o intuito de diagnosticar tais problemas. Este estudo debrua-se sobre a compreenso leitora, tratando especificamente da compreenso leitora dos alunos da rede municipal de educao da Prefeitura de Duque de Caxias em questes que possuem tiras em quadrinhos. Analisamos as questes com tiras na Prova Caxias luz da Lingustica Cognitiva assim como o desempenho dos alunos da rede nessas questes. De carter eminentemente qualitativo, a anlise tem como unidades de anlise os conceitos de mescla e de modelos cognitivos idealizados, acompanhada por parmetros quantitativos relacionados ao desempenho dos alunos na Prova Caxias. Alm da anlise de questes e quantificao dos resultados da prova em tela, recorremos tambm aplicao de questionrio investigativo a sete professores da rede, todos da educao bsica do municpio. O propsito foi analisar suas prticas pedaggicas no ensino-aprendizagem de leitura, tratando especificamente do gnero história em quadrinhos. Suas respostas foram analisadas por meio do conceito de categorizao por prototipicidade. A anlise realizada revela que os principais problemas na compreenso leitora advm do processamento metafrico (LAKOFF ; JOHNSON, 2002) e da construo de mesclas (FAUCONNIER ; TURNER, 2002) exigidos por esse gnero. Dentre as contribuies do estudo, destacamos o conhecimento construdo sobre o processo de construo de sentido em questes de histórias em quadrinhos pelos alunos de Duque de Caxias e a anlise crítica sobre das prticas de leitura no ambiente escolar deste mesmo contexto