995 resultados para Costa Brava (Catalunya) -- Ressenyes de llibres
Per a la història de la introducció del castellà a Catalunya. Alguns problemes i qüestions de mètode
Resumo:
Neste texto, pretende-se demonstrar como o Oriente é dinamicamente pensado na filosofia portuguesa (Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva, António Quadros) como um lugar de destinação e origem, tanto do pensamento como da história, desse modo se estatuindo uma original atitude ecuménica. Assim, neste sentido, a rica e polimórfica Teoria da Saudade é por Dalila Pereira da Costa enriquecida pela confrontação com o pensamento oriental e o Budismo. Este estudo procura mostrar como o Budismo, na obra desta filósofa, é identificado com uma forma de niilismo, em contraposição com a experiência saudosa que é vista como uma forma de autodescoberta e de salvação.
Resumo:
As esponjas marinhas são organismos ubíquos possuindo muitas características que lhes conferem um elevado potencial como organismos bioindicadores. Dado que se reveste de enorme importância e premência o estabelecimento de um grande número de organismos que possam actuar como bioindicadores de exposição a poluentes, neste trabalho investigamos a presença do biomarcador acetilcolenesterase nas esponjas marinhas Spongia officianalis e Spongia agaricina. Os exemplos foram recolhidos em locais pré-seleccionados ao longo da costa oeste portuguesa em locais considerados não sujeitos a poluição. Escolheram-se também alguns pontos de amostragem onde pode ocorrer alguma actividade antropogénica. Para o estudo foi usado um método padrão de detecção da actividade de acetilcolinesterase - a produção do ião 5-tio-2-nitrobenzoato. Estabeleceu-se a presença de acetilcolinesterase nestas espécies e validou-se o método em termos de repetibilidade e reprodutibilidade para estes organismos. Foi também possível determinar o intervalo normal de valores de actividade específica de AChE para as espécies em estudo [0,000; 1,270] mU of AChE/mg of proteina para S. officinallis e [0,000; 1,439] mU of AChE/mg de proteina para S. agaricina.
Resumo:
Escritora, professora, conferencista e feminista militante, Emília de Sousa Costa (1877–1959) é uma personalidade que devemos associar a outras portuguesas ilustres do seu tempo como Maria Amália Vaz de Carvalho (1847–1921), Ana de Castro Osório (1872–1935) e Virgínia de Castro e Almeida (1874–1945). Mas, ao contrário destas mulheres, cuja obra literária continua a ser lida e estudada, Emília de Sousa Costa é hoje conhecida quase exclusivamente devido às suas ideias acerca da mulher e da educação feminina. Prova deste esquecimento é o facto de, apesar de ter sido intensa a sua actividade literária, sobretudo enquanto autora de textos destinados ao público infantil e juvenil, não lhe ter sido dedicado qualquer verbete num dos dicionários de literatura portuguesa da Figueirinhas, da Presença e da Verbo, nem a mais breve observação nas histórias da literatura portuguesa. Neste artigo ocupar-nos-emos, por isso mesmo, da obra literária de Emília de Sousa Costa, mas não deixaremos de abordar outras vertentes do seu pensamento e da sua acção. Não podemos dissociar a mulher que defendeu durante toda a sua vida a educação feminina da mulher que expressou o seu pensamento em textos de diverso tipo, dirigidos quer ao público infantil e juvenil quer ao público adulto.
Resumo:
El presente artículo tiene como finalidad analizar si realmente los pueblos indígenas de la Costa Caribe de Nicaragua se han beneficiado del estatus de autonomía en cuanto a lograr un mayor respeto de sus derechos como indígenas. En algunos países en vías de desarrollo se ha tomado en consideración la posibilidad de lograr el desarrollo, crecimiento económico y eliminación de desigualdades a través de procesos de descentralización. En el caso de Nicaragua, este proceso se llevó a cabo para dar respuesta a las necesidades de los pueblos indígenas de la Costa Caribe. Después de muchos años de lucha, los pueblos indígenas de la Costa Caribe o Costa Atlántica lograron su autonomía del gobierno central del país en 1987. El proceso en sí tomó 3 años para dar fruto al Estatuto de Autonomía de las Regiones de la Costa Atlántica de Nicaragua (Ley de Autonomía). Como pueblos con identidades propias, la autonomía fue la forma en que estos pueblos hicieran respetar sus diferencias como poblaciones indígenas. Hasta los años ochenta, ninguna de las Constituciones Políticas del Estado hacía referencia a las poblaciones indígenas del país, ésta población quedaba totalmente excluida. Con la Ley de Autonomía se reconocen las diferencias de los pueblos indígenas de las Costa Caribe y se les da el espacio para que éstos, partiendo de sus necesidades, distintas a las del resto del país, puedan tomar decisiones para satisfacer las necesidades específicas de sus culturas. Para poder analizar esta situación, primero, se desarrollará la historia de la población de la Costa Caribe, explicando la situación de los pueblos indígenas de esta región y su relación o falta de relación con el resto del país. Igualmente, se haré un breve resumen de la historia y la estructura de la autonomía regional, en el cual se indicará las diferentes etapas que se llevaron a cabo durante el proceso de autonomía. Por último, se exponen los desafíos actuales del pueblo indígena en cuanto a su autonomía y la situación de sus derechos después de haber logrado este estatus.
Resumo:
Basado en fuentes primarias (epistolarios), el artículo ofrece una aproximación al proceso de formación de grupos armados irregulares, en la provincia de Manabí, a inicios del siglo XIX, como consecuencia de la disputa por el poder y el control del monopolio de la violencia, en el marco de construcción del nuevo régimen republicano. En esta región periférica del Estado central, la sociedad se torna violenta cuando es presionada tanto por el poder estatal, como por los caudillos locales que pretenden formar parte de las estructuras de poder local por medio del reclutamiento forzoso para engrosar las filas de milicias y grupos armados.
Resumo:
This article explains how the colonial economic system was set up on the what is now the Ecuadorian coast. It also shows how social and precolonial economic forms funcioned and its articulation with the colonial economy. In this geographic zone where merchandise was exchanged and where people mingled and information was shared linking the distant mother country with the viceroyalty, the production and circulation of a wide array of goods provided the cornerstone for crestfallen indigenas societies. The sources provide evidence on the methods used by local rulers, who were essential actors in colonial implantation.
Resumo:
Using topographic data collected by radar interferometry, stereo-photogrammetry, and field survey we have measured the changing surface of Volcan Arenal in Costa Rica over the period from 1980 to 2004. During this time this young volcano has mainly effused basaltic andesite lava, continuing the activity that began in 1968. Explosive products form only a few percent of the volumetric output. We have calculated digital elevation models for the years 1961, 1988 and 1997 and modified existing models for 2000 and 2004. From these we have estimated the volume of lava effused and coupled this with the data presented by an earlier study for 1968-1980. We find that a dense rock equivalent volume of 551 M m(3) was effused from 1968 to 2004. The dense rock equivalent effusion rate fell from about 2 m(3) s(-1) to about 0.1-0.2 m(3) s(-1) over the same period, with an average rate of about 0.5 m(3) s(-1). Between 1980 and 2004, the average effusion rate was 0.36 m(3) s(-1), a similar rate to that measured between 1974 and 1980. There have been two significant deviations from this long-term rate. The effusion rate increased from 1984 to 1991, at the same time as explosivity increased. After a period of moderate effusion rates in the 1990s, the rate fell to lower levels around 1999. (c) 2006 Elsevier B.V. All rights reserved.
Resumo:
From 1997 onward, the strobilurin fungicide azoxystrobin was widely used in the main banana-production zone in Costa Rica against Mycosphaerella fijiensis var. difformis causing black Sigatoka of banana. By 2000, isolates of M. fijiensis with resistance to the quinolene oxidase inhibitor fungicides were common on some farms in the area. The cause was a single point mutation from glycine to alanine in the fungal target protein, cytochrome b gene. An amplification refractory mutation system Scorpion quantitative polymerase chain reaction assay was developed and used to determine the frequency of G 143A allele in samples of M. fijiensis. Two hierarchical surveys of spatial variability, in 2001 and 2002,found no significant variation in frequency on spatial scales <10 in. This allowed the frequency of G143A alleles on a farm to be estimated efficiently by averaging single samples taken at two fixed locations. The frequency of G 143A allele in bulk samples from I I farms throughout Costa Rica was determined at 2-month intervals. There was no direct relationship between the number of spray applications and the frequency of G143A on individual farms. Instead, the frequency converged toward regional averages, presumably due to the large-scale mixing of ascospores dispersed by wind. Using trap plants in an area remote from the main producing area, immigration of resistant ascospores was detected as far as 6 km away both with and against the prevailing wind.
Resumo:
In many lower-income countries, the establishment of marine protected areas (MPAs) involves significant opportunity costs for artisanal fishers, reflected in changes in how they allocate their labor in response to the MPA. The resource economics literature rarely addresses such labor allocation decisions of artisanal fishers and how, in turn, these contribute to the impact of MPAs on fish stocks, yield, and income. This paper develops a spatial bio-economic model of a fishery adjacent to a village of people who allocate their labor between fishing and on-shore wage opportunities to establish a spatial Nash equilibrium at a steady state fish stock in response to various locations for no-take zone MPAs and managed access MPAs. Villagers’ fishing location decisions are based on distance costs, fishing returns, and wages. Here, the MPA location determines its impact on fish stocks, fish yield, and villager income due to distance costs, congestion, and fish dispersal. Incorporating wage labor opportunities into the framework allows examination of the MPA’s impact on rural incomes, with results determining that win-wins between yield and stocks occur in very different MPA locations than do win-wins between income and stocks. Similarly, villagers in a high-wage setting face a lower burden from MPAs than do those in low-wage settings. Motivated by issues of central importance in Tanzania and Costa Rica, we impose various policies on this fishery – location specific no-take zones, increasing on-shore wages, and restricting MPA access to a subset of villagers – to analyze the impact of an MPA on fish stocks and rural incomes in such settings.
Resumo:
O MHC (Major Histocompatibility Complex) é um sistema genético importante para a manutenção de espécies ameaçadas, uma vez que baixa variabilidade para locos MHC tem sido associada a uma menor capacidade de resposta a doenças e diminuição do sucesso reprodutivo. Deste modo, pesquisas sobre a variabilidade genética do MHC têm demonstrado ser bastante informativas em estudos populacionais voltados para aspectos referentes à conservação. No presente trabalho foi investigada a variabilidade genética do MHC para três espécies de mamíferos marinhos (toninha, baleia franca austral e lobo marinho sul-americano) do sul do Brasil, com intensa mortalidade provocada por atividades humanas atuais ou passadas. As amostras foram coletadas de animais mortos encalhados na costa, de animais capturados acidentalmente por barcos pesqueiros, e também através de um sistema de biópsia. A região variável do exon 2 do gene DQB do MHC foi amplificada por PCR (Polymerase Chain Reaction) em 109 amostras de toninhas (Rio de Janeiro n=32, Rio Grande do Sul n=52, Argentina n=25), 35 amostras de lobo marinho sul-americano e 30 amostras de baleia franca austral, utilizando-se um par de primers heterólogos. O fragmento resultante de 172 pares de bases foi analisado quanto ao polimorfismo de seqüência através da técnica de SSCP (Polimorfismo de Conformação de Fita Simples) em todas as amostras de toninha e de lobo marinho sul-americano e 14 amostras de baleia franca austral. Dificuldades associadas à amplificação resultaram em padrões de SSCP pouco informativos para as amostras de lobo marinho sul-americano e baleia franca austral Todas as amostras de toninha apresentaram um padrão de pelo menos 4 bandas por indivíduo. As 4 bandas de um único indivíduo do Rio Grande do Sul foram seqüenciadas, tendo sido possível verificar que 2 seqüências relacionadas ao genes DQB estão sendo amplificadas com estes primers. Pelas análises de SSCP foi possível detectar ausência de variabilidade para as amostras de toninha provenientes do Rio de Janeiro e diferenciá-las da população da Argentina, que é polimórfica. A população do Rio Grande do Sul parece apresentar níveis intermediários de variação em relação aos extremos da distribuição da espécie. Analisando as três populações amostradas, conclui-se que a espécie apresenta baixos níveis de variabilidade para o loco DQB, a exemplo do que é reportado para os genes de MHC de outros mamíferos marinhos.
Resumo:
Há aproximadamente meio século, as praias situadas a sotamar do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, vem sofrendo intensos processos erosivos, creditados em grande parte à construção e ampliação deste porto. O fato é que o acentuado crescimento urbano da capital cearense ocasionou a fixação de dunas e a quebra do fluxo longitudinal de sedimentos em seu litoral, resultando no recuo da linha de costa e na necessidade de intervenção antrópica por meio de obras rígidas que viessem a garantir a preservação da infra-estrutura existente nos trechos mais afetados. Como conseqüência da fixação das praias, o suprimento de material sedimentar passou a ficar retido, enquanto que o potencial de transporte das ondas se preservou. A quebra deste equilíbrio dinâmico acarretou a transferência dos processos erosivos para as praias adjacentes, o que tornou-se um problema cada vez maior, pois as soluções adotadas nestas praias eram idênticas às anteriores. As conseqüências deste processo para uma cidade como Fortaleza, onde o turismo é uma das principais fontes de renda, são graves, dado que como resultado final, encontramos longos trechos de praias com a balneabilidade comprometida e perda de qualidade visual. O litoral situado a oeste da capital é limitado à direita pela foz do Rio Ceará e à esquerda por um promontório rochoso, onde situa-se a Ponta do Pecém. Este trecho compreende aproximadamente 30 km de praias arenosas, com granulometria média e fina, e com ondas incidindo sobre a costa de forma obliqua, o que as torna o principal mecanismo de transporte de sedimentos. A ocupação urbana concentra-se principalmente nas praias mais próximas a Fortaleza, onde observa-se ainda, o afloramento de rochas de praia e grande perda de material sedimentar, fornecendo indícios da transferência dos processos erosivos da orla marítima da capital para estas praias. Com a conclusão das obras do Porto do Pecém e de um pólo industrial que visa desfrutar da localização estratégica deste porto, é natural que ocorra uma intensificação nos processos de ocupação urbana das praias próximas à área. Tal constatação motivou um trabalho de modelagem da dinâmica desta zona com o objetivo de nortear um plano de uso e ocupação das áreas localizadas próximas à praia, de forma que se possa prever o comportamento da linha de costa e evitar que sejam repetidos certos equívocos como a construção em zonas de forte dinâmica e a fixação das fontes primárias de fornecimento de sedimentos, que são as dunas frontais. Dada a disponibilidade de dados, bons processadores e aos custos significativamente reduzidos da modelagem numérica, adotou-se o pacote GENESIS – RCPWAVE, que além de ser de domínio público, é a base do sistema de modelagem de linha de costa adotado pelo CERC (Coastal Engineering Research Center), U.S.A., para aplicações em costa aberta, em regiões sujeitas às intervenções humanas. A calibração do modelo se fez considerando as linhas de praia medidas em 1974 pela DHN e em 2001 com o uso de GPS. Os dados de onda utilizados foram obtidos por um ondógrafo direcional do tipo Waverider, instalado a uma profundidade de 18 metros nas proximidades da Ponta do Pecém. Os dados relativos ao modelo conceitual dos processos predominantes na região, como: contribuições externas, variação granulométrica e variações sazonais de perfis foram obtidos de levantamentos bibliográficos de trabalhos anteriores. Por último, informações relativas às estruturas existentes e seu comportamento, ao afloramento de formações rochosas e o último levantamento da linha de praia, foram obtidas através de trabalhos de campo. De uma forma geral, o comportamento previsto pelo modelo mostrou-se semelhante ao observado nos diferentes levantamentos. Considerando-se as limitações dos processos envolvidos no levantamento de dados, onde tanto a carta da DHN quanto o mapeamento por satélite estão sujeitos a imprecisões e ainda, que a série de dados confiáveis de ondas para a região possuía apenas dois anos, é importante notar que, em linhas gerais, a formulação matemática do modelo representou satisfatoriamente os processos envolvidos. Os resultados fornecidos possibilitam a extrapolação da evolução da linha de costa e indicam pontos de provável recuo ou avanço da praia, norteando a sua ocupação. A ferramenta gerada proporciona ainda a avaliação do impacto de intervenções por meio de estruturas rígidas ou engordamento de praia ao longo do tempo e gera uma estimativa dos valores de deriva litorânea para os diferentes trechos de praia, possibilitando avaliar os efeitos das intervenções nas praias adjacentes.
Resumo:
O comportamento antagônico dos deslocamentos anuais da linha de costa coincide com os eventos de ENSO. Foi observado também que a linha de costa tende a retornar a sua forma e posição anteriores, sazonalmente no litoral sul, anualmente no litoral médio e a cada 19 meses no litoral norte. A variabilidade espacial na resposta da linha de costa às mudanças sazonais e interanuais deve-se a uma combinação de fatores, incluindo granulometria, orientação da linha de costa e transporte sedimentar ao longo da costa. A análise regional da costa do RS permitiu classificá-la em quatro classes de manejo: (1) áreas de manejo crítico, ocorrem em 177 km ou 29% da costa do RS e consistem basicamente nas áreas urbanizadas, concentradas principalmente no litoral norte, (2) áreas prioritárias, ocorrem em 198 km ao longo do litoral médio, ocupando 32% da costa do RS, (3) áreas latentes ocorrem em 65 km ou 10% da costa, localizados no litoral sul entre o Hermenegildo e o Albardão e (4) áreas naturais, ao longo de 178 km ou 29% da costa gaúcha, encontradas no litoral central e sul.
Resumo:
O Sistema Hidrológico do Taim, que inclui o Banhado do Taim, insere-se em uma região de áreas alagáveis contínuas caracterizadas por banhados e lagoas de água doce, em uma dinâmica de baixo relevo entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Mirim, litoral Sul do Rio Grande do Sul. Este sistema encontra-se associado a uma vasta área de monocultura de arroz irrigado. As alterações antropogênicas ou naturais dos níveis d’água no sistema podem afetar a estrutura das comunidades planctônicas associadas às lagoas e à vegetação macrofítica. O objetivo principal do presente trabalho foi caracterizar a estrutura da comunidade zooplanctônica e verificar sua variação horizontal e temporal num eixo formado por uma área aberta (livre de vegetação) e uma área vegetada por densos estandes de macrófitas, assim como verificar a relação das características limnológicas e climatológicas com estas comunidades de forma a contribuir com elementos para a definição de regras adequadas ao uso dos recursos hídricos desta área. O estudo foi conduzido numa lagoa rasa interna ao Banhado (Lagoa Jacaré), e na porção do Banhado do Taim adjacente à Lagoa. Foi definida uma transecção Banhado-Lagoa composta por três pontos de amostragem (Banhado, Interface e Lagoa). Amostras de água foram coletadas trimestralmente, ao longo de um ano (Agosto/2002 a Junho/2003), para a análise do zooplâncton e das características ambientais. A comunidade zooplanctônica esteve representada por um total de 85 espécies, dentre as quais 39 pertencem aos cladóceros, caracterizando-o como o grupo de maior riqueza específica. O Índice de Constância demonstrou como espécies constantes no eixo Banhado-Lagoa, os rotíferos Lecane leontina e Testudinella sp., e os cladóceros Ceriodaphnia richardi e Chydorus sphaericus. Os copépodos foram o grupo de maior abundância, representada pela dominância dos náuplios e copepoditos, pois os indivíduos adultos freqüentemente ocorreram em número reduzido. Agosto (inverno) foi o período com o maior número de indivíduos, com valores de densidade bastante acentuados em relação aos demais. O Banhado apresentou a maior densidade zooplanctônica, assim como os maiores valores de riqueza e diversidade específica. Este habitat revela-se como uma zona potencial de abrigo e manutenção da fauna zooplanctônica, enfatizando a importância da conservação dos ecossistemas de banhados. As flutuações do nível d’água demonstraram a maior correlação com a variação da comunidade zooplanctônica. A ocorrência de níveis d’água elevados permitiu ampla conexão entre os habitats e grande disponibilidade de nichos, contribuindo para a manutenção de elevada densidade, riqueza e diversidade zooplanctônica nos períodos com tais condições.