1000 resultados para Convicções de Saúde
Resumo:
Com este artigo, pretende-se dar conta da reflexo resultante da experincia de ensino da sociologia na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, nos ltimos 12 anos. Aps um breve enquadramento do contexto em que decorre esta experincia e da sua especificidade, procuram identificar-se os principais constrangimentos e questes que se foram colocando durante a prtica lectiva das disciplinas de sociologia, relacionados com obstculos epistemolgicos e dificuldades referentes articulao entre a mobilizao de uma linguagem necessariamente compreensvel para os estudantes e o imperativo de apresentao rigorosa dos temas propostos bem como com s vantagens e potenciais riscos da introduo de componentes de investigao. Por outro lado, abordam-se os objectivos e analisa-se o contributo do ensino da sociologia para a formao de tcnicos de saúde, considerando a variabilidade do alcance das aprendizagens realizadas pelos (ex)estudantes.
Resumo:
Trata-se de um texto introdutrio ao tema Socilogos e campos profissionais na saúde: perfis de actividades e desafios, debatido no Encontro Nacional de Sociologia da Saúde, e no qual se apresenta, sumariamente, as comunicaes dos respectivos autores.
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OBJETIVO: Analisar a relao entre condies macroeconmicas e saúde no Brasil. MTODOS: Para analisar o impacto do emprego e a renda sobre a mortalidade, utilizou-se um painel de dados para o Brasil em nvel estadual para o perodo de 1981-2002. Como proxy para saúde, foram utilizadas as informaes sobre a taxa de mortalidade obtidas do Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM). Para as condies macroeconmicas, foram empregadas as variveis emprego e renda mdia e para os aspectos socioeconmicos, considerou-se a taxa de analfabetismo. Os efeitos das variveis foram estimados por modelos esttico e dinmico a fim de analisar duas hipteses: 1) a hiptese de Ruhm, que sugere que elevadas taxas de emprego e de renda esto associadas com maior taxa de mortalidade e 2) a hiptese de Brenner, que indica que elevadas taxas de emprego e de renda esto relacionadas a menores taxas de mortalidade. RESULTADOS: A relao entre a taxa de mortalidade (proxy utilizada para a saúde) com as condies macroeconmicas (mensurada por meio da taxa de emprego) se mostrou negativa. As estimativas indicaram que a taxa de mortalidade total foi maior nos perodos de recesso econmica, sugerindo que medida que as condies macroeconmicas melhoram, aumentando o nvel de emprego na economia, ocorreu uma queda na taxa de mortalidade. A estimativa para a relao entre a taxa de analfabetismo (proxy utilizada para o nvel educacional) e a taxa de mortalidade mostrou o papel que maiores nveis de escolaridade tm na melhora da saúde. CONCLUSES: Os resultados encontrados a partir do modelo esttico e dinmico para a relao entre a taxa de mortalidade e as condies macroeconmicas favorecem a aceitao da hiptese de Brenner, em que elevadas taxas de emprego esto relacionadas a menores taxas de mortalidade.
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OBJETIVO: Compreender concepes e experincias de gestores em relao avaliao qualitativa na ateno bsica em saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo, fundamentado na vertente crtico-interpretativa, realizado em 2006 na cidade de Fortaleza, CE. A amostra terica foi composta pelo grupo responsvel pelo planejamento da ateno bsica em nvel estadual. Para a obteno do material emprico, utilizou-se a tcnica de grupo focal. ANLISE DOS RESULTADOS: Emergiram dois temas centrais: concepes de qualidade e dimenses da qualidade na prxis da avaliao em saúde, desdobrando-se em aspectos distintos. Os conceitos qualidade e avaliao qualitativa no se mostraram claramente demarcados, confundindo-se a avaliao qualitativa com a avaliao da qualidade formal. Do mesmo modo, no se reconhece a multidimensionalidade inerente qualidade. A despeito de se revelarem nos depoimentos crticas quantificao indevida de certas dimenses, no se observou clareza e domnio tcnico quanto abordagem a utilizar para abranger as distintas dimenses da qualidade em processos avaliativos. CONCLUSES: As concepes dos gestores responsveis pelo planejamento da ateno bsica, no espao estudado, revelam um importante distanciamento das premissas da avaliao qualitativa, sobretudo aquela orientada pelo enfoque de quarta gerao. Portanto, o modelo adotado por esses atores na avaliao da qualidade dos programas e servios no contempla sua multidimensionalidade.
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OBJETIVO: Estimar o risco de infeco tuberculosa em agentes comunitrios de saúde envolvidos no controle da doena. MTODOS: Foi seguida uma coorte prospectiva, de abril de 2007 a maio de 2008, no municpio de Cachoeiro de Itapemirim, ES. A coorte foi composta por 61 agentes comunitrios, divididos em no-expostos (n=37) e expostos (que acompanharam pacientes com tuberculose, n=24). Durante os 12 meses de seguimento, foi realizado teste tuberculnico, utilizando a tuberculina PPD RT23. Foi calculado o risco relativo e intervalo com 95% de confiana e foi avaliada a correlao entre a viragem tuberculnica e a histria ocupacional dos agentes por meio do coeficiente de correlao de Pearson. RESULTADOS: A incidncia da viragem foi de 41,7% no grupo dos expostos e 13,5% no grupo dos no expostos. O risco anual de infeco foi de 52,8% no grupo dos expostos e de 14,4% no grupo dos no expostos (p= 0,013). Observou-se associao entre viragem tuberculnica e exposio a paciente com tuberculose (RR= 3,08; IC 95%: 1,201;7,914). CONCLUSES: Os agentes que acompanharam pacientes com tuberculose em suas rotinas de servio apresentaram risco de infeco maior que aqueles que no acompanharam pacientes com essa doena. A implementao de medidas administrativas de biossegurana de rotina, entre as quais a prova tuberculnica, devem ser priorizadas, considerando o alto risco de infeco tuberculosa entre os agentes comunitrios de saúde.
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O risco laboral que sujeita o trabalhador a um acidente ou a uma doena profissional sempre relacionado com o meio ambiente onde este se insere como o caso das atividades ligadas a contaminantes ambientais, utilizados ou produzidos potencialmente nocivo para a comunidade onde a empresa se insere. O local de trabalho e a empresa no podem ser agentes nocivos para o ser humano, para a comunidade e para a natureza em geral. A empresa ou servio pblico, as condies de trabalho e as vivncias que se fazem no espao do trabalho devero ser agentes ao servio do progresso e do desenvolvimento social, ambiental e cultural. Isto s ser possvel atravs da educao o tratamento destes problemas deveria estar na escola desde os primeiros anos de escolaridade da informao e da formao dos trabalhadores em geral e dos prprios empresrios ou gestores. Por outro lado, impe-se o cumprimento da lei e a certificao das empresas em normas tcnicas que as levem a adotar prticas organizacionais saudveis, para os e as trabalhadoras e para o meio ambiente. Em defesa da saúde de quem trabalha e do desenvolvimento humano, os atuais conceitos de produtividade e de competitividade vo ter de ser postos em causa. Estamos desafiados a trazer para o debate novos paradigmas para os objetivos econmicos e para a conceo estrutural das empresas e, ainda, novos conceitos para o emprego, impregnando-os de dignidade.
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Neste livro, procede-se caracterizao e anlise da saúde no concelho de Loures, colocando o foco em trs dimenses 1) estado de saúde e incidncia das doenas; 2) prticas de saúde; 3) estilos de vida relacionados com a saúde. Os resultados apresentados foram obtidos no quadro de um projeto de investigao marcadamente quantitativo, suportado em grande parte, ainda que no exclusivamente, por um inqurito aplicado a uma amostra representativa da populao adulta residente no concelho de Loures. Os dados expostos, referentes a um leque diversificado de variveis que operacionalizam as trs dimenses em anlise, evidenciam tendncias gerais e, simultaneamente, diferenas significativas e desigualdades sociais acentuadas entre os diferentes segmentos da populao, em termos de sexo, escolaridade, classe social, nacionalidade, situao face profisso e idade. A sua leitura pode contribuir para um conhecimento mais sustentado relativamente saúde no concelho de Loures e consubstanciar-se, igualmente, como uma ferramenta til para a definio e programao de aes especficas e de estratgias de interveno a implementar neste concelho. A publicao do presente livro d a conhecer o produto de um projeto de investigao enquadrado por uma parceria estabelecida entre a Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politcnico de Lisboa e a Cmara Municipal de Loures, contribuindo para a reduo da lacuna existente em Portugal, relativamente carncia de trabalhos de investigao cientfica com uma dimenso considervel, realizados escala nacional ou municipal, sobre problemticas relacionadas com a saúde e a doena.
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Sistematiza-se o conhecimento disponvel sobre o estgio atual de efetivao das principais polticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto sobre as desigualdades em saúde. Embora a fluoretao da gua de abastecimento pblico no Brasil seja uma determinao legal, sua implantao tem sofrido marcantes desigualdades regionais. So apresentados dados sobre o grau de efetivao da medida e so revisados estudos que avaliaram seu impacto sobre a ampliao da desigualdade na experincia de crie dentria. A oferta de atendimento pblico odontolgico, ampliada consideravelmente aps a implantao do Sistema nico de Saúde, tambm discutida em relao proviso do servio e seu impacto sobre a reduo da desigualdade no acesso a tratamento dentrio. A discusso do efeito diferencial dessas medidas propiciou a proposio de estratgias focais (direcionar a fluoretao para as reas com maiores necessidades), visando a reduzir a desigualdade na experincia de crie no Pas.
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Estudo conduzido com o objetivo de contribuir para o planejamento e implementao de polticas de qualificao profissional no campo da saúde. Foram analisados 14 cursos de graduao da rea da saúde: biomedicina, cincias biolgicas, educao fsica, enfermagem, farmcia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinria, nutrio, odontologia, psicologia, servio social e terapia ocupacional, no perodo de 1991 a 2008. Dados sobre nmero de ingressantes, taxa de ocupao de vagas, distribuio de concluintes por habitante, gnero e renda familiar foram coletados a partir dos bancos do Ministrio da Educao. Para o curso de medicina, a relao foi de 40 candidatos por vaga nas instituies pblicas contra 10 nas privadas. A maioria dos ingressantes era composta por mulheres. A regio Sudeste concentrou 57% dos concluintes, corroborando o desequilbrio de distribuio regional das oportunidades de formao de profissionais de saúde e indicando a necessidade de polticas de incentivo reduo dessas desigualdades.
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OBJETIVO: Avaliar as diferenas nos padres da produo cientfica brasileira publicada nas revistas que concentram a maior produo dos programas de ps-graduao brasileiros da rea de saúde coletiva. MTODOS: Com base na distino proposta por Kuhn entre cincia paradigmtica e no-paradigmtica, foi avaliada a publicao de artigos do trinio 2004-2006 nas principais revistas da rea da saúde coletiva, relacionada s respectivas subreas, e nmero de autores por artigo. Os dados foram coletados na base LILACS e classificados independentemente pelos autores nas subreas tradicionais da saúde coletiva. RESULTADOS: Artigos de mltipla autoria foram muito mais freqentes entre os classificados na subrea de epidemiologia, enquanto os de autoria nica foram mais freqentes nas reas de cincias sociais e humanas em saúde. Houve diferena na freqncia de publicao de artigos desses tipos em revistas diversas, sendo o total de artigos de epidemiologia superior soma dos totais das outras duas subreas. CONCLUSES: Os diferentes padres de autoria encontrados tm implicaes importantes para os processos avaliativos de programas e de pesquisadores, que no podem ser ignoradas, sob pena de ameaarem a manuteno a longo prazo do perfil multidisciplinar que tem caracterizado a saúde coletiva no Brasil ao longo de trs dcadas.
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Nos ltimos anos, o mtodo etnogrfico revelou-se como um adequado instrumento para as intervenes em saúde pblica e na educao em saúde. No obstante, seu uso contradiz determinados modelos de interveno definidos como monolgicos, a exemplo das campanhas de meios de comunicao de massa e as filosofias do "ator racional". Foram analisadas criticamente algumas bases epistemolgicas desses modelos, como a unidimensionalidade na anlise dos processos de saúde/doena/atendimento, a unidirecionalidade comunicativa e a hierarquia. No seu lugar, prope-se um modelo dialgico baseado no mtodo etnogrfico e organizado a partir dos critrios de multidimensionalidade, bidirecionalidade e simetria. A etnografia permite melhorar a efetividade das intervenes ao fornecer uma base emprica para o desenho dos projetos e ao propiciar a participao social em saúde.
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Objectivos - Na sociedade atual as pessoas so diariamente expostas a inmeras situaes de stress. As exaltaes vividas so transformadas em energia pulsional que por sua vez deve ser despendida segundo trs vias: psquica, motora e visceral. Se esta energia no for despendida pelas duas primeiras vias, acumula-se como carga psquica originando tenso psquica. A tenso gerada vai repercutir-se na saúde de cada indivduo. Uma das causas da Coriorretinopatia Central Serosa (CRCS) o stress. A CRCS uma patologia de carcter espordico, caracterizada por um descolamento seroso espontneo da retina neuro sensorial na regio macular, com consequente comprometimento da acuidade visual (AV). Sendo uma patologia de carcter espordico desencadeada por situaes de stress, pretende-se caracterizar as manifestaes consequentes desta patologia, bem como abordar os factores diagnsticos da mesma, no caso em estudo. Metodologia - Estudo de caso. Anlise de um paciente do sexo masculino, de 36 anos de idade, com diagnstico de CRCS. Resultados - A CRCS caracteriza-se por um descolamento seroso da retina neuro sensorial na regio macular, com comprometimento da viso. O paciente chegou consulta com queixa de baixa de acuidade visual sbita do olho esquerdo. Realizaram-se exames para concluir o diagnstico sendo estes, OCT, angiografia e avaliao da acuidade visual. Na angiografia verifica-se afeo da rea macular, ao OCT verifica-se descolamento seroso da retina neuro sensorial na regio macular. A acuidade visual era de 6/10 no olho esquerdo e 10/10 no olho direito. Apresentava ainda queixas de metamorfopsias. Discusso / Concluso - Ainda que a etiologia da CRCS no seja totalmente conhecida, encontra-se associada a situaes de stress, a hipertenso arterial, a comportamentos decorrentes da forma exagerada e ansiosa de viver, competitividade, gravidez e medicao sistmica de esterides. O tratamento inicial recomendado repouso absoluto, caso se verifique insucesso o tratamento passar pela realizao de terapia fotodinmica.
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OBJETIVO: Analisar diferenas quanto a caractersticas sociodemogrficas e relacionadas saúde entre indivduos com e sem linha telefnica residencial. MTODOS: Foram analisados os dados do Inqurito de Saúde (ISA-Capital) 2003, um estudo transversal realizado em So Paulo, SP, no mesmo ano. Os moradores que possuam linha telefnica residencial foram comparados com os que disseram no possuir linha telefnica, segundo as variveis sociodemogrficas, de estilo de vida, estado de saúde e utilizao de servios de saúde. Foram estimados os vcios associados no-cobertura por parte da populao sem telefone, verificando-se sua diminuio aps a utilizao de ajustes de ps-estratificao. RESULTADOS: Dos 1.878 entrevistados acima de 18 anos, 80,1% possua linha telefnica residencial. Na comparao entre os grupos, as principais diferenas sociodemogrficas entre indivduos que no possuam linha residencial foram: menor idade, maior proporo de indivduos de raa/cor negra e parda, menor proporo de entrevistados casada, maior proporo de desempregados e com menor escolaridade. Os moradores sem linha telefnica residencial realizavam menos exames de saúde, fumavam e bebiam mais. Ainda, esse grupo consumiu menos medicamentos, auto-avaliou-se em piores condies de saúde e usou mais o Sistema nico de Saúde. Ao se excluir da anlise a populao sem telefone, as estimativas de consultas odontolgicas, alcoolismo, consumo de medicamentos e utilizao do SUS para realizao de Papanicolaou foram as que tiveram maior vcio. Aps o ajuste de ps-estratificao, houve diminuio do vcio das estimativas para as variveis associadas posse de linha telefnica residencial. CONCLUSES: A excluso dos moradores sem linha telefnica uma das principais limitaes das pesquisas realizadas por esse meio. No entanto, a utilizao de tcnicas estatsticas de ajustes de ps-estratificao permite a diminuio dos vcios de no-cobertura.