987 resultados para A questão da filosofia
Resumo:
Promulgado em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) introduziu novas formas de compreensão da infância e da adolescência e novos modos de atendimento àqueles em situação de risco. Mas, segundo Adriane Vasti Gonçalves Negrão e Elizabeth Piemonte Constantino, autoras do livro Acolhimento institucional em tempos de mudança - uma questão em análise, a efetivação das novas políticas de assistência tem sido deficiente em vários aspectos, como o que tange à aplicação da medida de proteção de abrigo em entidades de acolhimento institucional. O trabalho das autoras foi embasado em pesquisa de campo e constatou que, apesar dos importantes esforços para atender os direitos previstos legalmente, são notórias as oscilações entre práticas e concepções pré e pós a promulgação do ECA. Alguns princípios ainda estão ancorados no mais puro assistencialismo, o qual não pressupõe crianças e adolescentes como cidadãos de direitos, mas sim como objetos de ações de caridade. São práticas ainda comuns a falta de incentivo ao convívio familiar e comunitário e os longos períodos de acolhimento institucional como resultado de decisões que não o justificam, cenário com o potencial de fragilizar ou impedir ações de caráter emancipatório das crianças e jovens. O livro sinaliza que existe ainda um longo percurso rumo às transformações das instituições que atendem crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade social.
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Em uma época em que questões sobre clima e sustentabilidade adquirem evidência inédita, Piaget e a questão ambiental vem contribuir para a discussão sobre a consciência ecológica e a Educação Ambiental para estudantes do ensino fundamental. A obra desenvolve temas concernentes a aprendizagem, moral e relação do homem com a natureza, além de expor o resultado de investigação científica desenvolvida pela autora, a pedagoga Carla Luciane Blum Vestena. Por meio de uma ampla pesquisa psicogenética aplicada a 240 crianças e adolescentes de 8 a 14 anos, a autora buscou relacionar o conhecimento deles sobre o meio ambiente e o juízo moral ambiental. Também testou a influência que fatores como faixas etárias dos estudantes e propostas pedagógicas das escolas podem exercer sobre a formação da consciência dos alunos e suas ações em favor do meio ambiente. Uma das conclusões do estudo é que crianças e adolescentes obtêm juízo moral ambiental, desde que as escolas lhes forneçam um espaço propício a cooperação, autonomia, desenvolvimento da afetividade e conhecimentos das questões do meio ambiente. A obra é voltada principalmente para a ação docente e apresenta-se como referência a gestores, pesquisadores e pedagogos, além de interessados na área de Educação, principalmente a Ambiental.
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Organizado por Ana Maria de Andrade Caldeira, este livro é composto por 16 capítulos escritos por professores e pós-graduandos de diversas especialidades científicas. Eles procuram problematizar questões fundamentais para o ensino de disciplinas como Biologia, Física e Matemática. Os autores apresentam estudos teóricos e empíricos com conteúdos extraídos da História e Filosofia das Ciências, tentando, ao mesmo tempo, lançar um olhar para a sala de aula, localizando e criticando conceitos que, eventualmente, são trabalhados de forma distorcida ou inadequada, com reflexos diretos e negativos na prática docente e na disseminação do conhecimento científico. Organizado de forma didática, o livro se divide em quatro grandes subáreas, cada uma delas agrupando estudos sobre diversos temas afins da Matemática, Física, Química e Biologia, respectivamente. O fio condutor da obra está na interface que todos os autores constroem entre o tema discutido e a História ou a Filosofia referentes aos quatro grandes blocos que o livro aborda. Embora denso e bastante específico, trata-se de um trabalho de leitura agradável.
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O interesse de estudantes, pesquisadores e profissionais das ciências da vida e da saúde pela Filosofia da Ciência e a dificuldade que eles enfrentam para obter fundamentos teóricos diretamente de obras filosóficas motivaram a produção desse livro. Para os autores, a Filosofia da Ciência contribui para a formação de pesquisadores à medida que os princípios básicos da pesquisa científica e de seu significado contribuem para a produção de novos conhecimentos. Eles afirmam que o método científico se constitui na ferramenta adequada para a construção de soluções eficazes para problemas que profissionais e pesquisadores encontrarão ao longo se suas atividades, já que os capacita a fazer análises, sínteses e críticas baseadas no raciocínio científico. Outra importante colaboração é fornecer uma perspectiva do processo histórico da ciência. Ao longo dos capítulos são abordados temas como a natureza do conhecimento científico e o modo de produção da ciência. Os autores ainda apresentam uma breve história do pensamento biológico, além de conceitos e métodos das teorias Geral dos Sistemas e da Auto-organização, fundamentais para a tipificação dos fenômenos biológicos e para uma concepção da natureza como resultante da interação dinâmica entre fatores biológicos, psicológicos e sociais. Eles também abordam a relação entre a atividade científica e a sociedade tecnológica atual, inclusive discutindo sobre a ética que deve reger esse relacionamento. A obra faz um foco ainda sobre a psicossomática, que analisa por diversos aspectos: expõe seus fundamentos teóricos, bases fisiológicas e hipóteses filosóficas em torno do problema mente-corpo desenvolvidas ao longo da história, além de avaliar os mecanismos fisiológicos próprios aos processos psicossomáticos e demonstrar de que modo a psicossomática poderia ser aplicada à saúde coletiva.
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Este livro tem como objetivo verificar se na formação dos professores na área de Educação Física há também espaço para a difusão de saberes que vão além dos conhecimentos técnico-científicos. Os autores partem do princípio de que modernamente é dado como certo que a instabilidade dos ambientes da prática docente exige dos professores mais do que conhecimentos teóricos: demanda deles também que trabalhem com elementos como a incerteza e a complexidade, diante de situações como o imprevisto, a urgência, a dispersão, a indisciplina e a dificuldade para a compreensão e a aprendizagem. Tais situações obrigariam o professor a emitir juízos e tomar decisões, quase sempre de caráter prático. A conclusão dos pesquisadores é, no entanto, de que os cursos de formação dos profissionais de Educação Física continuam privilegiando as disciplinas teóricas, e trabalham pouco os chamados saberes práticos. O estudo foi baseado em entrevistas com estudantes e professores e em análise documental e interpretativa de situações práticas do ensino da disciplina em três escolas municipais de Indaiatuba (SP). Tratou-se, portanto, de uma pesquisa de natureza qualitativa e do tipo descritiva, e não de uma investigação quantitativa
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Luís Guilherme Coelho Buchianeri propõe, nesta obra, que nos dias atuais a velocidade continua acelerando exponencial e paradoxalmente, mas apenas no mundo externo. No mundo interno, se desacelera, “tendendo a uma paralisia que não promove a angústia estruturante, mas leva à agonia, à sensação de falta de futuro, à necessidade de preenchimento do tempo com conteúdos dados à imediaticidade dos afetos”. Tal busca de concretude, diz, impede a subjetivação do ser humano moderno. A subjetividade, segundo o autor, considerada lenta e imprecisa, está sendo descartada na era da instantaneidade e da satisfação imediata dos desejos, em que a máquina possibilita que tudo se realize em “tempo real”. Assim, se no nascimento da modernidade a velocidade instigava a ação, transformação e rebeldia, hoje, vazia de conteúdos, paralisa e instala nesse espaço um tempo entediante. Nos jovens, principalmente, essa variedade de estímulos decorrentes dessas mutações no espaço e no tempo produziria uma falta de sentido na vida, acompanhada por “um esvaziamento do sujeito, uma sensação subjetiva a que poderíamos denominar tédio”. Paralelamente a esse tema, discutido amplamente neste livro, que leva em conta a realidade de jovens de diversos países, o autor aborda outra questão contemporânea – a da “depressão como figura de subjetivação da atualidade”. Ao analisar conceitos com base em teorias da Psicologia e da Filosofia, ele procura demonstrar que o tédio se sobressai em relação à depressão como a subjetividade típica de um mundo acelerado e volátil
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O estudo apresentado neste livro trata da relação entre Lógica e Psicologia e parte da questão apresentada na obra Ensaio de Lógica Operatória de Jean Piaget (1896-1980): [...] como se constituem as estruturas elementares de classes, de relações, de números, de proposições, etc., formalizadas com toda independência e autonomia pelo lógico e [...] quais são suas relações com as 'operações' do pensamento 'natural', muito mais pobre e não formalizado.. Os autores Rafael dos Reis Ferreira e Ricardo Pereira Tassinari observam que nessa questão, Piaget pressupõe que as operações lógico-formais estão vinculadas a um sujeito. O que interessa ao pensador francês é a compreensão de como se formam as estruturas necessárias ao conhecimento lógico-matemático e como isso é possível a partir do desenvolvimento psicológico. Eles mostram que, apesar de recorrer à Psicologia, trata-se no contexto dessa investigação de Piaget, fundamentalmente, de um interesse filosófico, relacionado à Teoria do Conhecimento e à Epistemologia, particularmente ao que o francês chama de Epistemologia Genética, e não propriamente uma investigação de pura Psicologia. A questão da relação entre Lógica e Psicologia estudada nesse livro é basicamente de como o sujeito epistêmico usa e se torna capaz de usar funções proposicionais para estruturar a realidade e produzir conhecimento sobre ela. A obra inicia-se com a contextualização do pensamento de Piaget no âmbito das discussões filosóficas e os pressupostos gerais da Epistemologia Genética e suas relações com a Psicologia Genética. O segundo capítulo é dedicado a algumas das discussões de princípios realizadas por Piaget no Ensaio, acerca do objeto e da definição da Lógica Operatória. No capítulo seguinte, os autores procuram responder à questão central do estudo, focando a análise sobre o conceito de função proposicional para Piaget e a relação desta com o ...
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Pós-graduação em Educação - FFC
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We compared the relationships between acquisition of auditory perception and the acquisition of sonorant consonants spelling in children of the first two grades of elementary school. The comparison was based on a procedure of identifying and writing the same set of words that presented phonological contrasts between them. As to the results, it was found: (1) gradation in the acquisition of subclasses within a larger class; (2) matches and mismatches between the two types of task; (3) increased adjustments in spelling and more mismatches in auditory perception with increasing enrollment. This set of results indicates, therefore, the complexity of the relationships between the acquisition of auditory perception and the acquisition of spelling, since, once contacted, their journey together at the same time promotes links and outcomes between them.
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The goal of this paper is to investigate the academic genre abstract of master's thesis in the context of the research project Teletandem Brasil: foreign languages for all. Taking as starting point the concepts of genre from the social-rhetorical perspective we analyzed ten abstracts of theses (a genre which is already legitimized) related to that project (which is a relatively new context). As a result of the analysis, we noticed the occurrence of a phenomenon that we called reduction of rhetorical effort, which consists in erasing rhetorical units that justify the validity of the research described in the abstracts analyzed. Among the contributions of this paper, we can highlight relevant reflections not only to the discourse communities that support the academic genre but also to the researchers who aspire to a place in this niche.
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The aim of this paper is to analyze the confluences between the thinking of philosophers Theodor Adorno and Hannah Arendt in critiquing totalitarianism and fascism in the post-World War II period. Looking for approximation between the works of both philosophers, the most relevant aspects of this criticism for the philosophy of education will be explicited.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)