1000 resultados para semelhança não sensível
Resumo:
O glyphosate é um herbicida não-seletivo utilizado para controlar plantas daninhas há mais de 20 anos no Rio Grande do Sul. A buva (Conyza bonariensis) é uma espécie daninha comum nos Estados da região Sul do Brasil e tradicionalmente controlada com uso de glyphosate. Entretanto, nos últimos anos plantas de buva têm apresentado poucos sintomas de toxicidade em resposta ao tratamento com glyphosate, sugerindo que estas plantas são resistentes ao herbicida. Assim, com o objetivo de avaliar a resposta de uma população de plantas de buva a glyphosate, foram realizados três experimentos: um em campo e dois em casa de vegetação. No experimento em campo, os tratamentos avaliados constaram de doses crescentes de glyphosate (0, 360, 720, 1.440, 2.880 e 5.760 g ha-1), e os herbicidas paraquat (400 g ha-1) e 2,4-D (1.005 g ha-1) foram empregados como produtos testemunhas, com diferentes mecanismos de ação nas plantas. No experimento em casa de vegetação os tratamentos constaram de doses crescentes de glyphosate (0, 360, 720, 1.440, 2.880 e 5.760 g ha-1), mais os herbicidas testemunhas, aplicados sobre plantas de um biótipo considerado resistente e de outro considerado sensível. No segundo experimento realizado em casa de vegetação, foram avaliados os tratamentos contendo glyphosate (720, 1.440 e 2.880 g ha-1), mais os herbicidas chlorimuron-ethyl (40 g ha-1), metsulfuron-methyl (4 g ha-1), 2,4-D (1.005 g ha-1), paraquat (400 g ha-1) e diuron + paraquat (200 + 400 g ha-1), bem como a testemunha sem tratamento herbicida. A toxicidade dos tratamentos herbicidas foi avaliada aos 7, 15 e 30 DAT (dias após tratamento). Os resultados obtidos nos experimentos em condições de campo e em casa de vegetação, de forma geral, evidenciam que o biótipo sensível é controlado pelo glyphosate e pelos demais herbicidas avaliados. Demonstram ainda que o biótipo resistente apresenta-se, igualmente ao biótipo sensível, altamente suscetível aos herbicidas com mecanismo de ação distinto daquele do glyphosate. Entretanto, o biótipo resistente mostra baixa resposta ao herbicida glyphosate, mesmo se este for empregado em doses elevadas, evidenciando ter adquirido resistência a esse produto.
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A influência de concentrações de bispyribac-sodium, aplicadas na parte aérea ou nas raízes das plantas de arroz, foi avaliada. O experimento foi realizado em casa de vegetação, usando bispyribac-sodium nas doses de 0, 24, 48, 72, 96 e 120 ppb, aplicadas na parte aérea ou nas raízes de plantas de arroz BRS Pelota e BRS Bojuru. As unidades experimentais constaram de copos plásticos perfurados na lateral próximo ao fundo, com areia lavada, onde foram colocadas cinco sementes de arroz, e mantidas dentro de bandejas contendo água em nível imediatamente inferior ao nível de areia. Quando as plantas se encontravam no estádio de duas a três folhas definitivas, as soluções foram pulverizadas diretamente sobre as folhas. Para aplicação nas raízes, o herbicida foi colocado na água de irrigação. Quarenta dias após emergência, foram avaliados comprimento de plantas, matéria fresca e seca de parte aérea e raízes e volume do sistema radical. Os dados foram submetidos à análise de variância, com análise de regressão através de modelos polinomiais, quando significativos. O cultivar de arroz BRS Bojuru se mostrou mais sensível que o BRS Pelota ao incremento na dose de bispyribac-sodium, com efeito mais pronunciado quando aplicado diretamente às folhas. Em campo, devem-se evitar doses acima das recomendadas, principalmente quando do uso de cultivares japonica.
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A sintomatologia é um dos principais critérios adotados para avaliar os danos causados por fatores bióticos e abióticos em plantas. Contudo, aspectos microscópicos são necessários na compreensão dos mecanismos de intoxicação e no diagnóstico precoce da injúria. Objetivou-se no presente estudo avaliar os efeitos da deriva simulada de quatro formulações comerciais de glyphosate (Scout®, Roundup NA®, Roundup transorb® e Zapp QI®) sobre a morfoanatomia foliar de seis clones de Eucalyptus grandis (UFV01, UFV02, UFV03, UFV04, UFV05 e UFV06). Após a aplicação do glyphosate na dose de 129,6 g ha-1, acompanhou-se diariamente o surgimento de sintomas, e aos 14 dias coletaram-se amostras de folhas aparentemente sadias para as análises microscópicas. Todos os clones apresentaram cloroses e necroses a partir do quarto dia de exposição, independentemente da formulação utilizada. O clone UFV04 não apresentou injúrias anatômicas. Nos demais clones, os herbicidas ocasionaram plasmólise, colapso celular, hipertrofia e formação de tecido de cicatrização, porém não foram diagnosticadas variações na espessura das folhas. Visualmente, o Roundup transorb® foi o herbicida que provocou maior intoxicação nas plantas. Anatomicamente, plantas expostas ao Roundup NA® apresentaram maior número de danos. O clone UFV06 foi o mais sensível à ação das formulações testadas, considerando-se tanto a análise visual quanto a anatômica. Os resultados confirmam o valor diagnóstico da análise visual e prognóstico da anatomia vegetal, sendo o estudo conjunto desses parâmetros fundamental para avaliar a sensibilidade entre os clones e o potencial fitotóxico de herbicidas.
Resumo:
O estudo trata da análise fitossociológica de plantas daninhas em áreas cultivadas com cana-de-açúcar em três usinas de açúcar e álcool no município de Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, considerando-se três relevos: baixada (relevo plano com altitude de no máximo 30 m), tabuleiro (relevo plano com altitude variando de 30 a 50 m) e morro (relevo ondulado, com altitude superior a 50 m), dois tipos de cultivo (cana-planta e cana-soca) e dois períodos (primavera-verão e outono-inverno). O levantamento em cana-planta foi realizado até 30 dias após o plantio e, em cana-soca, no período de 30 a 45 dias após a colheita. Avaliaram-se as freqüências, densidades e dominâncias, absolutas e relativas, e o índice de valor de importância (IVI), o qual expressa, numericamente, a importância de uma determinada espécie em uma comunidade, sendo determinado por meio da soma de seus valores de densidade, freqüência e dominância, expressos em porcentagem. Foram identificadas 95 espécies de plantas daninhas, distribuídas em 74 gêneros e em 30 famílias. A família mais representativa foi a Poaceae, seguida por Asteraceae, Euphorbiaceae, Malvaceae, Papilionoideae e Amaranthaceae. A espécie Cyperus rotundus apresentou o maior índice de valor de importância, seguida por Rottboellia exaltata. No período primavera-verão, em cana-soca, relevo de baixada e tabuleiro, C. rotundus foi a espécie com maior IVI. Por outro lado, em cana-planta e durante o período outono-inverno, a espécie R. exaltata apresentou-se com maior IVI. Considerando o relevo de morro, observou-se que Penisetum purpureum teve maior IVI. A baixa similaridade (grau de semelhança na composição de espécies) entre as áreas e épocas foi relacionada a solos diferentes, distância entre áreas, altitude e, principalmente, às formas de manejo empregadas.
Resumo:
Objetivou-se neste trabalho avaliar o acúmulo de nutrientes e a translocação de glyphosate em biótipos de azevém. Para isso, foram montados dois ensaios: no primeiro aplicou-se 14C-glyphosate, adicionando 10 µL da calda sobre a face adaxial da primeira folha com lígula totalmente visível, quando as plantas de azevém apresentavam três perfilhos. A quantidade de glyphosate absorvido, translocado e exsudado foi avaliada 64 horas após aplicação, por meio da medição da radiação emitida pelo 14C-glyphosate, em espectrômetro de cintilação líquida. O glyphosate foi quantificado em folha de aplicação, perfilhos, raízes e na solução nutritiva onde foram cultivados os biótipos de azevém. No segundo experimento, aplicou-se o glyphosate (480 g ha-1) tanto no biótipo sensível quanto no resistente. Após dez dias da aplicação, a parte área e as raízes das plantas foram coletadas e secas em estufa, sendo determinados os teores de macronutrientes. No primeiro ensaio, verificou-se exsudação radicular em ambos os biótipos, nos quais a quantidade de glyphosate exsudada foi semelhante, não ultrapassando 5% do total que penetrou na planta. No perfilho principal do biótipo sensível, comparado ao resistente, foi observada maior concentração do produto marcado. O biótipo resistente apresentou maior acúmulo de produto marcado na folha de aplicação; no sensível, a maior parte do glyphosate foi encontrada nas raízes. Com relação ao segundo ensaio, na presença de herbicida o biótipo sensível apresentou menor teor de fósforo tanto na parte aérea quanto na planta. Os biótipos resistente e sensível, sem aplicação de herbicida, tenderam a apresentar maiores teores de N total e N inorgânico na parte aérea e na planta como um todo, quando comparados aos tratamentos em que foi realizada a aplicação do produto. Ambos os biótipos mostraram a mesma capacidade de absorção e acúmulo de macronutrientes na ausência do produto.
Resumo:
Muitas substâncias químicas disponíveis na natureza, produzidas por plantas ou por microrganismos, podem oferecer novas e excelentes oportunidades para diversificar o controle de pragas na agricultura e na prática agrícola, e, nesse sentido, os fungos podem contribuir de forma positiva. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o potencial inibitório na germinação de sementes e no desenvolvimento de plântulas de duas espécies de plantas daninhas em relação aos extratos e substâncias químicas obtidas da biomassa produzida por Pestalotiopsis guepinii - um fungo endofítico da espécie Virola michelii. Foram desenvolvidos bioensaios em condições controladas de 25 ºC e fotoperíodo de 12 horas, para germinação, e de 25 ºC e fotoperíodo de 24 horas, para desenvolvimento da radícula e do hipocótilo. Os extratos brutos foram analisados em concentração de 1,0% (m/v). Os resultados indicaram os extratos mais polares (MeOH-1 e MeOH-2) como de maior potencial inibitório, porém os efeitos promovidos pelos extratos hexânicos e acetato de etila foram expressivos, especialmente em relação à germinação das sementes. Comparativamente, a germinação das sementes das espécies de plantas daninhas se mostrou mais sensível aos efeitos do que o desenvolvimento das plântulas. Das espécies receptoras, Mimosa pudica (malícia) apresentou maior sensibilidade aos efeitos inibitórios dos extratos. Entretanto, na germinação de sementes da espécie Senna obtusifolia (mata-pasto), o extrato MeOH-1 apresentou 100% de inibição. As substâncias ergosterol e peróxido de ergosterol, isoladas do extrato hexânico, quando testadas isoladamente, apresentaram potencial inibitório sempre abaixo dos 35%, não repetindo o potencial inibitório do extrato hexânico, de onde foram isoladas. Quando testadas juntas, não se verificaram aumentos expressivos na atividade herbicida, embora acréscimos na atividade inibitória tenham sido observados.
Resumo:
Objetivou-se neste trabalho a obtenção de padrões de infestação de plantas daninhas na cultura de cana-de-açúcar com histórico de colheita mecanizada sem queima prévia da palha. Foram realizadas amostragens em 28 talhões na região de Ribeirão Preto, SP; em cada talhão foram demarcadas unidades de avaliação e coleta, na proporção de duas por hectare, que consistiram de áreas (quatro linhas de 4 metros de comprimento) mantidas sem controle de plantas daninhas e onde foram realizadas as amostragens de plantas emergidas. As amostragens foram realizadas aos 120 dias após o corte, com quadrados vazados (0,5 x 0,5 m) lançados aleatoriamente duas vezes em cada uma das unidades de avaliação e coleta. Com os dados obtidos, calculou-se a importância relativa e o índice de agregação das espécies ou grupo de espécies. Esses índices foram usados no processamento da análise de agrupamento hierárquica, utilizando como medida de semelhança a distância euclidiana e como estratégia de agrupamento o método UPGMA (Unweighted Pair-Group Method using arithmetic Averages). Foi possível distinguir quatro grupos em função da importância relativa e cinco grupos de talhões em função do índice de agregação; dentro de alguns grupos houve formação de subgrupos.
Resumo:
Os óleos essenciais são reconhecidos pelas suas diversificadas ações biológicas. A biodiversidade amazônica é rica em espécies de plantas produtoras de óleos essenciais. Neste trabalho, objetivou-se caracterizar a atividade potencialmente alelopática do óleo essencial de Ocimum americanum (estoraque) e determinar seus efeitos sobre a germinação de sementes e o desenvolvimento de duas espécies de plantas daninhas. O óleo essencial foi testado em concentrações variando de 100 a 2.000 mg L-1, considerando seus efeitos sobre a germinação de sementes (25 ºC de temperatura constante e fotoperíodo de 12 horas) e o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo (25 ºC de temperatura constante e fotoperíodo de 24 horas) das plantas daninhas malícia (Mimosa pudica) e mata-pasto (Senna obtusifolia). Fatores relacionados a concentração, especificidade das plantas receptoras e parâmetros analisados foram decisivos para os efeitos obtidos. A tendência geral foi de relação positiva entre concentração e efeito inibitório. Malícia foi mais sensível aos efeitos do que mata-pasto. Comparativamente, a germinação, seguida do desenvolvimento da radícula, foi afetada pelo óleo essencial em maior magnitude, ficando o desenvolvimento do hipocótilo como o de menor sensibilidade. Os efeitos observados podem ser atribuídos à presença, no óleo essencial, de monoterpenos, monoterpenos oxigenados, sesquiterpenos, alifáticos e fenilpropanoides, com destaque para os constituintes com atividade alelopática já comprovada, como o limoneno, a cânfora e o linalol.
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O conhecimento de informações básicas sobre a biologia de plantas daninhas pode contribuir significativamente para o desenvolvimento de estratégias para seu manejo. Emilia sonchifolia é uma espécie de ampla disseminação em todo o território brasileiro e apresenta moderada agressividade, sendo encontrada em áreas agrícolas, terrenos baldios e áreas urbanas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a germinação das sementes de E. sonchifolia em diferentes condições ambientais. Foram realizados quatro experimentos: combinação de quatro temperaturas (20, 25, 30 e 35 ºC) em duas condições de luz (ausência e presença); sete níveis de restrição hídrica proporcionada por PEG6000 (0,0; -0,1; -0,2; -0,4; -0,6; -0,8; e -1,0 MPa); seis níveis de estresse salino proporcionado pelo NaCl (0,0; -0,2; -0,4; -0,6; -0,8; e -1,0 MPa) e seis níveis de pH (3,0; 5,0; 6,0; 7,0; 9,0; e 11,0) em solução tamponada. A germinação das sementes de E. sonchifolia foi maximizada na presença de luz, em temperaturas constantes de 25 e 30 ºC. Houve redução da germinação em ambiente com restrição hídrica a partir de -0,1 MPa, e para estresse salino, a partir de 0,2 MPa. E. sonchifolia é sensível à variação de pH, ocorrendo maior germinação das sementes apenas em pH 6,0.
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A suscetibilidade diferencial de espécies de plantas daninhas a herbicidas é uma importante variável que deve ser considerada na escolha do herbicida e dose a serem aplicados. Assim, dois experimentos foram desenvolvidos com o objetivo de avaliar a suscetibilidade de três espécies de plantas daninhas da família Convolvulaceae (Ipomoea quamoclit, I. triloba e Merremia cissoides) aos herbicidas sulfentrazone e amicarbazone, por meio de curvas de dose-resposta. Os experimentos foram instalados em área com solo argiloso, onde foram aplicadas oito doses de cada herbicida, em pré-emergência. As doses utilizadas foram 8D, 4D, 2D, D, 1/2D, 1/4D, 1/8D e testemunha sem aplicação, sendo D a dose recomendada de sulfentrazone (600 g ha-1) ou de amicarbazone (980 g ha-1). As doses recomendadas de ambos os herbicidas foram eficazes para controlar as três plantas daninhas nas avaliações realizadas até os 60 dias após aplicação. Observou-se suscetibilidade diferencial entre as espécies estudadas, em que I. quamoclit foi a mais sensível. As ordens de suscetibilidade das espécies aos herbicidas foram: I. quamoclit > M. cissoides > I. triloba para o sulfentrazone; e I. quamoclit > I. triloba > M. cissoides para o amicarbazone. Os níveis de controle indicam a viabilidade de aplicação de sulfentrazone e amicarbazone em pré-emergência para controle dessas espécies de plantas daninhas da família Convolvulaceae.
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A cultura da cana-de-açúcar, por ter desenvolvimento inicial lento até 60 dias após a emergência, apresenta pouca capacidade competitiva com as plantas daninhas. Por isso, o uso de herbicidas nesse período é prática comum no canavial. No entanto, há variação entre genótipos de cana-de-açúcar na tolerância a herbicidas. Os genótipos pouco tolerantes podem ser intoxicados e, em alguns casos, ocorre redução da produtividade da cana-deaçúcar. Neste trabalho, avaliou-se a tolerância de três genótipos aos herbicidas ametryn, trifloxysulfuron-sodium e à mistura comercial desses, em 0,0, 0,5, 1,0 e 3,0 vezes a dose comercial recomendada. O experimento foi realizado em ambiente protegido. Foi empregado o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos constaram dos genótipos SP80-1816, RB855113 e RB867515, combinados aos herbicidas ametryn, trifloxysulfuron-sodium e ametryn + trifloxysulfuron-sodium, nas doses de 0, 0,5, 1,0 e 3,0 vezes a dose comercial recomendada pelo fabricante. A intoxicação das plantas (%) foi avaliada aos 14, 28 e 42 dias após a aplicação dos herbicidas (DAT). As outras variáveis aferidas aos 80 dias após a brotação das gemas foram: área foliar e massa da matéria seca da parte aérea. Em geral, os genótipos SP80-1816 e RB85513 foram menos tolerantes aos herbicidas ametryn, trifloxysulfuron-sodium e à mistura formulada de ametryn + trifloxysulfuron-sodium do que o RB867515 em todas as doses. Eles apresentaram elevados índices de intoxicação aos 14, 28 e 42 dias após a aplicação dos herbicidas. Concluiu-se que o genótipo RB855113 foi o mais sensível aos herbicidas, seguido pelo SP80-1816, sendo o RB867515 o mais tolerante.
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A beterraba (Beta vulgaris), importante hortaliça cultivada no Brasil, é muito suscetível à interferência de plantas daninhas, sendo Amaranthus viridis uma das principais espécies encontradas em áreas de horticultura. O objetivo deste trabalho foi estudar a resposta da beterraba à competição com diferentes densidades de A. viridis, por meio da avaliação de características de crescimento e produção da cultura. Um experimento em caixas, com área útil de 0,25 m², foi conduzido em Jaboticabal-SP, Brasil, mantendo-se constante oito plantas por caixa de beterraba em convivência com 0, 1, 2, 3, 4 e 6 plantas por caixa de A. viridis. A cultura da beterraba foi muito suscetível à interferência imposta por plantas de A. viridis, tendo sua área foliar, número de folhas, massa seca de folhas, diâmetro médio da raiz e massa fresca de raízes significativamente reduzidos mesmo em baixas densidades populacionais da planta daninha; a massa fresca de raízes foi a mais sensível à interferência.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficiência fotossintética e o uso da água por plantas de clones de eucalipto submetidas ao herbicida glyphosate. O experimento foi realizado em esquema fatorial 4 x 5, com quatro clones de eucalipto (57, 386, 1203 e 1213) e quatro doses de glyphosate (43,2; 86,2; 129,6; e 172,8 g ha-1) e uma testemunha sem herbicida, considerada dose zero, com quatro repetições. Aos 7, 14, 21 e 28 dias após aplicação do herbicida (DAA) foi avaliada a intoxicação das plantas, e aos 7 e 21 DAA, o fluxo de gases pelos estômatos (U - mmol s-1), a atividade fotossintética (A - mmol m-2 s-1), a condutância estomática (Gs - mol m-1 s-1), a transpiração (E - mol H2O m-2 s-1) e a eficiência do uso da água (QUE - mol CO2 mol H2O-1). Aos 50 DAA, as plantas de eucalipto foram coletadas e colocadas em estufa de ventilação forçada a 70 ºC até atingirem massa constante. Aos 21 DAA, o clone 1203 comportou-se como mais sensível ao herbicida. Não houve diferença entre clones para as variáveis fisiológicas avaliadas. Aos 21 DAA constatou-se que, com o incremento da dose de glyphosate, houve redução na condutância estomática, na taxa de fluxo de gases pelos estômatos, na taxa fotossintética e na eficiência do uso da água. Plantas dos clones 1213 e 1203 apresentaram maior acúmulo de massa seca. O aumento da dose do glyphosate promoveu menor acúmulo de massa seca das plantas de eucalipto. O glyphosate afetou negativamente o crescimento e a eficiência fotossintética e de uso da água dos clones estudados.
Resumo:
Avaliaram-se neste trabalho os efeitos dos herbicidas ametryn, trifloxysulfuron-sodium e a mistura (ametryn + trifloxysulfuron-sodium) sobre os componentes da produtividade de dez genótipos de cana-de-açúcar. O experimento foi realizado em um Argissolo Vermelho-Amarelo em blocos casualizados, com parcelas subdivididas. Nas parcelas alocaram-se os herbicidas: ametryn (2.000 g ha-1), tryfloxysulfuron-sodium (22,5 g ha-1) e a mistura formulada comercialmente, ametryn + trifloxysulfuron-sodium (1.463 + 37,0 g ha-1), e uma testemunha sem aplicação de herbicidas (capinada). Os herbicidas foram aplicados em pós-emergência inicial da cultura. Nas subparcelas, foram plantados os genótipos de cana-de-açúcar: RB72454, RB835486, RB855113, RB855156, RB867515, RB925211, RB925345, RB937570, RB947520 e SP80-1816. Aos 14, 45 e 60 dias após aplicação dos herbicidas (DAT) avaliou-se, por meio de notas, a intoxicação dos genótipos de cana-de-açúcar pelos herbicidas. Aos 14 e 45 DAT, determinaram-se a área foliar e a massa da matéria seca da parte aérea. A altura das plantas foi avaliada aos 14 e 360 DAT, e a produtividade de colmos foi determinada por ocasião da colheita, aos 430 dias após o plantio. O genótipo RB855156 foi o mais sensível aos produtos aplicados, e os genótipos RB925345, RB947520 e SP80-1816, os mais tolerantes. Em todos os casos de intoxicação, verificou-se completa recuperação da cultura até 60 DAT. Conclui-se que a seletividade da cana-de-açúcar aos herbicidas ametryn, trifloxysulfuron-sodium e ametryn + trifloxysulfuron-sodium é dependente do genótipo cultivado.
Resumo:
Avaliaram-se, neste trabalho, os efeitos do glyphosate sobre o crescimento de três cultivares de café arábica. Utilizou-se o esquema fatorial (3 x 5) em delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos compostos por três cultivares de café: Catucaí Amarelo (2 SL), Oeiras (MG-6851) e Topázio (MG-1190) e cinco doses de glyphosate (0; 57,6; 115,2; 230,4; e 460,8 g ha-1). O herbicida foi aplicado quando as plantas de café se apresentavam com 21 pares de folhas e de forma que não atingisse o terço superior delas. Aos 45 e 120 dias após a aplicação do glyphosate (DAA), avaliaram-se os incrementos na altura, na área foliar, no diâmetro do caule, no número de folhas e nos ramos plagiotrópicos, sendo eles mensurados inicialmente no dia da aplicação do herbicida; aos 10, 45 e 120 DAA, avaliou-se a porcentagem de intoxicação das plantas. A massa da matéria seca de folhas, raízes e caule, a densidade e o comprimento radicular foram avaliados aos 120 DAA. Os sintomas de intoxicação das plantas de café causados pelo glyphosate foram semelhantes nos diferentes cultivares, sendo caracterizados por clorose e estreitamento do limbo foliar. Os incrementos no número de folhas e ramos plagiotrópicos e no diâmetro do caule, independentemente do cultivar, não foram alterados pelo glyphosate. O cultivar Topázio foi o mais sensível ao glyphosate quanto a acúmulo de área foliar, de massa de matéria seca e densidade radicular.