1000 resultados para Reinaldo Moraes


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Os A.A. analisaram a resposta humoral nas lesões de 90 pacientes de Leishmaniose Tegumentar — causada por Leishmania braziliensis brasiliensis —, utilizando o método da imunoperoxidase para identificar nos tecidos a presença de IgA, IgG, IgM, fração C3 do complemento e fibrina. Constataram a presença de IgA, IgC e IgM nos plasmócitos tissulares, com predomínio de IgG. Admitiram aue a passagem dessas imunoglobulinas para os tecidos possibilitando a opsonização do parasites e/ou de seus antígenos, permitiria a ocorrência de fenômenos necróticos que representam um dos mecanismos eficazes de redução da carga parasitária. Efetivamente, nas áreas de necrose e nas paredes dos vasos inflamados identificaram depósito de imunoglobulinas, fração C3 do complemento e fibrina — elementos do hospedeiro que fazem parte dos imunocomplexos. Interpretaram essa necrose tissular como o resultado da ação de imunocomplexos na região de equivalência ou com discreto excesso de antígenos ítipos ABTHTJS). A presença de antígenos parasitários, expressos nas membranas dos macrófagos quando em contato com imunoglobulinas tissulares, na fase inicial da lesão, possibilitaria a instalação de uma reação antígeno-anticorpo, a qual explicaria o aparecimento da necrose na Leishmaniose Tegumentar.

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Os A.A. analisam as alterações histopatológicas observadas em 378 casos de Leishmaniose Tegumentar da localidade de Três Braços Estado da Bahia, dos quais 307 eram de portadores de lesões exclusivamente cutâneas, 54 de portadores de lesões exclusivamnte mucosas e 17 de portadores de lesões cutâneo-mucosas. A infiltração histiolinfoplasmocitária, na maioria dos casos, parece desempenhar o papel de resposta celular inespecífica à presença de um irritante tecidual, porém, nos casos de forma mucosa, não se pode afastar a possibilidade de que esse infiltrado esteja participando de uma reação de tipo autoagressivo. O plasmócito constitui um elemento quase constante nas lesões desenvolvidas, mas não tem sido observado nas lesões residuais, quer em via de cura ou já cicatrizadas; sua presença nestes casos denota, quase sempre, tendência à recidiva. Os mastdcitos foram observados em lesões tanto da forma cutânea como da forma mucosa, mas predominavam nas primeiras. Seu número foi significantemente maior no padrão de Reação Exsudativa e Neerótico Granulomatosa, onde os fenômenos necróticos são bem desenvolvidos. Os eosinófilos apresentaram associação significativa com os mastócitos, confirmando a existência de um eixo bidirecional entre estás duas células, o qual deve participar da modulação inflamatória, na Leishmaniose Tegumentar. Dois tipos de reação granulomatosa foram observados: um desorganizado, em relação, muitas vezes, com a necrose tissular, e outro organizado, mais raro, do tipo tuberculóide. O primeiro foi interpretado como de origem pós-necrótica, surgindo com a redução da carga parasitária, propiciada pelos fenômenos necróticos: eliminado o antígeno e mantidos os níveis de anticorpos, surgem as condições necessárias ao estabelecimento do granuloma, semelhante àquele observado nas lesões por imunocomplexo em excesso de anticorpos. O outro tipo de reação foi o granuloma de células epiteliódes, que surgiu em dois grupos de pacientes. Nos pacientes jovens, com doença de curto tempo de evolução e intradermorreação não exacerbada, este tipo de granuloma talvez seja a expressão da Hipersensibilidade Granulomatosa Específica, descrita por EPSTEIN (1977). No outro grupo de pacientes, havia em todos intradermorreação exacerbada. Nestes casos a hipersensibilidade granulomatosa, associando-se ã hipersensibilidade mediada por células — agora ampliada pelo seqüestro do antígeno —, reforçaria o processo granulomatoso, através da reverberação do estímulo antígênico; isso tornaria o tratamento mais difícil e pior o prognóstico para o caso.

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Os A A. analisaram as alterações histológicas encontradas em 162 casos de Leishmaniose Tegumentar da localidade de Três Braços, Estado da Bahia, dos quais 131 (80,9%) eram de portadores de lesões cutâneas e 31 (19,1%) de portadores de lesões mucosas. Analisaram, também, o comportamento clínico dos cinco padrões histopatológicos, já antes descritos, em relação à terapêutica. O melhor prognóstico esteve sempre ligado ao padrão de Reação Exsudativa e Granulomatosa, ou seja, a uma fase na qual o organismo, tendo lançado mão de um mecanismo endógeno de lise parasitária, já circunscreveu a área de necrose por uma reação granulomatosa, e esta é agora apenas o elemento residual. A ação terapêutica nessa fase somente acelera a resolução natural do caso. O grupo seguinte é amplo, e compreende os casos em que a lesão pertence aos padrões de Reação Exsudativa Celular (formas cutâneas), Reação Exsudativa e Necrótica e Reação Exsudativa e Necrótico-Granulomatosa. Nesses casos, o mecanismo de auto-controle da lesão encontra-se ainda em curso, e a ação terapêutica encurta o período de evolução natural. Os f.asos do padrão de Reação Exsudativa e Tuberculóide tiveram um prognóstico variável. Houve boa resposta à terapêutica quando o granuloma tuberculóide característico desse padrão surgiu em pacientes jovens, com curto tempo de evolução da doença e intradermorreação não exacerbada. Nos demais casos tuberculóides —. principalmente em pacientes adultos, com longo tempo de evolução da doença e intradermorreação exacerbada —, a resposta foi menos satisfatória. Em último lugar, com prognóstico reservado, ficaram os casos da forma mucosa que apresentaram o padrão de Reação Exsudativa Celular, onde o infiltrado pode estar desempenhando papel de auto-agressão. O presente estudo evoluiu para a proposição de uma classificação da Leishmaniose Tegumentar, baseada nos padrões histopatológicos observados. Esta classificação, estritamente morfológica, deverá ser de fácil aplicação para o Patologista e, como apresenta também uma correspondência clínico-evolutiva poderá constituir auxílio valioso ao médico envolvido no diagnóstico e tratamento da Leishmaniose Tegumentar.

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Germfree (GF and conventional (CV) mice were infected intraperitoneally with GF cercariae of Schistosoma mansoni and kept for six weeks. Twenty four hours before killing, they were injected with [³H]-thymidine. Schistosoma worms, harvested after perfusion of portal system, were counted as well as eggs from liver and intestines. Liver was also used for DNA, protein, and collagen determinations. [³H] -Thymidine incorporation and collagen determinations were used to establish the indices given by the difference between their contents in infected and control animals and expressed per thousand eggs in liver. The recovery of worms in GF mice was around twice as much as in CV ones, and the total number of eggs was higher in the liver of GF animals. No hypertrophy of liver cells was observed by the ratio protein/DNA, but [³H]-thymidine incorporation into DNA was higher than in controls in both GF and CV infected animals. The [³H]-thymidine and collagen indices were lower in GF animals which indicate a more discrete cellular replication and smaller collagen content in relation to the number of eggs present in livers of these mice. It was concluded that the disease seems to be less severe in GF animals.

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A total of 125 rats were infected with the Colômbia strain of T. cruzi (2000 parasites/g) shortly after weaning. Of these, 58 survived the acute phase and were used in the present experiment. Twenty eight similar but not infected rats served as controls. All rats were submitted to the resting ECG When they were 6 months old. Classic and 3 precordial leads were employed in order to record the ECG as completely as possible. Electrocardiographic changes similar to those found in human chronic Chagas' heart disease and not previously described in this model were found in 44% of the T. cruzi-infected rats: left axis deviation (22%), right axis deviation (7%), lengthened and bizarre QRS complex (14%) and abnormal J point elevation (3%). On the basis of these results, we believe that the resting ECG constitutes a valuable tool for studying experimental chronic Chagas' heart disease in rats.

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Cutaneous leishmaniasis was much more severe in conventional than in gnotobiotic mice as revealed by macro and microscopic examination. An inoculum of Leishmania mexicana amazonensis was used.

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É apresentado um caso de megaíleo de natureza chagásica. O paciente, portador da Doença de Chagas, branco com 41 anos, apresentava história de 3 anos de episódios de eólicas abdominais, distensão e diarréia, que foram se tornando mais intensas e mais freqüentes. Fora das crises, apresentava-se assintomático. O diagnóstico de megaíleo foi estabelecido por meio do estudo radiológico contrastado do intestino delgado. O estudo histológico realizado em fragmento obtido à intervenção cirúrgica mostrou diminuição do número de células ganglionares dos plexos mientéricos.

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The indeterminate form of Chagas' disease is characterized by positive serology for the disease in the absence of clinical findings and in the presence of both normal esophagogram and electrocardiogram. When more sensitive methods were used, abnormalities have been described either in the esophagus or in the heart. The authors have studied simultaneously the esophagus and the heart in the same subjects. In thirteen adults with diagnosis of indeterminate form and nine adult controls, the esophageal manometry both in basal conditions and after stimulus (bethanecol) and vectorcardiogram were performed. In the control group none of the subjects presented concomitant esophageal and cardiac alterations while in the chagasic group 92,3% of the patients presented results simultaneously altered. It is concluded that the studied patients showed indications of parasympathetic denervation manifested by simultaneously esophageal and heart alterations.

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É descrito um caso fatal de adiaspiromicose pulmonar, em paciente do sexo masculino, lavrador, que vivia em Planaltina-DF, para onde se mudara, vindo do Nordeste, cerca de um ano antes do aparecimento da enfermidade. As manifestações principais consistiram em febre, calafrios, mialgias, tosse seca e dispnéia. Após cinco semanas, o paciente faleceu, devido a insuficiência respiratória. Na autópsia, lesões nodulares incontáveis, medindo alguns milímetros de diâmetro, apareciam disseminadas por todos os lobos de ambos os pulmões. O exame microscópico revelou a existência, dentro dos nódulos, de estruturas redondas, volumosas (atingiam até 600 /tm de diâmetro), providas de membrana espessa, e identificadas como adiaconídios de Chrysosporium parvum var. crescens. Esses adiaconídios eram sempre encontrados no interior de microabscessos ou de áreas de necrose tissular, ambos cercados por reação granulomatosa. Os alvéolos pulmonares, não comprometidos pelos nódulos, apresentavam-se cheios de células da inflamação, principalmente macrófagos e neutrófilos. O achado de outros casos, não fatais, da doença, nos arredores de Brasília, indica que a adiaspiromicose deve ser endêmica na região do Planalto Central brasileiro, lugar onde o clima, principalmente nos meses de agosto a outubro, é quente e seco, com ventos fortes, fatores que devem contribuir para a disseminação dos conídios de C. parvum.

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El desarrollo de equipos ultrasonográficos portátiles ha permitido incorporar esta técnica a los métodos de detección precoz de la Hidatidosis Humana. En esta experiência fueron efectuadas 690 ecografias, hallándose un 5.51% de imágenes compatibles en población general y un 12.24% en grupos de riesgo (convivientes de casos operados). Se observo una disminución significativa de los porcentajes de infección en el hombre en población general en Ias áreas bajo programa de control, utilizándose Ias encuestas ecográficas para esta determinación. Se concluyó sobre la posibilidad de incorporar la ecografía a los sistemas de vigilância epidemiológica de la hidatidosis humana.

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Efusões pleurais surgem raramente em associação com a histoplasmose capsu-lata, ocorrendo em geral nas formas agudas da doença. Relatamos e discutimos um caso clínico em que um histoplasmoma subpleural acompanhou-se de dor pleurítica, hidrotórax e pleurite fibrosante.

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Estudaram-se os aspectos histopatológicos relativos à evolução da infecção experimental produzida em Cebus apella (Primates: Cebidae) por Leishmania (V.) lainsoni, L. (V.) braziliensis e L. (L.) amazonensis. O exame microscópico de biópsias seqüênciais, obtidas dos animais a intervalos definidos de tempo (a primeira, às 48 ou 72 horas após a inoculação, e as seguintes, a cada 30 dias), mostrou que o desenvolvimento das lesões, independentemente da espécie de Leishmania inoculada, passa por uma seqüência de etapas a nível tecidual - 1) infiltrado inespecífico crônico; 2) nódulo macrofágico (com numerosos parasitas); 3) necrose das células parasitadas; 4) granuloma epitelióide; 5) absorção da área necrosada (às vezes formando granuloma de corpo estranho); 6) infiltrado inespecífico crônico residual); e 7) cicatrização - que representaria a formação e a resolução das lesões. Discutiram-se também os prováveis mecanismos imunopatológicos que determinam esta seqüência de eventos e sua possível semelhança com a evolução das lesões na leishmaniose tegumentar humana.

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Uma epidemia de dengue tipo 1 se iniciou em Novembro de 1990 na Região de Ribeirão Preto, Norte do Estado de São Paulo. Foram confirmados por exames laboratoriais cerca de 3.500 casos até fevereiro de 1991. A Unidade de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, estudou soros de 502 pessoas suspeitas de apresentarem dengue. Fez-se o diagnóstico sorológico através do método da inibição da hemaglutinação (HAI) para dengue tipo 1 em 19% dos analisados. Passou-se a utlilizar um teste imuno-enzimático para dengue em culturas celulares infectadas (EIA-ICC), que permite identificação simultânea de IgG e IgM. O EIA-ICC embora menos sensível quando comparado ao HAI (89%), mostrou-se mais eficiente, porque: dispensou a obtenção de segundas amostras séricas para o diagnóstico; trata-se de técnica simples, podendo ser efetuada em apenas 5 horas. O vírus dengue tipo 1 foi isolado do sangue de 21 pacientes, por inoculação em células de mosquitos C6/36. Fez-se a identificação dos vírus isolados por método de imunofluorescência indireta, utilizando anti-soro contra todos os flavivirus e anticorpos monoclonais tipo-específicos de dengue. Os sintomas mais freqüentemente observados em 71 indivíduos com diagnóstico de dengue confirmado foram febre (90% dos casos), mialgias (57%) e artralgias (41%)

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Renal involvement has been well documented in patients with hepatosplenic schistosomiasis and in patients with prolonged salmonella bacteremia (PSB). Whether there is a specific renal lesion related to PSB or the chronic bacterial infection aggravates a pre-existing schistosomal glomerulopathy has been a matter of controversy. To analyze the clinical manifestations and histopathological findings of the renal involvement, 8 patients with hepatosplenic schistosomiasis and PSB (group I) were compared with 8 patients with schistosomal glomerulopathy (group II) matched by sex and glomerular disease. The mean age in group I was 17.7 years. All patients presented with hematuria, in 4 cases associated with non-nephrotic proteinuria. In group II the mean age was 23 years; nephrotic syndrome was the clinical presentation in 7 of the 8 patients in the group. All patients in group I experienced remission of the clinical and laboratory abnormalities as the salmonella infection was cured; in group II the patients had persistent, steroid-resistant, nephrotic syndrome. On histological examination, no difference was noted between the two groups, except for pronounced glomerular hypercellularity and interstitial mononuclear cell infiltration in group I. These observations strongly suggest that PSB exacerbates a pre-existing sub-clinical schistosomal glomerulopathy by the addition of active lesions directly related to the prolonged bacteremia