996 resultados para Neoplasias do colo do útero. Marcadores Biológicos de Tumor.Polimorfismo genético
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o risco de parto pré-termo (PPT) espontâneo na população geral a partir do estudo comparativo dos marcadores ultra-sonográficos morfológicos do colo uterino, como o sinal do afunilamento e a ausência da área glandular endocervical. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram arroladas 361 gestantes na população geral, submetidas a exame ultra-sonográfico transvaginal entre a 21ª e 24ª semana, e verificados os resultados perinatais. RESULTADOS: A incidência de PPT espontâneo foi de 5,0%. O sinal do afunilamento foi observado em 4,2% da população estudada e em 22,2% das pacientes que evoluíram para PPT espontâneo. Tal parâmetro mostrou associação significante com PPT (p < 0,001; risco relativo de 6,68). A ausência do eco glandular endocervical (EGE) foi detectada em 2,8% das pacientes estudadas e em 44,4% das pacientes que evoluíram para PPT espontâneo. Este parâmetro demonstrou forte associação com PPT espontâneo (p < 0,001; risco relativo de 28,57). A análise de regressão logística multivariada apontou a ausência do EGE como a única variável morfológica associada ao PPT espontâneo. CONCLUSÃO: A predição do PPT espontâneo a partir de sinais ultra-sonográficos deve ser realizada contemplando marcadores biométricos e morfológicos, entre estes, a ausência do EGE. Este estudo indica uma tendência clara da marcante importância da ausência do EGE como indicador do risco para PPT espontâneo, a ser confirmada futuramente em pesquisas multicêntricas.
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Objetivo: comparação entre a acurácia dos marcadores de células endoteliais anti-CD34 e anti-fator VIII em neoplasia cervical uterina, em lesões intra-epiteliais e no colo normal. Métodos: os antígenos CD34 e o fator VIII foram identificados, por meio de técnicas de imuno-histoquímica, em 18 fragmentos de neoplasia invasiva, 15 de lesão intra-epitelial de alto grau e 15 de baixo grau e 10 de colos normais, tidos como grupo controle. Fez-se a contagem dos vasos em 10 campos com aumento de 400X, na área de maior densidade vascular. O total de vasos de cada caso resultou da soma dos 10 campos. Resultados: as médias dos vasos corados com anti-CD34 no carcinoma invasivo, em lesão de alto grau, de baixo grau e no colo uterino normal foram 154, 135, 112 e 93 vasos, respectivamente. Com o uso do anti-fator VIII as médias das densidades vasculares foram 56, 44, 33 e 30 vasos, seguindo a mesma ordem das amostras. Lesões de alto grau e carcinomas invasivos do colo apresentaram médias de vasos maiores do que as de colos normais. Conclusões: o emprego do anti-CD34 permite detecção de maior número de vasos do que o uso de anti-fator VIII. Confirmou-se a utilidade de ambos os marcadores na avaliação da angiogênese. A angiogênese diferencia lesões de baixo e alto grau, utilizando-se anti-fator VIII, o que não ocorre com anti-CD34.
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OBJETIVO: estimar a validade da inspeção visual após aplicação de ácido acético (IVA) no rastreamento das neoplasias intra-epiteliais cervicais (NIC) e lesões induzidas por HPV, comparando seu desempenho com o da colpocitologia e da colposcopia. MÉTODOS: estudo de validação de teste diagnóstico realizado em 893 mulheres de 18 a 65 anos, rastreadas simultaneamente com colpocitologia, IVA e colposcopia, em unidade de saúde pública de Recife, PE. A IVA foi realizada por embrocação do colo com ácido acético a 5% e observação a olho nu, com auxílio de foco clínico comum. Considerou-se como positividade o achado de qualquer lesão aceto-branca no colo. O padrão-ouro foi o histopatológico de biópsia cervical, realizado sempre que qualquer um dos três testes resultasse anormal. Foram estimados e comparados os indicadores de validade de cada teste, com os respectivos intervalos de confiança a 95%. A concordância entre os resultados dos testes foi avaliada pelo coeficiente kappa (k). RESULTADOS: das 303 mulheres biopsiadas, o estudo histopatológico foi anormal em 24. Deste total, a IVA foi positiva em 22, conferindo-lhe sensibilidade estimada de 91,7%, especificidade de 68,9%, valor preditivo positivo de 7,5% e valor preditivo negativo de 99,7%. Comparando-se os intervalos de confiança a 95%, a IVA mostrou maior sensibilidade que a colpocitologia, mas com menores especificidade e valor preditivo positivo. Houve fraca concordância entre os resultados da IVA e da colpocitologia (k=0,02) e excelente concordância com os da colposcopia (k=0,93). CONCLUSÃO: a IVA foi muito mais sensível que a colpocitologia no rastreamento das NIC e lesões HPV-induzidas e teve o mesmo desempenho da colposcopia. Sua baixa especificidade foi responsável por um elevado número de resultados falso-positivos.
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Examinou-se a mortalidade por neoplasias no Brasil, utilizando-se dados oficiais do Ministério da Saúde, abrangendo 26 Unidades da Federação e 13 diferentes localizações neoplásicas, para os anos de 1980, 1983 e 1985. As Análises de Agrupamento e de Componentes Principais revelaram comportamento heterogêneo entre regiões do país, com relação às 13 variáveis estudadas, sendo que os principais elementos discriminantes foram as neoplasias malignas da traquéia/brônquio/pulmão, seguidas das do estômago, esôfago, cólon e pâncreas. Análises complementares evidenciaram tendência de crescimento das taxas de mortalidade para as neoplasias malignas da próstata (17,74%), da traquéia/brônquio/pulmão(15,22%), da mama (11,32%), do pâncreas (10,23%), do cólon (8,08%), do colo uterino (6,45%) e da laringe (6,36%). Houve redução da mortalidade por neoplasias benignas/carcinoma in situ/ outras (27,37%), por neoplasias malignas no reto sigmóide/ânus (7,67%), do estômago (5,31%), de outro local do útero não especificado (2,56%), por leucemia (0,70%) e por neoplasias malignas do esôfago (0,44%). As neoplasias malignas do estômago foram a principal causa de morte por câncer no Brasil, representando 21,30% do total médio, seguidas das neoplasias malignas da traquéia/brônquio/pulmão(17,49% do total médio). Destacam-se os altos índices de mortalidade por neoplasias malignas do esôfago no Estado do Rio Grande do Sul.
Resumo:
Pós-graduação em Ciência Animal - FMVA
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Universidade Estadual de Campinas . Faculdade de Educação Física
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Amostras uropatogênicas de Escherichia coli isoladas de indivíduos moradores de localidades distintas na Cidade do Rio de Janeiro, foram caracterizadas quanto o sorotipo, propriedades hemolíticas e hemaglutinantes, susceptibilidade a antimicrobianos e perfil isoenzimático. O método molecular empregado associado com a investigação de marcadores de urovirulência, permitiu detectar uma grande diversidade entre os isolados. Entretanto, foi observada uma relação mais estreita entre amostras de Escherichia coli epidemiologicamente relacionadas.
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RESUMO - Introdução: O encerramento das minas de urânio em Portugal tem suscitado preocupação no que respeita aos eventuais efeitos que as radiações emitidas e os agentes químicos presentes terão na saúde das populações. Para esclarecer a existência de tal efeito foi delineado um programa de investigação em que o presente estudo se enquadra. Sendo conhecido que as populações expostas a minas de urânio, nomeadamente os mineiros, têm risco acrescido de sofrer de neoplasias, especialmente de «neoplasias da traqueia, dos brônquios e do pulmão», foi este o grupo de neoplasias seleccionado para constituir a hipótese principal do estudo. Assim, o estudo pretendeu verificar se existe associação entre exposição a minas de urânio e suas escombreiras (especialmente à mina da Urgeiriça, no concelho de Nelas) e a mortalidade por alguns grupos de neoplasias malignas, nomeadamente as «neoplasias malignas da traqueia, dos brônquios e do pulmão». Material e métodos: Trata-se de um estudo «ecológico» em que se consideraram «expostos» os residentes no concelho de Nelas, bem como no conjunto de concelhos com minas de urânio, e «não expostos» os residentes nos restantes concelhos das NUTS Dão-Lafões e Beira Interior Norte e Serra da Estrela. A análise centrou-se no cálculo, para cada concelho ou grupo de concelhos, das razões padronizadas de mortalidade (RPM) por «neoplasias malignas da traqueia, dos brônquios e do pulmão», por «neoplasia maligna do estômago» e por «todas as neoplasias malignas » no período de vinte anos compreendido entre 1980 e 1999. Resultados: Tomando os dois sexos em conjunto, o concelho de Nelas teve a RPM mais elevada para as «neoplasias malignas da traqueia, dos brônquios e do pulmão» (RPM = 133; p = 0,003). Teve também o valor mais elevado no sexo masculino (RPM = 126, não significativo) e o segundo mais elevado no sexo feminino (RPM = 142, não significativo). A razão das RPM concelho de Nelas/concelhos limítrofes de Nelas foi 1,46, p = 0,002 (homens: 1,50 p = 0,003; mulheres: 1,27, não significativo). As razões das RPM concelho de Nelas/concelhos com minas (1,94, p = 0,001) e concelho de Nelas/concelhos sem minas (1,57, p = 0,001) foram claramente superiores a 1. Pelo contrário, as RPM por «neoplasia maligna do estômago » foram sobretudo elevadas nos concelhos da NUTS Beira Interior Norte, que inclui grande parte do distrito da Guarda, (Trancoso: 154, p = 0,000; Sabugal: 146, p = 0,000), embora se tenham observado valores elevados em alguns concelhos da NUTS Dão-Lafões (Vila Nova de Paiva: 154, p = 0,001). Saliente-se que os dois valores mais baixos ocorreram nos concelhos de Tábua (RPM = 57; p = 0,000) e de Nelas (RPM = 60; p = 0,000). Para o conjunto de «todas as neoplasias malignas» as RPM dos vários concelhos variaram entre 62 e 100 sem que a distribuição desses valores sugerisse qualquer associação positiva relevante. Discussão: Os resultados mostraram que a população do concelho de Nelas teve, no período estudado, um risco acrescido de morrer por «neoplasias malignas da traqueia, dos brônquios e do pulmão» quando comparado com a dos concelhos limítrofes e restantes concelhos das NUTS estudadas. A existência da mina da Urgeiriça e da sua escombreira é uma possível causa desse excesso de mortalidade. Ele poderá ter sido gerado, por um lado, através da existência de uma percentagem elevada de ex-mineiros, bem como, por outro lado, através de uma exposição ambiental geral, facto este que é sustentado pela ocorrência de excesso de mortalidade tanto em homens como em mulheres. O excesso de mortalidade por aquele grupo de neoplasias pode ainda ter origem noutras exposições cujo potencial papel é discutido.
Resumo:
Si bien hay diferencias en cuanto a incidencia y tasa de morbilidad y mortalidad de cada una de las formas de cáncer en los diversos países, se calcula que aproximadamente una de cada cinco personas en el mundo mueren de cáncer. Aunque ha habido considerables avances en el tratamiento, incluyendo procedimientos de alta precisión en cirugía y protocolos detallados para radio y quimioterapia, los tumores malignos siguen siendo una de las causas de muerte más prominentes de la sociedad moderna. Las estrategias para el tratamiento dependen de un diagnóstico preciso y temprano. Algunos tumores presentan dificultades para clasificarlos, lo que lleva consigo una incertidumbre en el pronóstico y tratamiento. Los tumores sólidos tanto de órganos como de tejidos blandos y óseo, son un grupo de neoplasias muy diverso, que ocurren en todas las edades. El diagnóstico/ pronóstico puede ser complicado y el dilema del diagnóstico diferencial depende frecuentemente de los métodos histopatológicos y radiológicos. El presente proyecto intenta correlacionar los parámetros histopatológicos e inmunohistoquimicos con las aberraciones cromosómicas que ellos presentan a los efectos de contribuir en el diagnóstico y tratamiento más eficientes. La detección de alteraciones cromosomicas como anillos, cromosomas dicéntricos, deleciones, traslocaciones, etc., que están asociadas con tipos específicos de tumores sólidos relacionándolos con su morfología permitirá contribuir a un mejor diagnóstico y por ende tratamientos más precisos, ya que ciertos tumores, a pesar de morfología similar pueden tener comportamiento diferente
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En los países desarrollados el cáncer colo-rectal es el responsable del 6% del total de la mortalidad por cáncer. En Córdoba representa la 3ra. causa de muerte en las mujeres y la 5ta. en los varones. (...) Varios estudios epidemiológicos y experimentales han identificado ciertos componentes de la dieta como factores que modifican el riesgo de padecer esta enfermedad, ya sea aumentándolo (promotores) como disminuyéndolo (antipromotores). Analizar las prácticas alimentarias de nuestra población en relación a la determinación de los mencionados factores constituye uno de los pilares fundamentales para la formulación de planes y programas de educación alimentaria y nutricional. Objetivos: 1. Determinar, mediante el enfoque de riesgo, la relación entre las prácticas alimentarias y cáncer colo-rectal, en pacientes que presentan esta patología y sus controles, provenientes de instituciones públicas y privadas de la ciudad de Córdoba. 2. Establecer la asociación entre cáncer colo-rectal y consumo de lípidos (en especial referencia a las variedades de familias de ácidos grasos que los componen), colesterol, glúcidos, proteínas, fibra total, soluble e insoluble, alcohol y algunas vitaminas y minerales. 3. Determinar la relación entre cáncer colo-rectal, consumo de alimentos y técnicas y procedimientos de cocción.
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Si bien hay diferencias en cuanto a la incidencia y la tasa de morbilidad y mortalidad de cada una de las formas de cáncer en los diversos países, se calcula que aproximadamente una de cada cinco personas en el mundo mueren de cáncer. Aunque ha habido considerables avances en el tratamiento, incluyendo procedimientos de alta precisión en cirugía y protocolos detallados para radio y quimioterapia, los tumores malignos siguen siendo una de las causas de muerte más prominentes de la sociedad moderna. Las estrategias para el tratamiento dependen de un diagnóstico preciso y temprano. Algunos tumores presentan dificultades para clasificarlos, lo que lleva consigo una incertidumbre en el pronóstico y tratamiento. Los tumores sólidos tanto de órganos como de tejidos blandos y óseo, son un grupo de neoplasias muy diverso, que ocurren en todas las edades. El diagnóstico/ pronóstico puede ser complicado y el dilema del diagnóstico diferencial depende frecuentemente de los métodos histopatológicos y radiológicos. El presente proyecto intenta correlacionar los parámetros histopatológicos e inmunohistoquímicos con las aberraciones cromosómicas que ellos presentan a los efectos de contribuir en el diagnóstico y tratamiento más eficientes. La detección de alteraciones cromosómicas como anillos, cromosomas dicéntricos, deleciones, traslocaciones, etc., que están asociadas con tipos específicos de tumores sólidos relacionándolos con su morfología permitirá contribuir a un mejor diagnóstico y por ende tratamientos más precisos, ya que ciertos tumores, a pesar de morfología similar pueden tener comportamiento diferente.
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Entre los tumores frecuentes en los caninos, se encuentra el denominado Tumor Venéreo Transmisible (TVT). El origen celular exacto del TVT no está claro, aunque estudios inmunohistoquímicos muestran las características de compatibilidad con células histiocíticas. En nuestra región se diagnostican con frecuencia aunque no se tienen datos precisos de su incidencia. El diagnóstico precoz es la mejor herramienta utilizada tanto en medicina veterinaria como humana para el control de tumores. El tumor puede ser muy agresivo localmente, rara vez metastiza. El manejo terapéutico no ha sido sencillo. Se han probado distintos tratamientos como cirugía, radioterapia, bioterapia y quimioterapia- La quimioterapia ha demostrado ser el tratamiento mas efectivo y la droga mas utilizada es el sulfato de vincristina, pero el tiempo del tratamiento hasta la remisión completa varía ampliamente entre individuos. Si bien existen estadificaciones clínicas y diagnósticos citológicos e histológicos que permiten establecer el grado de malignidad, los mismos tienen componentes subjetivos por su naturaleza cualitativa. Los marcadores tumorales se han utilizado especialmente en el establecimiento de un pronóstico acertado. Entre estos están las Regiones Organizadoras Nucleolares (NORs), que pueden colorearse con tinciones argénticas (AgNOR). dichas regiones corresponden a segmentos de cromosomas que contienen genes ribosomales. Por otro lado, existen marcadores de proliferación celular como el anticuerpo monoclonal Ki 67, el cual detecta un antígeno nuclear que se expresa en las células que entran al ciclo celular (fases G1, S, G2 y mitosis), proporcionando una medida directa de la fracción de crecimiento del tejido. El uso de estos marcadores fue eficiente en patología humana, mientras en veterinaria existen escasos reportes La mayoría de los marcadores se han usado sobre muestras histológicas, existiendo escasa información de su uso en muestras citológicas. Conocer el diagnóstico y el pronóstico del tumor relacionándolo con el tratamiento instaurado permitiría predecir las expectativas y calidad de vida del paciente. El contar en Medicina Veterinaria con una herramienta cuantitativa como son los marcadores tumorales que soporte las observaciones subjetivas que aporta el diagnóstico citomorfológico, podría contribuir a establecer de manera confiable el pronóstico del paciente con TVT, así como también definir el modelo terapéutico. Por esto sería importante la búsqueda de técnicas rápidas y seguras que permitan establecer pronósticos cada vez más precisos.
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FUNDAMENTO: Em indivíduos com doença renal crônica e doença cardiovascular (DCV) concomitante, apontou-se relação entre o volume do átrio esquerdo (AE) e os níveis séricos de proteína C reativa (PCR). OBJETIVO: Verificar a presença de associações entre inflamação sistêmica e dilatação do AE em pacientes de hemodiálise (HD) sem DCV clinicamente manifesta. MÉTODOS: Estudo observacional transversal em população sob HD (> 3 meses), excluindo-se pacientes com afecções inflamatórias crônicas ou agudas (infecções, neoplasias, doenças autoimunes) instabilidade hemodinâmica, uso de drogas anti-inflamatórias, hiperparatireoidismo, arritmias, valvopatia mitral e evento cardiovascular (CV) prévio. Dosagens de PCR e interleucina 6 (IL-6), e ecodopplercardiograma foram obtidos. Coeficientes de correlação foram determinados para avaliar as associações entre as variáveis. RESULTADOS: Incluídos 58 pacientes (28 homens, idade 55 ± 15 anos), sob HD há 24 ± 16 meses, 45% hipertensos, 26% diabéticos, com medianas de PCR 5,1 mg/dl e IL-6 6,1 pg/dl. A PCR correlacionou-se significativamente com dimensão do AE (p = 0,040), volume indexado do AE (VIAE, p = 0,02) e onda E do fluxo mitral (p = 0,014). A IL-6, apesar da forte associação com a PCR (r = 0,75, p < 0,001), não se correlacionou com índices ecocardiográficos. Indivíduos no quartil superior da PCR tiveram VIAE significativamente maior do que os demais (42 ± 17 versus 32 ± 11 ml/m², p = 0,015). CONCLUSÕES: Em indivíduos sob HD sem evento CV prévio, houve associação entre elevação da PCR e aumento do AE. Os achados sugerem uma ligação entre processos fisiopatológicos relacionados à dilatação atrial esquerda e o estado inflamatório sistêmico de pacientes sob HD.