998 resultados para Língua portuguesa Gramática - Teses


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Proponho, com este trabalho, uma anlise da variao da manuteno da marca de concordncia verbal de segunda pessoa do singular em Pelotas (RS). Considero, para tanto, os aspectos lingsticos e, sobretudo, os aspectos sociais dessa variao. Almejo, assim, auxiliar na descrio de fenmenos de concordncia verbal. Apio esta anlise na Teoria da Variao Laboviana e em vises de classes sociais que levam em conta princpios socioeconomicistas, marxistas, econolingsticos, ocupacionais e das condies estruturais de manuteno das desigualdades sociais. Analisei dados de concordncia de segunda pessoa do singular em noventa entrevistas do Banco de Dados Sociolingsticos Variveis por Classe Social VarX que foram realizadas em Pelotas (RS) em 2000 e 2001. O VarX possui uma diviso equilibrada de informantes por gnero, faixa etria e classe social. Das entrevistas realizadas na casa do informante, afloram falas espontneas sobre histrias familiares, peripcias do passado. Utilizei, para a anlise dos dados, metodologia quantitativa com base na interface Windows para o Varbrul e em formulrio de codificao de dados. Alm dos dados de fala do VarX, utilizei como fonte de pesquisa o Questionrio do VarX e os resultados do Censo 2000 do IBGE. Os resultados, com relao concordncia de segunda pessoa do singular em Pelotas, apontam na direo de que: ocorra apagamento varivel da desinncia nmero-pessoal em virtude de uma regularizao do paradigma verbal em que so privilegiadas formas neutras; o apagamento da marca de segunda pessoa do singular sofra influncia de condicionadores lingsticos (salincia fnica, interlocuo entrevistado/entrevistador, ausncia do pronome-sujeito e tipo de frase) e sociais (h indcios de que: a utilizao de marca tenha prestgio, mas sua no-utilizao no sofra estigma; o fenmeno esteja em fase de consolidao e se configure como uma mudana lingstica quase completada; as mulheres resistam ao processo de apagamento da marca de concordncia mais do que homens).

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Este estudo diz respeito ao acento do latim e do portugus arcaico. Interpretado o acento luz da Fonologia Mtrica, admitimos, seguindo Jacobs (1990, 1997), que o troqueu irregular caracteriza melhor o latim clssico do que o troqueu mrico. Depois de discutir o acento do latim clssico e dar especial ateno s enclticas, que ampliam o domnio do acento e sobre as quais, com respeito a seu papel no acento, defendemos uma posio contrria de anlises mais recentes, citadas neste trabalho, passamos ao acento em latim vulgar e, aps, ao acento em portugus arcaico. Nessa trajetria, observa-se a perda das proparoxtonas por sncope em latim vulgar e, subseqentemente, a perda da vogal final por apcope em algumas palavras em portugus arcaico, resultando palavras terminadas em slaba pesada. A simplicidade conduz a evoluo do latim clssico ao vulgar, passando o sistema acentual do troqueu irregular ao troqueu silbico, mas, do latim vulgar ao portugus arcaico, h uma volta ao troqueu irregular, em virtude da ocorrncia de palavras terminadas em slaba pesada. Essas ltimas linhas encerram a tese que esta anlise sustenta.

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Este trabalho sobre produo de sentidos. Seu propsito est relacionado investigao das relaes do sujeito com a linguagem na sua forma de escrita alfabtica no processo de produo textual escolar. O fato de ocorrer a partir da anlise de falas de crianas ao escreverem coletivamente histrias no computador possui dois objetivos; de um lado, interrogar sobre a representao do sujeito no texto e, de outro, questionar a utilizao do computador nas escolas como uma nova tecnologia da escrita. Para que fosse possvel dar alguma visibilidade ao processo de produo textual e no restringir-se apenas ao produto final, quer dizer histria pronta, optou-se por uma metodologia que permitisse algum tipo de acesso ao modo como a criana produzia o texto. Uma soluo vivel foi encontrada na gravao das situaes interativas de conversao, em que cada grupo de alunos estaria produzindo sua histria no computador. Esta gravao tornou-se o material a ser analisado. O referencial terico est fundamentado na psicanlise, a partir de Jacques Lacan, na lingstica enunciativa, representada por Jaqueline Authier-Revuz e na anlise de discurso inaugurada por Michel Pcheux. Seguindo estas teorias, analisamos o sujeito da enunciao e o inconsciente enquanto discurso do Outro. A anlise buscou a indicao de autonmias, onde destacam-se as no-coincidncias do dizer, termo cunhado por Authier-Revuz para explicitar a presena do outro na constituio do discurso. A partir da anlise apontamos para o sujeito como um efeito de leitura do discurso do Outro, um acontecimento que reconfigura a estrutura. Disso segue que todo discurso parte de uma escrita, pois se abre leitura. Tambm apontamos para a escrita como a presentificao da diferena. Neste sentido postulamos que a autonmia constitutiva do discurso pedaggico no que se refere aprendizagem da língua escrita. Ela um recurso necessrio ao alfabeto. Sem a possibilidade da autonmia seria impossvel o ensino da língua.. A partir destes resultados temos indcios que confirmam a hiptese de que o computador uma nova tecnologia da escrita, assim como foram uma vez o papiro, o alfabeto, a imprensa. De certo modo a questo do sujeito e da linguagem ainda a mesma, ou seja, diante do real o que o sujeito demanda que ele seja representvel. A forma que esta representao vai tomar depende dos discursos em questo.

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O presente trabalho apresenta algumas reflexes, de inspirao nos Estudos Culturais, a partir de anlise textual de vozes indgenas, sobre os atuais dilemas da escola indgena em aldeias Paresi de Tangar da Serra-MT, tendo em vista a alternativa de se propor um modelo de escolarizao formal, de valorizao diferena frente ao atual modelo de princpios homogeneizantes. Utilizando-se de conceitos de Stuart Hall, Nestor Canclini e outros autores ps-estruturalistas, discute-se a cultura numa perspectiva dinmica de movimento contnuo de (re)construes de identidades, principalmente sob efeitos do fenmeno da globalizao, quando o avano da tecnologia da comunicao e transporte permitem, com maior freqncia, as relaes e os fluxos migratrios entre as diversas culturas construindo identidades e culturas hbridas. A partir da discusso sobre como os Paresi entendem a funo da escola da aldeia amplia-se a reflexo sobre a valorizao da língua portuguesa nas rotinas escolares, assim como a relevncia do comportamento disciplinar dos alunos daquelas escolas.

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O presente trabalho apresenta algumas reflexes, de inspirao nos Estudos Culturais, a partir de anlise textual de vozes indgenas, sobre os atuais dilemas da escola indgena em aldeias Paresi de Tangar da Serra-MT, tendo em vista a alternativa de se propor um modelo de escolarizao formal, de valorizao diferena frente ao atual modelo de princpios homogeneizantes. Utilizando-se de conceitos de Stuart Hall, Nestor Canclini e outros autores ps-estruturalistas, discute-se a cultura numa perspectiva dinmica de movimento contnuo de (re)construes de identidades, principalmente sob efeitos do fenmeno da globalizao, quando o avano da tecnologia da comunicao e transporte permitem, com maior freqncia, as relaes e os fluxos migratrios entre as diversas culturas construindo identidades e culturas hbridas. A partir da discusso sobre como os Paresi entendem a funo da escola da aldeia amplia-se a reflexo sobre a valorizao da língua portuguesa nas rotinas escolares, assim como a relevncia do comportamento disciplinar dos alunos daquelas escolas.

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A pesquisa teve por objetivo apresentar atividades didticas envolvendo a Língua Brasileira de Sinais com o intuito de estabelecer uma relao de mtuo reforo entre o ensino de Geografia e a utilizao da leitura e escrita da língua portuguesa a partir da incluso de alunos surdos em uma escola de Ensino de Jovens e Adultos. Na primeira parte da dissertao foi analisado o histrico das propostas pedaggicas para educao de surdos e os conflitos gerados pela disputa de saber e poder. A segunda parte, apresenta a abordagem do espao na perspectiva geogrfica e pedaggica em busca de elementos que propiciem partir da potencialidade visual dos surdos e a espacialidade da língua de sinais como instrumentos do processo de ensino-aprendizagem. A terceira parte, resgata a reflexo sobre a educao de surdos e anlise das atividades didticas desenvolvidas.

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A Regio Sul do Brasil, do ponto de vista da diversidade lingstica, caracteriza-se, entre diversos outros aspectos, pelo contato do portugus com as línguas dos imigrantes europeus que colonizaram a regio desde o sculo XIX. Monolnges no incio, esses imigrantes tornaram-se bilnges ao adquirir o portugus ao longo dos anos e, atualmente, a tendncia serem monolnges em portugus. Em tal contexto, os italianos assumem posio de destaque, no s pelo nmero de falantes, mas tambm pelas reas ocupadas e pela influncia no contexto lingstico, sociocultural e econmico. O portugus falado nas regies em que ocorre o contato com o italiano assumiu traos especficos que refletem a constituio social e tnica dessas reas, distinguindo-se, assim, do portugus falado em outras regies e da variedadepadro subjacente. Considerando esse cenrio, o objetivo deste estudo explicitar a dinmica de difuso do portugus no espao pluridimensional de contato com o italiano, mais especificamente em oito pontos (municpios) do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A linha terica da pesquisa segue a perspectiva da dialetologia pluridimensional e relacional, a qual busca constituir uma cincia da variao lingstica que corrija as deficincias da geolingstica tradicional e acrescente sociolingstica uma importncia maior ao valor do espao no debate sobre a variao: o conceito das interrelaes no espao, segundo Harald Thun. Os dados foram coletados atravs de trinta e duas entrevistas, nos estilos conversa semidirigida, resposta a questionrio e leitura, nas quais foram controladas dimenses sociais e geogrficas, visando a verificar a pronncia varivel do ditongo nasal tnico [A)w)], do [r] forte, da vogal [a] seguida de consoante nasal, do alamento das vogais tonas finais [e] e [o], da africao de [t] e [d] diante de [i], da realizao das fricativas [S] e [Z]. Os resultados, demonstrados atravs de tabelas estatsticas e de mapas pluridimensionais, evidenciam que a difuso dos traos associados ao portugus varia no modo e na intensidade. No plano diatpico, ocorre difuso mais intensa em Orleans (SC) e Caxias do Sul (RS), ao passo que a maior resistncia inovao lingstica foi detectada em Rodeio (SC) e Sananduva (RS). Na perspectiva diassocial, o uso de variantes sem interferncia do italiano liderado, sucessivamente, pelos falantes urbanos, pelos mais jovens e mais escolarizados.

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Este trabalho visa a, atravs da anlise sob a perspectiva da sociolingstica variacionista de questes de concordncia nominal e verbal de provas de língua portuguesa de concursos pblicos de nvel mdio, proceder a uma reflexo sobre o normativismo e a poltica lingstica no Brasil. Os concursos pblicos so apresentados como agentes promotores de uma poltica lingstica aparentemente difusa. Eles vm interferindo na e, muitas vezes, determinando a elaborao de currculos e programas escolares, influenciando na forma como a língua abordada no sistema de ensino brasileiro.

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O presente trabalho objetiva disponibilizar informaes claras e ordenadas aos leitores em língua portuguesa acerca do vasto campo que o monitoramento de espcies gasosas txicas ou perigosas em distintos ambientes. Tambm esclarece alguns termos tcnicos comumente usados nesta rea e tece comentrios sobre a legislao e as normas brasileiras relativas ao assunto monitoramento de gases txicos ou perigosos, sempre buscando um paralelo com publicaes tcnicas de organizaes internacionais de amplo conhecimento dos profissionais da rea. Segue com uma elucidao dos princpios de funcionamento dos sensores de gases, componentes bsicos das tecnologias mais extensivamente usadas, bem como as vantagens e desvantagens dos equipamentos deles decorrentes com vistas a permitir uma escolha acertada de tecnologias e equipamentos para uma resposta otimizada e eficiente envolvendo monitoramento de gases em situaes rotineiras e especiais. Objetiva tambm prover uma exemplificao prtica envolvendo o uso de equipamento de sensoriamento. Para tanto, finaliza com um exemplo de monitoramento de emisses poluentes, avalia comparativamente a performance de queima e tira concluses acerca das emisses poluentes decorrentes da queima de gs liquefeito de petrleo (GLP) e gs natural (GN) comerciais em um forno.

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O objetivo deste trabalho descrever e analisar a gramaticalizao de a gente no portugus brasileiro. A anlise est apoiada nas concepes tericas de gramaticalizao e na Teoria da Variao Laboviana. O corpus da pesquisa constitudo de dois tipos de dados: fala de personagens de onze peas de teatro de autores gachos, correspondente a um perodo de cem anos (1896 at 1995), e fala de sessenta indivduos das cidades gachas de Jaguaro e Pelotas. As entrevistas foram realizadas em 2000 e 2001: trinta e seis em Pelotas (VarX) e vinte e quatro em Jaguaro (BDS Pampa). Os corpora possuem uma diviso equilibrada de informantes por gnero, faixa etria e classe social. Os resultados do uso de a gente indicam que: a gramaticalizao de a gente decorre de vrios processos de mudana concomitantes e inter-relacionados mudana semntica, sinttica, morfolgica e fonolgica; a partir da dcada de 1960 a forma a gente cristaliza-se como pronome pessoal de primeira pessoa do plural; a utilizao de a gente, em variao com ns, est relacionada a condicionadores lingsticos de natureza discursiva, sinttica, morfolgica e fonolgica; o uso de a gente em Pelotas est em um estgio mais adiantado do que em Jaguaro; a diviso por classe social indica que em Pelotas a mudana acontece de cima para baixo e em Jaguaro de baixo para cima; o uso de a gente maior nas faixas etrias mais jovens nas duas comunidades; em Pelotas ocorre a reduo (mudana incipiente) de a gente para a ente (~ ente); a propagao da mudana ocorre dos grandes centros para os menores.

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Nosso objetivo, nessa Dissertao, consiste em analisar, a partir dos pressupostos tericos da escola francesa de Anlise do Discurso, o tratamento recebido pelo fenmeno da ambigidade em manuais de redao, ou seja, atravs desses pressupostos tericos questionamos a maneira pela qual a ambigidade aparece representada no discurso dos manuais de redao os quais, por sua vez, tm seus saberes avalizados por saberes que circulam em gramáticas normativas, pedaggicas, em compndios gramaticais e em determinadas teorias lingsticas. Tais saberes, ao pregarem o expurgo da ambigidade da língua, exigem dela univocidade e clareza, assim como possibilitam que se instaure a evidncia do sujeito e dos sentidos e a suposta autonomia desse sujeito sobre o funcionamento da linguagem. Identificamos esta postura como uma das posies-sujeito que participam da formao discursiva docente que pretende regular os saberes sobre a língua. Para efetivar essa pesquisa examinamos manuais de redao que se encontram em uso, hoje, em escolas de Porto Alegre, alguns compndios gramaticais publicados a partir de 1930, e gramáticas normativas, expositivas e pedaggicas de Língua Portuguesa.

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Este trabalho estuda como virar professora de professoras por meio da anlise de aulas de Portugus trabalhadas com alunas do primeiro ano do Curso Normal durante o perodo letivo de 2003, sendo a professora a prpria pesquisadora. A hiptese analisada a seguinte: o ensino da escrita e da leitura como habilidades a serem desenvolvidas e a serem processadas ensina Portugus e ensina a ensinar Portugus, ao mesmo tempo em que valoriza os alunos e o professor nele envolvidos como produtores de conhecimento, produzindo a auto-estima to necessitada por eles para empenharem-se no processo de ensino aprendizagem. Para tanto, a professora pesquisadora tem a tarefa de ensinar as suas alunas a ler, escrever e refletir sobre a linguagem, ao mesmo tempo em que assume o desafio de ensinar-se a fazer isso tudo e de ensinar as suas alunas a ensinarem-se a fazer isso tudo tambm, para futuramente poderem repetir o mesmo processo, ensinando-se a ler para produzir sentido e a escrever para produzir conhecimento, a fim de passarem isso tudo para seus futuros alunos tambm. Trata-se, ento, de desenvolver uma nova maneira de ensinar, o que implica em um posicionamento terico-prtico diferente do tradicional, utilizando-se para tanto das idias de Bagno, Foucambert, Geraldi, Travaglia e Guedes (orientador deste trabalho) com relao s questes de ensino de língua, linguagem, leitura, escrita, e outros tpicos relacionados a estes. Embora no tenha chegado a um final mais conclusivo, por analisar a prtica de somente um dos quatro anos que se pretende trabalhar com a turma, a pesquisa constata, pelas aulas analisadas, que a professora aprendeu muito sobre o Portugus e sobre o ensino do mesmo, e pde passar isso tudo s alunas, que tambm iniciaram um processo de reflexo mais geral em relao aos tpicos trabalhados, embora elas no tenham mostrado um resultado totalmente satisfatrio relacionado s questes mais especficas.

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Nas ltimas dcadas, pesquisadores de vrias reas tm se preocupado com os efeitos do trabalho na sade do trabalhador. Considerada o estgio mais avanado do estresse no trabalho, a Sndrome do Esgotamento Profissional (SEP) afeta inmeras profisses, principalmente aquelas em que os profissionais possuem contato direto com pessoas, entre elas, os professores. O objetivo do trabalho compreender o processo de abandono da carreira docente dos professores de Educao Fsica da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPoA). A reviso bibliogrfica, composta de textos em língua portuguesa, inglesa e espanhola sobre o tema, possibilitou unificar a expresso do fenmeno como Sndrome do Esgotamento Profissional (SEP), e o problema central da pesquisa centra-se na seguinte questo norteadora: Como os professores de Educao Fsica da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPoA) abandonam o trabalho docente, e que elementos so mais significativos nesse processo? O estudo uma pesquisa descritiva, de carter qualitativo, que envolve quinze professores de Educao Fsica da Rede Municipal de Porto Alegre (RMEPoA) que, entre o perodo de janeiro de 2000 a julho de 2002 entraram em licena mdica (biometria) por motivos de estresse, ansiedade e depresso. Realizei a entrevista semiestruturada, fiz registros em um dirio de campo e analisei documentos. Como procedimento analtico procedi a Anlise de Contedo. Ficou evidente ao terminar o estudo, que as limitaes da formao acadmica so fonte geradora de sintomas como o estresse e a exausto emocional, vinculadas realidade encontrada nas escolas municipais, e no como imaginava o pesquisador, em um perodo anterior a esse, ou seja, a partir da etapa envolvendo a escolha profissional. O trabalho docente revelou-se como uma prtica profissional marcada por sentimentos negativos que comprometem a qualidade do trabalho acumulando com o passar do tempo, reaes fsicas, psquicas, comportamentais e defensivas. A partir dos resultados desse estudo, considero que, para alguns professores houve indcios de esgotamento profissional devido s presses e tenses especficas do contexto laboral. Para a maioria dos professores-colaboradores da pesquisa, essas vivncias subjetivas de desgaste fsico e emocional experimentadas e acumuladas durante sua trajetria profissional, traduziram-se em sentimentos depressivos e de fadiga crnica, compondo um estado anmico, que aqui se denomina de Sndrome do Esgotamento Profissional.

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Este estudo insere-se no mbito da pesquisa sociolingstica. Seu objetivo principal comparar a viso de língua de professores de escolas confrontadas com situaes de multilingismo e seu comportamento em relao língua minoritria falada pelos alunos, bem como ao bilingismo como conseqncia natural do contato lingstico e ao prprio processo de aprendizagem da língua-padro, o portugus. Partese do pressuposto bsico de que comunidades plurilnges, especialmente aquelas onde se falam variedades estigmatizadas, so marcadas por tenses e valoraes sociais diversas. Subjaz anlise desse contexto a tese de que a compreenso das concepes lingsticas do professor contribui para explicar a dinmica de diversos mitos acerca da língua minoritria e do bilingismo observvel na comunidade. Dominado pela fora desses mitos, o professor impelido a atitudes distintas, que vo desde a valorizao exacerbada at a estigmatizao extrema de certas variedades, originando o preconceito lingstico. Para o estudo desses aspectos, seguiu-se uma metodologia de anlise qualitativa interpretativa dos dados. A coleta de dados envolveu observao de aulas, anotaes em dirio de campo, entrevistas gravadas com professores e alunos, alm de filmagens de aulas. Foram sujeitos da pesquisa professores de duas escolas: escola A, localizada em Daltro Filho, e escola B, de Estrela. Os dois contextos distinguem-se pelo grau de bilingismo - maior em Daltro Filho - e de urbanizao - maior em Estrela. Enquanto na escola A os professores, todos bilnges, esto em contato direto com a situao multilnge (alemo-italiano-portugus), na escola B os professores entram em contato com o bilingismo (alemo-portugus) apenas atravs de alunos provenientes do meio rural. Os resultados mostram que, entre as concepes lingsticas vigentes, destaca-se a concepo de que a língua se define por um conjunto de regras consubstanciadas nas gramáticas normativas, as quais prescrevem as normas do falar e escrever corretamente, sendo todas as formas desviantes desse padro consideradas como "erro". O domnio dessa língua-padro almejado tanto por professores quanto por alunos e considerado um capital lingstico imprescindvel para a ascenso social e insero no mercado de trabalho. Evidencia-se, ainda, nas realidades pesquisadas, a existncia de diversos mitos, tanto ligados língua portuguesa quanto língua minoritria. Embora em muitos momentos os informantes considerem o bilingismo como um capital lingstico altamente desejvel, em outros momentos o encaram como um obstculo aprendizagem do portugus. Alm disso, percebe-se que a escola est impregnada pelas leis do mercado lingstico, no atentando ao mercado de trabalho, ao optar pelo ensino do ingls como primeira opo de língua estrangeira a ser trabalhada na escola. Descrevendo como essa realidade de contato entre línguas minoritrias e o portugus tratada em sala de aula, ou seja, como se configura atualmente essa realidade multilnge em nosso meio, este estudo pode servir para alertar no s professores da necessidade de redirecionar suas atitudes, valorizando tanto a língua minoritria de seus alunos quanto a variedade do portugus, como tambm as autoridades responsveis pela Educao sobre a necessidade de instituir uma poltica lingstica que assegure a essas minorias bilnges currculos, mtodos, tcnicas e um programa de educao bilnge adequado para atender s suas peculiaridades.

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Nosso trabalho discute a realizao das fricativas /s/ e /z/ na borda direita de morfemas no portugus brasileiro, especialmente no dialeto gacho, luz do modelo standard da Teoria da Otimidade. Os dados que consideramos referem-se principalmente a prefixos, no entanto, as afirmaes feitas no se limitam apenas a essa fronteira morfolgica, mas tambm s fronteiras de outros morfemas, inclusive a de palavras, estendendo-se a qualquer coda. Nossa proposta toma como base a hiptese de que a representao subjacente da fricativa /z/. Do conta da realizao distinta dessa fricativa na superfcie as restries de marcao contextual *[s] [+cons + voz] e *voicedcoda e a restrio de fidelidade Ident-IO ranqueadas nessa ordem. A anlise mostra que possvel observar esse aspecto da fonologia do PB pela Teoria da Otimidade standard.