1000 resultados para Hemostasia cirúrgica


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Com o aumento do número de intervenções cirúrgicas para a remoção da catarata em cães, observa-se a necessidade de exames específicos que devem ser realizados antes da indicação cirúrgica. A catarata é uma das principais causas de cegueira em cães. Nos estágios mais avançados, impossibilita o exame fundoscópico e inviabiliza a observação de alterações retinianas como a atrofia progressiva da retina (APR), degeneração retiniana hereditária de acometimento bilateral que, quando diagnosticada, contra-indica a cirurgia. Com o intuito de reestabelecer a visão, o eletrorretinograma de campo total (Full field ERG) torna-se indispensável na avaliação pré-cirúrgica da remoção da catarata. Como os cães da raça Cocker Spaniel Inglês são predispostos à catarata e a degenerações retinianas, objetivamos neste estudo avaliar as respostas dos ERGs realizados nestes animais. Foram avaliados 136 eletrorretinogramas de cães da raça Cocker Spaniel Inglês (62 machos e 74 fêmeas, com idades entre 3 e 15 anos) no período de Setembro de 2004 a Maio de 2009. Todos os animais apresentavam baixa de visão e catarata durante o exame. O diagnóstico de degeneração retiniana foi baseado nos valores de amplitude pico a pico e tempo de culminação da onda-b nas 3 respostas (resposta escotópica de bastonetes, máxima resposta e resposta fotópica de cones), idade do paciente e estágio de maturação da catarata. Nos cães sem degeneração retiniana, a média da amplitude e do tempo de culminação nas três respostas obtidas foram, respectivamente: 71,55mV/65,15ms; 149,17mV/33,03ms; 31,06mV/27,90ms. Nos cães com degeneração retiniana, 38 animais apresentaram ERG extinto. Dentre os restantes que apresentavam baixas respostas, a média da amplitude e do tempo de culminação nas três respostas obtidas foram, respectivamente: 12,88mV/65,04ms; 24,16mV/36,25ms; 8,36mV/31,38ms. Foi observado que em 122 animais (89,7%) os exames eram compatíveis com diagnóstico de atrofia progressiva da retina. Frente aos resultados obtidos, conclui-se que os cães da raça Cocker Spaniel Inglês portadores de catarata devem ser submetidos ao eletrorretinograma de campo total antes da remoção cirúrgica devido à alta incidência de degeneração retiniana nesta raça.

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A contínua seleção genética para maior produção de leite em conjunto com o aumento da capacidade digestiva e profundidade corporal aumentou a susceptibilidade à ocorrência de abomasopatias, incluindo o deslocamento do abomaso. Este trabalho objetivou realizar um estudo retrospectivo sobre o deslocamento de abomaso em 36 bovinos atendidos na Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco, durante o período de janeiro de 2000 a fevereiro de 2009. Foram diagnosticados 27 casos de deslocamento do abomaso à direita, seis casos de deslocamento do abomaso à esquerda e três casos de vólvulo abomasal. Onze casos considerados moderados, sem grave distensão abdominal, apetite presente para a forragem e delimitação de som metálico até o 8º espaço intercostal, foram tratados clinicamente; enquanto 20 casos com distensão abdominal moderada a severa, associada a distúrbios sistêmicos, foram considerados graves e tratados cirurgicamente. Duas vacas foram eutanasiadas devido peritonite difusa ou alterações graves na serosa do abomaso, totalizando 18 animais submetidos ao tratamento cirúrgico. Dois animais foram encaminhados para abate e três vacas chegaram prostradas e morreram sem receber nenhum tratamento. A análise dos fatores de risco identificou a estação chuvosa como estatisticamente significativa. O maior número de deslocamento do abomaso ocorreu em vacas mestiças com 24 casos (66,6%), seguida por bovinos da raça Holandesa com 11 (30,5%) e Gir com um (2,9%) caso. A composição da alimentação oferecida variou bastante e caracterizou-se por conter excesso de carboidratos e, na maioria dos casos, fibra de baixa qualidade. Os sinais clínicos mais frequentes foram comportamento apático, desidratação, timpanismo ruminal leve a severo com motilidade ausente ou diminuída, som de líquido ao balotamento do flanco direito, som de chapinhar metálico e/ou observação de uma estrutura similar a uma víscera distendida no gradil costal do lado correspondente ao deslocamento; fezes liquefeitas, enegrecidas e de odor fétido. Os achados hematológicos revelaram, na maioria dos casos, leucocitose neutrofílica e hiperfibrinogenemia. Na análise do fluido ruminal havia comprometimento da dinâmica da flora e fauna microbiana, e elevação no teor de cloreto em 93,9% dos casos, com o índice médio alcançando 47,66 mEq/L. O índice de recuperação clínica e cirúrgica alcançou 100% e 72,2%, respectivamente. As condutas descritas são opções viáveis para o tratamento dos deslocamentos leves e severos, no entanto a prevenção permanece a melhor alternativa a ser adotada.

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Este estudo teve como objetivo avaliar o valor prognóstico de marcadores de proliferação celular em casos de mastocitomas cutâneos caninos. Vinte e três casos foram analisados quanto à expressão imuno-histoquímica de Ki67 e do Antígeno Nuclear de Proliferação Celular (PCNA), sendo subsequentemente acompanhados clinicamente. Observou-se que a expressão de Ki67 mantém relação negativa com a tradicional graduação histopatológica (p= 0,0418; p<0,05 entre os graus I e III), sendo um indicador confiável para o tempo de sobrevida pós-cirúrgica (p=0,0089). A imunoexpressão de PCNA, apesar de estar correlacionada à marcação por Ki67, não apresentou valores estatisticamente significantes na predição da mortalidade em função da doença e do tempo de sobrevida pós-cirúrgico. Os resultados obtidos confirmam que informações sobre a atividade proliferativa tumoral pela detecção imuno-histoquímica de Ki67 podem incrementar a classificação de mastocitomas cutâneos caninos quanto à malignidade.

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Alguns problemas têm sido observados nos bezerros produtos da técnica fertilização in vitro, dentre esses a elevada casuística de onfalopatias. A partir dessa observação, objetivou-se com este trabalho realizar um estudo retrospectivo da correlação entre os métodos de concepção e a ocorrência de onfalopatias em bovinos e descrever os resultados obtidos a partir dos tratamentos conservativo e cirúrgico. Foram utilizados 44 bovinos atendidos no Hospital Veterinário da Unesp, Campus de Araçatuba, com idade variando de um dia a 12 meses entre os anos de 2003 e 2007. Desses bovinos 27 eram provenientes de fertilização in vitro (FIV), 12 de inseminação artificial (IA), dois de monta natural (MN) e três de transferência de embriões (TE). O diagnóstico clínico-cirúrgico revelou que todos apresentavam afecções umbilicais, sendo 22 casos de persistência de úraco, oito de onfaloflebite, oito de hérnias umbilicais, cinco de onfalites e um de fibrose umbilical. Inicialmente e no pós-operatório administrou-se em todos os animais, uma vez ao dia, durante dez dias, 3mg/kg de ceftiofur sódico pela via intravenosa (IV). Nos casos de infecção grave ou irresponsiva a terapia antimicrobiana inicial, acrescentou-se 6,6mg/kg, durante sete dias de sulfato de gentamicina IV. A antissepsia do umbigo, com tintura de iodo a 2%, foi instituída duas vezes ao dia, nos casos tratados conservativamente, enquanto que os bovinos submetidos à cirurgia receberam 1,1mg/kg de flunixin meglumine IV, uma vez ao dia, por cinco dias consecutivos. Dos 22 animais diagnosticados com persistência de úraco, 10 apresentavam drenagem de urina pelo umbigo e receberam 2mL de tintura de iodo 10% no interior do úraco, sendo 15 tratados com a excisão cirúrgica, especialmente, devido à formação de divertículo vésico-uracal. Todos os animais que apresentavam onfaloflebite e hérnia umbilical foram submetidos à cirurgia. Já dos cinco casos de onfalite, três foram tratados conservativamente. A análise dos diferentes métodos de concepção, correlacionados à ocorrência de onfalopatias, sugere que os animais provenientes de FIV, apresentam maior frequência de persistência de úraco (66,7%), e aqueles concebidos por IA, maior frequência de hérnia umbilical (58,4%), O tratamento cirúrgico foi mais eficiente que a terapia conservativa. Essa última apresentou melhores resultados nos casos descomplicados e precocemente diagnosticados.

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Eletrorretinograma (ERG) é o meio diagnóstico objetivo e não-invasivo para avaliar a função retiniana e detectar precocemente, em várias espécies, lesões nas suas camadas mais externas. As indicações mais comuns para ERG em cães são: avaliação pré-cirúrgica de pacientes com catarata, caracterização de distúrbios que causam cegueira, além de servir como importante modelo para o estudo da distrofia retiniana que acomete o homem. Vários são os fatores que podem alterar o ERG tais como: eletrorretinógrafo, fonte de estimulação luminosa, tipo do eletrodo, tempo de adaptação ao escuro, tamanho pupilar, opacidade de meios e protocolo de sedação ou anestesia; além da espécie, raça e idade. Objetivou-se com este estudo padronizar o ERG para cães submetidos à sedação, seguindo o protocolo da International Society for Clinical Electrophysiology of Vision (ISCEV), utilizando Ganzfeld e eletrodos Burian Allen. Foram realizados 233 eletrorretinogramas em cães, 147 fêmeas e 86 machos, com idades entre um e 14 anos. Dos 233 cães examinados, 100 apresentavam catarata em diferentes estágios de maturação, 72 eram diabéticos e apresentavam catarata madura ou hipermadura, 26 apresentaram eletrorretinograma compatível com degeneração retiniana progressiva, três apresentaram eletrorretinograma compatível com síndrome da degeneração retiniana adquirida subitamente e 32 não apresentaram lesão retiniana capaz de atenuar as respostas do ERG, sendo considerados normais quanto à função retiniana. A sedação foi capaz de produzir boa imobilização do paciente sem rotacionar o bulbo ocular, permitindo adequada estimulação retiniana bilateralmente, com auxílio do Ganzfeld. O sistema eletrodiagnóstico Veris registrou com sucesso e simultaneamente de ambos os olhos, as cinco respostas preconizadas pela ISCEV. Como o ERG de campo total tornou-se exame fundamental na rotina oftalmológica, sua padronização é indispensável quando se objetiva comparar resultados de laboratórios distintos. A confiabilidade e reprodutibilidade deste protocolo foi demonstrada com a obtenção de registros de ótima qualidade utilizando protocolo padrão da ISCEV, eletrorretinógrafo Veris, Ganzfeld e eletrodos Burian Allen nos cães submetidos à sedação.

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Foi determinado o perfil de resistência de bactérias isoladas de diversas afecções em cães e gatos atendidos no Setor de Clinica Cirúrgica de Animais de Companhia do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina. Houve maior frequência de Staphylococcus spp. (27,6%), seguido por Pseudomonas spp. (22,7%) e Escherichia coli (16,6%). Na prova de sensibilidade antimicrobiana pelo método de difusão em ágar houve alta porcentagem de resistência das bactérias isoladas aos principais antibióticos usados no tratamento das infecções do trato urinário, principalmente das bactérias Gram negativas que apresentaram resistência superior a 66% aos antibióticos testados, com exceção da norfloxacina. Nas bactérias isoladas de feridas, apenas a gentamicina e a amicacina demonstraram índices de resistência inferior a 50,0%. Nas bactérias isoladas das afecções otológicas observou-se menor resistência à norfloxacina e maior à neomicina, sendo os menores índices de resistência observados nas bactérias Gram positivas. As bactérias Gram positivas apresentaram maior resistência à ciprofloxacina nos casos ortopédicos, e nas bactérias isoladas das peritonites houve 100% de resistência a diversos antibióticos. Este trabalho ressalta a importância da identificação bacteriana e a realização de antibiogramas para a escolha do agente antimicrobiano apropriado no tratamento das principais afecções atendidas na área de animais de companhia em medicina veterinária.

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As neoplasias mamárias são raras em primatas não humanos, enquanto que nas mulheres apresentam alta incidência. O objetivo deste trabalho foi relatar a ocorrência e os resultados do tratamento de um Cebus sp. (fam. Cebidae) fêmea, com carcinoma mamário pouco diferenciado encaminhado ao Serviço de Atendimento de Animais Selvagens da Universidade Estadual do Centro-Oeste. À inspeção o animal apresentava aumento de volume em região mamária direita e ao exame radiográfico foram observados três pontos de radiopacidade, característicos de projétil balístico de arma de pressão, com um deles alojado ao centro da massa de tecido mamário Após estabilização, a paciente foi submetida à exérese cirúrgica de aumento de volume e o material foi encaminhado para análise histopatológica. O diagnóstico obtido foi de carcinoma de alto grau, compatível com carcinoma adenoescamoso. Após a retirada dos pontos a paciente foi encaminhada ao convívio de outros animais. Mais de 20 meses após a terapia cirúrgica não há sinais de recidiva. A paciente alimenta-se bem, convive normalmente com o grupo, sugerindo que a terapia adotada foi eficiente até o momento em alcançar qualidade de vida e aumento de sobrevida do animal.

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Objetivou-se ilustrar a técnica cirúrgica de implantação de introdutores para cateter de Swan Ganz na veia jugular, bem como o procedimento de canulação da artéria pulmonar de dez equinos adultos sem raça definida (SRD). Realizando medidas através do cateter de Swan Ganz implantado, objetivou-se ainda demonstrar os valores de pressão arterial pulmonar (PAP) durante um teste de esforço progressivo de intensidade submáxima realizado em esteira rolante. A técnica cirúrgica de implantação de introdutores para o cateter de Swan Ganz empregada, demonstrou-se de fácil e rápida realização. Os animais não apresentaram complicações frente ao introdutor implantado e o teste ergométrico foi realizado conforme proposto. A PAP se elevou ao longo do exercício seguindo o incremento de velocidade, sendo os maiores valores médios observados nos momentos de maior intensidade do esforço. Os valores médios de PAP aumentaram (p<0,05) às velocidades de 7,5m/s (39±3 mmHg) e 8,5m/s (41±3 mmHg), quando comparados aos valores mensurados no repouso (26±3mmHg). Entretanto, os valores de PAP encontrados no máximo de esforço realizado pelos equinos SRD deste ensaio (41±3mmHg), encontram-se abaixo dos valores descritos para outras raças para a mesma intensidade de esforço. A descrição detalhada da técnica ilustrada no presente trabalho, pode contribuir substancialmente na padronização de protocolos experimentais que propõem o acesso arterial pulmonar por meio da implantação de cateter de Swan Ganz em equinos. O teste ergométrico proposto foi eficaz em promover variações de PAP de acordo com o esforço realizado, demonstrando valores para equinos SRD que poderão ser usados como base para futuras avaliações.

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Os traumas que resultam em fraturas ósseas, principalmente as cominutivas, têm uma importância muito grande na rotina clínico-cirúrgica veterinária e humana. Foi realizada falha segmentar de 6mm na região metafisária medial da tíbia esquerda de 12 coelhos, a qual foi preenchida com implante constituído de matriz óssea mineralizada heteróloga fragmentada e metilmetacrilato, preservados em glicerina (98%) para a sua reconstrução. Foi realizada avaliação morfológica e radiológica aos 30, 60, 90 e 120 dias e observou-se a incorporação do implante ao leito receptor, em 100% dos casos, mostrando ser biologicamente compatível, pois promoveu a reparação das falhas ósseas, sem sinais de infecção, migração e/ou rejeição, sendo uma opção de substituto para preencher defeitos ósseos.

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Infecção hospitalar ou nosocomial é aquela adquirida durante a hospitalização do paciente, e que pode ser relacionada os procedimentos hospitalares invasivos realizados durante o internamento. O presente trabalho teve como objetivos estudar a ocorrência de infecção hospitalar em animais atendidos em um Centro Cirúrgico Veterinário Universitário de Pequenos Animais submetidos a procedimentos cirúrgicos e/ou invasivos; discutir as possíveis causas de infecção, detectar as bactérias presentes quando possível e verificar a sensibilidade antimicrobiana destes agentes. O trabalho foi desenvolvido através do acompanhamento diário de 131 animais internados neste setor e busca ativa de casos de infecção hospitalar. Em 104 animais (91 cães e 13 felinos), foram realizados 113 procedimentos cirúrgicos e em 27 animais condutas não cirúrgicas tais como acompanhamento de parto e pós-parto, desobstrução uretral e colocação de talas. Todos os animais foram submetidos à colocação de cateter para fluidoterapia e/ou aplicação de medicamentos e/ou anestésicos em algum momento durante o internamento. O índice de infecção do sítio cirúrgico foi de 7,96% sendo 4,54% nas cirurgias limpas, 4,25% nas cirurgias limpa-contaminadas, 10,53% nas cirurgias contaminadas e 16% nas cirurgias infectadas. A taxa de infecção hospitalar não cirúrgica no paciente cirúrgico foi de 2,88% e 3,7% no paciente não cirúrgico. Foram cultivados sete isolados bacterianos, sendo Pseudomonas sp. (3), Streptococcus sp. (2), Acinetobacter sp. (1) e bacilo Gram negativo (1), constatando-se multirresistência bacteriana alta em todos os isolados. A duração da cirurgia e os tempos de internamento pré e pós-operatório não influenciaram na ocorrência de infecção hospitalar, mas os fatores que provavelmente colaboraram para a ocorrência de infecções no presente trabalho foram a própria gravidade da doença que motivou o tratamento, o tipo de procedimento realizado e a gravidade das lesões concomitantes.

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A anestesia inalatória vem sendo amplamente difundida na medicina veterinária, no entanto seu uso em animais selvagens ainda é restrito, não sendo observado nenhum estudo referente à sua utilização na espécie Tayassu tajacu. O objetivo da pesquisa foi determinar a concentração alveolar mínima (CAM) do isofluorano em catetos e apresentar os efeitos desta administração sobre as variáveis hemodinâmicas e respiratórias, como também a qualidade da recuperação anestésica. Utilizou-se 10 animais, machos, com idade variando de 1 a 3 anos oriundos do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Brasil. Todos os animais tiveram anestesia induzida com 7mg.kg-1 de propofol e posteriormente foram conectados a circuito anestésico com isofluorano e oxigênio 100%. O estímulo noceptivo supramáximo adotado foi pinçamento interdigital, o qual era realizado após 15 minutos de espera para cada concentração de isofluorano fornecida. Ao ser observada resposta negativa frente ao estímulo a concentração era reduzida em 20%, quando verificada resposta positiva o estímulo era cessado, calculando-se a partir daí o valor da CAM. Observou-se dados quantitativos e qualitativos referentes à recuperação. Utilizou-se o teste de normalidade de Shapiro Wilk e de homogeneidade de variânica de Levene, as variáveis avaliadas foram submetidas à One Way ANOVA-RM para medidas repetidas, seguidas por Teste Tukey, sendo os dados expressos em média e desvio padrão. A CAM do isofluorano foi de 2,4%, sendo a CAM cirúrgica igual a 3,5%. Observou-se ação depressiva do isofluorano sobre a pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória quando comparada a média dessas variáveis para animais acordados, entretanto durante a manutenção anestésica mantiveram-se estáveis. Observou-se acidose metabólica no período pré-anestésico o qual foi compensado após a realização da anestesia inalatória. A recuperação anestésica foi tranquila e rápida. Concluiu-se que a CAM do isofluorano para catetos foi maior que a observada em espécies afins. O isofluorano pode ser utilizado nesta espécie, sendo considerado seguro e eficaz. A recuperação dos animais após anestesia com isofluorano foi livre de excitação.

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O plasma rico em plaquetas (PRP) é um produto derivado da centrifugação do sangue total, sendo rico em fatores bioativos, como os de crescimento. Apesar da ampla utilização em processos cicatriciais, há controvérsia sobre a eficácia da terapia na cicatrização cutânea. O objetivo desse estudo foi quantificar e comparar a concentração dos fatores TGF-β1 e PDGF-BB no PRP, plasma sanguíneo e pele, durante diferentes fases do processo de cicatrização da pele tratada ou não com PRP. Foram utilizados sete equinos machos castrados, mestiços, hígidos, com idade entre 16 e 17 (16,14±0,63) anos. Três lesões em formato quadrangular (6,25cm²) foram produzidas cirurgicamente nas regiões glúteas direita e esquerda de todos os animais. Doze horas após indução das feridas, 0,5mL do PRP foi administrado em cada uma das quatro extremidades das feridas de uma das regiões glúteas (Grupo tratado = GT), escolhida aleatoriamente. A região contralateral foi utilizada como controle (GC). As feridas foram submetidas à limpeza diária com água Milli Q, e amostras foram obtidas mediante biópsias realizadas com Punch de 6mm. Foram obtidas seis biópsias de pele, sendo a primeira realizada logo após a produção da ferida (T0), e as demais com 1 (T1) 2 (T2) 7 (T3) e 14 (T4) dias após a indução da lesão. A sexta biópsia (T5) foi obtida após completo fechamento da pele, que ocorreu aproximadamente aos 37 dias (36,85±7,45, GC; 38,85±6,46, GT). Também foram obtidas amostras de sangue com EDTA em todos os tempos mencionados. A quantificação dos fatores de crescimento TGF-β1 e PDGF-BB na pele, PRP e plasma sanguíneo foi realizada pela técnica ELISA. Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste t, correlação de Pearson e regressão, utilizando nível de significância de 5%. Não houve diferença entre os grupos, nos valores dos dois fatores de crescimento mensurados na pele, nos diferentes tempos. Também não houve correlação entre a quantidade dos fatores de crescimento presentes na pele e no plasma. Por outro lado, correlação positiva foi observada entre PRP e pele no grupo tratado, para os fatores de crescimento TGF-β1 (r=0,31) e PDGF-BB (r=0,38), bem como entre ambos os fatores de crescimento presentes no PRP (r=0,81). Considerando as concentrações dos fatores de crescimento no T0, os maiores valores cutâneos (p<0,05) do TGF-β1, em ambos os grupos, ocorreram nos tempos T3 e T5. Valores mais elevados (p<0,05) do PDGF-BB ocorreram no T4 (GT) e T5 (GC). No plasma não houve alteração nas concentrações desses fatores em relação ao T0, o que sugere que o PRP não acarreta efeito sistêmico, quando os procedimentos adotados na presente pesquisa são utilizados. A administração local de PRP no volume estudado, 12 h após indução cirúrgica de ferida cutânea na região glútea de equinos não ocasiona maiores concentrações dos fatores de crescimento TGF-β1 e PDGF-BB no plasma sanguíneo e pele, durante o processo de cicatrização.

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Os répteis possuem um sistema porta-renal, o qual pode desviar parte do sangue proveniente das porções caudais do corpo aos rins antes que a mesma atinja a circulação sistêmica. Em vista disto, vem sendo aconselhada a administração de medicamentos injetáveis nos membros torácicos, para que se evite a filtração imediata pelo parênquima renal, causando redução do efeito esperado. O objetivo do presente estudo foi comparar aspectos qualitativos e quantitativos da associação de cetamina (30 mg/kg) e xilazina (1 mg/kg), injetada no membro torácico ou pélvico, em jacarés-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) juvenis. Oito animais machos com peso médio (±DP) de 1,3 (±0,3) kg e, aproximadamente, dois anos de idade foram anestesiados em duas ocasiões distintas com intervalo de sete dias. Em cada ocasião, os animais receberam, de forma aleatória, a associação anestésica por via intramuscular em membro torácico (tratamento MT) ou pélvico (tratamento MP). Foram avaliados os intervalos de tempo entre a administração do tratamento e a perda do reflexo de endireitamento (período de indução), entre a perda e o retorno desse reflexo (duração do efeito clínico importante) e entre o retorno do reflexo de endireitamento e os primeiros movimentos de deambulação (duração do efeito residual), as frequências cardíaca e respiratória e as temperaturas ambiental e cloacal. Os escores de sedação/anestesia foram avaliados através de uma escala com variação de 0 (alerta/consciente) a 10 (anestesia profunda/sobredosagem). No tratamento MP, dois animais não apresentaram perda de reflexo de endireitamento. Considerando somente aqueles que apresentaram a perda desse reflexo, o tempo de indução (21±9 e 17±5 minutos) e a duração do efeito clínico importante (35±19 e 43±21 minutos) e residual (28±31 e 12±11 minutos) foram similares entre os tratamentos MT e MP (média±desvio padrão). O escore de sedação foi significativamente maior que o basal de 20 a 50 minutos nos dois tratamentos e, aos 30 minutos (pico de efeito), o escore mediano (interquartil) foi 3,5(2,3-4,0) no tratamento MT e 3,0(2,0-4,0) no tratamento MP. Assim como nos escores de sedação, diferenças entre tratamentos nas variáveis fisiológicas não foram observadas. Em ambos os tratamentos, o reflexo de retirada de membro ao pinçamento digital não foi abolido. A administração da associação de xilazina e cetamina em membro pélvico ou torácico de jacarés-do-papo-amarelo juvenis promove efeitos similares, sugerindo que a influência do sistema porta-renal não é clinicamente relevante. Nas doses empregadas, tal protocolo não promove anestesia cirúrgica e a imobilidade/contenção farmacológica é imprevisível e de curta duração.

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As doenças de asininos e muares na região semiárida do nordeste do Brasil foram avaliadas em um estudo retrospectivo dos 258 atendimentos realizados no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2012. Dos prontuários desses animais foram coletados dados referentes a identificação, anamnese, exame clínico, diagnóstico, protocolo de tratamento e evolução dos casos. Durante o período analisado foram atendidos 200 asininos e 58 muares. Os sistemas afetados foram os seguintes em ordem de frequência: tegumentar, 88 casos; musculoesquelético, 78; digestivo, 36; nervoso, 23; reprodutor, 15; e respiratório, 6. Oito animais foram atendidos para avaliação pré-cirúrgica e encaminhados para orquiectomia; três animais tiveram diagnóstico inconclusivo e um animal sofreu acidente por picada de abelha. As principais enfermidades diagnosticadas nos asininos foram feridas traumáticas (33/200), fraturas (27/200) e cólica (14/200). Para os muares os principais diagnósticos foram cólica (8/58) e feridas traumáticas (6/58). Em ambas as espécies as fraturas foram a principal causa para realização de eutanásia (22/200 asininos e 3/58 muares). Conclui-se que a maioria das doenças diagnosticadas estão associadas com maus tratos ou falta de atenção com os animais e devem ser prevenidas mediante campanhas de conscientização e educação dos proprietários e tratadores, esclarecendo sobre a importância das melhorias do manejo e do bem-estar dos animais.

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Resumo A infecção de sítio cirúrgico (ISC) tem sido apontada como a terceira causa mais comum de infecção nosocomial. Este estudo objetivou determinar o perfil epidemiológico da ISC e sua associação aos fatores de risco descritos. Trata-se de um estudo transversal, realizado no Hospital São João Batista de Viçosa-MG e na Clínica Cirúrgica de Cães e Gatos do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa-MG, no período de setembro de 2012 a fevereiro de 2013. As taxas globais de ISC foram de 0,7% no hospital humano e 3,46% no veterinário. No hospital veterinário, a taxa de ISC não mostrou relação com o potencial de contaminação, apresentando a maior taxa nos procedimentos classificados como limpos. Quanto ao tipo de cirurgia, as ortopédicas são as mais comuns em ambos os hospitais e também as que apresentam maior taxa de ISC. Cirurgias com duração maior que 120 minutos corresponderam a 15,25% do total de procedimentos no hospital humano e são ainda menos comuns no veterinário, com 1,26%. A taxa de ISC não parece estar relacionada à duração da cirurgia nesta estratificação. As bactérias isoladas das feridas cirúrgicas foram multirresistentes e os dados levantados indicam que não houve critério quanto ao emprego da antibioticoprofilaxia, principalmente nas cirurgias limpas. Este cenário mostra que é de extrema relevância a atuação de uma comissão de controle de infecção hospitalar, a fim de garantir obtenção de dados fidedignos, para que se possa avaliar a qualidade do serviço prestado e assim promover a redução dos riscos de complicações pós- operatórias.