1000 resultados para Crianças abandonadas - Legislação
Resumo:
Tendo em considerao a importncia da identificao das necessidades das famlias para organizar os recursos e os apoios no mbito da interveno centrada na famlia (Dunst, Trivette & Deal, 1994), o presente estudo tem como objetivos identificar e diferenciar as necessidades e prioridades das famlias de crianças com PEA apoiadas pela Interveno Precoce. A amostra era constituda por 123 casais e respetivos filhos (116 do gnero masculino e 17 do gnero feminino) com PEA, PRC ou Sndrome de Asperger, e idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos. As famlias eram oriundas de quatro zonas diferentes de Portugal. Foi utilizado o Inventrio sobre as Necessidades e Prioridades da Famlia, a partir do qual nos foi possvel verificar que existem diferenas entre as necessidades das famlias quanto s necessidades referentes criana e quanto s referentes aos recursos existentes na comunidade. Tambm foram encontradas diferenas quando se compararam os pais e as mes, com estas a manifestarem maiores necessidades, e quando se compararam idades dos pais, com os mais novos a manifestarem maiores dificuldades. No que se refere comparao entre nveis socioeconmicos e entre regies geogrficas de residncia, os resultados no so to conclusivos. O inventrio parece, assim, ser adequado para identificar as necessidades e prioridades das famlias de crianças com PEA, facilitando a organizao dos recursos e dos apoios.
Resumo:
Tipo de Estudo: Reviso. Temtica: Efeito do exerccio na biomecnica da locomoo de crianças e adolescentes com paralisia cerebral que apresentam marcha em agachamento (designada como crouch gait). Objetivos: 1) verificar e analisar as metodologias de programas de treino de fora que, combinados ou no com outros programas de treino, exerccios ou intervenes, visam melhorar o padro da marcha e a funcionalidade destes indivduos; 2) tendo por base os resultados do primeiro objetivo, compilar uma bateria de exerccios e propr um exemplo de plano de treino adequado a esta populao. Mtodos: Usou-se o PICOS para a definio de uma estratgia de busca segura e confivel. A PubMed, Cochrane e Web of Knowledge", foram as bases de dados selecionadas e utilizadas. A pesquisa aconteceu na Faculdade de Motricidade Humana e no Hospital de Santa Maria em Lisboa. A seleo final dos artigos decorreu no ms de Janeiro, durante uma semana, e foi realizada e rastreada por dois investigadores de forma diferente. Incluram-se nesta reviso estudos randomizados e controlados, com crianças e adolescentes com paralisia cerebral e que apresentam crouch gait, e nos quais foram utilizados protocolos de exerccio como mtodo de interveno nesta populao, tendo em vista a melhoria do padro de marcha. Resultados: Da pesquisa inicial resultaram 223 estudos. Com a leitura dos resumos, selecionaram-se 96. Excluram-se 85 porque apenas 11 cumpriram com todos os critrios de eligibilidade. Foi avaliada a qualidade metodolgica destes 11 estudos com a escala PEDro e excluram-se 3, resultando em 8 artigos como potenciais estudos para a reviso. Discusso: Um melhor alinhamento biomecnico e a obteno de uma base mais estvel podem afetar positivamente a funo da marcha nestas crianças. O treino da fora, sozinho, nem sempre melhora a capacidade da marcha. A melhoria da marcha advm dos efeitos e resultados significativos da fora muscular, da amplitude de movimento articular, da diminuio da espasticidade, da regulao do tnus e da melhoria do equilbrio e da postura. Concluso: O treino da fora no uma contra indicao para estes indivduos. Este oferece efeitos benficos para a melhoria das suas funcionalidades. Para um efeito significativo, a interveno deve ser superior a seis (6) semanas.
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OBJETIVO: Estabelecer a prevalncia de hipertenso arterial sistmica (HAS), do "risco de sobrepeso", sobrepeso, sedentarismo e tabagismo em crianças e adolescentes, de 7 a 17 anos, de ambos os sexos, da rede pblica e privada de ensino de Macei, AL. MTODOS: Estudo epidemiolgico transversal. Amostragem por conglomerados em escolas de nvel fundamental e mdio. Clculo da amostra baseado na menor prevalncia esperada das variveis estudadas. Protocolo de avaliao: questionrio estruturado, antropometria e medidas da presso arterial. Anlise de associao das variveis realizada pelo mtodo do qui-quadrado. RESULTADOS: Em 2001 foram avaliados 1253 estudantes (547 do sexo masculino, mdia de idade 12,42,9 anos), demonstrando-se que 1172 no praticavam atividade fsica de moderada a intensa; "risco de sobrepeso" e sobrepeso presentes em 116 e 56 indivduos, respectivamente; presso arterial no percentil > de 95 identificada em 97 estudantes e apenas 30 admitiram fumar regularmente. Observou-se associao significante do "risco sobrepeso" e do sobrepeso com estudantes de escolas particulares (*p=0,0001) e do sedentarismo com o sexo feminino (*p=0,0001). CONCLUSO: A prevalncia de sedentarismo, "risco de sobrepeso", sobrepeso, hipertenso arterial sistmica e tabagismo na populao estudada foi de 93,5%; 9,3%; 4,5%; 7,7% e 2,4%, respectivamente.
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OBJETIVO: Reviso da experincia com diversas tcnicas de correo empregadas, nos ltimos 20 anos, em crianças menores de um ano de idade. MTODOS: No perodo de 1978 a 1998, foram operados 148 pacientes (pc) consecutivos com coartao de aorta (CoAo) com at um ano de idade, com ou sem defeitos intracardacos associados. A idade apresentou mediana de 50 dias, 92 pc do sexo feminino (62,1%). O peso foi de 4.367±1.897 gramas. O seguimento foi em mdia de 1.152±1.462 dias. A populao foi dividida em 3 grupos: Grupo I, CoAo isolada: 74 pc (50%); Grupo II, CoAo e comunicao interventricular (CIV): 41 pacientes (27,7%) e Grupo III, CoAo com malformaes complexas: 33 pc (22,3%). RESULTADOS: Mortalidade total foi 43 pc (29%): com menos de 30 dias, foi 53%, p=0,009, OR=4,5, entre 31 e 90 dias, foi 14,7%, p=0,69, e acima de 91 dias, 15%, p=0,004. A probabilidade de sobrevida atuarial de toda a populao foi de 67% aos 5 e 10 anos. Trinta e seis pacientes (24,3%) recoartaram, dos quais 18 pacientes (50%) tinham menos de 30 dias, OR=6,35. A incidncia de recoartao foi com a tcnica de Waldhausen em 4 pacientes (10%) e com a trmino-terminal clssica em 19 pacientes (26%) p=0.03, e a istmoplastia em 6 pacientes (37,5%). A probabilidade de sobrevida atuarial livre de recoartao aos 5 e 10 anos foi de 69% com a tcnica de Waldhausen e 63% com a tcnica trmino-terminal clssica. CONCLUSO: Pacientes com menos de 30 dias apresentaram risco aumentado de mortalidade e recoartao. A tcnica de Waldhausen em pacientes com mais de 30 dias mostrou-se efetiva. A tcnica trmino-terminal clssica mostrou no ser uma boa opo em todas as faixas etrias, sendo imperativo executar variantes tcnicas como trmino-terminal estendida.
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OBJETIVO: Determinar a distribuio dos lipdeos sricos em crianças e adolescentes de Florianpolis, SC. Determinar a associao entre colesterol no-desejvel (>170 mg/dL) e outros fatores de risco para aterosclerose. MTODOS: Amostra aleatria estratificada (por idade e tipo de escola) de alunos da rede escolar de Florianpolis. Dados sobre fatores de risco, antropometria, presso arterial e concentrao srica de lpides foram coletados. RESULTADOS: Participaram 1.053 indivduos com idade entre 7 e 18 anos. A concentrao srica do colesterol (mdia±DP) foi 162±28 mg/dL; dos triglicerdeos 93±47 mg/dL; do HDL-colesterol 53±10 mg/dL; do LDL-colesterol 92±24 mg/dL e do colesterol no-HDL 109± 26 mg/dL. As mdias das relaes CT/HDL e LDL/HDL foram, respectivamente, 3,1±0,6 e 1,8±0,5. Os lpides foram mais elevados nas crianças de escola privada, nos menores de 10 anos, no sexo feminino e nos de cor negra. O modelo de regresso logstica que melhor previu os nveis de colesterol anormal inclua: obesidade, histria familiar de acidente vascular cerebral ou infarto do miocrdio, sexo feminino, idade inferior a 10 anos e a imagem corporal definida pelo mdico como sobrepeso/obesidade. CONCLUSO: As concentraes de lipdeos em crianças e adolescentes mostraram valores intermedirios quando comparados a estudos semelhantes. Uma grande parcela dos indivduos apresenta nveis de colesterol srico classificados como no-desejveis para idade. Pela significncia da associao do colesterol com o excesso de peso, o controle deste fator na infncia deve ser tomado como prioridade nos programas de preveno primordial com o objetivo de reduzir a incidncia das doenas relacionadas aterosclerose na idade adulta.
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OBJETIVO: Determinao da freqncia das alteraes cardacas e sua evoluo nas crianças expostas ao HIV-1 por via perinatal. MTODOS: Realizada avaliao seqencial clnico-cardiolgica, eletrocardiogrfica e ecocardiogrfica Doppler em 84 crianças expostas ao HIV-1. RESULTADOS: Grupo I (sororreverso) 43 crianças (51,2%). Ausncia de alteraes clnicas. ECG: distrbio de conduo de ramo direito 5 casos. ECO: CIA (1 caso) e CIV (1 caso). Grupo II 41 infectados (48,8%) com 51,2% de alteraes cardiolgicas. Crianças assintomticas ou com sintomas leves, sem imunossupresso: alteraes clnico-ecocardiogrficas ausentes; ECG: distrbio de conduo de ramo direito (2 casos). Crianças com comprometimento clnico-imunolgico moderado e severo: Alteraes encontradas: 1) Clnicas (31,7%): taquicardia isolada (1 caso), ICC (12 casos). 2) Eletrocardiogrficas (43,9%): taquicardia sinusal associada a outras alteraes (10 casos), distrbio de conduo de ramo direito (5 casos), BDAS (1 caso), HBAD (1 caso), alteraes da repolarizao ventricular (11 casos), SVD (2 casos), SVE (1 caso), desvio do AQRS para direita (1 caso), arritmias (3 casos). 3) Ecocardiogrficas (26,8%): miocardiopatia dilatada (5 casos), derrame pericrdico com tamponamento (2 casos), hipertenso pulmonar (2 casos) e prolapso da valva mitral (1 caso). CONCLUSO: O envolvimento cardaco foi uma caracterstica do grupo infectado. Houve maior prevalncia de alteraes nas crianças pertencentes categoria clnico-imunolgica mais avanada. Os achados clnicos, eletrocardiogrficos e ecocardiogrficos mais freqentes foram, respectivamente, ICC, alteraes da repolarizao ventricular e miocardiopatia dilatada. Esta foi reversvel em um caso. As alteraes eletrocardiogrficas foram significantemente mais freqentes que as clnicas e ecocardiogrficas.
Avaliao clnico-cardiolgica e ecocardiogrfica, seqencial, em crianças portadoras da sndrome de Marfan
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OBJETIVO: Descrever a apresentao clnica cardiolgica e a evoluo temporal, estimar a incidncia de ectasia nulo-artica e de prolapso da valva mitral, e avaliar a tolerncia e a efetividade dos betabloqueadores em crianças com sndrome de Marfan. MTODOS: Foram submetidas a exame clnico e ecocardiogrfico seriado, durante um ano, 21 crianças com sndrome de Marfan. No ecocardiograma foram analisados: presena de prolapso mitral, dimetro da raiz artica, refluxos das valvas mitral e artica, e o crescimento dos dimetros articos na vigncia de betabloqueadores. Em 11 pacientes foi possvel obter duas medidas da raiz artica no intervalo de um ano. RESULTADOS: Durante o estudo as crianças no apresentaram sintomas. Prolapso mitral foi encontrado em 11 (52%) crianças. Ectasia nulo-artica ocorreu em 16 (76%) pacientes, sendo de grau discreto em 42,8%, moderado em 9,5%, e importante em 23,8%. Um desses pacientes foi submetido com sucesso cirurgia de Bentall DeBono. Com o uso de betabloqueador a freqncia cardaca diminuiu 13,6% (de 85 para 73 bpm; p < 0,009), mas houve um crescimento da raiz artica de 1,4 mm/ano (p < 0,02). Uma criana no pde receber betabloqueador em razo de asma brnquica, e no foram observados efeitos colaterais significativos nas outras crianças, incluindo uma com asma brnquica. CONCLUSO: Os resultados obtidos sugerem que, no perodo observado, as crianças permaneceram assintomticas, o uso de betabloqueadores diminuiu significativamente a freqncia cardaca e no se acompanhou de efeitos adversos significativos. Ao contrrio da literatura, a incidncia de ectasia nulo-artica foi elevada e maior do que a de prolapso valvar mitral, tendo crescimento mesmo na vigncia de uso eficaz de betabloqueador.
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OBJETIVO: Avaliar crianças com insuficincia mitral reumtica (IMR) submetidas a cirurgia reconstrutora na valva mitral com implante do anel de Gregori (CRVM), de 1987 a 2003. MTODOS: Quarenta e trs crianças com IMR, submetidas a CRVM, com idades variando de cinco a doze anos, mdia de 9,7 ± 2,2 anos, sendo 25 (58,1%) pacientes do sexo feminino. Os pacientes foram avaliados mediante parmetros clnicos: classe funcional de insuficincia cardaca, ausculta cardaca, eletrocardiograma, radiografia de trax e parmetros ecocardiogrficos. RESULTADOS: Quarenta e trs pacientes foram avaliados no properatrio e, no ps, 31, em virtude de seis bitos e seis trocas valvares. O seguimento foi de 100%. A classe funcional da insuficincia cardaca, sopro sistlico mitral, rea cardaca pela radiografia de trax, sobrecarga ventricular esquerda no eletrocardiograma e o grau de insuficincia mitral pelo ecocardiograma diminuram significativamente. Aps 188 meses a taxa de sobrevida foi de 82% e a de mortalidade anual de 0,38%. Estavam livres de reoperao 31 (72,6%) pacientes, e a taxa de reoperao anual foi de 0,51%. CONCLUSO: A CRVM apresenta resultados eficazes no tratamento da IMR em crianças, com melhora significativa na classe funcional, sopro sistlico mitral e grau de insuficincia mitral pelo ecocardiograma.
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OBJETIVO: Comparar os exames clnico e ecocardiogrfico Doppler na avaliao das leses valvares em crianças e adolescentes com febre reumtica, bem como investigar a evoluo da doena segundo essas avaliaes. MTODOS: Trata-se de estudo observacional longitudinal que englobou 258 crianças e adolescentes com diagnstico de febre reumtica, baseado nos critrios de Jones. Os pacientes foram acompanhados durante o perodo de 2 a 15 anos. A presena e a quantificao das leses valvares nas fases aguda e crnica foram determinadas pelas avaliaes clnica e ecocardiogrfica Doppler. Utilizou-se a estatstica de Kappa para estimar a concordncia entre as avaliaes, e as evolues clnica e ecocardiogrfica Doppler da cardite e valvite, respectivamente, foram comparadas pelo teste do qui-quadrado ou de Fisher, p < 0,05. RESULTADOS: Dos 109 pacientes submetidos avaliao ecocardiogrfica Doppler na fase aguda, 31 no apresentavam clnica de cardite, mas 17 (54,8%) deles mostravam leso valvar ao ecocardiograma Doppler (valvite subclnica). Na fase crnica, 153 dos 258 tinham exame cardiovascular normal, mas 85 (55,5%) desses mostravam leso valvar ao ecocardiograma Doppler (valvopatia crnica subclnica). A involuo das leses valvares segundo a avaliao ecocardiogrfica Doppler foi menos freqente, ocorrendo em 10 (25,0%) dos pacientes com valvite leve e em apenas 1 (2,5%) daqueles com valvite moderada, e em nenhum com valvite grave. CONCLUSO: A identificao de leses valvares na febre reumtica maior se a avaliao clnica for acrescida do exame ecocardiogrfico Doppler, que tambm mostra menor ndice de regresso das leses valvares. O diagnstico de valvite e valvopatia subclnicas tem implicao quanto s profilaxias secundria da febre reumtica e da endocardite.
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OBJETIVO: Examinar a associao de sobrepeso e obesidade com perfis de atividade fsica, presso arterial (PA) e lpides sricos. MTODOS: Inqurito epidemiolgico com 1.450 estudantes - seis a dezoito anos, em Belo Horizonte-MG. Dados: peso, altura, PA, espessura de pregas cutneas, circunferncia das cinturas, atividade fsica, colesterol total (CT), LDL-c, HDL-c, e hbitos alimentares. RESULTADOS:Prevalncias de sobrepeso e obesidade foram 8,4% e 3,1%. Em relao aos estudantes situados no quartil inferior (Q1) da distribuio da prega subescapular, os estudantes do quartil superior (Q4) apresentaram um risco (odds ratio) 3,7 vezes maior de ter um CT aumentado. Os estudantes com sobrepeso e obesos tiveram 3,6 vezes mais risco de apresentar PA sistlica aumentada, e 2,7 vezes para PA diastlica aumentada, em relao aos estudantes com peso normal. Os estudantes menos ativos, no Q1 da distribuio de MET, apresentaram 3,8 vezes mais riscos de terem CT aumentado comparados com os mais ativos (Q4). CONCLUSO: Estudantes com sobrepeso ou obesos ou nos quartis superiores para outras variveis de adiposidade, assim como os estudantes com baixos nveis de atividade fsica ou sedentrios apresentaram nveis mais elevados de PA e perfil lipdico de risco aumentado para o desenvolvimento de aterosclerose.
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OBJETIVO: Avaliar os valores de medidas ecocardiogrficas em crianças eutrficas sem cardiopatia, relacionando-os com a superfcie corporal (SC, m), e construir curvas de percentis que relacionem as variveis ecocardiogrficas estudadas com a SC. MTODOS: Foram analisadas medidas ecocardiogrficas unidimensionais de crianças entre 1 e 144 meses de idade. Avaliaram-se: dimetros diastlicos dos ventrculos direito (VDd, mm) e esquerdo (VEd, mm), sistlico do VE (VEs, mm), da via de sada do VD (VSVD, mm), da aorta (DAo, mm) e do trio esquerdo (DAE, mm); frao de ejeo do VE (FEVE, %); porcentagem da variao do dimetro ventricular esquerdo (deltaVE, %); espessura diastlica do septo interventricular (ESIV, mm) e da parede posterior do VE (EPPVE, mm); massa (MVE, g) e ndice de massa muscular do VE (IMVE, g/m). RESULTADOS: Ao final do estudo, 595 crianças (326 do sexo masculino) foram avaliadas. Os valores das medidas ecocardiogrficas apresentaram boa correlao com a SC e possibilitaram a construo de curvas de percentis (3%, 25%, 50%, 75% e 97%). Diferenas estatisticamente significantes, entre os sexos, foram evidenciadas para as variveis VEs, VEd, VSVD, DAo, MVE e IMVE, sendo os maiores valores observados em crianças do sexo masculino. CONCLUSO: As curvas de percentis dos valores obtidas podem ser utilizadas como referncia para a avaliao de crianças com suspeita de cardiopatia ou para o acompanhamento daquelas j diagnosticadas como cardiopatas ou em tratamento com agentes potencialmente cardiotxicos.
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OBJETIVO: Descrever a prevalncia de dislipidemia e sobrepeso entre crianças e adolescentes no Estado de Pernambuco, Brasil. MTODOS: Durante a avaliao clnica, um questionrio foi respondio por meio de entrevista com os pais, incluindo dados pessoais de cada criana e adolescente. Os critrios de excluso foram histria pessoal ou familiar de diabetes ou doena arterial coronariana (DAC). Amostras de sangue foram coletadas aps jejum de 12 horas, e as seguintes avaliaes foram realizadas por mtodos enzimticos: nveis sricos de colesterol total, colesterol LDL, colesterol HDL e triglicerdeos. Os dados foram analisados com o programa estatstico SPSS 11.5 que inclui o test-t de Student e o teste exato de Fisher. RESULTADOS: Das 414 crianças e adolescentes analisados no presente estudo, cerca de 30% apresentaram um perfil lipdico aterognico, caracterizado por altos nveis de triglicerdeo, colesterol total e colesterol LDL. A prevalncia de sobrepeso nesta amostra de Pernambuco foi 4%. As meninas apresentaram nveis de triglicerdeo e colesterol total mais elevados do que os meninos. Crianças e adolescentes apresentaram os mesmos valores de lipdios no sangue, o que no esperado para crianças nessa fase do desenvolvimento. CONCLUSO: Na presente populao, um prefil lipdico desfavorvel sugere que programas objetivando a preveno de doenas cardiovasculares e obesidade devem comear precocemente.
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OBJETIVO: Avaliar o comportamento da funo sistlica do ventrculo esquerdo (VE) pela ecocardiografia em pacientes com osteossarcoma tratados com doxorrubicina com e sem dexrazoxane. MTODOS: Foram estudados 55 pacientes com osteossarcoma com ou sem metstase submetidos quimioterapia (QT) com seis ciclos de doxorrubicina, divididos em dois grupos, conforme o uso de dexrazoxane. Grupo I: 37 pacientes, os quais receberam dexrazoxane (28 do sexo masculino, com mdia de idade de 15,4 anos). Grupo II: 18 pacientes, que no receberam dexrazoxane (15 do sexo masculino, com mdia de idade de 15,1 anos). Foram realizadas quatro avaliaes ecocardiogrficas: 1) antes do incio da QT (avaliao inicial); 2) at duas semanas aps o terceiro ciclo; 3) at duas semanas aps o quinto ciclo e 4) at quatro semanas aps o sexto ciclo da QT (avaliao final). A funo sistlica do VE foi avaliada pela porcentagem de encurtamento (PE) com o ecocardiograma. Alterao da funo contrtil ou toxicidade miocrdica foi definida com valores de PE iguais ou inferiores a 29% e/ou diminuio da PE, em valor absoluto, igual ou superior a 10 unidades do valor inicial de cada paciente. RESULTADOS: No houve diferena significativa entre os grupos quanto idade, sexo e raa. A dose cumulativa de doxorrubicina foi significantemente maior no grupo II em todas as fases do tratamento: 174 x 203 mg/m; 292 x 338 mg/m e 345 x 405 mg/ (p < 0,0001). A ocorrncia de disfuno sistlica do VE, de acordo com os critrios previamente definidos, foi de sete indivduos no grupo I (18,92%) e de dois no grupo II (11,1%), diferena no significativa (p=0,248). A anlise de varincia com medidas repetidas no mostrou diferena significativa nas mdias da PE ao longo do perodo de estudo (p=0,967). Entretanto foi encontrada diferena significativa (p=0,029) entre as mdias da PE dos grupos I e II nas avaliaes 2 (35,67 x 37,21%), 3 (34,95 x 38,47%) e 4 (35,26 x 38,22%). CONCLUSO: Os dados do presente estudo indicam que, nos pacientes com osteossarcoma ltratados com doxorrubicina com e sem dexrazoxane, a funo sistlica do VE, avaliada pela mdia da porcentagem de encurtamento, apresentou melhor desempenho no grupo que recebeu a administrao de dexrazoxane. A ocorrncia de disfuno sistlica, porm, foi semelhante entre os dois grupos de pacientes.