993 resultados para Animal experimental use
Resumo:
Amostras das folhas frescas, murchas e dessecadas de Manihot glaziovii Muell. Arg. foram administradas manualmente por via oral a caprinos da raça Moxotó, em dosagens únicas de até 12g/kg de peso do animal. O teste do papel picrosódico foi realizado para determinar a presença do ácido cianídrico nas amostras de planta. A colheita da planta foi realizada no período de janeiro a junho de 2004. Os animais que apresentaram sinais clínicos foram tratados após apresentarem queda e permanência em decúbito lateral, com uma solução aquosa de tiossulfato de sódio a 20% na dose de 50ml/100kg por via endovenosa. O presente trabalho foi dividido em três experimentos. No Experimento 1, a planta recém colhida foi fornecida a 6 caprinos, sendo que 4 receberam a planta não triturada e 2 a planta triturada. A planta foi triturada em uma forrageira, sem peneira. No Experimento 2, a planta não triturada permaneceu na sombra, em local ventilado, acondicionada fora e dentro de saco plástico, os quais eram trocados todos os dias. A planta armazenada dentro de sacos plásticos foi administrada a 18 caprinos, nos períodos de 4, 8, 12, 16, 20, 24, 48, 72, 96 e 120 horas após a colheita e a armazenada fora de saco plástico foi administrada a 13 caprinos, nos períodos de 4, 24, 48, 72 horas e 9, 10, 23 e 30 dias após a colheita. No Experimento 3, a planta triturada e conservada dentro e fora de saco plástico foi administrada em diferentes períodos após a colheita (4, 8, 12, 16, 20, 24, 48, 72 e 96 horas). Foram utilizados 33 animais (Exp. 3), 17 para a planta conservada dentro do saco plástico e 16 animais para a planta conservada fora do saco plástico. Nos Experimentos 2 e 3 foram utilizados um ou dois caprinos por cada período de administração. Foram utilizados 40 caprinos como controle, nos quais foram avaliadas a temperatura e as freqüências cardíaca e respiratória. No Experimento 1, as amostras da planta triturada e não triturada apresentaram toxicidade semelhante. No Experimento 2, a planta conservada fora de saco plástico manteve a toxicidade durante todo o experimento (30 dias), enquanto que a conservada dentro de saco plástico manteve a toxicidade por até 96 horas após a colheita. No Experimento 3, a planta triturada conservada dentro e fora de saco plástico manteve a toxicidade por até 72 horas após a colheita. Em todos os experimentos, os caprinos apresentaram sinais clínicos de intoxicação cianídrica. Todos os animais intoxicados se recuperaram clinicamente imediatamente após o tratamento. Conclui-se que para a alimentação de caprinos com Manihot glaziovii a planta deve ser triturada imediatamente após a colheita e conservada fora de sacos plásticos e só deve ser administrada após 96 horas. O feno deve ser produzido após a moagem da planta e administrado também somente após 96 horas.
Resumo:
The interest to develop research on the host-parasite relationship in bovine tritrichomonosis has accomplished the use of experimental models alternative to cattle. The BALB/c mouse became the most appropriate species susceptible to vaginal Tritrichomonas foetus infection requiring previous estrogenization. For the need of an experimental model without persistent estrogenization and with normal estrous cycles, the establishment and persistence of vaginal infection on BALB/c mouse with different concentrations of T. foetus in two experimental groups was evaluated. Group A was treated with 5mg of b-estradiol 3-benzoate to synchronize the estrous, 48 hours before the T. foetus vaginal inoculation, and Group B was inoculated in natural estrus. At 5-7 days after treatment, estrogenic effect decreased allowing all animals to cycle regularly during the experiment. From the first week post-infection, samples of vaginal mucus were taken from all animals during 34 weeks, in order to evaluate the course of infection and the stage of the estrus cycle. Group A showed 93.6% of infected animals, and Group B showed 38%. Different doses of T. foetus were assayed to establish the vaginal infection, with a persistence of 34 weeks. Although different behavior was observed in each subgroup belonging to either Group A or Group B, there were no significant differences among the infecting doses used. The b-estradiol 3-benzoate treatment had a favorable effect on the establishment of the infection (P<0.0001), but it did not influence its persistence (P=0.1097). According to the results, an experimental mouse model is presented, appropriate for further studies on mechanisms of pathogenicity, immune response, protective evaluation of immunogen and therapeutic effect of drugs.
Resumo:
Através de experimentos por via oral, verificou-se que o búfalo é tão sensível quanto o bovino à intoxicação por Ipomoea asarifolia R. et Schult., planta responsável por ocasionais surtos de intoxicação em bovinos, ovinos e caprinos. Uma a quatro doses diárias de 10-20g/kg provocaram o aparecimento de sintomas acentuados e bastante semelhantes em ambas as espécies, consistindo principalmente em incoordenação, tremores musculares e balanço da cabeça, inclusive da parte anterior do corpo (movimento pendular). Em búfalos, os sintomas de incoordenação eram um pouco menos acentuados, com tendência de os animais permanecerem em decúbito esternal. Embora não haja nenhum relato de intoxicação natural por I. asarifolia em búfalos, é possível que casos de intoxicação nessa espécie estejam passando despercebidos.
Resumo:
Frutos maduros, triturados, de Melia azedarach foram administrados misturados à ração a 8 suínos em doses únicas de 5-20g/kg. Diarréia passageira foi o único sinal nos 2 suínos que consumiram 5g/kg. Os sinais clínicos observados nos animais que ingeriram doses únicas de 10, 15 e 20g/kg caracterizaram-se por incoordenação, tremores musculares, dificuldade para manter-se de pé, relutância para levantar-se, decúbito esternal e hipotermia. Os 2 suínos que ingeriram 20g/kg morreram. Macroscopicamente observou-se congestão do intestino delgado e da mucosa do estômago. As alterações histológicas caracterizaram-se por discreta a moderada necrose do tecido linfático, necrose dos músculos esqueléticos, congestão e necrose da mucosa gástrica e do intestino delgado e alterações degenerativas moderadas no fígado e rim. Os níveis séricos de AST e CPK aumentaram após a ingestão do tóxico. Observaram-se valores altos de CPK nos animais que morreram, evidenciando a mionecrose. Os resultados obtidos demonstram que, para suínos, a ingestão de altas doses de frutos de Melia azedarach induz ao aparecimento de sinais clínicos da intoxicação e causa lesões em diversos órgãos, inclusive a morte.
Resumo:
O presente estudo teve por objetivo avaliar as alterações clínicas, hematológicas e patológicas em ovinos infectados experimentalmente com Trypanosoma vivax, utilizando-se um isolado proveniente de bovinos infectados naturalmente no município de Catolé do Rocha, Paraíba. Quatro ovinos da raça Santa Inês foram infectados por via intravenosa com 1ml de sangue contendo 1,85x10(5) tripomastigotas de T. vivax e outros quatro ovinos foram destinados ao grupo controle. A parasitemia e a temperatura foram determinadas diariamente durante 30 dias após a infecção (dpi) e quinzenalmente dos 31 aos 90 dias. A cada 15 dias os animais foram pesados e realizados coletas de sangue para hemograma. Um ovino morreu aos 75 dpi, os demais animais do grupo infectado e do grupo controle foram sacrificados 90 dias após o início do experimento. T. vivax foi evidenciado a partir do 4º dpi em todos os ovinos infectados. A parasitemia foi constante até os 15 dias e irregular entre os 16 e 30 dias. Após o 30º dia não foram observados parasitas no sangue. Foi observada correlação linear positiva entre temperatura retal e parasitemia [Y=0,027x + 38,515; R²=0,9444 (P<0,05)]. Diferença significativa do peso entre os grupos infectado e controle foi verificada a partir do 30º ao 90º dpi. Do 30º ao 90º os animais apresentaram anemia e leucopenia. As lesões macroscópicas encontradas na necropsia foram palidez da carcaça, aumento generalizado dos linfonodos e do baço, e discreta quantidade de líquido nas cavidades peritoneal e pericárdica. Histologicamente, em todos os animais infectados foi observada miocardite multifocal mononuclear. Concluiu-se que o isolado é patogênico para ovinos. Sugere-se que a região semi-árida onde ocorreu o surto, não é endêmica para a tripanossomíase e a doença pode ocorrer se o parasita for introduzido na presença de vetores.
Resumo:
The serological response to an experimental vaccine against Clostridium perfringens type D enterotoxemia was evaluated in four groups of goats. Group 1 received colostrum from unvaccinated cows and no vaccine. Groups 2, 3 and 4 received colostrum from vaccinated cows. In addition, Groups 3 and 4 received a vaccine dose at 80 days of age, and Group 4 received a second vaccine dose at 120 days of age. Serum antibody levels were determined by ELISA in cows before and after calving, and in goats at 3, 80, 120 and 160 days of age. No significant difference in serum antibody levels was observed between vaccinated and unvaccinated cows, or between the four groups of goats evaluated at 3 days of life. Groups 3 and 4 presented mean antibody titers of 0.6 and 1.1 IU/ml, respectively, 40 days after first vaccination. The vaccine response of Group 4 was 1.8 IU/ml 40 days after the booster dose and was higher than that observed for Group 3 (0.2 IU/ml). Thus, in the proposed regimen the use of heterologous colostrum did not induce passive immunization in goat kids. However, first vaccination and a booster dose after 40 days triggered satisfactory antibody levels.
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Sementes moídas de Crotalaria mucronata Desv. (=Crotalaria striata DC., Crotalaria pallida Ait., Crotalaria saltiana), com nomes populares de "xique-xique" ou "guizo-de-cascavel", foram administradas por via oral a 9 bovinos. As doses diárias de 1g/kg, 2g/kg, 3g/kg cada uma a um bovino, e 5g/kg em dois de três bovinos, dadas durante 61 a 63 dias, não causaram intoxicação. A dose de 5g/kg em um bovino, 7,5g/kg em dois bovinos e 10g/kg em um bovino, dadas durante 47-61 dias, causaram sintomas entre 47 e 80 dias após o início da administração e a morte entre 3 horas e 5 dias após o início dos sintomas. Os principais sintomas foram pulso venoso positivo da veia jugular, respiração abdominal, taquicardia, inapetência, fezes ressequidas, edema sub-mandibular e fraqueza. Os achados de necropsia foram palidez pulmonar, hidropericárdio, hidrotórax, hidroperitôneo, edema de mesentério, aumento da consistência hepática, alterações de cor do fígado, dilatação de ventrículo cardíaco direito e edema da parede ruminal. As principais alterações histológicas concentraram-se nos pulmões, sob forma de espessamento das paredes alveolares e da parede das arteríolas com diminuição da luz e fibrose periarteriolar; havia também lesões hepáticas e cardíacas de menor importância. Pode-se concluir que as principais lesões causadas pela ingestão das sementes de C. mucronata durante períodos prolongados, devem-se à dificuldade de passagem do sangue pelos vasos pulmonares em função da hipertensão arterial decorrente de fibrose e espessamento arteriolar determinada pela ação pneumotóxica da planta.
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Sinais clínicos e lesões característicos de intoxicação por monensina foram induzidos em búfalos dosados (1 dia) com 15, 10, 7,5 e 5mg/kg de monensina. Apenas os búfalos dosados com 2,5 (1 dia) e 1 mg/kg (7 dias) de monensina não morreram. Os sinais clínicos iniciaram cerca de 6 h após dosagem com monensina e incluíram apatia, anorexia, diarréia, sialorréia, fraqueza muscular, taquicardia, dificuldade locomotora, dispnéia, distensão da jugular, decúbito e morte. As dosagens de creatinina quinase (CK) dos búfalos aumentaram acentuadamente após dosagem com monensina. As alterações macroscópicas foram ascite, hidrotórax, hidropericárdio, cardiomegalia, hepatomegalia e áreas pálidas focais no miocárdio e nos músculos esqueléticos. Degeneração e necrose de miofibras foram os principais achados histopatológicos. Por outro lado, nenhuma evidência de doença, nem mesmo alteração nos níveis de CK, foram observados nos bovinos dosados com as mesmas dosagens de monensina, confirmando observações preliminares que esses animais são mais resistentes à monensina que os búfalos.
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Foi avaliada a eficiência do fixador esquelético externo Tipo II para o tratamento de fratura de tibiotarso em oito galinhas adultas da raça Plymouth Rock Branca. As aves foram pré-medicadas com sulfato de morfina e anestesiadas com halotano. Em seguida, foi realizada osteotomia na diáfise do tibiotarso esquerdo, por meio de serra oscilatória. Quatro pinos de Kirschner foram inseridos através das corticais ósseas, dois proximalmente e dois distalmente ao foco da fratura. Após a redução desta, as extremidades dos dois pinos proximais e distais foram torcidas em direção distal ou proximal, respectivamente, sendo os pinos conectados externamente por meio de duas barras de acrílico autopolimerizável, nas faces lateral e medial externa do membro. O retorno da plena capacidade de utilização do membro foi observado em 20,00±7,09 dias, e a cicatrização óssea, avaliada por exame radiográfico, ocorreu em 35,12±8,72 dias. Os resultados do experimento demonstraram que redução aberta e aplicação de fixador esquelético externo Tipo II é método efetivo para o tratamento de fraturas de tibiotarso em galinhas da raça Plymouth Rock Branca.
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As partes aéreas dessecadas de Senecio brasiliensis (Spreng.) colhidas em estágio de brotação foram administradas a 14 eqüinos de raça mista, com idades de 4-22 anos e pesos de 230-475 kg. Um eqüino de 15 anos, que não recebeu a planta, serviu de controle. Pequenas quantidades da planta eram misturadas à ração oferecida aos eqüinos; quantidades maiores eram moídas, misturadas em água e administradas por sonda nasogástrica. Biópsias hepáticas foram periodicamente realizadas em 11 eqüinos. Nove eqüinos morreram com sinais ou lesões da intoxicação após receberem quantidades da planta correspondente a 0,87%, 1,5% (administrações únicas), 1,74% (duas administrações semanais), 3.0% (três administrações diárias), 7.42% (17 administrações semanais), 8.9% (284 administrações diárias), 9.66% (82 administrações diárias) e 9,30% (43 administrações semanais) de seus pesos corporais. Dois eqüinos que receberam quantidades da planta correspondentes a 15,0% (30 e 60 administrações diárias) de seus pesos corporais morreram durante o experimento por causas não relacionadas à intoxicação. Três eqüinos que receberam quantidades da planta correspondentes a 0,5% e 1.0% (administrações únicas), 15.0% (240 administrações diárias) de seus pesos corporais e o eqüino controle sobreviveram sem apresentar sinais clínicos. A doença clínica induzida pela planta teve uma evolução de 1-30 dias e foi caracterizada por anorexia, icterícia, e sinais neurológicos de encefalopatia hepática. Perda de peso foi observada nos casos de evolução clínica mais longa. Os achados de necropsia incluíam acentuação do padrão lobular na superfície natural e de corte dos fígados ou eram firmes e vermelho-escuros. Hemorragias disseminadas eram freqüentes, mas mais conspícuas no tecido subcutâneo, superfícies serosa e mucosa do trato gastrintestinal. Edema era observado na submucosa do trato gastrintestinal e nas cavidades orgânicas. Microscopicamente, o fígado dos eqüinos que ingeriram quantidades maiores da planta por períodos relativamente curtos mostrava necrose coagulativa e hemorragia com cuja distribuição variava de centrolobular a massiva. Hepatomegalocitose moderada ou acentuada e fibrose discreta a moderada foi observada em 4 eqüinos que ingeriram pequenas quantidades da planta por períodos mais prolongados. Colestase e hemossiderose foram observadas no fígado de 8 eqüinos, agregados de neutrófilos no de 6, e pseudo-inclusões acidofílicas intranucleares ocorreram nos hepatócitos do fígado de 3 eqüinos. Alterações sugestivas de encefalopatia hepática foram observadas no encéfalo de 6 eqüinos. A lesão mais precoce observada nas biópsias hepáticas foi vacuolização dos núcleos de hepatócitos seguida por perda de hepatócitos por apoptose, hepatomegalocitose, infiltração por neutrófilos e necrose centrolobular. Ocasionalmente, observavam-se pseudo-inclusões acidofílicas intranu-cleares nos hepatócitos e, em casos mais crônicos, leve fibrose. Não foram observadas alterações nas biópsias hepáticas dos 4 eqüinos que receberam a planta e que sobreviveram, nem nas biópsias hepáticas dos 2 eqüinos que morreram de causas não relacionas à intoxicação. O eqüino controle não apresentou sinais clínicos.
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Ipomoea sericophylla and Ipomoea riedelii cause a glycoprotein storage disease in goats. This paper reports the experimental poisoning in goats by dried I. sericophylla and I. riedelii containing 0.05% and 0.01% swainsonine, respectively. Three groups with four animals each were used. Group 1 received daily doses of 2g/kg body weight (bw) of dried I. sericophylla (150mg of swainsonine/kg). Goats from this group had clinical signs 36-38 days after the start of ingestion. Group 2 received dried I. riedelii daily doses of 2g/kg of I. riedelii (30mg of swainsonine/kg) for 70 days. No clinical signs were observed, therefore the swainsonine dose was increased to 60mg/kg for another 70 days. Goats from Group 2 had clinical signs 26-65 days after increase in swainsonine dose to 60mg/kg. Group 3 was used as control. In these experiments the minimum toxic dose was 60mg/kg which represents 0.0004% of the dry matter in goats ingesting 1.5% bw of the dry matter. For goats ingesting 2%-2.5% bw of dry matter this dose would be 0.00024%-0.0003% of the dry matter. After the end of the experiment two goats were euthanized and another six were observed for recovery of clinical signs. Four goats that continued to consume swainsonine containing plant for 39-89 days after the first clinical signs had non reversible signs, while two goats that ingested the plant for only 15 and 20 days after the first clinical signs recovered completely. These and previous results indicate that irreversible lesions due to neuronal loss occur in goats that continue to ingest the plants for about 30 days after the first clinical signs. Clinical signs and histological lesions were similar to those reported previously for goats poisoned by swainsonine containing plants. No significant alterations were found in packed cell volume, red and white blood cell counts, hemoglobin and mean corpuscular hemoglobin concentrations, mean corpuscular volume, and serum levels of glucose, total protein, and albumin, and the serum activities of gamma glutamyl transferase and aspartate aminotransferase. Swainsonine concentration of 0.05% in I. sericophylla and 0.01% in I. riedelii are different from samples of these plants used in previous experiments, which contained 0.14% and 0.5% swainsonine, respectively, demonstrating a wide variation in the toxicity of different samples.
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Descreve-se a intoxicação natural e experimental por Eupatorium tremulum em bovinos. Um surto de intoxicação espontânea por esta planta foi diagnosticado no município de Lages, Santa Catarina. Em um lote de 19 bovinos, três morreram após a transferência para uma invernada aonde havia grande quantidade de E. tremulum. Os animais foram encontrados mortos, e dois foram necropsiados e coletado amostras de vísceras para exame histológico. Experimentalmente, folhas verdes de E. tremulum foram administradas a cinco bovinos, em doses únicas de 23 a 32g/kg de peso animal. Destes, três adoeceram e dois morreram. Os principais sinais clínicos observados foram anorexia, apatia, atonia ruminal, micção freqüente e em pequenos jatos, fezes pastosas e ventre flácido. As lesões macroscópicas restringiram-se aos pré-estômagos e foram idênticas, tanto para intoxicação natural como para a experimental. O rúmen e retículo externamente mostravam tonalidade levemente avermelhada, a camada córnea da mucosa estava frouxamente aderida e a mucosa tinha coloração vermelha acentuada. Ao exame histológico observou-se no rúmen e retículo, tanto na intoxicação espontânea, como experimental, necrose do epitélio da mucosa com formações de pequenas vesículas e em alguns segmentos, desprendimento da camada epitelial e leve infiltrado de neutrófilos. A intoxicação por E. tremulum tem curso clínico, lesões macro e microscópicas muito semelhantes àquelas produzidas pela intoxicação por Baccharidastrum triplinervium, Baccharis coridifolia (mio-mio) e Baccharis megapotamica var. weirii (mio-mio do banhado). O diagnóstico diferencial entre essas quatro intoxicações deve ser feito pela presença da planta e pelos dados epidemiológicos. O diagnóstico dos casos espontâneos foram confirmados pelos dados epidemiológicos e reprodução experimental das lesões macro e microscópicas.
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This thesis presents an experimental study and numerical study, based on the discrete element method (DEM), of bell-less charging in the blast furnace. The numerical models are based on the microscopic interaction between the particles in the blast furnace charging process. The emphasis is put on model validation, investigating several phenomena in the charging process, and on finding factors that influence the results. The study considers and simulates size segregation in the hopper discharging process, particle flow and behavior on the chute, which is the key equipment in the charging system, using mono-size spherical particles, multi-size spheres and nonspherical particles. The behavior of the particles at the burden surface and pellet percolation into a coke layer is also studied. Small-scale experiments are used to validate the DEM models.
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Extracellular matrix plays an important role in chronic hepatic lesions and has been studied in experimental intoxication models. However in cattle, studies on chronic disease have focused on the hepatocellular damage and extracellular matrix (ECM) changes are usually overlooked. There are no specific studies on the hepatic ECM in either normal or chronically damaged bovine liver. Thus an experimental model of hepatic toxicity model using Senecio brasiliensis poisoned calves was designed. Senecio brasiliensis contains pyrrolizidine alkaloids which cause either acute or chronic progressive dose dependent liver damage. Five calves were orally fed with 0.38g of dry leaves of S. brasiliensis/kg/day for 24 days. Liver needle biopsy specimens were obtained every 15 days for 60 days. Clinical signs of digestive complications appeared at 3rd week. One calf died on 45th day and four were evaluated up to 60th day. Biopsy samples were processed for routine light microscopy, immuno-histochemistry and transmission electron microscopy. From 30th day on progressive liver damage characterized by hepatocellular ballooning, necrosis, apoptosis and megalocytosis, centrilobular, pericellular and portal fibrosis were seen by light microscopy. Quantitative and semi-quantitative measurements of hepatic ECM components were performed before and after the onset of lesions. Morphometric analysis of total collagen and elastic fiber system was conducted. Total collagen and I and III collagen types progressively increased in throughout the liver of affected calves. Changes in location, amount and disposition of the elastic fiber system were also observed. Then numbers of Kupffer cells were significantly increased at 30th day and total numbers of sinusoidal cells were significantly increased at 45th and 60th days. Liver damage was progressive and irreversible even after the exposure to the plant was discontinued. Severe fibrotic lesions occurred mainly in portal tracts, followed by veno-occlusive and pericellular fibrosis. Collagen types I and III s were present in every normal and damaged liver, with predominance of type I. In affected calves the increase of total collagen and elastic fibers system paralleled the number of total sinusoidal cells.
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Descrevem-se os achados clínicos e patológicos da intoxicação experimental por Sida carpinifolia em bovinos. Para a reprodução experimental da doença, folhas verdes da planta foram coletadas semanalmente na região do Alto Vale do Itajaí e fornecidas in natura diariamente para cinco bovinos nas doses de 10 e 20g/kg por 120 dias, 40g/kg por 30 dias, e 30 e 40g/kg de peso animal por 150 dias. Um bovino morreu e os outros foram eutanasiados ao final do período de consumo da planta. Os principais sinais clínicos consistiam de andar em marcha, olhar atento e tremores de cabeça e foram de intensidade leve a acentuado conforme a dose de planta e tempo de consumo. A lesão histológica predominante caracterizava-se por vacuolização e tumefação de neurônios (principalmente os de Purkinje), das células acinares pancreáticas e células foliculares da tireóide. Ultra-estruturalmente verificou-se vacúolos, por vezes, contendo material finamente granular em neurônios, células acinares pancreáticas e células foliculares da tireóide. S. carpinifolia causa doença de depósito lisossomal em bovinos quando consumida por período prolongado, mesmo em pequenas doses.