943 resultados para Accountability educacional
Resumo:
O principal objetivo desta pesquisa é colocar em relevo o processo de precarização e perda da autonomia do trabalho docente. Este processo está relacionado diretamente à centralização, no Estado de São Paulo, da política educacional. Esta centralização ocorreu de forma combinada com a desconcentração das tarefas administrativas e do financiamento do sistema. O conceito de descentralização, que é amplamente difundido na década de 1990 no ensino público, significa medidas no sentido de liberar o Estado das suas responsabilidades. O que não quer dizer, em absoluto, transferir para a comunidade escolar, como é propagandeado pela ideologia neoliberal, maior autonomia das unidades escolares. No Estado de São Paulo este processo de centralização do poder não ocorre apenas nas questões de administração escolar (atividade-meio), mas também sobre os principais elementos ligados ao processo de ensino-aprendizagem: currículo, formação docente e avaliação do ensino, por exemplo. Estes elementos foram combinados com a desconcentração das tarefas administrativas e de financiamento da escola. Para que o docente tenha autonomia e possa, efetivamente, contribuir de maneira significativa para a formação das novas gerações é imprescindível que participe diretamente do processo de construção curricular, da gestão escolar e, principalmente, da autogestão de seu trabalho. O problema que procuramos apontar é que as políticas educacionais não têm contribuído para estes objetivos. Vejamos: a avaliação externa que não se trata apenas de uma política aplicada no estado e nem em determinado governo é, na verdade, uma política de Estado; extrai do professor, em boa medida, o controle do processo de avaliação do ensino e da aprendizagem. O Regime de Progressão Continuada, instituído pelo Conselho Estadual de Educação, é um mecanismo para determinar a partir de cima a promoção indiscriminada dos alunos, confirmando a pseudo-autonomia dos docentes e dos Conselhos Gestores das Unidades Escolares. Faltam as condições materiais e espirituais para que os docentes possam desempenhar de forma adequada seu trabalho. Por isso, se faz necessária uma denúncia no sentido de que o professor está impossibilitado objetivamente de realizar o trabalho de maneira a contribuir para a formação integral dos alunos. As mudanças do ponto de vista estrutural só podem realizar-se a partir da luta político-social para quebrar a estrutura hierárquica construída no interior das escolas e sustentada nas demais instâncias do sistema de ensino e na sociedade. O trabalho docente precisa se realizar dentro de um ambiente que lhe permita, de fato, desenvolver a sua autonomia a partir de um processo de reflexão sobre sua prática e de uma prática orientada pela sua reflexão. Mas, se não adentramos na condição extremamente precária deste trabalho na atualidade - e esta precariedade não diz respeito apenas a fragmentos da totalidade dos problemas estruturais que envolvem o trabalho docente - não podemos contribuir para o real desenvolvimento da sua autonomia e da superação da crise estrutural da escola pública.(AU)
Resumo:
O projeto buscou verificar até que ponto as influências externas modificam o projeto pedagógico das ONGs pesquisadas e de que forma elas colocam em prática suas ações para formação do seu público-alvo. Nossa questão central é saber se as ONGS mantêm um caráter de movimento social, visando através disto ou não melhorar a vida da comunidade em que está inserida. Tal questão coloca ao pesquisador a exigência de dividir as ONGs em Comunitárias e Empresariais.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi, através de pesquisa teórica para uma fundamentação filosófica, analisar como o estudo da Deontologia, observando as influências do Paradigma Educacional Emergente, pode contribuir com a formação do Profissional de Educação Física e como, com aderência aos conceitos de ser humano de Freire, Morin, Maturana e Varella e da legislação vigente, situa-se o ensino superior neste contexto. Princípios éticos foram observados como imprescindíveis para o desenvolvimento profissional em Educação Física, e confirmamos esta necessidade no decorrer do trabalho. Utilizamos como instrumentos de análise, conceitos filosóficos básicos da distinção de moral e ética em La Taille e Severino; estudos da preparação Ética e Bioética em Tojal; novos paradigmas da ciência segundo os estudos de Santos; do Paradigma Educacional Emergente em Moraes e das relações de ensino-aprendizagem do Ensino Superior através do pensamento de autores como Severino, Libâneo, Saviani, Cunha, Dias Sobrinho e Arroyo.
Resumo:
O trabalho, resultado de uma pesquisa qualitativa em educação, procurou refletir sobre o potencial contra-hegemônico do Centro Educacional Unificado (CEU) em relação aos princípios neoliberais em educação, também, denominados de "Pedagogia de Lata". Apresenta-se um estudo bibliográfico sobre a política neoliberal em educação, comparando-a às experiências vivenciadas pela Secretaria de Educação do município de São Paulo durante os anos 90. Analisa-se a proposta da Escola Cidadã, identificando seus princípios com os do projeto do CEU. Foram realizadas entrevistas abertas com protagonistas do projeto, objetivando a análise do processo instituinte. Constatou-se que o projeto, inicialmente contra-hegemônico, passou por um dialético processo instituinte, sendo depois descaracterizado pela gestão municipal paulistana iniciada em 2005.
Resumo:
Nesta pesquisa de dissertação de mestrado, priorizamos valorizar ações educativas participativas, nas quais tanto educador como educando aprendem e ensinam simultaneamente, por meio do diálogo, da reflexão em grupo, do exercício da criatividade, buscando enxergar relações de trabalho que envolvam a participação de agentes ou atores e demais coadjuvantes, que representam a realidade circundante. Essa pesquisa pode ser caracterizada como pesquisa de pesquisa. Num procedimento de recuperação dos dados da pesquisa NEPSO de número 516, que teve por tema "A comunidade e a escola", realizada por uma escola pública municipal de Mauá no ano de 2007, foram extraídos indicadores que escoraram a reflexão desenvolvida sobre os limites e possibilidades do uso da pesquisa de opinião na melhoria da qualidade social da escola. A partir dessa recuperação de dados que manifestaram a opinião da comunidade sobre a escola, conhecemos as expectativas desta sobre educação escolar e verificamos em que medida a escola fez uso dos resultados obtidos na pesquisa NEPSO de número 516. As entrevistas foram organizadas e aplicadas pelo grupo de alunos, alunas e professores da escola, que, nesse processo, voltaram sua atenção para conhecer a cultura do seu entorno, com o fim de produzir matéria para o jornal da escola. Os objetivos desta pesquisa acadêmica assentaram na necessidade de recuperar o que pensa a comunidade sobre a escola que vive no seu entorno e extrair dessas manifestações, indicadores que possam contribuir para uma ação educativa de sensibilidade solidária efetiva, favorecendo o relacionamento e a capacidade de bem viver, entre a escola e todos e todas que estão diretamente ligados a ela, de forma que a escola possa desempenhar seu papel com qualidade social.
Resumo:
The main aim of this study is to undertake an evaluation of the initial wave of stand-alone social reports issued by the major market players in the UK using AA1000 as an evaluative tool, or benchmark, in order to ascertain the extent to which they conform to the provisions of AA1000, in particular the core principles of accountability and inclusivity. Applying the lens of the stakeholder model the paper examines to what extent contemporary SEAAR practices in the UK are likely to promote stakeholder accountability, or whether they are simply exercises in stakeholder management.
Resumo:
Recent years have witnessed a significant degree of administrative reform, in terms of the increasing number of major companies proclaiming their social responsibility credentials, and backing up their claims by producing substantial environmental, social and sustainability reports. The paper critically evaluates the degree of institutional reform, designed to empower stakeholders, and thereby enhance corporate accountability, accompanying these voluntary initiatives, together with that potentially ensuing from proposed regulations, later rescinded, for mandatory publication of an Operating and Financial Review by UK quoted companies. It is concluded that both forms of disclosure offer little in the way of opportunity for facilitating action on the part of organizational stakeholders, and cannot therefore be viewed as exercises in accountability. © 2007 Elsevier Ltd. All rights reserved.
Resumo:
Audit accountability and government, Fidelma White and Kathryn Hollingsworth, Claredon Press, 1999. 221 pp. £45.00
Resumo:
This article examines the current risk regulation regime, within the English National Health Service (NHS), by investigating the two, sometimes conflicting, approaches to risk embodied within the field of policies towards patient safety. The first approach focuses on promoting accountability and is built on legal principles surrounding negligence and competence. The second approach focuses on promoting learning from previous mistakes and near-misses, and is built on the development of a ‘safety culture’. Previous work has drawn attention to problems associated with risk-based regulation when faced with the dual imperatives of accountability and organisational learning. The article develops this by considering whether the NHS patient safety regime demonstrates the coexistence of two different risk regulation regimes, or merely one regime with contradictory elements. It uses the heuristic device of ‘institutional logics’ to examine the coexistence of and interrelationship between ‘organisational learning’ and ‘accountability’ logics driving risk regulation in health care.
Resumo:
We undertook a longitudinal qualitative study involving of 20 patients from Scotland who had type 2 diabetes. We looked at their perceptions and understandings of why they had developed diabetes and how, and why, their causation accounts had changed or remained stable over time. Respondents, all of whom were white, were interviewed four times over a 4-year period (at baseline, 6, 12 and 48 months). Their causation accounts often shifted, sometimes subtly, sometimes radically, over the 4 years. The experiential dimensions of living with, observing, and managing their disease over time were central to understanding the continuities and changes we observed. We also highlight how, through a process of removing, adding and/or de-emphasising explanatory factors, causation accounts could be used as “resources” to justify or enable present treatment choices. We use our work to support critiques of social cognition theories, with their emphasis upon beliefs being antecedent to behaviours. We also provide reflections upon the implications of our findings for qualitative research designs and sampling strategies.
Resumo:
Book review: Mahmoud Ezzamel, Noel Hyndman, A° ge Johnsen and Irvine Lapsley (eds), Routledge, 2008, 191 pp., £65 (hb), ISBN: 9780415425902
Resumo:
Today it is said that marketing influence is in decline. But how can marketing regain its influence? Empirical evidence based on data from seven Western companies demonstrates that accountability, innovativeness and customer connections are three major drivers of marketing influence. We claim that an influential marketing department is necessary in order to achieve superior performance. Through a stronger focus on accountability, the department can indeed regain this influence.
Resumo:
The Securities and Exchange Commission (SEC) in the United States mandated a new digital reporting system for US companies in late 2008. The new generation of information provision has been dubbed by Chairman Cox, ‘interactive data’ (SEC, 2006a). Despite the promise of its name, we find that in the development of the project retail investors are invoked as calculative actors rather than engaged in dialogue. Similarly, the potential for the underlying technology to be applied in ways to encourage new forms of accountability appears to be forfeited in the interests of enrolling company filers. We theorise the activities of the SEC and in particular its chairman at the time, Christopher Cox, over a three year period, both prior to and following the ‘credit crisis’. We argue that individuals and institutions play a central role in advancing the socio-technical project that is constituted by interactive data. We adopt insights from ANT (Callon, 1986; Latour, 1987, 2005b) and governmentality (Miller, 2008; Miller and Rose, 2008) to show how regulators and the proponents of the technology have acted as spokespersons for the interactive data technology and the retail investor. We examine the way in which calculative accountability has been privileged in the SEC’s construction of the retail investor as concerned with atomised, quantitative data (Kamuf, 2007; Roberts, 2009; Tsoukas, 1997). We find that the possibilities for the democratising effects of digital information on the Internet has not been realised in the interactive data project and that it contains risks for the very investors the SEC claims to seek to protect.