1000 resultados para resistência à temperatura
Resumo:
O trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade pós-colheita de três cultivares de uvas de mesa sem semente submetidas ao processamento mínimo e armazenadas sob refrigeração e à temperatura ambiente. Para tanto, foram utilizadas uvas das cultivares BRS Clara, BRS Linda e BRS Morena, produzidas na Embrapa Uva e Vinho/Estação Experimental de Viticultura Tropical, em Jales-SP. Os cachos, depois de higienizados e imersos em água clorada a 200 mg de cloro.L-1 por 5 minutos, foram mantidos em câmara fria, a 12ºC, por 12 h. As bagas foram degranadas e lavadas em solução de álcool a 70%, por 5 segundos. Depois de escorrido o excesso da solução alcoólica, as bagas foram acondicionadas em bandejas de tereftalato de polietileno (PET) transparente com tampa e com capacidade para 500 mL. Cada unidade, contendo 200 g de bagas, foi armazenada a 12±1,8ºC e 24±0,8ºC, por 12 dias. Avaliaram-se, a cada três dias, a perda de massa fresca, a aparência, a coloração e os teores de sólidos solúveis (SS) e de acidez titulável (AT). A temperatura de 12ºC manteve a turgidez, a coloração, as qualidades organoléptica (relação SS/AT) e comercial das bagas das três cultivares testadas, por nove dias, enquanto no armazenamento à temperatura ambiente (24ºC), ocorre perda da qualidade comercial das bagas aos três dias para as cvs. BRS Clara e BRS Linda, e aos seis dias para a cv. BRS Morena.
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El proppassat 20 de març, al Saló Victor Siurana de la UdL, els treballadors i treballadores socials de ponent vàrem commemorar els 50 anys dels estudis de Treball Social a la ciutat de Lleida.3 El que segueix és un breu relat de les vicissituds més importants de la trajectòria que han seguit aquests estudis i allò que han significat en les respectives contemporaneïtats que els ha tocat viure. Cal advertir, però, que és inevitablement una visió personal, construïda a partir de passar pel sedàs la meva pròpia trajectòria, primer com a alumne i després com a professional i docent, la qual crec que em permet interpretar amb certa perspectiva l’itinerari de la formació en Treball Social a la meva ciutat.
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Com o objetivo de conhecer a evolução da doença vassoura-de-bruxa, a taxa de segregação e estimar parâmetros genéticos, foi conduzido um experimento com 21 progênies de irmãos completos de cupuaçuzeiro, instalado em Belém, Pará. As progênies foram obtidas pelo cruzamento controlado de clones resistentes com clones resistentes, clones resistentes com clones suscetíveis e, clones suscetíveis com clones suscetíveis. Foram avaliadas também três progênies de meios-irmãos como testemunhas. Os experimentos foram avaliados ao nível de indivíduos, e as análises foram conduzidas via metodologia de modelos lineares mistos (procedimento REMl/BlUP), como delineamento em blocos incompletos desbalanceados, com tratamentos comuns entre dois experimentos. As variáveis avaliadas foram: percentagem de plantas resistentes ao ataque da doença no ramo, inflorescência, fruto imaturo e maduro, no período de 2002 a 2007. Os resultados mostraram que a emissão de vassoura vegetativa é especialmente importante entre julho e setembro. A evolução da doença evidencia que as podas fitossanitárias devem ser realizadas no final da safra, nos meses de maio/junho, e repassadas em setembro/outubro. A população estudada oferece excelente possibilidade de seleção e ganho genético, respaldada pelos elevados índices de variabilidade genética e herdabilidade dos caracteres de resistência. As progênies segregaram tanto para os sintomas de vassoura nos ramos, nas inflorescências, como nos frutos imaturos e maduros. Para o controle integrado desta doença, os resultados mostram a importância da associação de materiais genéticos resistentes ou moderadamente resistentes à vassoura-de-bruxa com as podas fitossanitárias.
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O cultivo comercial do maracujá é afetado por diversos problemas fitossanitários, os quais contribuem para quebras de produção e significativa redução da vida útil dos plantios. Em algumas situações, a incidência de doenças pode inviabilizar o cultivo do maracujá. Fontes de resistência a distintas doenças têm sido identificadas em acessos de espécies de Passiflora. Neste trabalho, buscou-se avaliar a diversidade genética de acessos de oito espécies silvestres (P. setacea, P. nitida, P. serratodigitata, P. caerulea, P. gibertii, P. odontophyla, P. edulis e P. coccinea) e de um híbrido interespecífico (P. setacea x P. coccinea), utilizando marcadores moleculares análogos a genes de resistência (RGAs). Verificou-se uma grande diversidade no perfil eletroforético de RGAs nos acessos de Passiflora, permitindo a anotação de 96 amplicons polimórficos entre, pelo menos, um par de acessos. Os níveis de dissimilaridade genética (calculados exclusivamente com os marcadores RGAs) variaram entre 0,40 e 0,89 nos acessos das espécies de Passiflora avaliadas. A análise de sequência de um subgrupo destes amplicons obtidos com primers RGAs indicou que estas bandas correspondem a regiões genômicas que contêm segmentos (motivos) com identidade aos encontrados em genes de resistência previamente caracterizados em outras espécies vegetais. Desta forma, os dados indicam a existência de um repertório variado de marcadores do tipo RGA em Passiflora que podem ser potencialmente úteis em sistemas de caracterização molecular de germoplasma e em programas de melhoramento genético visando à resistência a doenças nesta cultura.
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A redução da fotossíntese durante o inverno pode ser induzida por noites frias, mesmo quando as condições durante o dia não são limitantes. Laranjais são formados com plantas enxertadas, sendo o porta-enxerto citrumeleiro 'Swingle' recomendado em áreas onde há ocorrência de baixas temperaturas. Todavia, os mecanismos fisiológicos pelos quais as plantas apresentam melhor crescimento e produção são pouco conhecidos. O objetivo deste estudo foi testar a hipótese de que o efeito da baixa temperatura noturna na fotossíntese de laranjeiras é dependente do porta-enxerto utilizado, com o citrumeleiro 'Swingle' (Citrus paradisi x Poncirus trifoliata) induzindo maior tolerância ao frio noturno se comparado ao limoeiro 'Cravo' (Citrus limonia). Laranjeiras 'Valência' (Citrus sinensis) com seis meses, cultivadas em sacolas plásticas (5 L), foram expostas por 12 h à temperatura noturna de 20 e 8 ºC. O tratamento térmico foi realizado em câmara de crescimento, sendo apenas a parte aérea das plantas expostas às distintas temperaturas. Medidas do curso diurno das trocas gasosas e da atividade fotoquímica foram realizadas em condições ambientais naturais. O resfriamento noturno causou maior redução da assimilação de CO², da condutância estomática e da transpiração em laranjeira 'Valência' sobre limoeiro 'Cravo' quando comparado às plantas sobre 'Swingle'. Após o tratamento de frio, as eficiências máxima (Fv/Fm) e operacional (Fq'/Fm') do fotossistema II diminuíram nas plantas sobre 'Cravo' e mantiveram-se praticamente inalteradas nas plantas enxertadas em 'Swingle'. Portanto, o porta-enxerto 'Swingle' induziu maior eficiência fotossintética em condições de frio noturno às plantas de laranjeira 'Valência' quando comparado ao porta-enxerto 'Cravo'. A queda da assimilação de CO² em plantas resfriadas foi devida à menor condutância estomática e menor eficiência aparente de carboxilação, ou seja, resultante de limitações difusivas e metabólicas. Embora, Fv/Fm e Fq'/Fm' em laranjeira 'Valência' sobre 'Cravo' tenham sido mais afetados pelo resfriamento em comparação às laranjeiras sobre 'Swingle', esses não contribuíram para a redução da assimilação de CO² (A). Porém, o frio noturno causou aumento da atividade dos drenos alternativos de elétrons (aumento da relação entre o transporte aparente de elétrons e a assimilação de CO²), reduzindo a eficiência aparente de carboxilação de forma mais significante em 'Valência' sobre 'Cravo' do que sobre 'Swingle'. Estes resultados confirmam a hipótese de que a ocorrência de frio noturno afeta a fotossíntese de laranjeira 'Valência' sendo os efeitos do resfriamento dependentes do porta-enxerto.
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O objetivo deste trabalho foi determinar a temperatura-base inferior (Tb) a partir da unidade fototérmica (UF) para o cultivo experimental de manga Alfa sob condições de cerrado. Foram utilizados dados diários da temperatura do ar disponibilizados pela Estação Agrometeorológica Padre Ricardo Remetter, localizada em Santo Antônio do Leverger-MT (15,8° S e 56,1° W, 140 m), e avaliação sensorial do estádio de maturação dos frutos de manga. A Tb foi determinada pelo método da menor variabilidade das unidades fototérmicas (UF) acumuladas do período da floração à colheita dos frutos, variabilidade avaliada pelo coeficiente de variação (cv) simulado para diferentes valores da Tb. De julho a novembro de 2007, em três plantas de um pomar demonstrativo irrigado, foram identificados 82 frutos para o acompanhamento do crescimento e maturação. Entre esses frutos, em meados de dezembro de 2007, foi possível identificar 13 frutos que atingiram a maturidade fisiológica, após um período médio de observação de 112 dias. Para exigência fototérmica de 1.878.166,1 UF, encontrou-se Tb de 10 °C, valor consistente com os apresentados na literatura para a cultivar de manga, o que comprova a eficiência do método que combina a ação da temperatura e do fotoperíodo sobre a maturação dos frutos e que confere um caráter mais racional que o método tradicional da soma térmica.
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O objetivo deste trabalho foi determinar o comportamento de variedades de laranjas-doces quanto à resistência a Guignardia citricarpa, agente causal da mancha preta dos citros (MPC). Os ensaios foram conduzidos em dois campos, nos municípios de Rincão e Tambaú, SP. As mudas foram formadas em viveiro localizado na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro-SP. Para tal, foram utilizadas borbulhas de plantas cítricas existentes no Banco Ativo de Germoplasma de Citros da Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (EECB), Bebedouro-SP. Avaliou-se a severidade da doença por meio de escala de notas, de zero (ausência de sintomas) a seis (sintomas severos). A partir de tais dados, foi calculado o valor do índice de doença (ID). Em 2007, no experimento de Rincão, dentre as 65 variedades avaliadas, apenas 59 produziram frutos, sendo constatada ausência de sintomas da doença em Castellana, Maçã e Olivelands. Nas demais variedades, os níveis de severidade variaram de 0,35 para Grada a 3,0 para China SRA-547. Para Tambaú, os valores de severidade variaram de 0,40 para a variedade Cadenera a 2,46 para Pera. No ano de 2008, em Rincão, todas as variedades mostraram-se suscetíveis. Os níveis de severidade verificados variaram de 0,18 para a variedade Belladona, e 3,92 para Vera 97. Em Tambaú, somente a variedade Navelina não apresentou sintomas da MPC. Foi observado que, dentre as plantas que frutificaram, e com exceção daquelas cujos frutos mostraram-se assintomáticos, os valores de severidade variaram de 0,11 para a variedade Tua Mamede a 3,57 para Amares.
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Este trabalho teve como objetivo estabelecer a importância do estádio de maturação e do uso da refrigeração na conservação de goiabas 'Kumagai'. Frutos "de vez" e maduros foram armazenados sob condição de ambiente (21ºC e 85%UR) e a 10ºC (85%UR) e avaliados periodicamente quanto à perda de massa fresca, aparência, podridões, coloração da casca, firmeza da polpa e teores de sólidos solúveis, acidez titulável, ácido ascórbico e polifenóis extraíveis totais, assim como da atividade antioxidante total. Goiabas "de vez", a 21ºC e 85% UR, conservaram sua qualidade por seis dias, mas quando a 10ºC e 85% UR, este período de conservação aumentou para 12 dias. Os frutos armazenados maduros conservaram-se por quatro dias sob condição ambiente, o qual foi ampliado com a refrigeração para 9 dias. Goiabas "de vez", armazenadas a 10ºC, apresentaram a maior vida útil, os maiores teores de sólidos solúveis e de acidez titulável. Também apresentaram aumento nos teores de polifenóis extraíveis totais, com aumento na atividade antioxidante total, e nos teores de ácido ascórbico.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da temperatura e de atmosferas de armazenamento sobre a manutenção da qualidade de ameixas 'Laetitia'. Os tratamentos avaliados constituíram-se na combinação de duas temperaturas (-0,5ºC e 0,5ºC), com três atmosferas de armazenamento: armazenamento refrigerado (AR), com 21,0 kPa de O2 + 0,03 kPa de CO2; atmosfera controlada (AC), com 1,0 kPa de O2 + 3,0 kPa de CO2; e AC, com 2,0 kPa de O2 + 5,0 kPa de CO2. Após 60 dias de armazenamento, foram avaliadas: taxas respiratória e de produção de etileno, acidez titulável (AT), firmeza de polpa, atributos de textura, índice de cor vermelha e ângulo 'hue' (hº) da casca, e incidência de rachaduras, podridões e degenerescência da polpa. O armazenamento refrigerado a -0,5ºC resultou em menores valores para o índice de cor vermelha, taxa respiratória e de produção de etileno e incidência de frutos rachados. Em ambas as condições de AC, a temperatura de 0,5ºC resultou em menor índice de cor vermelha, cor da epiderme mais verde, maior firmeza de polpa e menor taxa de produção de etileno, tanto na abertura da câmara como após quatro dias em condição ambiente. As condições de AC retardaram o amadurecimento dos frutos e reduziram a incidência de degenerescência de polpa. O armazenamento em AC, com 2,0 kPa de O2 + 5,0 kPa de CO2, a 0,5ºC, proporcionou menor taxa respiratória e menor incidência de podridões na saída da câmara, mas maior AT e força para penetração da polpa, após quatro dias em condição ambiente. No entanto, o armazenamento da ameixa 'Laetitia', nas condições de AC avaliadas, por um período de 60 dias, não reduziu a incidência de degenerescência da polpa.
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O presente estudo teve por objetivo avaliar o potencial de armazenagem de goiabas serranas em temperaturas de 23 ºC e 4 ºC. Os frutos foram colhidos em pomar comercial, localizado no município de São Joaquim-SC, e armazenados nas temperaturas de 23 ± 1 ºC (75±5% UR, durante quinze dias) e 4 ± 1 ºC (90±5% UR, durante quatro semanas). Durante o armazenamento, foram feitas avaliações de respiração, produção de etileno, teor de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), cor da epiderme (ângulo hue; hº) e ocorrência de escurecimento da polpa, manchas escuras na epiderme e podridões. Durante o armazenamento a 23 ºC, os frutos exibiram um padrão climatérico, com pico respiratório entre o 4º e o 5º dia. Nos frutos armazenados a 4 ºC, houve redução na respiração e na produção de etileno. Em frutos a 23 ºC, foi mais acentuada a redução nos valores de SS, AT e h° da epiderme, e aumento na incidência de manchas escuras na epiderme e de podridões, em relação aos frutos armazenados a 4 ºC. O armazenamento a 4 ºC mostrou-se eficiente na redução do metabolismo respiratório e de produção de etileno, na preservação dos atributos de qualidade (SS, AT e hº da epiderme) e na diminuição da severidade das manchas na epiderme e podridões sem, contudo, evitar o desenvolvimento de escurecimento da polpa. O potencial de armazenagem de goiabas serranas a 23 ºC é inferior a uma semana e limitado principalmente pelo desenvolvimento de distúrbios de escurecimento da polpa, manchas na epiderme, bem como podridões.
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A mangaba, fruto nativo altamente perecível, apresenta reduzida vida útil pós-colheita. Novas tecnologias de conservação de frutos têm sido desenvolvidas, e o uso de reguladores vegetais tem sido promissor. Este trabalho avaliou a aplicação do regulador de etileno1-MCP em diferentes concentrações (250; 500 e 1.000 ηL L-1), com o objetivo de verificar o prolongamento da vida útil dos frutos e suas características físicas e químicas durante o armazenamento em temperatura ambiente e a 11ºC. O uso 1-MCP, independentemente das três concentrações utilizadas, apresenta grande benefício na conservação pós-colheita dos frutos em condição ambiente, aumentando o período de vida útil da mangaba, assim como o uso de armazenamento a 11ºC, os quais favoreceram a redução da perda de massa e a manutenção dos teores de acidez titulável, sólidos solúveis e vitamina C; e quando associado à aplicação de 1-MCP, reduziu os descartes por amadurecimento excessivo. Os frutos apresentaram bom conteúdo de fenóis totais, com incrementos durante o armazenamento, principalmente com uso da concentração de 1.000 ηL L-1 de 1-MCP.
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O Sistema de Classificação Climática Multicritérios Geovitícola (CCM), empregado na caracterização climática de regiões produtoras de uvas, é composto pelos índices Heliotérmico (IH), de Frio Noturno (IF) e de Seca (IS) sendo que este se baseia no balanço hídrico potencial do solo. Para se calcular os valores de IS, são necessários dados da precipitação pluvial e da evapotranspiração potencial (ETP), estimados pelo método-padrão de Penman-Monteith. Nem todas as regiões vitícolas, no entanto, apresentam as variáveis meteorológicas necessárias para o uso desse método. Daí a importância de métodos que permitem estimar a ETP com base apenas em dados da temperatura do ar, como o de Hargreaves. No presente trabalho, foram comparados os Índices de Seca calculados com base nos valores de ETP estimados, empregando-se os métodos de Penman-Monteith e Hargreaves, para diferentes regiões vitícolas do mundo. Foram utilizados dados climáticos de 83 estações meteorológicas, representativas de regiões vitícolas localizadas em 18 países. A equação de Hargreaves obteve um desempenho classificado como muito bom, podendo ser adotada no sistema CCM, quando não se dispõe de dados para o uso do método de Penman-Monteith.
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A mangicultura praticada no Submédio do Vale do São Francisco é considerada um dos principais destaques no comércio externo do País. Dentre as diversas variedades cultivadas, a Tommy Atkins é a que representa a maior parte das exportações. Entretanto, a magnitude das perdas por podridões pós-colheita, causadas por fungos Botryosphaeriaceae, é sempre uma grande preocupação para exportadores e importadores da fruta. A busca por métodos de controle mais eficazes e limpos é uma tendência mundial. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a reação de frutos, de 47 acessos de mangueiras, quanto à resistência aos fungos Fusicoccum aesculis e Neofusicoccum parvum. As inoculações foram realizadas mediante deposição de disco do meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA), contendo estruturas do patógeno sobre duas posições opostas na região equatorial da manga, mantido, posteriormente, por 24 horas em câmara úmida. Foram realizadas medições das lesões até o sétimo dia, com uma régua milimetrada. Com os registros dos crescimentos das lesões, foram calculadas as taxas diárias de crescimento da lesão (TDCL's) para cada acesso. As maiores TDCLs foram observadas nos acessos 'Roxa' e 'Lita', quando inoculados com F. aesculis, e nos acessos 'Roxa', 'Ruby', 'Papo de peru', 'CPAC 22/93', 'Pingo-de-ouro', 'Pêssego' e 'M13269', quando inoculados com N. parvum. Os acessos 'Nego-não-chupa', 'Manga-d'água', 'Juazeiro VI', 'Juazeiro VII' e 'Favo-de-mel' foram os que apresentaram, concomitantemente, as menores TDCLs para ambos os patógenos e diferenças significativas em relação aos demais acessos.
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Os objetivos neste trabalho foram determinar os regimes térmicos de germinação das sementes de Theobroma grandiflorum, indicar a temperatura mais adequada para a condução do teste de germinação e propor critérios morfológicos de avaliação, visando a fornecer subsídios para inserir a espécie nas Regras para Análise de Sementes do Brasil. Os ensaios foram conduzidos em câmaras de germinação com fotoperíodo de 12 horas, utilizando vermiculita como substrato. A colheita das sementes de T. grandiflorum foi realizada na mesma população, porém de matrizes diferentes, em duas ocasiões: fevereiro (lote 1) e abril de 2010 (lote 2). Os testes de germinação foram realizados sob temperaturas constantes entre 10 e 40 ˚C, com intervalo de 5 ˚C. Três critérios foram avaliados: a protrusão (≥5 mm) da primeira estrutura visível (critério fisiológico); o alongamento do epicótilo (≥3 cm, correspondendo à emergência acima do substrato), e a formação de plântula normal (critério tecnológico). Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado, com sete temperaturas e quatro repetições de 25 sementes. Para cada critério, foram avaliadas a porcentagem e variáveis de velocidade. Em sementes de T. grandiflorum, o hipocótilo é a primeira estrutura visível no processo de germinação. A protrusão foi observada entre 10 e 40 ˚C para o lote 1 e, para o lote 2, entre 10 e 35 ˚C. A ausência de desenvolvimento do epicótilo e de plântulas normais nas temperaturas de 10; 15 e 40 ˚C, em ambos os lotes, indica que a parte aérea é mais sensível a temperaturas extremas do que o hipocótilo e a raiz. O limite inferior de temperatura para o crescimento da parte aérea situou-se entre 15 e 20 ˚C, e o limite superior, entre 35 e 40 ˚C. A temperatura de 30 ˚C é recomendada para o teste de germinação das sementes de T. grandiflorum. Para o critério de plântula normal, a primeira contagem pode ser realizada aos 21 dias, e a contagem final, aos 35 dias. O alongamento do epicótilo (≥3 cm) é uma alternativa para avaliação mais rápida da germinação, necessitando apenas de 14 dias para a primeira contagem e 20 dias para a contagem final.
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Com objetivo de verificar a sensibilidade à redução do teor de água e a exposição à baixa temperatura, sementes de Theobroma subincanum foram submetidas à secagem em sala com umidade relativa do ar de 55 ± 5% e temperatura de 23 ± 2ºC, durante 0;4; 8;12;16; 24 e 48 horas, o que possibilitou a obtenção dos seguintes graus de umidade: 44,7%, 39,9%, 30,0%, 20,5%, 19,7%, 15,7% e 12,3%, respectivamente. A avaliação da sensibilidade à baixa temperatura foi determinada expondo-se sementes sem secagem e previamente embaladas em recipientes de polietileno, em ambiente com temperatura entre 7 ± 1ºC, durante 0; 2; 4; 6 e 8 horas. Os testes de germinação foram conduzidos com quatro repetições de 50 sementes. O teor de água das sementes foi determinado com base em 50 repetições de sementes individuais. Os resultados obtidos evidenciaram que sementes de T. subincanum toleram redução no grau de umidade até nível em torno de 30,0%, sem que haja comprometimento na porcentagem de germinação. Reduções mais acentuadas provocaram diminuições na porcentagem de germinação, culminando com a perda total do poder germinativo quando o teor de água das sementes atingiu valor em torno de 12,0%. As sementes de T. subincanum apresentam sensibilidade à baixa temperatura e perdem completamente a viabilidade quando expostas à temperatura de 7ºC durante oito horas.