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OBJETIVO: Verificar a soroprevalência do vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatite B (VHB), toxoplasmose e rubéola em gestantes do noroeste paranaense. MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo a partir dos resultados de exames sorológicos de triagem no pré-natal de 1.534 pacientes atendidas durante o primeiro semestre de 2010. Foram incluídos somente resultados do primeiro exame de pré-natal e aqueles com pesquisa simultânea de IgG e IgM para toxoplasmose e rubéola. A sorologia foi realizada por enzimaimunoensaio em micropartículas (MEIA). Para análise estatística foi empregado o teste do χ², com nível de significância de 5%. RESULTADOS: A positividade para o HIV foi de 0,3%, a sorologia para VHB pelo marcador HBsAg foi positiva em 0,5% das gestantes, enquanto a reatividade para anticorpos IgM anti-Toxoplasma gondii foi de 1,1% e para IgG de 59%. Em relação à rubéola nenhuma sorologia mostrou positividade para IgM, e para IgG a reatividade foi de 99,6%. A análise dos resultados mostrou que não há associação entre as soroprevalências estudadas e a idade das pacientes, exceto quanto à frequência de IgG anti-T. gondii, que foi mais elevada na faixa etária entre 30 e 44 anos. CONCLUSÃO: A soroprevalência dessas doenças infecciosas em gestantes do noroeste do Paraná é compatível com outras regiões do Brasil.
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OBJETIVO: Avaliar a postura corporal de mulheres submetidas ao tratamento por câncer de mama, identificar as alterações posturais nos três primeiros meses após a cirurgia e investigar a correlação desses achados com a idade da mulher, o tipo e o lado da cirurgia. MÉTODOS: Estudo longitudinal que acompanhou a evolução postural de 39 mulheres submetidas à mastectomia e quadrantectomia. A avaliação postural foi realizada nas vistas anterior e posterior com uso da biofotogrametria antes da cirurgia, após a retirada do dreno e três meses depois da cirurgia. A análise estatística foi realizada através de testes paramétricos e não paramétricos, considerando nível de significância p<0,05. RESULTADOS: A média de idade das mulheres foi 50±10,5 anos; 48,8% foram tratadas com mastectomia sendo que em 61,5% a neoplasia era na mama esquerda. Não houve diferença significante nos ângulos posturais medidos nas mulheres no período estudado. Porém, a pelve e o tronco das mulheres tratadas com quadrantectomia mostraram mais alinhamento (90°) quando comparados aos das mastectomizadas (91,3°); mulheres com cirurgia na mama esquerda apresentaram elevação do ombro e inclinação do tronco homolateral à cirurgia em curto prazo. CONCLUSÃO: As alterações posturais apresentaram correlação com o tipo e o lado da cirurgia. O seguimento desse grupo, após término do tratamento, é necessário para esclarecer alterações posturais a longo prazo.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência e identificar fatores associados ao exame citopatológico do colo do útero em atraso (realizado há mais de três anos) entre mães com filhos menores de dois anos de idade que frequentaram o exame pré-natal. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com inquérito domiciliar. Os critérios de inclusão foram: mulheres com filhos menores de dois anos, residentes na Zona Norte do município de Juiz de Fora (MG), na data da entrevista. Utilizou-se amostragem complexa com estratificação e conglomeração. Aplicou-se um questionário que abordou questões demográficas e socioeconômicas, além de informações sobre o pré-natal e as práticas de prevenção do câncer do colo do útero. Para análise estatística dos fatores associados, foi utilizado o teste do χ² e, posteriormente, o modelo de regressão logística com as variáveis que apresentaram nível de significância menor ou igual a 0,05 na análise bivariada. RESULTADOS: Encontrou-se uma prevalência de exame em atraso de 26,6% (IC95% 21,3 - 32,6), incluindo as mulheres que nunca se submeteram ao exame citopatológico (CP) do colo do útero anteriormente. As variáveis com associação significativa à não submissão ao exame no prazo estipulado foram: estado civil casada (OR 0,5; IC95% 0,2 - 0,9) e separada/viúva (OR 0,1; IC95% 0,02 - 0,8), ter se submetido ao exame ginecológico no pré-natal (OR 0,3; IC95% 0,1 - 0,6) e número de consultas pré-natal (OR 0,09; IC95% 0,03 - 0,25 para mais de 11 consultas), todos fatores de proteção. CONCLUSÕES: A prevalência de exame citopatológico atualizado está ligeiramente abaixo do indicado pela Organização Mundial da Saúde. Além disso, o fato de ter frequentado o pré-natal não foi determinante para garantir a realização do exame citopatológico segundo periodicidade recomendada.
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OBJETIVO: Determinar os desfechos maternos e perinatais em gestantes com o líquido amniótico diminuído segundo o índice de líquido amniótico (ILA). MÉTODOS: Realizou-se estudo de coorte com 176 pacientes admitidas na enfermaria de alto risco do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP. O líquido amniótico foi mensurado pelo índice de líquido amniótico , sendo classificado como diminuído, quando entre 5,1 e 7,9 cm; oligohidrâmnio moderado, entre 3,1 e 5,0 cm; e grave, quando menor ou igual a 3,0 cm. Para se determinar a diferença entre os três grupos das variáveis categóricas estudadas, foram utilizados o teste de chi-quadrado e exato de Fisher, quando pertinentes, e, para as variáveis numéricas, utilizou-se o teste de Mann Whitney, em um nível de significância de 5%. RESULTADOS: As malformações fetais ocorreram mais frequentes quando o oligohidrâmnio foi grave, enquanto as síndromes hipertensivas foram associadas ao oligohidrâmnio moderado. Observou-se semelhança entre os três grupos em relação à rotura prematura das membranas e outras causas. O líquido amniótico reduzido foi encontrado com maior frequência quando a idade gestacional do diagnóstico foi ≥32ª semana. Em relação aos desfechos perinatais, a incidência de índice de Apgar <7 no 1ºe 5ºminuto do óbito perinatal, da icterícia neonatal e da hipoplasia pulmonar foi mais elevada na presença do oligohidrâmnio moderado a grave. CONCLUSÕES: As causas e os desfechos maternos e perinatais em gestantes com líquido amniótico reduzido varia em relação a sua classificação pelo ILA, estando o oligohidrâmnio grave associado aos desfechos perinatais adversos e às malformações fetais.
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OBJETIVO: Comparar, empregando a ultrassonografia transvaginal, a adequação da posição do dispositivo intrauterino (DIU) na cavidade uterina, em função do período: inserção pós-parto e pós-aborto versus inserção durante o ciclo menstrual. MÉTODOS: Estudo epidemiológico do tipo individuado, observacional e transversal, realizado entre fevereiro e julho de 2013. Foram incluídas 290 mulheres, sendo 205 com inserção no ciclo menstrual e 85 no pós-abortamento/pós-parto. As variáveis independentes foram: idade, paridade, tempo de uso, época de inserção, número de retornos ao planejamento familiar, satisfação com o método, desejo de continuidade, queixas e complicações. A variável dependente foi a adequação do DIU na cavidade uterina. Para a análise estatística empregou-se o teste do χ², com correção de Pearson, e o teste exato de Fisher, considerando um nível de significância de 5%. RESULTADOS: A idade média foi de 29,4 anos e o tempo médio de uso foi de 2,7 anos; 39,3% das mulheres tiveram queixas associados ao método, sendo a menorragia a mais frequente (44,7%). A satisfação foi de 85%, e 61,4% retornaram duas ou mais vezes para consultas. A faixa etária, a paridade e a posição do útero não se associaram com má adequação do DIU na cavidade uterina (p>0,05). A inserção no ciclo menstrual associou-se mais à posição adequada do DIU do que a inserção pós-parto/pós-abortamento, com significância estatística (p=0,028). CONCLUSÃO: A inserção no pós-parto e pós-abortamento apresentaram piores resultados quanto à adequação do DIU, não sendo observado o mesmo com a faixa etária, a paridade e a posição do útero na cavidade pélvica.
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OBJETIVO: Caracterizar e comparar variáveis clínicas, antropométricas e bioquímico-metabólicas de pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP), estratificadas segundo o índice de massa corpórea (IMC). MÉTODOS: Estudo transversal com 78 mulheres entre 18 e 45 anos com diagnóstico de SOP, pelos Critérios de Rotterdam. As pacientes foram estratificadas segundo o IMC. As variáveis analisadas foram: idade, estado civil, sedentarismo, irregularidade menstrual, pressão arterial (PA), medidas antropométricas, perfil lipídico, glicemia em jejum e dosagens hormonais. Para comparar as variáveis analisadas entre os diferentes IMC, usou-se a Análise de Variância e o Teste de Kruskal-Wallis. O nível de significância para todos os testes foi de 5%. RESULTADOS: As pacientes apresentaram média de idade de 26,3 anos, sendo 79,5% classificadas como sedentárias e 68% com hiperandrogenismo. A circunferência da cintura, a Razão cintura/quadril, a Razão cintura/estatura e a porcentagem de gordura corporal foram maiores no grupo de obesas. A presença de marcadores de risco cardiovascular (RCV - glicemia de jejum, PA sistólica e diastólica e LDL-colesterol) foi diretamente proporcional ao IMC, enquanto que os níveis de HDL-colesterol e SHBG foram inversamente proporcionais ao IMC. CONCLUSÃO: A presença de marcadores de RCV aumentou proporcionalmente ao IMC, evidenciando que o perfil metabólico das mulheres obesas com SOP é mais desfavorável do que n não obesas.
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OBJETIVO: Analisar assistência pré-natal nos serviços de saúde públicos e privados. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, analítico a partir da auditoria dos cartões das gestantes que tiveram partos em um hospital de referência para atendimento de baixo risco na região dos Campos Gerais Estado do Paraná, no primeiro semestre de 2011. Para verificar associação do não registro dos cartões da gestante segundo assistência pré-natal no atendimento público e privado, foi utilizado o teste qui-quadrado de Yates corrigido ou teste exato de Fisher com nível de significância p≤0,05. A qualidade da assistência pré-natal foi baseada no percentual dos não registros dos cartões da gestante. RESULTADOS: Foram analisados 500 cartões de pré-natal. A frequência de seis ou mais consultas de pré-natal foi significativa e com predomínio no serviço privado, com 91,9%. Quanto aos exames laboratoriais e obstétricos mais frequentemente não registrados, estes foram respectivamente para o público e para o privado: sorologia de hepatite B (79,3 e 48,4%), hemoglobina e hematócrito (35,6 e 21,8%), sorologia anti-HIV (29,3 e 12,9%), movimentação fetal (84,3 e 58,9%), estatura (60,4 e 88,7%), verificação de edema (60,9 e 54,8%) e apresentação fetal (52,4 e 61,3%). A auditoria dos cartões das gestantes permitiu examinar a qualidade da assistência pré-natal e confirmou diferenças da assistência segundo o local de atendimento, mostrando qualidade excelente e boa no serviço privado e regular no público para ultrassonografia e tipo sanguíneo/fator Rh; qualidade regular no privado e ruim no público para exames de urina e peso e, para os demais exames laboratoriais, exames obstétricos e esquema vacinal, qualidade ruim ou muito ruim nos dois sistemas. CONCLUSÃO: As diferenças entre os serviços demonstraram necessidade de ações destinadas à melhoria da assistência pré-natal prestada principalmente pelo serviço público.
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OBJETIVO: Analisar a taxa de mortalidade perinatal dos casos de gastrosquise e os possíveis fatores associados. MÉTODOS: Foi realizado estudo de coorte retrospectivo entre 1992 e 2012. Foram incluídos todos os casos de gastrosquise nascidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) naquele período. O diagnóstico de gastrosquise foi obtido por meio do exame ultrassonográfico morfológico ou pelo exame clínico ao nascimento nos casos desconhecidos no pré-natal. As variáveis de nascimento (peso ao nascer, idade gestacional e escore de Apgar, modo de parto, tipo de gastrosquise e anomalias associadas) e cirúrgicas (tipo de fechamento cirúrgico, reintervenção e sepse) foram comparadas entre os casos sobreviventes e os óbitos. Os resultados desta comparação foram analisados de acordo com o tipo de variável por meio de testes paramétricos e não paramétricos (Mann-Whitney ou teste t de Student, χ² ou teste exato de Fisher) sendo considerado o nível de significância de 5% (p=0,05). RESULTADOS: Foram incluídos 64 recém-nascidos com gastrosquise, 59 deles (92,2%) diagnosticados durante o pré-natal. Vinte e seis casos (40,6%) tinham somente intestino exposto, classificados como gastrosquise simples, 22 tinham intestino e estômago (34,4%) e 16 tinham intestino e outros órgãos (25%), totalizando 38 casos de gastrosquise complexa. O reparo cirúrgico primário foi realizado em 44 casos (68,8%). A mortalidade foi de 23,4% (15 mortes). Os casos de óbito tinham peso ao nascer (p=0,001), escore de Apgar (p=0,03) e idade gestacional (p=0,03) significativamente menores que os sobreviventes. Não houve diferença no modo de parto (p=0,8) e, com relação ao conteúdo eviscerado, não houve diferença entre os casos de gastrosquise simples e complexa (p=0,06). A mortalidade foi significativamente mais elevada entre os casos que necessitaram de reintervenção (p=0,001) e com sepse (p=0,008). CONCLUSÃO: A mortalidade perinatal da gastrosquise parece depender principalmente da prematuridade, baixo peso e complicações cirúrgicas.
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OBJETIVO: Analisar entre pacientes com ruptura prematura de membranas pré-termo a associação do volume do líquido amniótico e os desfechos maternos.MÉTODOS: Estudo observacional do tipo coorte retrospectivo, realizado entre janeiro de 2008 e dezembro de 2012. Foram incluídas 86 gestantes com diagnóstico de ruptura prematura das membranas e idade gestacional entre a 24ªe a 35ª semanas, submetidas à mensuração do índice de líquido amniótico (ILA). Foram comparadas gestantes em dois pontos de cortes: com ILA <5,0 e ≥5,0 cm e ILA <3,0 e ≥3,0 cm. Foram excluídas mulheres com síndromes hipertensivas,diabetes mellitus, malformações fetais e com diagnóstico de infecção na admissão. Para análise estatística, foi utilizado o teste do χ2 ou exato de Fisher, quando pertinentes, e análise de regressão linear simples, adotando-se um nível de significância de 5%. Foi calculada a Razão de Risco (RR) e seu intervalo de confiança de 95% (IC95%).RESULTADOS: Quando avaliados os desfechos maternos em relação ao ILA ≥5,0 versus<5,0 cm, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Entretanto, em relação ao ILA <3,0 e ≥3,0 cm, foi verificado aumento do risco de corioamnionite (36,7 versus10,7%; RR: 3,4; IC95% 1,4 -8,3; p=0,004), não sendo observadas diferenças significativas para as outras variáveis estudadas. Houve ainda correlação positiva estatisticamente significativa entre o ILA e idade gestacional do parto (R2=0,78; p<0,0001).CONCLUSÕES: O ILA <3,0 cm aumenta em três vezes o risco para corioamnionite, e quanto maior o ILA, maior a idade gestacional do parto.
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OBJETIVO: Verificar a relação entre gordura corporal total e de tronco com o desempenho da marcha em mulheres na menopausa.MÉTODOS: Trinta e nove mulheres na menopausa, com idade de 50 anos ou mais, foram avaliadas. As avaliações foram: peso e estatura para cálculo do índice de massa corporal (IMC), composição corporal pela técnica de Dual-Energy X-ray Absorptiometry (DEXA) e marcha utilizando um baropodômetro. As variáveis de composição corporal utilizadas foram gordura corporal total, percentual de gordura corporal e gordura de tronco, enquanto as variáveis da marcha foram porcentagem de tempo de duplo apoio e de apoio simples e velocidade. As mulheres foram divididas de acordo com a mediana em dois grupos para cada variável da composição corporal: menos e mais gordura corporal, menos e mais percentual de gordura e menos e mais gordura de tronco. Para comparar as variáveis de marcha nesses grupos, foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para avaliar as possíveis relações entre as variáveis de composição corporal e marcha, o teste de correlação de Spearman foi utilizado. Todas as análises foram realizadas com nível de significância de 5%.RESULTADOS: O grupo com mais gordura de tronco, quando comparado com o grupo com menos gordura de tronco, apresentou maiores valores de duplo apoio (p=0,007) e menores valores de apoio simples (0,03). Foram encontradas correlações significativas e positivas entre gordura de tronco e duplo apoio (R=0,40) e negativas entre gordura de tronco e apoio simples (R=-0,32).CONCLUSÃO: Mulheres na menopausa que apresentam maiores quantidade de gordura no tronco tendem a apresentar desempenho prejudicado na marcha.
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OBJETIVO:Comparar as características clínicas e laboratoriais, os resultados maternos e perinatais de gestantes com pré-eclâmpsia versushipertensão gestacional.MÉTODOS:Análise retrospectiva dos prontuários médicos de pacientes com diagnóstico de pré-eclâmpsia e hipertensão gestacional, cujas gestações foram resolvidas em um período de cinco anos. Foram coletadas informações laboratoriais, resultados obstétricos e perinatais. As comparações entre os grupos foram realizadas com o uso do teste adequado para a variável analisada: testet não pareado, teste U de Mann-Whitney, ou teste do χ2. Consideramos p<0,05 como nível de significância estatística.RESULTADOS:Foram avaliadas 199 pacientes no grupo com hipertensão gestacional (HG) e 220 pacientes no grupo com pré-eclâmpsia (PE). No grupo HG o índice de massa corpórea médio foi 34,6 kg/m2 e no grupo PE, 32,7 kg/m2, com diferença significativa. O grupo PE apresentou valores de pressão arterial sistólica superiores ao grupo HG. Em relação aos exames laboratoriais, a média de valores denotou, de uma forma geral, maior gravidade no grupo PE. Pacientes submetidas à cesárea foram 59,1% dos casos no grupo PE e 47,5% no grupo HG. Em relação aos resultados perinatais, a idade gestacional e o peso ao nascer foram significativamente inferiores no grupo PE.CONCLUSÃO:As mulheres com hipertensão gestacional apresentam características epidemiológicas de pacientes com risco de doenças crônicas. As pacientes com pré-eclâmpsia apresentam parâmetros clínicos e laboratoriais de maior gravidade, taxas superiores de cesárea e piores resultados maternos e perinatais.
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OBJETIVO:Verificar se a contagem de folículos antrais pode predizer o número de oócitos captados em pacientes submetidas à fertilização in vitro (FIV), bem como correlacioná-la com a idade materna e a taxa de gestação.MÉTODOS:Estudo observacional retrospectivo que incluiu 193 pacientes submetidas a técnicas de reprodução assistida, entre setembro de 2010 e setembro de 2012, em uma Clínica de Reprodução Humana do Sudeste do Brasil. O estudo incluiu mulheres com indicação de FIV e com dosagem de hormônio folículo-estimulante inferior a 10 mUI/mL no terceiro dia do ciclo, sendo excluídas as receptoras de oócitos. As pacientes foram divididas em três grupos de acordo com o número de folículos antrais (até 10, de 11 a 22, maior ou igual a 23 folículos). Para a comparação entre esses três grupos e o grupo das pacientes que engravidaram, foram excluídas as pacientes que não desenvolveram oócitos e as que não tiveram embriões transferidos. Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para medir o grau de associação entre as variáveis numéricas e o teste do χ2 para comparar taxa de gravidez e contagem de folículos antrais. Para avaliar a probabilidade de gravidez, utilizou-se a regressão logística multivariada, com nível de significância de 5%.RESULTADOS:A taxa de gestação da amostra foi 35,6%. Observou-se correlação significativa (cs) positiva entre contagem de folículos antrais e número de oócitos aspirados (cs=0,5; p<0,05) e negativa entre contagem de folículos antrais e idade (cs= -0,5; p<0,05). Não houve diferença significativa (p=0,16) na comparação entre os grupos com diferentes números de folículos e o grupo com teste de gravidez positivo, entretanto, por meio da análise multivariada, encontrou-se ponto de corte de 27 folículos antrais, a partir do qual as probabilidades de sucesso de gestação tenderam a ficar constantes.CONCLUSÕES:A contagem dos folículos antrais decresce ao longo dos anos, é fator preditor do número de oócitos captados e pode prever a probabilidade de sucesso da fertilização in vitro.
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OBJETIVO: Determinar a prevalência de toxoplasmose e identificar os principais fatores associados à sororeatividade em gestantes atendidas em dois centros de referência em uma cidade do Nordeste do Brasil.MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 561 gestantes atendidas em dois centros de referência para pré-natal de alto risco em uma cidade do Nordeste do Brasil. Todas foram entrevistadas por meio de um questionário epidemiológico e foram coletadas amostras de sangue em que foram realizadas sorologia anti-Toxoplasma gondiipara IgG e IgM (ELISA), teste de avidez da IgG e reação em cadeia da polimerase (PCR). A análise estatística foi realizada com o programa SPSS version 18.0 Windows, usando odds ratio e intervalo de confiança de 95%, considerando-se o nível de significância de 5%.RESULTADOS: Constatou-se sororeatividade para toxoplasmose em 437 (77,0%), susceptibilidade em 124 (22,1%) e 5 (0,9%) gestantes com infecção ativa. Não encontramos associação significativa entre sororeatividade para toxoplasmose e idade, procedência, renda, escolaridade, situação da rede de esgotos, número de gestações e idade gestacional. As variáveis com associação significativa (p≤0,05) para sororeatividade foram: multigestas (p=0,03) e convívio com cães soltos na rua (p=0,001).CONCLUSÕES: O estudo permitiu identificar uma alta sororeatividade para toxoplasmose entre as pacientes atendidas no pré-natal, assim como os fatores associados à sororeatividade, devendo ser reforçadas orientações apropriadas sobre medidas de prevenção primária e monitoramento sorológico trimestral das gestantes nesse município e outras regiões do Nordeste do Brasil.
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OBJETIVO: Avaliar as características ultrassonográficas mamárias e os índices hemodinâmicos das artérias mamárias internas em grávidas normais, correlacionando-os com os períodos da gestação.MÉTODOS: Estudo epidemiológico, observacional e transversal, realizado entre agosto de 2013 e fevereiro de 2015, com 93 mulheres distribuídas em três grupos: primeiro trimestre, segundo trimestre e terceiro trimestre. As variáveis dependentes foram as espessuras da pele, do tecido celular subcutâneo, do tecido fibroglandular, do tecido adiposo retromamário, o diâmetro dos ductos, assim como os índices de pulsatilidade e resistência das artérias mamárias internas. As variáveis independentes foram os três períodos da gestação. Para a análise estatística, empregou-se o teste de Levene (variâncias uniformes entre os períodos da gestação), o teste ANOVA com medidas repetidas, o teste de Tukey de comparação múltipla e de contraste. O teste t de Student foi utilizado para avaliar a diferença entre nulíparas e não nulíparas, e o coeficiente de correlação de Pearson para a correlação entre as duas mamas. Foi considerado o nível de significância de 5%.RESULTADOS: A média de idade foi 26,6±4,6 anos, a qual não houve diferença significativa entre os grupos. A localização da mama (direita/esquerda) e o período gestacional não tiveram efeito significativo sobre as espessuras mamárias da pele, tecido celular subcutâneo e tecido adiposo retromamário, porém a espessura do tecido fibroglandular e o diâmetro dos ductos apresentaram diferença significativa em relação ao período gestacional (p<0,001) do primeiro para o terceiro e do segundo para o terceiro trimestres. A dopplerfluxometria das artérias mamárias internas revelou diferença entre as mamas e o período gestacional, ou seja, o lado direito apresentou medidas superiores ao lado esquerdo, e os valores foram decrescentes ao longo da gestação (p<0,001).CONCLUSÃO: A espessura média de tecido fibroglandular e o diâmetro dos ductos mostraram diferenças significativas do primeiro para o segundo e do primeiro para o terceiro trimestre, não sendo observadas diferenças entre as duas mamas. O índice de pulsatilidade e o índice de resistência das artérias mamárias internas foram progressivamente menores durante a gravidez.
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OBJETIVO: Avaliar resultados obstétricos e neonatais em gestantes com fetos pequenos para a idade gestacional após 35 semanas segundo a contagem de eritroblastos (EB) no sangue de cordão umbilical.MÉTODOS: A contagem de EB por 100 leucócitos no sangue do cordão umbilical foi obtida de 61 gestantes com fetos pequenos para a idade gestacional e Doppler umbilical normal. Estas foram divididas em 2 grupos: EB≥10 (grupo estudo, n=18) e EB<10 (grupo controle, n=43). Resultados obstétricos e neonatais foram comparados entre os grupos. Para a análise estatística, foram utilizados teste do χ2e t de Student, com nível de significância adotado de 5%.RESULTADOS: A média±desvio padrão de EB por 100 leucócitos foi de 25,0±13,5 para o grupo estudo e de 3,9±2,2 para o grupo controle. Os grupos EB≥10 e EB<10 não diferiram estatisticamente em relação à idade materna (24,0 versus 26,0 anos), primiparidade (55,8 versus 50%), comorbidades (39,5 versus 55,6%) e idade gestacional no parto (37,4 versus 37,0 semanas). O grupo EB≥10 apresentou maior taxa de cesárea (83,3 versus 48,8%, p=0,02), sofrimento fetal (60 versus 0%, p<0,001) e pH<7,20 (42,9 versus11,8%, p<0,001). O peso de nascimento e o percentil de peso para a idade gestacional foram significativamente menores no grupo EB≥10 (2.013 versus 2.309 g; p<0,001 e 3,8 versus 5,1; p=0,004; respectivamente). Não houve nenhum caso de Apgar de 5º minuto abaixo de 7.CONCLUSÃO: A contagem de EB acima de 10 por 100 leucócitos no sangue do cordão umbilical foi capaz de identificar maior risco de parto cesárea, sofrimento fetal e acidose de nascimento em fetos pequenos para a idade gestacional com dopplervelocimetria de artéria umbilical normal.