1000 resultados para Yersinia pseudotuberculosis - Infecções
Resumo:
Uma análise de 232 necrópsias completas realizadas em portadores de esquistossomose hepática avançada evidenciou em todos a lesão constante e característica de fibrose periportal com alterações destrutivas e obstrutivas de ramos intra-hepáticos da veia porta. Geralmente esta lesão estava associada a sinais de hipertensão porta (esplenomegalia e varizes do esôfago), constitutindo-se na forma hépato-esplênica mas em 12 casos estes sinais não existiam (a forma hepática avançada). Ao passar para a fase descompensada da esquistossomose hépato-esplênica, o fígado geralmente exibia uma acentuação da fibrose ao lado de sinais de inflamação crônica ativa, mas não mostrava uma evolução para a cirrose difusa. A esplenomegalia se acompanhou de lesões congestivas crônicas e de evidências de hiperplasia celular, especialmente no setor fagocítico mononucelar. Excepecionalmente se superajuntou a tais lesões um linfoma tipo nodular, o qual tende a ocorrer em mulheres após os 45 anos de idade. O envolvimento intestinal foi muito menor do que se poderia esperar. As lesões mais salientes foram a fibrose peri-intestinal, qua não parece ter maior repercussão clínica, e, raramente, as lesões pseudoneoplásicas e os polipos. Uma complicação freqüente foi o cor pulmonale secundário às elsões de arterite pulmonar esquistossomótica, que apareceu em 44 casos (18,9%). O aparecimento de doença renal associada se deu em 15% dos casos e foi geralmente representada por glomerulonefrite crônica, o que se presume seja devido a um processo mediado por complexos imunes na esquistossomose. Muitos dos casos exibiam infecções intercorrentes, com algumas delas, como a salmonelose e a hepatite viral, tendendo a ter um curso mais prolongado. Assim a esquistossomose avançada se apresentou um processo que atinge fundamentalmente of fígado, mas que repercute em vários outros órgãos através uma patogenia variada, complexa, ainda não bem entendida em toda a sua extensão.
Resumo:
Neste trabalho, está relatada a metodologia sobre a criação e manejo de uma cepa de Calomys callosus Rengger, 1830 (Rodentia-Cricetidae) chamada Canabrava, em condicoes de cativeiro. Os resultados mostram que este roedor pode se constituir em mais uma opção como animal de laboratório. No cativeiro C. callosus apresenta varias vantagens tais como: fácil manuseio, produtividade alta, reprodução durante todo ano, aparente resistência as infecções comuns a ratos (Rattus norvegicus), camundongos (Mus musculus) e cobaias (Cavia aperea). Por ser roedor de pequeno porte, a criação de C. callosus não requer grandes espaços e custos altos.
Resumo:
A ocorrência de toxoplasmose aguda em três membros de uma mesma família foi relacionada à ingestão de leite de cabra, não pasteurizado e nem fervido. As cabras eram criadas soltas no peridomicílio para fornecimento de leite. Anticorpos fluorescentes anti-Toxoplasma foram detectados nos quinze animais examinados, sendo que oito caprinos apresentaram títulos superiores a 1:1024 e nas cinco cabras lactantes estes títulos variaram de 1:1024 a 1:32.768. Taquizoitos foram isolados, por inovulação em camundongos, do leite de uma destas cabras. Os cães criados na mesma casa não apresentaram sintomas de toxoplasmose apesar de ter ocorrido perda de ninhada de uma cadela; em todos os cães foram detectados baixos níveis de anticorpos. Foi considerada menos provável a possibilidade de que as infecções humanas pudessem ser devido à ingestão de alimentos contaminados com oocistos.
Resumo:
Para a utilização em infecções experimentais e xenodiagnósticos de infecções naturais por leishmânias dermotrópicas do Rio de Janeiro, estabelecemos, em laboratório, uma colônia de Lutzomyia intermedia apresentando aqui a metodologia seguida, juntamente com dados relativos ao rendimento e duração de cada fase evolutiva nas quatro primeiras gerações.
Resumo:
Uma análise retrospectiva de 63 casos de Leishmaniose visceral (L.V.) revelou a presença, em 33 deles, de infecção bacteriana associada. Infecções do trato respiratório foram observadas em 13 (39,3%) pacientes, comprometimento de pele em 4 (12%), do trato urinário em 4 (12%), do ouvido em 3 (9%), e de orofaringe em 2 (6%). Sete (21%) pacientes apresentaram infecção concomitante em múltiplos sítios. Documentação bacteriológica através de isolamneto do agente etiológico foi obtida em 10, não havendo predominância estatisticamente significante de bactérias Gram positivas ou negativas. Houve 9 casos de óbito nestes 63 pacientes, sendo que em 8 deles a infecção bacteriana fazia parte do quadro clínico final. A análise das taxas de globulinas séricas revelou que infecção esteve presente de modo significativo (p < 0.05) em 15/20 (75%) dos pacientes com níveis de globulina sérica [menor ou igual a] 4,0g%. Não houve diferença significativa (p > 0.05) com relação ao número de neutrófilos entre os grupos com e sem infecção bacteriana. Concluiu-se, portanto, que infecção bacteriana é um achado freqüente em pacientes com L.V. e se constitui num sinal de mau prognóstico da doença.
Resumo:
São relatados quatro casos de micetoma causados por Nocardia brasiliensis, ocorridos no Rio Grande do Sul. É revista a literatura rio-grandense-do-sul.
Resumo:
A fauna flebotomínica da região de Três Braços, uma área endêmica de leishmaniose cutânea-mucosa localizada no sudeste do Estado da Bahia, na região cacaueira, é muito variada. Foram identificadas 30 espécies de Lutzomyia em 13.535 exemplares coletados entre os anos de 1976 e 1984. Lu. withmani foi a espécie altamente predominante no ambiente peridoméstico e no interior das residências, com percentuais de 99,0 e 97,5, respectivamente. Na floresta, as espécies predominantes foram Lu. ayrozai e Lu. yuilli, aparecendo Lu. whitmani com apenas 1,0% do total de exemplares examinados. Lu. flaviscutellata, vetor comprovado da Leishmania mexicana amazonensis, foi também coletada em baixos índices. Lu. wellcomei, vetor da L. braziliensis braziliensis na Serra dos Carajás, Pará, Brasil, não foi encontrada na região de Três Braços onde o parasito causando infecções humanas é predominantemente L. b. braziliensis. Embora não se tenha encontrado infecção natural por promastigotas em 1.832 fêmeas de diversas espécies examinadas, discute-se a possibilidade de Lu. whitmani ser um vetor da L.b. braziliensis na região, mantendo, provavelmente, a transmissão entre o cão e o homem.
Resumo:
Relata-se a ocorrência do roedor Akodon arviculoides (Wagner, 1842) no foco pestoso do Agreste pernambucano, sua capacidade de sobrevivência, reprodução e o desenvolvimento no cativeiro, a susceptibilidade à infecção pela Yersinia pestis e a importãncia desse roedor nos focos pestosos do Brasil.
Resumo:
Estudamos 59 Escherichia coli uropatogênicas (ECUP) obtidas de pacientes com infecção urinária e 30 E. coli originárias das fezes de indivíduos normais. Cada amostra originou-se de um paciente ou controle. Verificamos que 44% e 3,3% respectivamente eram hemolíticas em meio sólido segundo a origem. Apenas 15% das ECUP hemolíticas produziram alfa-hemolisina, isoladamente ou em associação com ß-hemolisina. A alfa-hemolisina correspondeu a 92% das amostras com atividade hemolítica. Não encontramos correlação entre títulos de alfa-hemolisina e o sítio de origem das ECUP (infecção alta ou baixa). Em 71% das ECUP e 30% das E. coli fecais detectamos a produção de citotoxina com ação citocida para linhagens celulares epitelióides como Vero, He-La e Hep-2 e pouco ativa para fibroblastos de embrião de galinha. A produção desta citotoxina não apresenta correlação com a síntese de hemolisinas. Não verificamos associação entre títulos citotóxicos e origem das ECUP. Certas características biológicas desta citotoxina como a resposta morfológica que determina nas células, o aumento dos títulos citotóxicos com o tempo, sua atividade citocida irreversível e sua termolabilidade sugerem analogia com a Verotoxina (VT) de E. coli. As células afetadas pela citoxina inicialmente mostram aspecto estrelado, tornam-se arredondadas e finalmente desprendem-se do seu suporte. É sugerido que a produção de citotoxina por E. coli aderidas às mucosas do trato urinário possa contribuir para a agressão ao uroepitélio.
Resumo:
Coelhos com infecções maciças (20.000 cercárias) pelo Schistosoma mansoni desenvolvendo dentro de três a dez meses intensas e peculiares lesões no sistema porta intrahepático; estas consisten en endoflebite poliposa e endoflebite granulomatosa oclusiva, que evoluem para a cicatrização, com hialinização dos polipos endoteliais e com ectasia vascular, ou com trombose, organização e recanalização. Nos períodos tardios, estas lesões se acompanham de fibrose periportal, septal e de espessamento da trama reticular intra-parenquimal. Embora podendo ser bem intensas, tais lesões têm um caráter focal, pois se relacionam com grupos de vermes alojados em alguns segmentos da veia porta, não determinam hipertensão porta, nem têm semelhanças com as lesões da esquistossomose humana. Os granulomas periovulares quase não aparecem no fígado, mas se formam bem nos intestinos, especialmetne nos dois ou três primeiros meses após a infecção. A patologia da esquistossomose no coelho tem, portanto, aspectos peculiares, os quais merecem ser bem conhecidos, uma vez que este modelo pode se revelar de interesse para estudantes dos imunológicos e imunopatológicos.
Resumo:
Um total de 4.298 exemplares de Bradybaena similaris foram coletados na zona rural do município do Rio de Janeiro e nos municípios de Paracambi e Itaguai, RJ, entre outubro de 1983 e setembro de 1986. Destes caramujos, 2.005 apresentaram metacercárias livres na cavidade pericádica. As prevalências médias anuais foram de: 42,89% (primeiro ano), 43,42% (segundo ano) e 55,86% (terceiro ano). As metacercárias foram identificadas, através de infecções experimentais em pintos, como sendo de Posttharmostomum gallinum. A pouca variação de tamanho entre as metacercárias de um mesmo hospedeiro indica que não existe um recrutamento contínuo do parasito. Análise estatística mostrou que não existe correlação entre o tamanho do caramujo e o número de metacercárias presentes na cavidade pericárdica, e que a mortalidade dos caramujos, observada em laboratório, era devido à infecção parasitária.
Resumo:
Foram realizados estudos bacteriológicos e/ou sorológicos para diagnóstico da infecção pestosa, em material obtido de 452 pacientes (48 positivos), 1.938 roedores e outros pequenos mamíferos (75 positivos), 4.756 cães (141 positivos) e 3.047 gatos (57 positivos), oriundos de 41 municípios localizados em toda a extensão da área paraibana do Planalto da Borborema. A infecção foi encontrada em 21 municípios. Foram isoladas 20 cepas de Yersinia pestis de amostras coletadas de três pacientes e 17 roedores. Estas cepas apresentam características bioquímicas, fatores de virulência, sensibilidade aos antibióticos e poder patogênico experimental semelhantes ao de cepas isoladas anteriormente. Pelos estudos realizados não foram observados, no surto de peste que eclodiu em setembro de 1986 na Paraíba, fatores diferentes dos observados nos outros focos do nordeste do Brasil.
Resumo:
Dacron (polyethylenetherephthalate) is proposed as a matrix for dot-ELISA procedures, as an alternative to nitrocellulose. Plates of dacron were partially hydrazinolyzed and hydrazide groups introduced were converted to azide groups. The derivative dacron-antigen was covalently linked on to the plates through these azide groups. The derivative dacron-antigen was exaustively washed according to CROOK and antigen was still fixed onto the plates. Protein F1A purified from Yersinia pestis was used as a model. Triration of sera from immunized and non immunized rabbits against this protein was carried out by employing the dot-ELISA method. No significant difference was observed using dacron-antigen and nitrocellulose-antigen preparations. However, both procedures showed to have a significant better performance in comparasion with the passive hemagglutination method. The specificity and reproductibility of the dot-ELISA assay using both preparations showed a similar behaviour. Nitrocellulose preparation was stable at 4ºC, 28ºC and -20ºC for 90 days, whereas the dacron-antigen derivative was stable only when stored at 4ºC. Dacron-antigen derivative could be re-used when the spot developing was proceeded using 4-chloro-1-naphtol as substrate.
Resumo:
The passive haemagglutination (PHA) test, enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and the dot enzyme-immunosorbent assay (DOT-ELISA) were used to detect the levels of IgG antibodies against the Fraction 1 (F1) antigen of Yersinia pestis in sera of plague-infected patients from Northeast Brazil. Twenty three selected PHA-positive sera of subjects with bacteriological confirmation of plague were also positive in the DOT-ELISA but only 19 were detected by the conventional ELISA technique. Another group of 186 serum samples from subjects diagnosed as plague-infected by clinical and epidemiological parameters, but PHA-negative, were screened with DOT-ELISA and 11 gave positive results. The specificity of the assays on the serological detection of plague was confirmed in inhibition tests using purified F1 antigen. These results suggest that DOT-ELISA can be an useful, simple and more sensitive alternative for the serodiagnosis of plague in Northeast Brazil.
Resumo:
A dot enzyme linked immunosorbent assay (dot-ELISA) was previously developed to detect specific antibodies in rabbits sera immunized against FIA protein obtained from Yersina pestis. This antigen was covalently linked onto the surface of dacron (polyethyleneterephthalate). Here, standard conditions are described for the optimization of this procedure: an amount of 20 ng of FIA protein was fixed onto dacron; anti-rabbit IgG peroxidase conjugate diluted 1:8,000 and 30% non-fat instant milk as blocking substance were used throughout the method. This procedure was compared with that employing nitrocellulose as solid-phase which showed to be more sensitive. However, the method based on dacron did not show false positive reactions against non-immunized rabbits sera at low antigen amount and diluted anti-IgG peroxidase conjugate.