1000 resultados para Saúde pública Financiamento


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OBJETIVO: Analisar os padres de utilizao dos servios de saúde em comunidades cobertas pela Estratgia de Saúde da Famlia. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 2.988 indivduos, de todas as idades, residentes em reas de abrangncia da Estratgia de Saúde da Famlia, em Porto Alegre (RS), entre julho e setembro de 2003. Foram aplicados questionrios pr-codificados a todos os moradores dos domiclios sorteados sobre informaes demogrficas, socioeconmicas e de saúde. Nas anlises foram calculadas razes de prevalncias, intervalos com 95% de confiana e aplicados testes do qui-quadrado. Realizou-se regresso de Poisson na anlise multivarivel para possveis fatores de confuso. RESULTADOS: Pessoas do sexo feminino, com 60 anos ou mais, com cor da pele branca, com menor nvel socioeconmico, sem cobertura por plano de saúde e com autopercepo de saúde ruim tiveram maior probabilidade de utilizar a unidade de saúde da famlia local. Em relao aos usurios de outros servios de saúde, o padro foi semelhante para as variveis sexo, idade e autopercepo de saúde, mas foi encontrada uma maior utilizao por pessoas com maior nvel socioeconmico e com cobertura por plano de saúde. CONCLUSES: A utilizao da unidade de saúde da famlia local foi maior entre as pessoas com menor nvel socioeconmico e sem cobertura por plano de saúde, indicando indivduos mais pobres como prioritrios das aes governamentais. A mudana do modelo assistencial e a implantao da Estratgia de Saúde da Famlia tendem a melhorar progressivamente as condies de saúde da populao mais pobre, minimizando as desigualdades em saúde.

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OBJETIVO: Avaliar a utilizao de servios de saúde entre idosos portadores de doenas crnicas. MTODOS:Estudo transversal realizado com 2.889 indivduos com idade a partir de 65 anos, portadores de condies crnicas - hipertenso arterial, diabetes mellitus e doena mental -, residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde em 41 municpios das regies Sul e Nordeste do Brasil em 2005. Os dados analisados foram obtidos do estudo de linha de base do Programa de Expanso e Consolidao da Saúde da Famlia. As variveis estudadas foram sexo, idade, cor da pele, situao conjugal, escolaridade, renda familiar, tabagismo, incapacidade funcional e modelo de ateno da unidade bsica de saúde. A anlise ajustada dos desfechos foi realizada com regresso de Poisson. RESULTADOS: A prevalncia de consulta mdica nos ltimos seis meses foi de 45% no Sul e de 46% no Nordeste. A prevalncia de participao em grupos de atividades educativas no ltimo ano foi de 16% na regio Sul e de 22% na regio Nordeste. Nas duas regies, o uso dos servios foi maior por idosos com idade inferior a 80 anos, baixa escolaridade e residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde com Programa Saúde da Famlia. Apenas na regio Sul os idosos com incapacidade funcional apresentaram maior prevalncia de consultas mdicas. CONCLUSES: As prevalncias de consulta mdica e de participao em grupos de atividades educativas foram baixas, quando comparadas com estudos anteriores realizados com idosos no Brasil. Os resultados indicam que, apesar de o Programa Saúde da Famlia promover maior uso de servios das unidades bsicas de saúde pelos idosos portadores de condies crnicas, h necessidade de ampliar o acesso daqueles com mais de 80 anos e dos portadores de incapacidade funcional.

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OBJETIVO: Analisar a evoluo do gasto do Ministrio da Saúde com medicamentos. MTODOS: O gasto total (agregado) do Ministrio da Saúde com medicamentos e de seus programas (desagregado) foram analisados para o perodo de 2002 a 2007. As aes que financiaram a aquisio de medicamentos foram obtidas no sistema Siga Brasil e classificadas segundo os programas de assistncia farmacutica. Os valores liquidados foram identificados para cada programa. Para 2006 e 2007, foram pesquisadas as aquisies de anti-retrovirais. Em relao aos medicamentos do Programa de Dispensao em Carter Excepcional, confrontaram-se os dados da ao oramentria com aqueles disponveis no Sistema nico de Saúde. Os valores obtidos foram deflacionados aplicando-se o ndice de Preos ao Consumidor Amplo. Foi efetuada anlise exploratria dos dados. RESULTADOS: O gasto em 2007 foi 3,2 vezes o de 2002 e a participao do gasto com medicamentos no gasto total aumentou de 5,4% em 2002 para 10,7% em 2007. O gasto com os medicamentos da ateno bsica teve aumento de 75% e com medicamentos dos programas estratgicos, de 124%. No caso dos anti-retrovirais o aumento foi de aproximadamente 6%, mas com aumento de 77% de 2005 a 2006, seguida de reduo de 29% de 2006 a 2007. O aumento mais expressivo do gasto foi observado com os medicamentos de dispensao em carter excepcional, 252% de 2003 a 2007. CONCLUSES: Houve aumento significativo do gasto com medicamentos entre 2002 e 2007, havendo maior participao nesse gasto dos anti-retrovirais e medicamentos de dispensao excepcional, os quais so constitudos por nmero expressivo de frmacos protegidos por patentes.

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OBJETIVO:Descrever formas de violncia externa e indireta que afetam a saúde mental de trabalhadores de programa de saúde da famlia, bem como as estratgias desenvolvidas pelos trabalhadores para viabilizar seu trabalho e se proteger psicologicamente. MTODOS: Estudo qualitativo do processo de trabalho no Programa Saúde da Famlia, realizado nos municpios de So Paulo, Ribeiro Preto e Embu (SP), em 2005. Foi utilizada a abordagem terica da psicodinmica do trabalho, que prope a criao de grupos de reflexo com os trabalhadores. Buscou-se identificar aspectos subjetivos do trabalho, situaes de sofrimento psquico e estratgias utilizadas pelos trabalhadores para lidar com o sofrimento e continuar a trabalhar. RESULTADOS: A organizao do trabalho no Programa exps os trabalhadores a: situaes de violncia, por vezes invisvel; sentimentos de impotncia frente s situaes de precariedade; no-reconhecimento dos esforos realizados; falta de fronteiras entre aspectos profissionais e pessoais; convvio intenso com situaes de violncia domstica e social; medo do risco de exposio; sensao de integridade moral e fsica ameaadas e temor de represlia. Foram observadas situaes de sofrimento psquico decorrente da violncia no trabalho, intensificados no Programa Saúde da Famlia pelo convvio cotidiano com situaes de violncia que geram medo e sentimento de vulnerabilidade. CONCLUSES: As repercusses psicolgicas geradas pela violncia no trabalho, nem sempre expressas sob a forma de transtornos psquicos, foram observadas em situaes de elevado sofrimento. Os trabalhadores desenvolvem estratgias para minimizar esse sofrimento, se protegem psiquicamente e continuam a trabalhar; buscam construir redes de solidariedade e de proteo com a populao visando diminuio da vulnerabilidade. Aprendem, na experincia acumulada, a detectar situaes de risco evitando aquelas que acreditam serem ameaadoras.

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OBJETIVO: Analisar as tendncias de insero no trabalho e composio de renda dos mdicos a partir das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domiclio (PNAD). MTODOS: Os microdados das PNAD de 1988, 1993, 1998 e 2003 foram analisados segundo parmetros demogrficos, sociais e ocupacionais. Na anlise exploratria foram consideradas as tendncias relacionadas com o emprego e renda dos mdicos. As associaes estatsticas foram avaliadas pelo teste qui-quadrado. RESULTADOS: Quanto ao perfil demogrfico observou-se uma tendncia de ampliao da presena de mulheres e de profissionais com mais de 55 anos, alm da preservao da alta proporo de brancos. Com relao ocupao e renda, observou-se um aumento do empresariamento mdico e a manuteno de elevados rendimentos, em termos relativos, especialmente para aqueles que mesclavam ocupaes de empregado e empregador. CONCLUSES: A possibilidade do exame de caractersticas individualizadas de ocupao e renda e dos mltiplos vnculos dos mdicos, disponveis nas PNAD, ainda que limitadas, contribui para o aprofundamento da compreenso dos padres e mudanas da insero dos mdicos brasileiros no mercado de trabalho no perodo ps-implementao do Sistema nico de Saúde.

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Com base na teorizao da ergologia e do processo de trabalho, este ensaio objetiva contribuir para a reflexo acerca do trabalho coletivo em saúde, destacando sua especificidade e as dificuldades de construo e gesto de coletivos de trabalho. Aborda o trabalho como atividade humana que compreende, dialeticamente, a aplicao de um protocolo prescrito e uma perspectiva singular e histrica. O trabalho em saúde envolve uma relao entre sujeitos que agem nas dramticas do uso de si e que fazem a gesto do seu prprio trabalho; influenciado pela histria das profisses de saúde e pelas determinaes macro-polticas. Conclui-se que essa complexidade do trabalho em saúde precisa ser considerada no processo de gesto de equipes/coletivos profissionais de modo a articular aes que possibilitem implementar um novo projeto de ateno saúde na perspectiva da integralidade.

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OBJETIVO: Analisar os mecanismos de microrregulao aplicados pelas operadoras de planos de saúde nas prticas de gesto da clnica e de qualificao assistencial em hospitais prestadores de servios. MTODOS: Estudo transversal realizado em inqurito de abrangncia nacional, cujo universo foi constitudo pelos hospitais prestadores de servios s operadoras de planos de saúde em 2006. Foi construda uma amostra de 83 unidades, estratificada segundo macrorregio do Brasil e tipo de hospital. Os dados foram obtidos por meio de aplicao de questionrio em entrevista aos dirigentes dos hospitais. RESULTADOS: A microrregulao que as operadoras de planos de saúde exercem sobre os hospitais em termos da qualificao da assistncia foi muito baixa ou quase nula. A atuao das operadoras foi majoritariamente destinada ao intenso controle da quantidade de servios utilizados pelos pacientes. Os hospitais que prestavam servios a operadoras de planos de saúde no constituam micro-sistemas de saúde paralelos ou suplementares ao Sistema nico de Saúde (SUS). Observou-se que os prestadores hospitalares privados eram majoritariamente vinculados ao SUS. Entretanto, no pertenciam rede alguma de prestadores privados, ainda que fossem objeto de forte regulao da utilizao de seus servios, exercida pelas operadoras de planos de saúde. A interveno das operadoras de planos de saúde enquanto gestoras de sistemas de cuidado foi incipiente ou quase ausente. Aproximadamente a metade dos hospitais declarou adotar diretrizes clnicas, enquanto apenas 25,4% afirmaram exercer a gesto da patologia e 30,5% mencionaram a gesto dos casos. CONCLUSES: As relaes contratuais entre hospitais e operadoras de planos de saúde se constituem em contratos meramente comerciais com pouca ou nenhuma incorporao de aspectos relativos qualidade da assistncia contratada, limitando-se, em geral, a aspectos como definio de valores, de prazos e procedimentos para pagamento.

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OBJETIVO: Analisar a literatura nacional e internacional sobre validade de mtodos de relacionamentos nominais de base de dados em saúde, com nfase nas medidas de aferio da qualidade dos resultados. MTODOS: Reviso sistemtica de estudos de coorte, caso-controles e seccionais que avaliaram a qualidade dos mtodos de relacionamento probabilstico de base de dados em saúde. Foi utilizada metodologia Cochrane para revises sistemticas. As bases consultadas foram as mais amplamente utilizadas: Medline, LILACS, Scopus, SciELO e Scirus. No foi utilizado filtro temporal e os idiomas considerados foram: portugus, espanhol, francs e ingls. RESULTADOS: As medidas sumrias da qualidade dos relacionamentos probabilsticos foram a sensibilidade, a especificidade e o valor preditivo positivo. Dos 202 estudos identificados, aps critrios de incluso, foram analisados 33 artigos. Apenas seis apresentaram dados completos sobre as medidas-sumrias de interesse. Observam-se como principais limitaes a ausncia de revisor na avaliao dos ttulos e dos resumos dos artigos e o no-mascaramento da autoria dos artigos no processo de reviso. Estados Unidos, Reino Unido e Nova Zelndia concentraram as publicaes cientficas neste campo. Em geral, a acurcia dos mtodos de relacionamento probabilstico de bases de dados variou de 74% a 98% de sensibilidade e 99% a 100% de especificidade. CONCLUSES: A aplicao do relacionamento probabilstico a bases de dados em saúde tem primado pela alta sensibilidade e uma maior flexibilizao da sensibilidade do mtodo, mostrando preocupao com a preciso dos dados a serem obtidos. O valor preditivo positivo nos estudos aponta alta proporo de pares de registros verdadeiramente positivos. A avaliao da qualidade dos mtodos empregados tem se mostrado indispensvel para validar os resultados obtidos nestes tipos de estudos, podendo ainda contribuir para a qualificao das grandes bases de dados em saúde disponveis no Pas.

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Com o objetivo de analisar a associao entre estresse no trabalho e hipertenso arterial na populao feminina, foi realizado estudo transversal com 1.819 mulheres participantes do Estudo Pr-Saúde no Rio de Janeiro, RJ, entre 1999 e 2001. Foi utilizada a verso brasileira da escala reduzida de estresse no trabalho (modelo demanda-controle). A prevalncia global de hipertenso arterial aferida (>140/90 mmHg e/ou uso de medicao anti-hipertensiva) foi de 24%. Comparadas com participantes com trabalho classificado como de baixa exigncia, as razes ajustadas de prevalncias de hipertenso arterial de mulheres em trabalhos de alta exigncia, passivos e ativos, foram, respectivamente, de 0,93 (IC 95%: 0,72;1,20), 1,06 (IC 95%: 0,86;1,32) e 1,14 (IC 95%: 0,88;1,47). Sugere-se a realizao de anlises longitudinais para elucidar o papel dessas caractersticas psicossociais do ambiente de trabalho na determinao da hipertenso arterial.

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OBJETIVO: Identificar variveis associadas a internaes sensveis ao cuidado primrio. MTODOS: Inqurito de morbidade hospitalar realizado com amostra aleatria de 660 pacientes internados em enfermarias de clnica mdica e cirrgica de hospitais conveniados com o Sistema nico de Saúde, em Montes Claros, MG, de 2007 a 2008. Foram realizadas entrevistas com os pacientes e seus familiares utilizando formulrio prprio e pesquisa aos pronturios. A definio das condies consideradas sensveis ao cuidado primrio baseou-se na lista do Ministrio da Saúde. A associao entre variveis socioeconmicas e de saúde com as internaes sensveis foi analisada utilizando-se anlises bivariadas e de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: O percentual de internaes sensveis ao cuidado primrio no grupo estudado foi de 38,8% (n=256). As variveis que se mantiveram estatisticamente associadas com as condies sensveis ao cuidado primrio foram: internao prvia (OR=1,62; IC 95%: 1,51;2,28), visitas regulares a unidades de saúde (OR=2,20; IC 95%: 1,44;3,36), baixa escolaridade (OR=1,50; IC 95%: 1,02;2,20), controle de saúde no realizado por equipe de saúde da famlia (OR=2,48; IC 95%: 1,64;3,74), internao solicitada por mdicos que no atuam na equipe de saúde da famlia (OR=2,25; IC 95%: 1,03;4,94) e idade igual ou superior a 60 anos (OR=2,12; IC 95%: 1,45;3,09). CONCLUSES: As variveis associadas s internaes sensveis so sobretudo prprias do paciente, como idade, escolaridade e internaes prvias, mas o controle regular da saúde fora da Estratgia de Saúde da Famlia duplica a probabilidade de internao.

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OBJETIVO: Analisar percepes e participao de usurias de unidade bsica de saúde em relao preveno e promoo de saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo no qual foram entrevistadas 20 usurias de uma unidade de saúde da famlia de Belo Horizonte, MG, em 2007. O roteiro da entrevista englobou questes sobre o processo saúde-doena e preveno e promoo de saúde. Foi utilizada a tcnica de anlise de contedo na anlise dos relatos. ANLISE DOS RESULTADOS: A percepo sobre preveno apresentou influncia da teoria de Leavell & Clark, expressa por aes que evitam o aparecimento, progresso ou agravamento de alguma doena. A promoo de saúde foi concebida como um nvel de preveno e associada responsabilizao individual e ao conceito positivo de saúde. As prticas de preveno e promoo de saúde estiveram orientadas pelo conceito positivo de saúde, pela possibilidade de gerarem prazer/desprazer, pelas interferncias que poderiam ocasionar no cotidiano, pela concepo de fora de vontade e de valor conferido vida. CONCLUSES: O discurso sobre preveno e promoo de saúde marcado por concepes tradicionais. Contudo, houve a incorporao do conceito positivo de saúde que, aliado ao fator prazer e fora de vontade, atuam como principais influenciadores do comportamento. So necessrias estratgias com abordagens mais amplas sobre o processo saúde-doena, traduzindo os princpios modernos da promoo de saúde.

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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de histrico de violncia sexual entre mulheres gestantes e sua associao com a percepo de saúde. MTODOS: Estudo transversal, com 179 mulheres maiores de 14 anos e grvidas de 14 a 28 semanas, entrevistadas em servios pblicos de saúde em So Paulo, SP, entre os anos de 2006 e 2007. Os instrumentos utilizados foram: inventrio de violncia sexual, inventrio de dados sociodemogrficos e questionrio de qualidade de vida relacionada saúde: "Medical Outcomes 12-Item Short-Form Health Survey" (SF-12). Mulheres com e sem histria de violncia sexual foram comparadas quanto idade, escolaridade, ocupao, estado civil, cor da pele e autopercepo de saúde fsica e mental. A violncia sexual foi caracterizada em penetrativa ou no penetrativa. RESULTADOS: Houve prevalncia de 39,1% de violncia sexual entre as entrevistadas, sendo 20% do tipo penetrativo, cometida sobretudo por agressores conhecidos. Em 57% das mulheres a primeira agresso ocorreu antes dos 14 anos. No houve diferenas sociodemogrficas entre mulheres que sofreram e as que no sofreram violncia sexual. Escores mdios de percepo de saúde fsica entre as entrevistadas com antecedente de violncia sexual foram menores (42,2; DP=8,3) do que das mulheres sem este antecedente (51,0; DP=7,5) (p<0,001). A percepo de saúde mental teve escore mdio de 37,4 (DP=11,2) e 48,1 (DP=10,2) (p<0,001), respectivamente para os dois grupos. CONCLUSES: Houve alta prevalncia de violncia sexual entre as grvidas dos servios de saúde avaliados. Mulheres com antecedente de violncia sexual apresentaram pior percepo de saúde do que as sem esse antecedente.

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OBJETIVO: Analisar os fatores que adultos e idosos consideram como mais importantes para manuteno da saúde. MTODOS: Estudo transversal realizado com 4.060 adultos e 4.003 idosos residentes em reas de abrangncia de 240 unidades bsicas de saúde das regies Sul e Nordeste, em 2005. Um carto com figuras e frases referentes a sete fatores relacionados com o risco de doenas e agravos no transmissveis era mostrado aos indivduos para que indicassem o fator mais relevante para a saúde. Os fatores eram: manter uma alimentao saudvel, fazer exerccio fsico regularmente, no tomar bebidas alcolicas em excesso, realizar consultas mdicas regularmente, no fumar, manter o peso ideal e controlar ou evitar o estresse. As anlises foram ajustadas por regresso de Poisson com clculo de razes de prevalncia ajustadas, intervalos com 95% de confiana, e valores de significncia usando os Testes de Wald para heterogeneidade e tendncia linear. RESULTADOS: Os fatores mais freqentemente indicados pelos adultos foram: alimentao saudvel (33,8%), realizar exerccio fsico (21,4%) e no fumar (13,9%). Entre os idosos, os fatores mais relatados foram: alimentao saudvel (36,7%), no fumar (17,7%) e consultar o mdico regularmente (14,2%). Foram observadas diferenas entre os fatores citados conforme a regio geogrfica, variveis demogrficas, socioeconmicas e de saúde. CONCLUSES: A maioria de adultos e idosos, de ambas regies, reconhece e indica a necessidade de manter uma alimentao saudvel e de no fumar como medidas mais importantes para manuteno da saúde. Estratgias de educao em saúde devem considerar essas caractersticas dos indivduos para estimular medidas especficas a serem adotadas para cada segmento populacional.

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OBJETIVO: Analisar caractersticas relacionadas adeso ao tratamento dos casos de tuberculose em servios de referncia para tuberculose. MTODOS: Trata-se de um estudo ecolgico nas unidades de referncia no tratamento dos casos de tuberculose dos distritos sanitrios de Salvador, BA, em 2006. A amostra foi composta pelas unidades de saúde municipais que atenderam 67,2% dos 2.283 casos notificados de tuberculose no ano. Foram analisadas as variveis: cura, abandono, exames realizados, equipe de saúde e benefcios aos pacientes. Para verificar associao entre as variveis, foi utilizado o teste qui-quadrado ou exato de Fisher, sendo consideradas estatisticamente significantes as associaes com p<0,05. RESULTADOS: Dos casos estudados, 78,4% resultaram em cura, 8,6% em abandono, 2,2% em bito e 8,1% em transferncia. As taxas de adeso por unidade de saúde apresentaram variabilidade entre 66,7% a 98,1%. As variveis cura e abandono mostraram associao estatisticamente significante com a adeso na comparao de propores. Todas as unidades com alta adeso possuam equipe de saúde completa. CONCLUSES: A adeso foi fator importante para o desfecho cura e abandono, mas foi baixo o ndice de unidades que alcanaram as metas de cura. A presena de equipe multidisciplinar completa no programa de tuberculose pode contribuir para a compreenso pelo paciente sobre a sua enfermidade e a adeso ao tratamento para a cura.