999 resultados para Hormônios Peixes


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Lysinibacillus sphaericus (Lsp) uma bactria entomopatgena que produz a toxina Binriav(Bin) com atividade larvicida para culicdeos. A sua ao em Culex quinquefasciatus depende da ligao da toxina Bin -glicosidase (Aglu) Cqm1, que atua como receptor no epitlio intestinal de larvas. Na colnia R2362, foram caracterizados dois alelos de resistncia ao Lsp: cqm1REC e cqm1REC-2, cujas mutaes impedem a expresso da Aglu Cqm1. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade cataltica da Cqm1 e comparar a atividade -glicosidase e o desenvolvimento pr-imaginal de larvas de indivduos susceptveis (S) e resistentes (R) para cada alelo. Para isto, foram avaliados os seguintes parmetros: atividade cataltica da Cqm1 recombinante; padro de transcrio de outras Aglus parlogas Cqm1; atividade de Aglus nativas em larvas; sobrevivncia de indivduos frente a diferentes dietas. A Aglu Cqm1 mostrou atividade enzimtica tima 37o C, pH 7,5-8,0 e utilizando o substrato sinttico pNG. A atividade -glicosidase total em larvas S e R foi similar, apesar da ausncia de expresso da Cqm1 nas larvas R. A investigao in silico revelou 18 protenas parlogas Cqm1 e, dentre 11 investigadas, nove so expressas em larvas S e R. A anlise quantitativa de trs parlogas demonstrou que duas tem um padro de transcrio mais elevado em larvas resistentes, sugerindo a existncia de um mecanismo de compensao de expresso de -glicosidases. O desenvolvimento pr-imaginal de larvas S foi decrescente nas seguintes dietas: rao de gatos, rao de peixes, leite desnatado, extrato de levedura e sacarose. De uma forma global, a taxa de sobrevivncia de larvas R foi inferior S em todas as dietas testadas. Os dados obtidos mostram que as mutaes ligadas aos alelos cqm1REC e cqm1REC-2 no parecem impactar a atividade Aglu nas larvas e que o custo biolgico observado poderia estar relacionado a outros genes e vias metablicas.

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Fcies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternrios ocorrem na Plancie Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fcies expostas na plancie costeira apresentam uma composio essencialmente siliciclstica, as fcies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composio carbontica. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fcies destacam-se do fundo ocenico como altos topogrficos submersos. Os altos topogrficos da antepraia tm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da rea de estudo. Os bioclastos carbonticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associao Heterozoa, ou seja, so formados por carbonatos de guas frias, caractersticos de mdias latitudes, e so representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, aneldeos, crustceos decpodos, restos esqueletais de peixes sseos e cartilaginosos, cetceos, tartarugas e aves semelhantes fauna atual. Alm destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrncia de fragmentos orgnicos provenientes de afloramentos continentais fossilferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnvora e Rodentia. A concentrao dos bioclastos na praia resultada da ao direta dos processos hidrodinmicos que atuam na regio de estudo (ondas de tempestade, deriva litornea, correntes, etc). A variao no tamanho mdio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa est relacionada ao limite da ao das ondas de tempestades sobre o fundo ocenico, o qual controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocnicos e pleistocnicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocnicos permite argumentar que aps o penltimo mximo transgressivo que resultou na formao do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depsitos lagunares permaneceram emersos e no estiveram sob a ao marinha (barrancas do arroio Chu, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depsitos lagunares esteve sob ao direta do ambiente praial. Em diversas feies submersas observam-se coquinas contendo fsseis de mamferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria so aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqncia da ltima regresso pleistocnica (iniciada aps o mximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposio subarea. Este fato possibilitou a dissoluo diferenciada dos componentes carbonticos existentes nos depsitos (coquinas e arenitos) e sua recristalizao (calcita esptica) em ambientes saturados em gua doce. A Transgresso Ps-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsvel pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonticos. Devido ao seu grau de consolidao estes depsitos resistiram eroso associada elaborao da superfcie de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos h 8 ka houve novamente um perodo favorvel precipitao de carbonato de clcio, ocorrendo a litificao de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimtrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos no recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretao da tafonomia dos bioclastos de idade holocnica sugere pelo menos duas fcies deposicionais: (a) Fsseis articulados numa matriz areno-sltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ao de ondas. (b) Fragmentos de carapaas e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita esptica, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentao por ondas de tempestades. A dinmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente eroso e constituem os altos topogrficos submersos (parcis) descritos neste trabalho.

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Foram utilizados metais pesados e colimetrias como indicadores biolgicos, na avaliao da qualidade do pescado artesanal do Lago Guaba, localizado junto regio metropolitana de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), visando oferecer subsdios para discusso da qualidade de vida dos pescadores artesanais, de suas famlias e dos consumidores deste pescado, bem como fundamentar decises de polticas pblicas. Exemplares de, Leporinus obtusidens (Characiformes, Anostomidae) (Valenciennes, 1847) Piava (denominao local) e de Pimelodus maculatus (Siluriformes, Pimelodidae) (Lacpde, 1803), Pintado (denominao local), foram capturados por pescadores cooperativados, em trs pontos do referido Lago a saber: Delta do Jacu, Canal de Navegao e Lagoa. As amostras foram colhidas entre junho de 2000 a setembro de 2001. Foram avaliadas, quanto a presena de mercrio, 27 exemplares de Leporinus obtusidens e 27 de Pimelodus maculatus. Os nveis de mercrio foram determinados por espectrofotometria de absoro atmica e, excetuando-se duas amostras de Piava, os nveis de mercrio estavam abaixo de 0,5g/g, limite tolerado pela legislao vigente no Brasil para peixes no predadores. A mdia encontrada nos Pintados (0,216 mg/kg) significativamente maior (p<0.001), quando comparada das Piavas (0,094 mg/kg). Presume-se como hiptese o fato dos Pintados serem peixes de nvel trfico elevado e as Piavas, por sua vez, de nvel trfico baixo. Tambm foram avaliadas, quanto a presena de arsnio, 27 amostras de Leporinus obtusidens 27 de Pimelodus maculatus. Os nveis de arsnio foram determinados por espectrofotometria de absoro atmica. Os nveis encontrados estavam abaixo de 1,0 mg/kg, limite tolerado pela legislao vigente no Brasil para peixes e seus produtos. A mdia encontrada nos Pintados foi de 0,142 mg/kg e nas Piavas de 0,144 mg/kg. Na mesma ocasio, foram avaliadas quanto a presena de coliformes totais, fecais e Escherichia col, 43 amostras de Leporinus obtusidens e 43 de Pimelodus maculatus. Os nveis colimtricos totais e fecais foram determinados segundo Brasil. Ministrio da Agricultura (1992), utilizando-se a tcnica dos Nmeros Mais Provveis. A presena de E. coli foi confirmada pelo teste do Indol. A mdia dos coliformes fecais significativamente maior nos Pintados quando comparado com as Piavas (p = 0,043). Em relao a E. coli existe diferena significativa entre a Piava e o Pintado (p=0,040). O Pintado significativamente mais contaminado que a Piava. Das Piavas analisadas 4,65 % estavam acima dos nveis permitidos pela legislao brasileira para coliformes fecais e dos Pintados, 11,62 % das amostras tambm estavam fora destes limites. Em 23,25 % das amostras de Piava e 44,18% de Pintados foi constatada a presena de E. coli. No houve diferena nos resultados quanto aos pontos de captao do pescado. Os valores encontrados no presente trabalho indicam a necessidade de maior ateno s boas prticas de higiene desde a captura, manipulao e processamento do pescado, preservando-se o ambiente e as condies sociais, culturais e mesmo artesanais envolvidas.

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Neste trabalho so abordados aspectos da biologia reprodutiva como o perodo reprodutivo, fecundidade e presena de caracteres sexuais secundrios de duas espcies do gnero Bryconamericus, que so tetragonopterneos pertencentes famlia Characidae. O gnero distribui-se desde a Costa Rica at o Oeste da Argentina por uma variedade de ecossistemas de gua doce. Foram feitas coletas mensais nos rios Vacaca e Ibicu no Rio Grande do sul, entre abril de 2001 e maro de 2002, utilizando redes do tipo picar. Os animais capturados foram fixados em formol 10% e, em laboratrio, foram medidos, pesados, separados por sexo e dissecados para a retirada e pesagem de gnadas, estmago e fgado. A partir destes dados, foram calculados os ndices gonadossomtico, de repleo estomacal e hepatossomtico. As gnadas foram identificadas macro e microscopicamente quanto ao estdio de maturao. O perodo reprodutivo de B. iheringii compreende os meses de setembro e outubro e o de B. stramineus, os meses de outubro, novembro e fevereiro. O teste de correlao no paramtrico de Spearman no demonstrou significncia entre as mdias de IGS das duas espcies e os fatores biticos e abiticos, com exceo dos valores de IGS de machos de B. stramineus e os valores do fotoperodo, que mostraram haver correlao A fecundidade absoluta, estimada a partir da contagem total dos ovcitos vitelinados teve uma mdia de 933,71 ovcitos para B. iheringii e de 371,3 ovcitos para B. stramineus. A fecundidade relativa mdia para B. iheringi foi de 0,36 ovcitos por mg de peso total e para B. stramineus foi de 0,35. Os caracteres sexuais secundrios analisados foram a presena de ganchos nas nadadeiras plvicas e anal dos machos, cuja presena e freqncia foi estimada de acordo com os diferentes estdios de maturao gonadal, com o ms analisado e por classes de comprimento padro. Em ambas espcies observa se maior incidncia de ganchos desenvolvidos em machos no estdio em maturao e de ganchos bem desenvolvidos em machos maduros. A anlise mensal mostra um predomnio de ganchos bem desenvolvidos nos meses correspondentes ao perodo reprodutivo, para ambas as espcies. De acordo com as classes de comprimento, ganchos bem desenvolvidos foram encontrados sempre nos indivduos maiores. Durante a pesquisa foi observada tambm, a presena de uma glndula na regio anterior do primeiro arco branquial, outro caracter sexual secundrio, que est sendo registrado pela primeira vez para essas duas espcies.

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O hipotireoidismo uma doena que tem grande impacto sobre o metabolismo basal dos tecidos, reduzindo o consumo de O2 e gerao de energia. Por essa razo, a sua relao com a produo de espcies ativas de oxignio (EAO) extremamente importante, uma vez que com a diminuio da utilizao de O2, possivelmente, ocorra uma reduo na gerao das EAO. Portanto, trabalhamos com a hiptese de que havendo decrscimo na sntese de radicais livres, o dano oxidativo ficaria menos evidente nos diferentes tecidos de hipotireoideos. Foram utilizados ratos Wistar, pesando cerca de 170 g divididos em dois grupos distintos: hipotireoideos e eutireoideos. O hipotireoidismo foi induzido pelo procedimento cirrgico denominado de tireoidectomia. Cabe salientar, que os animais eutireoideos foram submetidos somente simulao da cirurgia (sham operated). Transcorridas quatro semanas da tireoidectomia, os ratos tiveram seu sangue coletado e seus rgos (corao e fgado) removidos. Foram feitas anlises bioqumicas do dano oxidativo atravs da medida da lipoperoxidao (TBA-RS e Quimiluminescncia) e da oxidao das protenas (dosagem das carbonilas). Medidas de defesas antioxidantes enzimticas (atividade e concentrao das enzimas catalase, superxido dismutase, glutationa peroxidase e glutationaStransferase) e no enzimticas (atravs da medida da capacidade antioxidante total -TRAP) tambm foram realizadas. Os resultados, da quantificao da lipoperoxidao, demonstraram a diminuio das cifras de TBA-RS e Quimiluminescncia no sangue e tecido cardaco dos ratos tireoidectomizados em relao ao grupo eutireoideo. No entanto, no tecido heptico no houve alterao deste parmetro. A oxidao das protenas tambm foi menor no plasma dos animais hipotireoideos. Por outro lado, o TRAP e a atividade das enzimas antioxidantes se apresentaram em declnio no grupo hipotireoideo em relao ao grupo eutireoideo, no miocrdio e nos eritrcitos. Todavia, no tecido heptico, somente a catalase demonstrou decrscimo da atividade cataltica nos hipotireoideos. As concentraes das enzimas antioxidantes superxido dismutase e glutationaStransferase, medidas por Western Blott, foram menores no corao e sangue, e inalteradas no fgado. Esses resultados sugerem que o estado hipometablico, causado pela deficincia dos hormônios da tireide, pode levar reduo dos danos oxidativos aos lipdeos e s protenas. Entretanto, no podemos afirmar que o estresse oxidativo dos animais hipotireoideos seja inferior aos eutireoideos, porque as defesas antioxidantes tambm esto reduzidas nestes animais.

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Este trabalho descreve comparativamente o ciclo reprodutivo de duas espcies de Cheirodontinae: Compsura heterura, com inseminao, e Odontostilbe sp., de fecundao externa e analisa a sua relao com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundrios, como ganchos da nadadeira anal e glndula branquial. Espcimes de Compsura heterura foram obtidos no rio Cear Mirim, Rio Grande do Norte, entre abril de 2001 e abril de 2002 e de Odontostlbe sp. no rio Ibicu Mirim, Rio Grande do Sul, entre abril de 2001 e maro de 2002. O perodo reprodutivo, estabelecido atravs da variao mensal dos valores mdios do ndice gonadossomtico (IGS) e anlise histolgica das gnadas, estendeu-se de janeiro de 2001 a abril de 2002 em C. heterura. Odontostilbe sp. apresentou dois perodos reprodutivos, o primeiro durante setembro e outubro de 2001, e o segundo entre janeiro e fevereiro de 2002. A temperatura, em machos e fmeas, e pluviosidade, somente nas fmeas, foram os fatores determinantes no desencadeamento do processo reprodutivo em C. heterura, uma vez que os mesmos apresentaram correlaes significativas com a variao do IGS. J em Odontostlbe sp., de regio subtropical, o fotoperodo foi o fator que apresentou a maior correlao. A fecundidade absoluta mdia de C. heterura foi de 434 + ou - 112 ovcitos e a fecundidade relativa mdia de 0,55 ovcitos por mg de peso total, semelhante a de outros queirodontneos com fecundao externa. A fecundidade absoluta mdia de Odontostlbe sp. foi mais elevada, variando de 722 + ou - 179 ovcitos no primeiro perodo reprodutivo (setembro e outubro) e 869+ ou - 222 ovcitos no segundo perodo (janeiro e fevereiro), e a fecundidade relativa mdia de 0,71 e 0,89 ovcitos por miligramas de peso em cada um dos perodos. As fases de ovognese e espermatognese so discutidas e caracterizadas a fim de auxiliar na classificao microscpica dos estdios de maturao gonadal. Fmeas de C. heterura em maturao apresentaram espermatozides nos ovrios, indicando que a inseminao pode ocorrer antes do perodo reprodutivo e que fmeas so receptivas a corte antes da maturao. Machos das duas espcies apresentam gnadas ativas e espermatozides mesmo fora da poca de reproduo, estando permanentemente aptos a fecundao. Odontostilbe sp. apresenta espermatozides com o ncleo arredondado, tpico de espcies de fecundao externa, e C. heterura possui espermatozides com ncleo alongado, caracterstico de espcies com inseminao. Caracteres de dimorfismo sexual secundrio so mais desenvolvidos na espcie com inseminao (C. heterura) do que na espcie de fecundao externa (Odontostilbe sp.). Os ganchos em C. heterura so longos e finos e mais numerosos nas regies anterior e posterior da nadadeira anal, enquanto que em Odontostilbe sp. os ganchos so pequenos e restritos aos raios anteriores da nadadeira. Em ambas as espcies, machos maduros apresentaram ganchos durante todo o ano, indicando que estas estruturas no so perdidas aps o perodo reprodutivo. As duas espcies apresentam glndula branquial na regio mais ventral do primeiro arco branquial e ainda no segundo arco em C. heterura. Na glndula branquial os filamentos branquiais apresentam-se fusionados por tecido epitelial estratificado, impedindo a circulao de gua e causando a perda da funo respiratria e desenvolvendo clulas cilndricas secretoras entre as Iamelas secundrias. A glndula branquial de C. heterura formada por at 15 filamentos e de Odontostilbe sp. por at 10 filamentos. Machos imaturos e fmeas no desenvolveram esta estrutura, apenas machos em maturao e maduros. O desenvolvimento dos dois caracteres sexuais secundrios examinados (ganchos e glndula branquial) ocorre somente aps o incio da maturao dos testculos, sendo relacionados a maturao gonadal e no ao tamanho dos indivduos.

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A amgdala medial (AMe) um ncleo superficial do complexo amigdali-de, ocupando seu aspecto rostromedial. A AMe modula uma srie de comportamen-tos, alm de modular a memria e o aprendizado associado a estmulos olfativos e visuais. Em ratos, uma estrutura sexualmente dimrfica e est dividida em quatro subncleos: ntero-dorsal (AMeAD), ntero-ventral (AMeAV), pstero-dorsal (AMePD) e pstero-ventral (AMePV). A AMe apresenta clulas com caractersticas morfolgicas variadas e receptores para hormônios gonadais amplamente e heterogeneamente distribudos entre todos os seus subncleos. O presente trabalho teve como obje-tivos caracterizar a morfologia dos neurnios dos subncleos AMeAD, AMeAV, AMePD e AMePV de ratas na fase de diestro e verificar a densidade de espinhos dendrticos de neurnios dos subncleos AMeAD, AMePD e AMePV de ratas nas fa-ses de diestro, pr-estro, estro e metaestro. Para tal, foram utilizadas ratas Wistar (N=24) que, aps a identificao da fase do ciclo estral, foram anestesiadas e per-fundidas, tiveram seus encfalos retirados e seccionados (cortes coronais de espes-sura de 100 e 200 m), submetidos tcnica de Golgi. A seguir, os neurnios foram selecionados e desenhados com auxlio de cmara clara acoplada a um fotomicroscpio. Na avaliao da morfologia dos neurnios, observou-se que eles so do tipo multipolar, clulas estreladas e bitufted, sendo encontrados em todos os subncleos da AMe de ratas na fase de diestro alm de clulas com corpos celulares arredondados, fusiformes, piriformes, ovais e com caractersticas piramidais. Para a quanti-ficao da densidade de espinhos dendrticos, foram desenhados os primeiros 40 m de 8 ramos dendrticos de 6 fmeas por fase do ciclo estral e por subregio da AMe. Os resultados da contagem dos espinhos dendrticos foram submetidos a ANOVA de uma via e ao teste de Newman-Keuls. Verificou-se que, em diestro, a densidade de espinhos nas regies AMeAD, AMePD e AMePV, foi maior quando comparada s demais fases do ciclo estral. Alm disso, em diestro, a AMePD apresentou a maior densidade quando comparada com as regies AMeAD e AMePV. O estudo mostrou que os neurnios da AMe de ratas estudadas na fase de diestro apresentaram morfologia variada e a densidade de espinhos dendrticos va-riou na AMeAD, AMePD e AMePV durante o ciclo estral de ratas, especialmente na AMePD. Os resultados obtidos sugerem a plasticidade induzida por esterides se-xuais na morfologia e na fisiologia da AMe de ratas.

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Um sistema nacional de inovao que oferea suporte adequado ao crescimento sustentvel da economia, requer uma interao entre o sistema tcnicocientfico e o sistema produtivo. No caso do Rio Grande do Sul, alguns setores tradicionais de sua economia foram contemplados com plos de modernizao tecnolgica com o objetivo de induzir o fluxo de conhecimento. Este estudo aborda a questo da transferncia de conhecimento para o setor produtivo, sob a perspectiva do projeto de piscicultura do Plo de Modernizao Tecnolgica do Mdio Alto Uruguai PMTec, implantado junto Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses - URI, Campus de Frederico Westphalen. Este trabalho tem como objetivos verificar a estrutura de projetos implantada; avaliar o processo de difuso de tecnologia; avaliar impactos econmicos resultantes, bem como, oferecer subsdios para outras avaliaes. A investigao referente a estrutura de projetos e o processo de difuso de tecnologia foi elaborada com dados secundrios provenientes dos relatrios do Plo. Para a pesquisa relativa incorporao de tecnologia e de impactos econmicos foram entrevistados noventa e quatro piscicultores, que responderam a um conjunto de questes fechadas, resultando em dados quantitativos que, na anlise, foram acrescidos de dados qualitativos recolhidos nas entrevistas. As principais concluses da pesquisa so: a implantao do Plo e seu projeto de piscicultura foi responsvel pelo desenvolvimento de uma nova fonte de renda para as propriedades da regio; entretanto, o impacto econmico da nova atividade poderia ser melhor se aumentadas as aes de difuso da tecnologia como assistncia tcnica nas propriedades para a produo e comercializao dos peixes.

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Hiperplasia Prosttica Benigna (HPB) uma condio patolgica que acomete os homens na senescncia e est presente em 50% da populao masculina, com cerca de 85 anos de idade. A glndula prosttica alvo dos hormônios andrognicos que so responsveis pela diferenciao e crescimento do epitlio e estroma prostticos. Os mecanismos proliferativos da prstata envolvem uma srie de fatores que operam em conjunto para manter o equilbrio entre inibio e/ou proliferao celular. Este trabalho teve como objetivo investigar os mecanismos moleculares mediados por andrognio que possam estar envolvidos na proliferao de clulas epiteliais prostticas humanas derivadas de HPB. As clulas foram incubadas com diferentes concentraes de dihidrotestosterona (DHT). Uma baixa concentrao de DHT (10-13 M) provocou um aumento significativo na proliferao destas clulas. Para se verificar se o efeito proliferativo ocorre via receptor de andrognio (AR), as clulas foram tratadas com o antiandrognio hidroxiflutamida e a proliferao foi inibida. A expresso do gene do AR foi avaliada por RT-PCR em diferentes tempos de tratamento e concentraes de DHT. Os nveis de mRNA do AR aumentaram significativamente nos grupos tratados com DHT.10-13 M em 3, 4 e 6 horas de estmulo hormonal, sendo que um aumento marcante na expresso do AR foi observado em 4 horas de tratamento. Em relao s diferentes concentraes de DHT testadas no tempo de 4 horas (DHT.10-8, DHT.10-10 e DHT.10-13 M), a expresso do AR aumentou significativamente no grupo tratado com DHT.10-13 M em relao ao grupo controle. Buscando averiguar o possvel papel de genes envolvidos na proliferao celular que podem ser modulados pela ao andrognica, em clulas epiteliais prostticas, avaliou-se tambm por RT-PCR a expresso do p21 e do bcl-2. A expresso gnica do p21 foi verificada no intervalo de tempo de zero 6 horas de tratamento com DHT.10-13 M, no apresentando diferena em seus nveis de mRNA nos tempos avaliados. Quando as clulas foram incubadas durante 4 horas com diferentes concentraes de DHT, observou-se que a concentrao mais alta (10-8 M) provocou um aumento significativo nos nveis de mRNA do p21 em relao ao grupo tratado com DHT.10-13 M. O gene do bcl-2 teve sua expresso avaliada no mesmo intervalo de tempo do p21. Os nveis de mRNA do bcl-2 aumentaram significativamente em 15 minutos de tratamento com DHT.10-13 M em relao ao tempo zero e aos grupos tratados por 1 e 4 horas. Os dados obtidos neste trabalho indicam que baixas concentraes de dihidrotestosterona estimulam a proliferao das clulas epiteliais prostticas derivadas de HPB, por uma via que parece envolver a expresso do AR, do p21 e do bcl-2.

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Duas enzimas, as iodotironinas desiodases tipos I e II (D1 e D2), catalizam a reao de 5 desiodao do T4 promovendo a formao do hormnio tireoidiano ativo, T3. A D1, principal fonte de T3 circulante no plasma, esta presente no fgado, rim e tireide. At recentemente, acreditava-se que a expresso da D2 estivesse restrita a tecidos nos quais a concentrao intracelular de T3 desempenha um papel crtico como na hipfise, sistema nervoso central e tecido adiposo marrom (TAM). Estes conceitos foram estabelecidos com base em estudos de atividade enzimtica em homogenados de tecidos de ratos. A recente clonagem dos cDNAs da D1 e D2, de ratos e humanos, forneceu novos meios para a avaliao da distribuio tecidual e dos mecanismos que regulam a expresso dos genes destas enzimas. Estudos anteriores demonstraram que altos nveis de mRNA da D2 so encontrados na tireide e msculos cardaco e esqueltico em humanos, entretanto este mesmo padro no foi observado em ratos. Os hormônios tireoidianos tem um efeito direto sobre as desiodases, regulando a ao dessas enzimas de maneira tecido-especfica. Estudos prvios demonstraram que elevados nveis de T4 reduzem metade a atividade da D2 no crebro e hipfise dos camundongos C3H/HeJ (C3H), linhagem de camundongos que apresenta uma deficincia inata da D1 compensada com o aumento dos nveis sricos de T4 que, nestes animais, so aproximadamente o dobro daqueles observados nos camundongos normais, C57BL/6J (C57). No presente trabalho, utilizamos a tcnica da PCR a partir da transcrio reversa (RT-PCR) para determinar o padro de expresso do mRNA da D1 e D2 em diferentes tecidos de camundongos e avaliar sua regulao pelos hormônios tireoidianos. Investigamos, tambm, os nveis de mRNA da D2 em diferentes tecidos de camundongos normais e com deficincia inata da D1 para avaliarmos o mecanismo pelo qual o T4 regula a atividade da D2 nos animais deficientes. Nossos resultados demonstraram, como esperado, que altos nveis de mRNA da D1 esto presentes no fgado e rim e em menores quantidades no testculo e hipfise. Detectamos mRNA da D2, predominantemente, no TAM, crebro, cerebelo, hipfise e testculo. Nveis mais baixos de expresso foram detectados, tambm, no corao. O tratamento com T3 reduziu, significativamente, a expresso da D2 no TAM e corao, mas no no crebro e testculo. Por outro lado, os nveis de mRNA da D2 aumentaram, significativamente, no testculo de camundongos hipotireoideos. Transcritos da D2 foram identificados no crebro, cerebelo, hipfise, TAM, testculo e, em menores quantidades, no corao em ambas as linhagems de camundongos, C57 e C3H. Entretanto, ao contrrio da atividade, nenhuma alterao significativa nos nveis basais de expresso do mRNA da D2 foi detectada nos tecidos dos camundongos deficientes. O tratamento com T3 reduziu de forma similar, os nveis de mRNA da D2 no TAM e corao em ambos os grupos de animais. Em concluso, nossos resultados demonstraram que o mRNA da D2 se expressa de forma ampla em diferentes tecidos de camundongos, apresentando um padro de expresso similar ao descrito em ratos. A co-expresso da D1 e D2 no testculo sugere um papel importante dessas enzimas no controle homeosttico do hormnio tireoidiano neste rgo. Demonstramos, tambm, que a deficincia da D1 no altera os nveis basais de expresso do mRNA da D2 nos camundongos C3H, confirmando que o T4 atua ao nvel ps-transcricional na regulao da atividade da D2 nestes animais. Alm disso, o T3 age de forma tecido-especfica e tem efeito similar sobre a regulao pr-transcricional do gene da D2 em ambas as linhagens de camundongos.

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A rizipiscicultura caracteriza-se pelo cultivo de arroz irrigado e peixes em consrcio, sendo uma prtica milenar realizada em diversos pases asiticos. No Brasil, esta atividade ainda no est muito difundida e os seus benefcios ainda so pouco conhecidos. Com o objetivo de avaliar o efeito de trs densidades de semeadura (70, 150 e 230 kg/ha) e de trs nveis de nitrognio (40, 80 e 160 kg/ha) sobre o rendimento de gros e outras caractersticas agronmicas de duas cultivares de arroz irrigado. Foi conduzido um experimento a campo em Santo Antnio da Patrulha, RS, no ano agrcola 2000/2001. Foram avaliados atributos fsicos e qumicos do solo, acamamento de plantas, crescimento e distribuio radicular, rendimento de gros, componentes do rendimento, esterilidade, qualidade de gros, rendimento de massa seca, ndice de colheita e nitrognio acumulado na parte area da planta. A fertilidade e a concentrao de razes na camada mais superficial do solo (0 5 cm) so maiores em relao camada de 5,1 15 cm. A elevao da densidade de semeadura na cultivar IRGA 417 resulta em aumento no rendimento de gros e no acamamento de plantas. Na cultivar IRGA 419 no h efeito do aumento da densidade de semeadura sobre estes parmetros. Independente da cultivar e da densidade de semeadura, o rendimento de gros de arroz irrigado e o acamamento de plantas no foram afetados pela adubao nitrogenada. O rendimento de massa seca da parte area aumenta com o aumento da densidade de semeadura somente at DPF. O teor de protena bruta dos gros de arroz irrigado maior na cultivar IRGA 417 do que na cultivar IRGA 419.

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A enzima estudada no presente trabalho delta-aminulevulinato dehidratase (-ALA D), uma enzima sufidrlica, cuja atividade pode ser inibida por uma variedade de agentes bloqueadores de grupos tilicos . A reao catalisada pela -ALA D (formao do composto monopirrlico porfobilinognio) faz parte da rota de sntese de compostos tetrapirrlicos como o grupamento heme, consequentemente a inibio desta enzima implica em alteraes patolgicas decorrentes da inibio da rota de biossntese do heme e ainda resultar no acmulo do substrato ALA, o qual pode ter atividade pr oxidante por estar envolvido na produo de espcies ativas de oxignio. Avaliou-se a susceptibilidade da -ALA D de fgado de peixe e rato frente a inibio por selnio orgnico e inorgnico. Os resultados demostraram claramente que a enzima -ALA D de peixes e mamferos susceptvel a inibio in vitro por compostos orgnicos e inorgnicos de selnio. A anlise comparativa demostrou que a enzima -ALA D de peixes mais resistente a inibio por selnio em relao a de mamferos. Todavia no foi possvel esclarecer as causas deste diferente comportamento. Os resultados demostraram que o sistema de hidroxilao previamente descrito em ratos que acelera cataliticamente a oxidao de DTT na presena de disselenetos tambm ocorre em tecidos de peixe. Neste sistema esto envolvidos fatores enzimaticos, uma vez que este efeito foi anulado pela desnaturao trmica do sobrenadante. O presente trabalho mostra que a enzima -ALA D de peixes e ratos sensvel a inibio; in vitro, por composto de selnio orgnico e inorgnico. A manuteno dos grupos SH do stio ativo da enzima no estado reduzido essencial para a ao cataltica da -ALA D. A inibio da -ALA D causada por selnio orgnico ( (PhSe2) e (BuSe2)) e selnio inorgnico (selenito de sdio) prevenida por DTT. Estes resultados indicam que o selenio orgnico e inorgnico inibe a -ALA D por oxidao de grupos tiis essenciais da enzima. A inibio desta enzima e conseqentes alteraes na rota de sntese de tetrapirris podem ser responsveis pelos efeitos txicos de selenetos orgnicos e inorgnicos em peixes e outros animais. Em peixes os efeitos toxicos mais relatados referem-se a deficincias reprodutivas, principalmente na reduo da sobrevivncia larval. Coincidentemente os ovrios so o local de maior acumulao de selnio nos tecido de peixe e o desenvolvimento larval exige intensa atividade da enzima -ALA D.

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As espcies de peixes de gua doce neotropicais constituem um dos agrupamentos mais diversos do planeta, tanto em termos de riqueza de espcies como em relao diversidade de formas, comportamentos e modos de vida. A reproduo um dos aspectos mais interessantes e importantes desta plasticidade, podendo-se encontrar praticamente todos os mecanismos de reproduo sexuada entre as espcies de peixes. Apesar da importncia do conhecimento sobre a reproduo dos peixes, relativamente poucos estudos tratam deste tema, sobretudo se considerado o nmero de espcies descritas para o Neotrpico. H poucos anos, a maioria dos trabalhos sobre reproduo de peixes contemplavam as espcies de maior porte, de interesse comercial. Nos ltimos anos, vem aumentando o volume de informaes disponveis acerca das caractersticas reprodutivas de espcies de menor porte, sobretudo aquelas da famlia Characidae, a mais numerosa entre os Characiformes neotropicais. Embora represente um importante avano, o conhecimento da biologia reprodutiva das espcies de gua doce de grande ou pequeno porte ainda incipiente. Alm disso, muitos trabalhos deixam de abordar vrios aspectos da reproduo das espcies estudadas, dificultando a anlise comparada do conjunto de dados disponveis, bem como o estabelecimento de padres reprodutivos para a ictiofauna do Neotrpico. Este trabalho visa contribuir para o conhecimento da biologia reprodutiva de espcies de peixes de gua doce da famlia Characidae, oferecendo novas informaes sobre diversos aspectos da reproduo de trs espcies que apresentam uma estratgia reprodutiva peculiar, a inseminao, pertencentes a trs linhagens diferentes de caracdeos.O trabalho objetiva ainda analizar estes dados, juntamente com os disponveis na literatura, dentro do contexto da filogenia e da biologia comparada, procurando compreender melhor os padres e processos envolvidos nos aspectos reprodutivos destas espcies. O primeiro trabalho apresentado (Evoluo, comportamento, histria de vida e filogenia: um estudo de caso em peixes caracdeos com inseminao) discute a influncia das relaes genealgicas e filticas na reproduo e no comportamento, e o uso de caracteres reprodutivos e comportamentais como ferramentas em anlises filogenticas. No segundo trabalho (Biologia reprodutiva de Diapoma terofali (Eigenmann, 1915) (Teleostei: Glandulocaudinae) do rio Ibicui da Faxina, sul do Brasil), so apresentados diversos dados sobre reproduo e desenvolvimento de caracteres sexuais secundrios de Diapoma terofali, da subfamlia Glandulocaudinae. Da mesma forma, o terceiro trabalho (Biologia reprodutiva de Macropsobrycon uruguayanae Eigenmann, 1915 (Characidae: Cheirodontinae: Compsurini) do rio Ibicui, Rio Grande do Sul, Brasil) trata sobre os aspectos da reproduo e desenvolvimento de caracteres sexuais secundrios em Macropsobrycon uruguayanae, um caracdeo inseminado pertencente subfamlia Cheirodontinae. No quarto trabalho (Ocorrncia de inseminao e descrio da morfologia do testculo e ultraestrutura do espermatozide de espcies de Hollandichthys (Eigenmann, 1909) (Ostariophysi: Characidae)), descrita a ocorrncia de inseminao em espcies do gnero Hollandichthys, pertencente a uma terceira linhagem de Characidae com inseminao. Tambm so descritas as caractersticas morfolgicas e da ultraestrutura dos espermatozides destas espcies. Por fim, o quinto trabalho que compe esta tese (Caractersticas da reproduo de espcies de Characidae (Teleostei: Characiformes) e suas relaes com o tamanho corporal e filogenia), rene as informaes existentes na literatura sobre reproduo de espcies de Characidae e formula hipteses sobre a existncia de alguns padres reprodutivos em Characidae e sobre suas possveis explicaes evolutivas. So tambm discutidas as relaes entre estes supostos padres, o tamanho corporal e as relaes filogenticas das espcies da famlia.

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Este estudo foi realizado com o objetivo de 1) determinar a eficcia de duas temperaturas (370 C e 390 C) e trs intervalos de tempo (48, 72 e 96h) comumente usados na maturao in vitro (MIV) de ovcitos caninos, 2) verificar o efeito de hormônios heterlogos: hormnio folculo estimulante (FSH) 0,5g/ml, estradiol 20g/ml e somatotropina humana (hST) 1g/ml; e o efeito de protenas: 0,4 % albumina srica bovina (BSA), 10 % de soro de vaca em estro inativado (SVE), e 10 % soro de cadela em estro inativado (SCE) na maturao nuclear de ovcitos caninos, 3) observar a influncia da condio reprodutiva das doadoras de ovrios (folicular, diestro, anestro, piometra, e prenhez) sobre os ndices de maturao in vitro ovocitria, 4) verificar a habilidade para fecundao in vitro de ovcitos coletados de fmeas em diferentes estgios do ciclo estral, previamente maturados in vitro e adicionalmente, examinar sua capacidade de desenvolvimento embrionrio in vitro. O meio de maturao usado nos experimentos foi TCM-199 suplementado com 25 mM Hepes/l (v/v) com 10 % de soro de vaca em estro inativado (SVE), 50 g/ml de gentamicina, 2,2 mg/ml de bicarbonato de sdio, 22 g/ml de cido pirvico, 1 g/ml de estradiol, 0,5 g/ml de FSH e 0,03 UI/ml de hCG. O meio de maturao era modificado de acordo com a proposta experimental apresentada. Os resultados do primeiro experimento no mostraram diferena estatstica no ndice de meiose de ovcitos maturados 37oC ou 39oC em quaisquer dos intervalos testados (48, 72, 96 horas), embora a proporo de ovcitos que alcanaram metfase II a 37oC aps 72 horas da maturao in vitro, mostrasse uma tendncia estatstica significncia (p = 0,064), quando comparada quela dos ovcitos maturados 39oC. Foi concludo que temperaturas de 37oC e 39oC so similares para maturao in vitro de ovcitos de cadelas. No segundo experimento deste estudo, os ndices mais elevados (p < 0,05) de retomada da meiose aps 72 horas de maturao in vitro foram obtidos, quando TCM 199 era suplementado com 0,4 % de BSA. Uma influncia positiva sobre a aquisio de metfase II (MII) foi observada com a suplementao de 1g/ml de hST no meio de maturao. Ao contrrio, ovcitos maturados em TCM 199 com 10 % de soro de cadela em estro no se desenvolveram at o estdio de MII. Os resultados deste experimento mostraram que a suplementao de protenas e de hormônios ao TCM-199 no facilitam as etapas finais da maturao in vitro de ovcitos de cadelas.No terceiro experimento, os resultados de maturao dos ovcitos no mostraram diferena estatstica na progresso do material nuclear at o estdio de MII entre os ovcitos provenientes de cadelas em vrias condies reprodutivas (fase folicular: 5,4 %; diestro: 4,2 %; anestro: 4,4 %; piometra: 8,1 % e prenhez: 4,7 %). A retomada da meiose mostrou ndices de 24,6 % na fase folicular, 19,6 % no diestro, 16,4 % no anestro, 37,1 % na piometra e 29,2 % na prenhez. ndices positivos e mais elevados de resduo acima do valor esperado foram observados para as condies de piometra e de prenhez nos estdios de metfase/anfase I (MI/AI). Nossos resultados indicam que a maturao nuclear in vitro de ovcitos caninos no influenciada pela condio reprodutiva in vivo da fmea no momento da coleta ovariana. No experimento de fecundao in vitro (FIV), 888 ovcitos selecionados atravs de sua qualidade morfolgica superior foram distribudos em 3 grupos de acordo com o estgio do ciclo estral da doadora em: a) folicular, b) anestro, c) luteal . Aps perodo de 48 horas de maturao a 37oC em TCM 199 suplementado com 25 mM Hepes/l (v/v), com 10 % soro de vaca em estro inativado (SVE), 50 g/ml de gentamicina, 2,2 mg/ml de bicarbonato de sdio, 22 g/ml de cido pirvico, 20 g/ml de estradiol, 0,5 g/ml de FSH, 0,03 UI/ml hCG e 1 g/ml de hST, os ovcitos eram fecundados in vitro (2x106 espermatozides/ml) por um perodo de 24 horas. A percentagem de ovcitos nucleados desenvolvendo-se em embries foi de 10,1 % (27/ 267). O ndice de clivagem (2-8 clulas) aps cinco dias da FIV foi similar nas fases reprodutivas (folicular, anestro, e luteal). Contudo, o ndice geral de fecundao foi superior nos ovcitos oriundos de cadelas nos estgios folicular (42,4 %) e anestro do ciclo (34,3 %) comparativamente queles provenientes da fase luteal (18,6 %) (p < 0,001). Alm disso, foi verificada influncia da fase folicular sobre o desenvolvimento de proncleos, com os ndices nesta fase (24,2 %) sendo estatisticamente diferentes daqueles observados no anestro e na fase luteal (9,6 % e 3,7 %, respectivamente) (p < 0,004). No foi estabelecida correlao entre a proporo de espermatozides capacitados ou com reao acrossmica e formao pronuclear e/ou percentagem de clivagem. Em resumo, conclui-se que: a) ovcitos caninos podem ser maturados in vitro de forma similar s temperaturas de 39oC e 37o. b) a adio de hormônios (FSH, estradiol, hST) e protenas (BSA, SVE, SCE) ao meio TCM 199 no eleva os ndices de maturao nuclear at o estdio de MII de ovcitos caninos maturados in vitro. c) em ces, a seleo de ovcitos com base na coleta dentro de um estgio especfico do ciclo estral no deve ser usada para prever ndices de meiose ou habilidade para desenvolvimento embrionrio in vitro. d) ovcitos caninos maturados, fecundados e cultivados in vitro podem se desenvolver a zigotos com at 8 clulas.