1000 resultados para Epidemiologia Teses
Resumo:
OBJETIVO: Investigou-se a prevalncia de crie e necessidades de tratamento em escolares de Goinia-GO, Brasil, que possui gua fluoretada h 9 anos. METODOLOGIA: A amostra foi constituda de 1.400 escolares de 6 a 12 anos de idade que freqentavam escolas pblicas na zona urbana do municpio estudado. RESULTADOS: Os ndices CPO-D e ceo-d encontrados no total da amostra foram 2,19 e 2,86, respectivamente, demonstrando uma reduo de 57,1% em relao ao CPO-D verificado na regio Centro-Oeste, em 1986. Para os escolares de 12 anos de idade, o CPO-D encontrado foi 4,59, estando acima da meta estabelecida para o ano 2.000 pela FDI/OMS. Verificou-se que a percentagem de escolares livres de crie foi muito baixa em todas as idades, apresentando-se em torno de 11% para o total da amostra. Houve predomnio do tratamento restaurador na dentio decdua em todas as idades e na permanente a partir dos 9 anos de idade. CONCLUSO: A prevalncia de crie em escolares de Goinia-GO alta e comparvel situao verificada na maioria dos pases da Amrica Latina e nas regies menos favorecidas de pases desenvolvidos. H necessidade de se implantar medidas educativas e preventivas em sade bucal que intervenham nos reais determinantes da doena na populao.
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OBJETIVO: Investigar a influncia de fatores socioeconmicos e gestacionais sobre a hospitalizao por pneumonia no perodo ps-neonatal. MATERIAL E MTODO: Longitudinal. Crianas com idade entre 28 e 364 dias, nascidas na cidade de Pelotas, RS (Brasil), em 1993. A definio de caso foi a permanncia em ambiente hospitalar por um perodo igual ou superior a 24 horas em conseqncia de pneumonia. Foi aplicado delineamento longitudinal. RESULTADOS: Dentre as 5.304 crianas da coorte, 152 (2,9%) foram hospitalizadas por pneumonia no perodo. O valor preditivo positivo do diagnstico clnico comparado com o radiolgico alcanou 76%. A anlise atravs de regresso logstica mostrou que a classe social e a escolaridade materna estiveram forte e inversamente associadas admisso hospitalar. Filhos de mes adolescentes tiveram risco duplicado internao; paridade igual ou superior a trs representou risco 2,8 vezes maior em relao s mes primparas; ganho de peso inferior a 10 kg durante a gestao implicou risco cerca de 40% maior hospitalizao. CONCLUSES: A classe social e a escolaridade materna foram os principais determinantes da hospitalizao. Idade e paridade materna e o ganho de peso durante a gestao foram tambm fatores de risco importantes.
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INTRODUO: O declnio da morbi-mortalidade pelas gastroenterites , em boa parte, responsvel pela queda da mortalidade infantil e da mortalidade por doenas infecciosas nos pases do terceiro mundo. Esse agravo ainda se destaca, nesses pases, como importante problema de sade pblica, especialmente, entre os menores de 5 anos. OBJETIVOS: Descrever aspectos do comportamento das gastroenterites entre crianas menores de 5 anos, residentes em 5 bairros do Municpio de So Paulo. MATERIAL E MTODO: Estudou-se uma amostra probabilstica (N = 468) de crianas menores de 5 anos, residentes em 5 reas do Municpio de So Paulo, SP (Brasil), acompanhada durante um ano, por meio de entrevistas mensais. RESULTADOS: Durante o acompanhamento foram identificados 139 episdios de diarria, com uma durao mdia de 5,5 dias, 10% dos casos prolongaram-se por 15 dias ou mais. Em 20% dos episdios havia ao menos outra pessoa na famlia com diarria. A incidncia foi de 2,78 casos por 100 crianas/ms, sendo mais elevada nos menores de 2 anos. Em 46,1% dos episdios de gastroenterite as crianas no demandaram assistncia mdica tendo sido tratadas pelas prprias mes, ou no receberam qualquer tratamento; em 51,8% dos episdios o atendimento foi feito em servios de assistncia primria sade e somente 2,1% dos casos necessitaram tratamento hospitalar. Nenhuma criana evoluiu para bito. Entre as medidas teraputicas mais utilizadas esto a reidratao oral (25,2%) e a antibioticoterapia associada reidratao oral (11,5%); em somente 2 casos foi feita reidratao endovenosa. Alguns fatores socioeconmicos e antecedentes pessoais mostraram-se associados ocorrncia de diarrias, entre eles, as condies da habitao, saneamento bsico e renda familiar "per capita" e histria pregressa de diarrias freqentes. DISCUSSO: Os resultados obtidos parecem refletir a tendncia de diminuio da morbi-mortalidade por diarrias no Municpio de So Paulo, durante a dcada de 80, perodo em que houve acentuada queda nas internaes hospitalares por essa causa. Tal tendncia deve ser acompanhada atentamente, pois influenciar modificaes nas caractersticas da demanda de assistncia sade infantil.
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INTRODUO: Vrios estudos epidemiolgicos sobre o consumo de substncias psicoativas tm includo em suas anlises a avaliao da influncia do contexto social nos nveis de prevalncia desse consumo. Analisa-se a distribuio do consumo dessas substncias segundo as classes sociais, numa amostra de adolescentes escolares de Ribeiro Preto, SP, Brasil. MATERIAL E MTODO: Um questionrio auto-aplicvel, adaptado e submetido a um teste de confiabilidade, foi aplicado a uma amostra proporcional de 1.025 adolescentes matriculados na oitava srie do primeiro grau e primeiro, segundo e terceiro anos do segundo grau, das escolas pblicas e privadas da cidade. O questionrio continha questes sobre o uso de dez classes de drogas. Utilizou-se a adaptao de um modelo que identifica 5 fraes de classe social (burguesias empresarial, gerencial e pequena burguesia, proletariado e subproletariado), a partir de indicadores que situam os indivduos dentro das relaes sociais de produo. RESULTADOS: As trs fraes da burguesia foram mais representadas que as outras na populao de adolescentes escolares do que na populao geral. No houve diferenas na distribuio do consumo de lcool e tabaco pelas classes sociais, embora se observe uma tendncia de maior prevalncia nos extremos da escala social. J o consumo de substncias ilcitas foi maior nas burguesias e menor no proletariado. CONCLUSES: Embora o consumo de substncias lcitas no tenha diferido entre as classes sociais, o maior consumo de substncias ilcitas pelos mais ricos provavelmente se deveu ao maior custo desses produtos do que o lcool e o tabaco.
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INTRODUO: Estudo descritivo por amostragem em muncpio do Estado de So Paulo, Brasil, em 1990, com objetivo de analisar, mediante entrevistas domiciliares, a dieta habitual e fatores de risco para doenas cardiovasculares em indivduos maiores de 20 anos. METODOLOGIA: Foram entrevistados 557 indivduos, de idade entre 20 e 88 anos, que fazem parte de subamostra de um estudo global na regio. A dieta habitual, identificada pelo histrico alimentar foi comparada s recomendaes da OMS e os fatores de risco estudados (obesidade, dislipidemias, diabetes melito) diagnosticados pelo ndice de Massa Corprea e dosagens bioqumicas. RESULTADOS E CONCLUSES: Observou-se que 60% da populao consome dieta com energia total abaixo da estimativa das necessidades e que a contribuio calrica dos carboidratos foi de 56%, dos lipdios de 29% e das protenas de 15%. Entretanto, na anlise por percentil, a contribuio calrica dos lipdios e das protenas encontra-se muito acima dos padres recomendados em detrimento dos carboidratos. A energia, distribuio calrica e quantidade de colesterol foi adequada em apenas 5% das dietas. Dentre os fatores de risco para doenas cardiovasculares estudados observou-se a prevalncia de obesidade em 38% dos indivduos, de dislipidemias em 26% e de diabetes melito em 5%. A atividade fsica leve preponderante com dieta inadequada, tanto em termos de qualitativos quanto quantitativos, agravam ainda mais esse quadro.
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INTRODUO: Foi realizado estudo transversal em uma amostra representativa da populao adulta de Pelotas para determinar a prevalncia de obesidade e os fatores a ela associados, tendo em vista o acentuado aumento de excesso de peso no Brasil, entre 1974 e 1989. MATERIAL E MTODO: Foram estudadas 1.035 pessoas com idade entre 20 e 69 anos, residentes na zona urbana do municpio. A obesidade foi definida a partir do ndice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m. A anlise multivariada foi realizada considerando um modelo hierrquico das variveis associadas com obesidade em ambos os sexos. RESULTADOS: A prevalncia de obesidade foi de 21% (IC95% 18 - 23), sendo de 25% (IC95% 22 - 29) entre as mulheres e 15% (IC95% 12 - 18) entre os homens. A relao entre as variveis socioeconmicas e a obesidade foi inversa entre as mulheres e direta entre os homens. Entre as mulheres, as variveis que se mantiveram associadas significativamente com obesidade foram: obesidade dos pais, ocorrncia de diabete ou hipertenso, no fumar, menor nmero de refeies dirias e no ter realizado exerccio fsico no lazer durante o ltimo ano. Para os homens somente a ocorrncia de obesidade nos pais e a hipertenso arterial sistmica estiveram significativamente associadas, enquanto a proteo do maior nmero de refeies apresentou uma associao quase significativa (p = 0,07). CONCLUSO: Os resultados indicam que os determinantes de obesidade so diferentes entre os sexos, ocorrendo em maior freqncia entre as mulheres e com o aumento da idade.
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OBJETIVO: Avaliar as mudanas na prevalncia de tabagismo durante a gravidez na cidade de Pelotas, RS, Brasil, com base nos estudos da populao materno-infantil realizados nos anos de 1982 e 1993. METODOLOGIA: Estudo transversal, tendo sido identificados 6.011 e 5.304 recm-nascidos, cujas famlias residiam na rea urbana da cidade de Pelotas, respectivamente em 1982 e 1993. RESULTADOS: O tabagismo materno durante a gestao apresentou uma discreta reduo de 35,7%, em 1982, para 33,5% em 1993 (p < 0,05). O hbito de fumar esteve inversamente relacionado com a renda e o nmero de consultas no pr-natal.
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INTRODUO: A doena meningoccica (DM) continua merecendo avaliaes quanto a sua multicausalidade endmica e epidmica e seu comportamento evolutivo, nos diferentes locais. MATERIAL E MTODOS: Partindo da padronizao da investigao epidemiolgica da DM no Municpio do Rio de Janeiro a partir da epidemia da dcada de 70, foram analisados 4.155 casos notificados de 1976 a 1994, atravs de estudo retrospectivo, descritivo e analtico, com base nas fichas de investigao epidemiolgica da Secretaria Municipal de Sade. Os testes utilizados para anlise estatstica foram: o chi, o de Wilcoxon-Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: O estudo resultou na definio de trs perodos, classificados como ps-epidmico (1976/79), endmico (1980/86) e epidmico (1987/94), diferenciados pelas taxas de incidncia e pelo sorogrupo do meningococo predominante. As taxas de incidncia mdias por perodo no municpio foram, respectivamente, de 3,51; 1,67 e 6,53 casos/100.000 habitantes. Os sorogrupos A e C predominaram no perodo ps-epidmico, o B e o A no endmico e o B no epidmico. A letalidade mdia praticamente no se modificou no decorrer do tempo, mas variou segundo o hospital de internao, tendo sido sempre menor no hospital estadual de referncia em relao aos demais pblicos e privados. CONCLUSO: As maiores taxas de incidncia e letalidade corresponderam aos menores de um ano e o risco de adoecer foi maior no sexo masculino. Os maiores coeficientes de incidncia tenderam a ocorrer nas mesmas reas do municpio, nos trs perodos epidemiolgicos, e a populao que reside em favelas teve um risco de adoecimento duas vezes maior.
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OBJETIVO: Investigar os principais aspectos da co-infeco pelo HIV e o Mycobacterium tuberculosis nos pacientes adultos assistidos pelo hospital de referncia para doenas infecciosas do Estado do Cear, Brasil, responsvel pela notificao de 89,3% dos casos registrados no Estado, entre 1986-92. METODOLOGIA: Foram coletados dados de pronturios de pacientes maiores de 15 anos, com diagnstico de AIDS, atendidos em hospital de referncia estadual, regio Nordeste do Brasil. A anlise dos dados seguem o critrio do Ministrio da Sade, para definio dessa doena. RESULTADOS: A tuberculose apresentou-se em 30,6% dos pacientes estudados (151/493) e foi diagnosticada at o primeiro ano aps o diagnstico da AIDS em 76,8% dos casos. Observou-se um tendncia crescente na proporo de casos de tuberculose entre pacientes com AIDS conforme decresce o nvel de escolaridade (<0,001). A forma extrapulmonar apresentou-se em 23,9% dos casos e a forma miliar em 25% destes casos, diferindo significativamente (p<0,001 para as duas propores) dos casos com tuberculose sem infeco pelo HIV registrados no Estado, em 1992. CONCLUSO: O precoce desenvolvimento da tuberculose, a elevada presena de formas extrapulmonares e a alta letalidade indicam que as medidas de preveno e controle da AIDS e da tuberculose no devem ser vistas separadamente.
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Relatam-se os resultados de coletas de flebotomneos em rea com elevado grau de antropia, no Municpio de So Jorge do Iva, Estado do Paran, Brasil. A espcie predominante foi Lutzomyia (Nyssomyia) intermedia (Lutz & Neiva, 1912). Verificou-se que o nmero de flebotomneos diminuiu sensivelmente em duas residncias com o deslocamento de uma pocilga, distncia de 100 metros das residncias, e a desobstruo do poro de uma das residncias.
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O Programa Nacional de Avaliao Externa da Qualidade (PNAEQ), inserido no Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Sade Doutor Ricardo Jorge, em Lisboa, tem implementado entre outros, o programa de Morfologia parasitria desde 1995. Neste programa so enviadas amostras de sangue e de fezes para identificao de parasitas e conta com o apoio de um grupo de trabalho cuja principal atividade a seleo de amostras, a anlise de resultados e elaborao de relatrios tcnico-cientficos promovendo a formao bem como a melhoria contnua do desempenho dos participantes. Neste estudo retrospetivo pretendemos avaliar, o desempenho dos participantes no perodo de 1995 a 2015, relativamente deteo e identificao de parasitas, em amostras de fezes e sangue.
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OBJETIVOS: Avaliar a confiabilidade e vieses na aplicao do Questionrio de Morbidade Psiquitrica de Adultos (QMPA) a informantes secundrios comparando-os com informantes primrios. MTODO: Foram estimados os ndices Kappa para as questes do QMPA em uma amostra de 69 casais selecionados aleatoriamente em uma rea da Regio Metropolitana de Salvador, Bahia, Brasil. Analisaram-se a magnitude e direo dos vieses com base na variao proporcional da prevalncia. Cada entrevistado foi avaliado como informante primrio, quando respondia sobre seus prprios sintomas, e como informante secundrio, quando respondia sobre o cnjuge. RESULTADOS: O uso de informantes secundrios leva a estimativas de morbidade enviesadas, cuja magnitude e direo dependem do gnero do informante. Embora ambos, esposo e esposa tendam a subinformar a presena de sintomas do seu cnjuge, as esposas produzem informaes mais confiveis. CONCLUSES: Frente s limitaes no uso de informante primrios, as esposas ou donas-de-casa podem ser recomendadas como informantes secundrias na aplicao do QMPA em estudos da comunidade.
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INTRODUO: A crie dentria a doena de maior prevalncia da cavidade bucal gerando graves conseqncias econmicas e sociais. Estudos de prevalncia de crie dentria devem ser realizados periodicamente para o adequado planejamento das aes e servios de sade bucal. Assim, objetivou-se realizar estudo para conhecer a prevalncia da crie dentria em municpios do Estado de So Paulo, Brasil, medida atravs do ndice CPO-D, na idade-ndice de 12 anos, no perodo 1990-1995. MATERIAL E MTODO: Foram utilizados dados produzidos originalmente por secretarias ou departamentos municipais de sade, obtidos atravs de instrumento concebido para essa finalidade, encaminhado aos 625 municpios do Estado de So Paulo, agrupados segundo o seu tipo e a regio geogrfica a que pertencem. RESULTADOS: Do total de 625 municpios, 237 (37,9%) atenderam solicitao de informaes e 125 (20,0%) dispunham de dados sobre o CPO-D, correspondendo a cerca de 5 mil crianas de 12 anos examinadas. O estudo revelou que em apenas 4,0% dos municpios a prevalncia de crie dentria baixa, sendo alta ou muito alta em cerca de 80,0%. A variao nos valores do ndice CPO-D ficou entre 1,3 e 13,6 e a mdia estimada para o Estado de So Paulo foi 4,8. Constatou-se ainda que os "grandes" municpios registraram 54,6% das suas populaes enquadrando-se nas categorias de baixa ou moderada prevalncia de crie enquanto nos "pequenos" municpios 87,8% da populao correspondiam s faixas de alta ou muito alta prevalncia de crie. CONCLUSES: A pesquisa evidenciou que os servios municipais de sade bucal, no estado de So Paulo, pouco tem se utilizado dos recursos bsicos que a epidemiologia pode oferecer, indicando a necessidade de uma adequada formao de profissionais de sade bucal na rea de epidemiologia, em especial aqueles que exercem atividades de coordenao de servios.
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O Registo Nacional de Anomalias Congnitas (RENAC) recebe notificaes da ocorrncia de anomalias congnitas diagnosticadas at ao final do 1 ms de vida, algumas das quais so raras. Foi realizado um estudo observacional, transversal, com a finalidade de descrever a epidemiologia dos registos de anomalias congnitas que constituem uma sndrome gentica rara, utilizando os dados do RENAC entre 2000-2013. Observou-se uma prevalncia de 1,17 casos/10 000 nascimentos de indivduos com sndrome gentica rara com anomalias que afetam mltiplos sistemas. Estas patologias representam um pequeno grupo do universo das doenas raras. No total das sndromes estudadas (n=171), a maior frequncia observou-se no grupo de sndromes que afetam predominantemente o aspeto da face (50,9%) e, neste grupo, destacam-se a Sequncia de Pierre Robin (26,3%) e a Sndrome de Goldenhar (11,7%). No grupo de outras sndromes genticas, a Sndrome de DiGeorge foi diagnosticada em 12,3% dos casos. Dada a inexistncia de um registo nacional de doenas raras, os dados do RENAC podem contribuir para avaliar a prevalncia de algumas destas doenas. Contudo para uma melhor vigilncia de algumas doenas raras, o prazo de registo ser alargado at ao ano de idade de modo a permitir que situaes mais complexas possam ser identificadas e registadas.
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Analisar as complicaes iatrognicas apresentadas por idosos hospitalizados. Estudo retrospectivo dos pronturios de 96 pacientes, 48 do sexo masculino e 48 do feminino, com idades variando de 60 a 93 anos (mdia: 75,7 anos), hospitalizados durante o ano de 1995 em enfermaria geritrica. A anlise da evoluo dos pacientes durante o perodo de hospitalizao permitiu evidenciar: 1) em 42 (43,7%) pacientes ocorreram uma ou mais complicaes iatrognicas, num total de 56 episdios; 2) manifestaes relacionadas aos procedimentos diagnsticos corresponderam a 17,9% das iatrogenias; 3) alteraes relacionadas s medidas teraputicas corresponderam a 58,9%, sendo 32,1% referentes teraputica farmacolgica e 26,8% a outros procedimentos teraputicos; 4) manifestaes iatrognicas no relacionadas diretamente s afeces (lceras de decbito, quedas e fraturas) corresponderam a 23,2%; 5) a presena de manifestaes iatrognicas correlacionou-se com perodo mais prolongado de internao; 6) cinco pacientes faleceram em conseqncia direta de complicaes iatrognicas. A iatrogenia freqente em pacientes idosos hospitalizados, podendo determinar manifestaes graves e mesmo fatais. Como uma significativa proporo dessas complicaes pode ser evitada atravs de medidas adequadas, deve-se procurar identificar suas causas e desenvolver mtodos para previni-la ou reduzir seus efeitos.