919 resultados para Enfermagem. Cateterismo urinário. Estudos de validação. Conhecimento. Questionários


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Na literatura acadêmica sobre inovação em serviços o tema da aprendizagem se destaca como um processo capaz de alavancar capacidades dinâmicas da empresa a curto, médio e longo prazo através da criação e transmissão do conhecimento. Os resultados desse processo podem impactar positivamente o desempenho da organização e melhorar seu posicionamento entre os concorrentes. Com objetivo de contribuir para o debate nesta área, este trabalho tem como objetivo principal identificar evidências empíricas sobre ativos de conhecimento capazes de sustentar a inovação e impulsionar a vantagem competitiva do Serviço de Cirurgia Cardiovascular (SCC) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Vantagem competitiva é tratada neste trabalho como a capacidade de se distinguir de outros serviços de atendimento médico na área, identificando o que confere vantagem na disputa por investimentos públicos em inovações e tecnologias. Assim, a ideia central deste artigo é evidenciar a capacidade operacional/funcional que distingue o SCC dos outros serviços em termos de ativos de conhecimento gerados. Neste sentido, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com o médico responsável pelo SCC e análise documental de aspectos relevantes em relação ao processo de aprendizagem e produção de conhecimento no SCC utilizando as seguintes fontes: (a) publicações da equipe presentes no currículo Lattes; (b) linhas de pesquisas em que o SCC atua, apresentadas nos sites do HPCA e do Programa de Pós Graduação em Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; e (c) redes de conhecimento médico especializado onde estão inseridos, que estão discriminadas no site da Rede Nacional de Terapia Celular. Os ativos do conhecimento foram classificados pela taxonomia proposta por Li and Tsai (2009). A dinâmica de circulação dos ativos de conhecimento observados neste estudo de caso foi analisada através do modelo teórico de Gallouj (2002) para inovações em serviços de saúde intensivos na produção de conhecimento. Os resultados obtidos demonstraram dois aspectos essenciais no processo de aprendizagem do serviço de saúde investigado: (a) o incremento cumulativo das capacidades tecnológicas únicas do SCC, as quais sustentam sua diferenciação no setor de forma única; e (b) inovação de procedimentos cirúrgicos de alta complexidade diretamente relacionados com sua capacidade dinâmica para responder rapidamente à volatilidade ambiental onde o SCC está inserido. Tais dados se caracterizam como relevantes para compreender de que forma um serviço desta natureza pode gerenciar seu conhecimento, aumentando seu impacto nas estratégias de vantagem competitiva sustentável.

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INTRODUÇÂO A prevalência de doença mental é uma das mais altas do mundo (Caldas de Almeida & Xavier, 2013) em adultos, desconhecendo-se os dados epidemiológicos para os adolescentes. O + Contigo é um projecto que visa promover a saúde mental e prevenir comportamentos suicidários na comunidade educativa (Santos et al 2013). OBJETIVOS Os objectivos deste estudos são caracterizar o bem-estar, autoconceito, coping e depressão numa amostra de 3500 adolescentes portugueses, estudantes do 7º ao 10 ano. Comparar os diversos indicadores tendo em conta o género. Comparar os diversos indicadores tendo em conta o ano de escolaridade. METODOLOGIA A recolha de dados foi feita através de questionário, preenchido em sala de aula, autorizado pela DSPE (inquérito n.º 0224900002). Do questionário faziam parte os seguintes instrumentos: Índice de Bem-estar da Organização Mundial de Saúde (1998), Escala Toulosiana de Coping elaborada por (Esparbés et 1993 e validada para Portugal, por Tap, Costa & Alves (2005), Inventário de Depressão de Beck criado por Beck & Steer (1987) e validado por Martins, (2000), Escala de auto-conceito de Piers (Piers-Harris Children's Self-Concept Scale 2, Piers & Hertzberg, 2002, validada por Veiga (2006 ) RESULTADOS Foram considerados válidos 3150 questionários, com 50,1% de raparigas, com média etária de 13,56 anos, distribuídos pelo 7º ano (43%); 8ºano (24,6%); 9º ano (15,1%); 10º ano (17,3%). Os resultados indicam níveis elevados de depressão 26,7%, com 14,4% com depressão moderada ou severa. O índice de bem-estar apresenta uma média de 18,75, o autoconceito uma média de 42,03 e o coping de 153,46. Nas variáveis protetoras de comportamentos suicidários as raparigas apresentam scores inferiores relativamente aos rapazes, apresentando níveis superiores na sintomatologia depressiva, considerado fator de risco para os comportamentos suicidários.Considerando o ano de escolaridade verificou-se, de forma consistente, um agravamento das variáveis estudadas ao longo dos anos, mas com uma diferença estatisticamente significativa entre os alunos do 10º ano e os restantes. CONCLUSÕES Cerca de um quarto dos adolescentes apresentam níveis de sintomatologia depressiva, em que 14,4% apresentam níveis moderados ou severos, mais evidentes nas raparigas e agravando-se ao longo da sua progressão académica, entre o 7º e o 10º ano. As adolescentes apresentam maiores vulnerabilidades em saúde mental. Estes achados reforçam a necessidade de privilegiar a promoção da saúde mental junto da comunidade educativa e, particularmente, junto dos adolescentes. Tendo em conta os dados recolhidos, a supervisão, monitorização e acompanhamento de comportamentos de risco assume particular importância na promoção de saúde mental, evidenciando assim a relevância do projecto + Contigo. BIBLIOGRAFIA- Caldas de Almeida, J., & Xavier, M. (2013). Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental (Vol. 1). Lisboa. Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Nova de Lisboa. Santos, José; Erse, Maria; Simões, Rosa; Façanha, Jorge; Marques, Lucia; (2013) "+ Contigo na promoção da saúde mental e prevenção de comportamentos suicidários em meio escolar" - Revista de Enfermagem Referência, Número: 10, Série: III série, 1ª Edição, UICISA-E, Coimbra, p203 - 207.

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No âmbito de um Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem e no início da Unidade Curricular (UC) de "Formação para a Prática Especializada", entendeu-se que a participação dos formandos na construção da UC era crucial, que os conhecimentos, a experiência prática e as experiências formativas prévias eram nucleares para o início do percurso formativo. A (trans)formação dos profissionais de enfermagem através de formas plurais de pensar, de sentir e de agir permite iniciar um percurso onde o enfermeiro tem que romper com o conformismo, tem que "... desassossegar a pacatez pessoal, interpessoal e institucional" (Ferreira, 2007, p.21). Objetivos: identificar situações significativas de aprendizagem em contextos de trabalho; identificar conceitos estruturantes; (re)definir as estratégias de formação. Estudo descritivo de natureza qualitativa. Análise de narrativas em texto livre a partir de um mote inicial "Descreva uma situação do seu contexto de trabalho que tenha considerado como formativa e significativa para si". Participaram 25 enfermeiros que iniciaram o seu percurso formativo de especialização em Enfermagem. Foram identificadas situações de aprendizagem através de: atividades expostas e atividades mentais. Agruparam-se em três categorias: aprendizagens através de processos colaborativos; através da execução do trabalho e através de fontes de conhecimento (Walden & Bryan, 2011). Os conceitos que emergiram com maior expressão foram: reflexão; experiência; conhecimento; avaliação; comunicação; mudança e relação interpessoal. Assim, foram (re)definidas as estratégias de formação no início de um percurso formativo a partir das situações significativas de aprendizagem vividas nos contextos de trabalho e os enfermeiros reconheceram-se como parte integrante do mesmo.

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As atividades de aprendizagem nos contextos clínicos são essenciais para o desenvolvimento profissional dos enfermeiros. Num Curso de Mestrado em Enfermagem entendeu-se que os conhecimentos, a prática e as experiências formativas prévias eram nucleares para o início do percurso formativo. No âmbito da Unidade Curricular de "Formação para a Prática Especializada", pretendeu-se: Identificar atividades de aprendizagem em contextos clínicos; identificar conceitos estruturantes; (re)definir as estratégias de formação. Estudo descritivo de natureza qualitativa. Análise de narrativas reflexivas em texto livre a partir de um mote inicial "Descreva uma situação do seu contexto de trabalho que tenha considerado como formativa e significativa para si". Participaram 30 enfermeiros que iniciaram o seu percurso formativo de especialização em Enfermagem Médico- Cirúrgica. Nas narrativas reflexivas produzidas pelos enfermeiros foram identificadas atividades de aprendizagem através de: atividades expostas e atividades mentais, tanto de natureza intrapessoal como interpessoal. Agruparam-se em três categorias: aprendizagens através de processos colaborativos; através da execução do trabalho e através de fontes de conhecimento (Walden & Bryan, 2011). Os conceitos que emergiram com maior expressão foram: reflexão; experiência; conhecimento; avaliação; comunicação; mudança e relação interpessoal. A partir desta estratégia pedagógica, foram (re)definidas as estratégias de formação no início de um percurso formativo com base nas situações significativas de aprendizagem vividas nos contextos clínicos e os enfermeiros reconheceram-se como parte integrante do mesmo.

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Nos últimos dois anos letivos o Conselho Pedagógico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) implementou um Programa de integração de estudantes do 1º ciclo de estudos em Enfermagem, tendo como objetivos promover a sua integração na ESEnfC, seu funcionamento e serviços, contribuir para a integração na vida académica e comunidade educativa, facilitar a interação com professores, outros estudantes e funcionários. Em parceria com a coordenação do 1º ano, organizaram-se e dinamizaram-se 3 dias de atividades na primeira semana do ano letivo, sob o lema "À descoberta da ESEnfC à luz dos seus valores matriciais" em setembro de 2013 e "À descoberta da ESEnfC à luz dos seus Projetos" em setembro de 2014. Abrangeram-se cerca de 320 estudantes (2013 e 2014) e envolveram-se professores (32/2013; 36/2014) e estudantes (30/2013; 30/2014) de referência, estruturas estudantis (Associação Estudantes, Comissão Praxe e Tuna), Unidades Diferenciadas, Gabinetes e Serviços (e.g. Gabinete Apoio Projetos, Conselho Qualidade e Avaliação, Unidade Investigação). Metodologicamente organizaram-se grupos de 15 estudantes do 1º ano orientados respetivamente por 2 professores e 2 estudantes nas sessões de acolhimento com os presidentes dos órgãos, nas visitas aos 3 polos e aos principais pontos estratégicos (e.g. Centro Simulação, Biblioteca) e nas atividades integrativas. Em 2013 propôs-se a realização de sessões de brainstorming, atribuindo a cada grupo um valor matricial da ESEnfC, que resultou numa síntese reflexiva e 'nuvem de palavras' por grupo e apresentada em plenário. Em 2014, a cada grupo foi apresentado um Projeto da ESEnfC propondo-se a construção de cartaz digital representativo e respetiva síntese reflexiva, com apresentação em plenário. Dos estudos de opinião (inicial em setembro e de impacto em fevereiro) realizados pelo Conselho Qualidade e Avaliação, em 2013 e 2014, a satisfação dos estudantes (expressa numa escala de Muito Baixo a Muito Elevado) situa-se sobretudo nos níveis Elevado e Muito Elevado relativamente ao Programa e ao seu contributo na integração à Escola, ensino superior e novo ambiente, facilitando a interação, comunicação e relação entre estudantes e comunidade escolar. No estudo inicial 80% dos estudantes atribuíram Muita Importância a este tipo de atividades e 90% dos estudantes gostaria de participar futuramente no Programa. Registou-se a sugestão de melhoria futura na integração dos estudantes da 2ª e 3ª fase de colocação no ensino superior. Ressalta a importância que este Programa assume na integração dos estudantes no Ensino Superior, na ESEnfC e na prossecução dos objetivos estratégicos propostos de promover um ambiente institucional de proximidade e de trabalho colaborativo de toda a comunidade educativa, envolvendo estudantes, docentes e funcionários não docentes.

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Introdução: No contexto dos avanços tecnológicos incorporados ao ensino, os objetos e os ambientes virtuais de aprendizagem constituem ferramentas de apoio ao ensino colaborativo e interativo cada vez mais desenvolvidas (Aguiar, 2011; Alencar, 2012). A fim de nortear o desenvolvimento e validação destes relevantes instrumentos educacionais, verifica-se a necessidade de conhecer os conceitos que nortearam o seu desenvolvimento e identificar suas origens e aplicações, o que pode favorecer a uniformização do uso e significado pelos pesquisadores nas diversas áreas do conhecimento. Objetivos: Analisar o conceito de objeto e de ambiente virtual de aprendizagem na perspetiva evolucionária de Rodgers. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem mista, realizado a partir das etapas propostas por Rodgers (2000) em seu modelo de análise conceitual. A coleta de dados ocorreu em agosto de 2015 com a busca de dissertações e teses no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Brasil. Os dados quantitativos foram analisados a partir de estatística descritiva simples e os conceitos através de análise lexicográfica com suporte do software Interface de R pour Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionneires (IRAMUTEQ). Resultados: A amostra é constituída por 161 estudos, onde predominaram os decorrentes de mestrado acadêmico (67,1%). O conceito "ambiente virtual de aprendizagem" (AVA) foi apresentado em 99 (61,5%) estudos, enquanto "objeto virtual de aprendizagem" (OVA) em apenas 15 (9,3%). Em relação aos atributos dos conceitos, destacaram-se o incentivo à participação, colaboração e interação de discentes (77; 47,8%) e a integração de diversas mídias nos processos de ensino e aprendizagem (74; 46,0%). Quanto aos antecedentes, o mais citado foi a popularização da internet (52; 32,3%). Como consequentes, destacam-se a exigência de uma aprendizagem colaborativa (30; 18,6%) e a necessidade de incorporação de tecnologias à luz de abordagens pedagógicas (28; 17,4%). O conceito AVA teve 12 termos substitutos, com destaque para ambiente virtual de ensino e aprendizagem (12; 7,5%). Já o termo OVA apresentou 5 substitutos, com predomínio de Objeto de Aprendizagem (11; 6,8%). Enquanto conceito relacionado, destacou-se Educação à Distância, discutido em todos os trabalhos analisados. Conclusões: Ambiente virtual de aprendizagem foi compreendido enquanto um sistema computacional que integra funcionalidades e ferramentas que possibilitam a construção de um processo de ensino aprendizagem interativo, online, acessado por navegadores na internet ou em redes locais. Em contrapartida, objeto virtual de aprendizagem foi conceituado enquanto um recurso digital de tamanho limitado que pode ser reutilizado dentro de várias atividades e estratégias pedagógicas. Em síntese, pode-se afirmar que um ambiente virtual de aprendizagem reúne vários e diferentes tipos de objetos virtuais de aprendizagem em um contexto pedagógico comum.

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Introdução: Trabalhar numa urgência pediátrica exige dos enfermeiros especificidade dos cuidados que presta direcionados à criança/família. Situações de doença que conduzam a criança/família à urgência pediátrica constituem crises familiares. A relação estabelecida com o enfermeiro é fundamental para a visão dos cuidados prestados. Objetivos: Conhecer aspetos do cuidar de enfermagem valorizados pelos Enfermeiros que trabalham na Urgência Pediátrica de um Hospital Distrital quando cuidam da criança/família e aspetos valorizados pelos Pais que aí recorrem com os seus filhos. Métodos: Estudo descritivo/exploratório, de natureza qualitativa, junto de 23 Enfermeiros e 35 Pais. A colheita de dados decorreu de julho/2012 a maio/2013 por entrevista semi-estruturada. Recorreu-se à análise de conteúdo de Laurence Bardin (Bardin, 2009). Resultados: Dos discursos dos enfermeiros e pais emergiram três temas comuns: Aspetos do cuidar, sentimentos face aos cuidados, sugestões de melhoria. Os enfermeiros e pais valorizaram o saber técnico, o conhecimento, a comunicação, a capacidade de estabelecer relação/ensinar, o cuidar atraumático. Os enfermeiros valorizaram ainda: a resposta da criança/pais, o envolvimento dos pais no processo do cuidar, atender a aspetos do desenvolvimento/vivências anteriores da criança, a uniformização/qualidade dos cuidados. Os pais mencionaram, também, a rapidez no atendimento. Os pais recorreram ao serviço por iniciativa ou encaminhamento. Foram várias as situações de doença da criança que originaram a procura do serviço de urgência. Houve enfermeiros que reconheceram dificuldade em prestar cuidados com a qualidade pretendida e pais e enfermeiros pouco satisfeitos com os cuidados prestados. Sugeriram melhorias relativas às necessidades da criança/família, enfermeiros e da instituição. Conclusão: Os enfermeiros e pais valorizaram aspetos no cuidar que vão de encontro às necessidades da criança/família. Consideraram a individualidade e especificidade da criança, a família, o global.

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Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, que teve por objetivo analisar as mensagens, acerca da promoção da saúde sexual e reprodutiva, produzidas por adolescentes de escolas públicas e particulares da cidade do Rio Grande, num concurso de redação e música promovido pelo Grupo Gestor Municipal (GGM) do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), nos anos de 2007 e 2008. Após autorização pelo GGM para realização deste estudo, foram disponibilizadas para reprodução, via xérox, as 29 redações e as três letras de músicas inscritas nos concursos. Para o tratamento dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo na modalidade temática. Participaram 35 adolescentes, sendo 25 moças e dez rapazes, com idades entre onze e dezessete anos. Quanto à escolaridade, dois frequentavam a quinta série; doze a sexta, doze a sétima e nove a oitava. Apreendeu-se que, em sua produção textual, os(as) adolescentes revelaram as vulnerabilidades e fortalezas referentes à saúde sexual e reprodutiva. Entre os inúmeros fatores que aumentam a vulnerabilidade individual, social e programática, discorreram sobre a carência de informações, a dificuldade para transformar o conhecimento em prática, a sensação de imunidade, a violência familiar, a conduta repressora de pais e mães, as mensagens de cunho sexual veiculadas pela mídia, a necessidade de serem aceitos(as) pelo grupo, preconceitos, e falta de ações governamentais direcionadas a adolescentes. No que se refere às fortalezas, sabem que a informação é uma importante aliada para a promoção da saúde sexual e reprodutiva citando, entre as fontes acessíveis, os serviços públicos de saúde, a família e a escola. Demonstraram conhecimento acerca da alarmante propagação da epidemia da AIDS entre jovens, conhecendo os sinais e sintomas das DSTs mais comuns e as formas de prevenção. As moças enfatizaram a necessidade de compartilhar a responsabilidade preventiva com os rapazes, bem como de amor próprio e respeito mútuo. O acesso aos serviços de saúde também foi apresentado como indispensável ao adolescer saudável. Os(as) jovens demonstraram conhecimento sobre drogas seus efeitos e consequências. Referem-se à adolescência como um período gostoso, repleto de dúvidas, mas também cheio de potencialidades. Assim, os mesmos componentes apresentados como desencadeadores de vulnerabilidade podem torná-los(as) fortes e capazes de superar os desafios comuns a essa etapa da vida. Para que tal superação ocorra, é necessário que tenham acesso à informação e a problematizem; que sejam capazes de incorporá-las ao cotidiano, adotando práticas protegidas e protetoras; que haja diálogo, despido de tabus, censuras e preconceitos no ambiente familiar; que as escolas adotem de forma transversalizada temáticas referentes à saúde sexual e reprodutiva; que os serviços de saúde tenham infraestrutura para assegurar os direitos contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente; entre outras estratégias fortalecedoras.

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Introdução: Trabalhar numa urgência pediátrica exige dos enfermeiros especificidade dos cuidados que presta direcionados à criança/família. Situações de doença que conduzam a criança/família à urgência pediátrica constituem crises familiares. A relação estabelecida com o enfermeiro é fundamental para a visão dos cuidados prestados. Objetivos: Conhecer aspetos do cuidar de enfermagem valorizados pelos Enfermeiros que trabalham na Urgência Pediátrica de um Hospital Distrital quando cuidam da criança/família e aspetos valorizados pelos Pais que aí recorrem com os seus filhos. Métodos: Estudo descritivo/exploratório, de natureza qualitativa, junto de 23 Enfermeiros e 35 Pais. A colheita de dados decorreu de julho/2012 a maio/2013 por entrevista semi-estruturada. Recorreu-se à análise de conteúdo de Laurence Bardin (Bardin, 2009). Resultados: Dos discursos dos enfermeiros e pais emergiram três temas comuns: Aspetos do cuidar, sentimentos face aos cuidados, sugestões de melhoria. Os enfermeiros e pais valorizaram o saber técnico, o conhecimento, a comunicação, a capacidade de estabelecer relação/ensinar, o cuidar atraumático. Os enfermeiros valorizaram ainda: a resposta da criança/pais, o envolvimento dos pais no processo do cuidar, atender a aspetos do desenvolvimento/vivências anteriores da criança, a uniformização/qualidade dos cuidados. Os pais mencionaram, também, a rapidez no atendimento. Os pais recorreram ao serviço por iniciativa ou encaminhamento. Foram várias as situações de doença da criança que originaram a procura do serviço de urgência. Houve enfermeiros que reconheceram dificuldade em prestar cuidados com a qualidade pretendida e pais e enfermeiros pouco satisfeitos com os cuidados prestados. Sugeriram melhorias relativas às necessidades da criança/família, enfermeiros e da instituição. Conclusão: Os enfermeiros e pais valorizaram aspetos no cuidar que vão de encontro às necessidades da criança/família. Consideraram a individualidade e especificidade da criança, a família, o global.

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Objetivou-se conhecer como a família e os profissionais da equipe de enfermagem compartilham o cuidado à criança hospitalizada. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória de cunho qualitativo. Teve como contexto a Unidade de Pediatria do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. Os participantes do estudo foram treze familiares de crianças internadas no setor, no período da coleta de dados e por nove profissionais da equipe de enfermagem atuantes no mesmo local. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas no 2° semestre de 2014 e analisados pela técnica de Análise temática. Foram respeitados os aspectos éticos do estudo de acordo com a Resolução 466/12. Produziram-se dados acerca da percepção dos familiares cuidadores sobre a internação da criança na Unidade de Pediatria, abordando o impacto da necessidade de internação da criança no hospital, os cuidados realizados pela família á criança no hospital, a assistência de enfermagem prestada à criança e à família no setor e sugestões do familiar cuidador para a melhoria do cuidado de enfermagem prestado no setor. Quanto à percepção dos profissionais, abordou-se a presença do familiar cuidador da criança no hospital, o cuidado prestado pela família no hospital, os cuidados prestados pelos profissionais de enfermagem à família e à criança no hospital, a estrutura da Unidade de Pediatria para o recebimento da criança e do familiar cuidador, situações em que os profissionais de enfermagem identificam que o cuidado da criança é compartilhado no hospital e os aspectos positivos e negativos do cuidado compartilhado na Unidade de Pediatria. Concluiu-se que compartilhar o cuidado à criança no hospital implica em mudanças de valores e atitudes por parte dos familiares cuidadores das crianças e dos profissionais da equipe de enfermagem, tendo em vista que ambos têm o objetivo comum de tornar a hospitalização da criança o mais breve e menos traumática possível. A enfermagem precisa mostrar iniciativa na negociação do cuidado à criança com seu familiar cuidador, valorizando suas crenças, valores e saberes, familiarizando-o com as normas e rotinas do hospital, auxiliando-o a adquirir habilidades e competências para cuidar, assumindo a articulação pela assistência prestada no setor. O conhecimento gerado nesse estudo poderá proporcionar subsídios aos cuidadores (famílias e profissionais da saúde) para a (re) construção de um cuidado sensível às necessidades da criança internada e sua família.

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Grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a cirurgia. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área, de modo a que os enfermeiros encontrem estratégias para a avaliação da ansiedade, a fim de definir formas de atuação baseadas na evidência científica (Alanazi, 2014; Bailey, 2010). Os objetivos do estudo foram: avaliar a ansiedade pré-operatória e a informação que os doentes têm acerca do ato anestésico-cirúrgico, no pré-operatório de cirurgia programada; analisar se algumas variáveis sociodemográficas influenciam a ansiedade; analisar a relação entre a informação acerca do ato anestésico-cirúrgico e a ansiedade pré-operatória. Estudo quantitativo, descritivo-correlacional. A colheita de dados realizou-se através de um questionário (composto por 3 partes) no pré-operatório de 200 doentes propostos para cirurgia programada (Daniel, 1996). Construiu-se uma Escala de Informação Pré-Operatória e efetuou-se a sua análise fatorial. Foi salvaguardada a livre participação e a confidencialidade dos dados. Os doentes em estudo apresentaram níveis médios de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas em função do sexo (Mitchell, 2012). A informação pré-operatória revelou estar relacionada significativamente com o número de elementos do agregado familiar e com o tempo em lista de espera. Quanto à origem da informação que possuíam acerca do ato anestésico-cirúrgico, 59,5% referiu o profissional de saúde. Os resultados mostram que os doentes percecionam como estando melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos comparativamente aos cuidados de enfermagem. Relativamente à informação pré-operatória, os resultados obtidos permitem concluir que os enfermeiros devem investir em áreas autónomas da profissão, nomeadamente no fornecimento de informações acerca dos cuidados de enfermagem que serão prestados ao longo de todo o período perioperatório, nomeadamente através da criação de uma consulta de enfermagem, a acontecer antes da admissão do doente. Sugerimos uma intervenção estruturada, exequível, objetiva e individualizada.

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The business environment context points at the necessity of new forms of management for the sustainable competitiveness of organizations through time. Coopetition is characterized as an alternative in the interaction of different actors, which compete and cooperate simultaneously, in the pursuit of common goals. This dual relation, within a gain-increasing perspective, converts competitors into partners and fosters competitiveness, especially that of organizations within a specific sector. The field of competitive intelligence has, in its turn, assisted organizations, individually, in the systematization of information valuable to decision-making processes, which benefits competitiveness. It follows that it is possible to combine coopetition and competitive intelligence in a systematized process of sectorial intelligence for coopetitive relations. The general aim of this study is, therefore, to put forth a model of sectorial coopetitive intelligence. The methodological outlining of the study is characterized as a mixed approach (quantitative and qualitative methods), of an applied nature, of exploratory and descriptive aims. The Coordination of the Strategic Roadmapping Project for the Future of Paraná's Industry is the selected object of investigation. Protocols have been designed to collect primary and secondary data. In the collection of the primary ata, online questionary were sent to the sectors selected for examination. A total of 149 answers to the online questionary were obtained, and interviews were performed with all embers of the technical team of the Coordination, in a total of five interviewees. After the collection, all the data were tabulated, analyzed and validated by means of focal groups with the same five members of the Coordination technical team, and interviews were performed with a representative of each of the four sectors selected, in a total of nine participants in the validation. The results allowed the systematization of a sectorial coopetitive intelligence model called ICoops. This model is characterized by five stages, namely, planning, collection, nalysis, project development, dissemination and evaluation. Each stage is detailed in inputs, activities and outputs. The results suggest that sectorial coopetition is motivated mainly by knowledge sharing, technological development, investment in R&D, innovation, chain integration and resource complementation. The importance of a neutral institution has been recognized as a facilitator and incentive to the approximation of organizations. Among the main difficulties are the financing of the projects, the adhesion of new members, the lack of tools for the analysis of information and the dissemination of the actions.

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Introdução: Em Portugal assiste-se a uma preocupação crescente com as questões do domínio da segurança do doente, que está relacionada com a forma como os processos de prestação de cuidados previnem os eventos adversos ou danos, nomeadamente as quedas de doentes nos hospitais. Vários autores têm-se dedicado à compreensão desta problemática, fazendo referência ao número de doentes por profissional de saúde, sendo que, o principal objetivo destes estudos tem sido, o desenvolvimento de estratégias que melhorem a segurança dos doentes visando, principalmente, uma correta dotação de profissionais nos serviços de saúde hospitalares. Objetivo: Analisar a evidência científica disponível que relacione as dotações em enfermagem e a incidência de quedas. Metodologia: A operacionalização desta revisão integrativa da literatura partiu da seguinte questão de pesquisa: "As dotações de enfermeiros influenciam a incidência de quedas em doentes hospitalizados?". Com este trabalho procurámos identificar estudos, cujo foco incidisse sobre a relação entre as dotações de enfermeiros e a incidência de quedas em doentes hospitalizados. Após a aplicação dos critérios de inclusão, foram obtidos 7 estudos. Estes foram analisados seguindo o método PICOD. Resultados: Os resultados evidenciam a queda do doente como um problema sério de segurança do doente. Embora a generalidade dos estudas saliente a multicausalidade associada à ocorrência deste evento e nem sempre se observe uma relação linear entre a dotação de profissionais e as quedas, alguns estudos mostram que o número de horas de cuidados de enfermagem é preditor do número de quedas dos doentes (Hinno, Parrtenen & Vehviläinen-Julkunen, 2011; Kalisch & Tschannen, 2012; Lake et al., 2010). Conclusões: Reconhecendo o efeito sinérgico de vários factores na ocorrência de quedas em doentes hospitalizados, vários estudos alertam para a associação entre baixas dotações em enfermagem e incidência de quedas. A revisão efectuada alerta também para a necessidade de mais investigação sobre este tema, nomeadamente em Portugal. Serão discutidas as implicações dos resultados para a gestão em enfermagem.

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Objetivou-se conhecer como a pessoa com estomia vivência o processo de transição da dependência de cuidados ao autocuidado à luz da Teoria das Transições de Meleis. Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa no Serviço de Estomaterapia do Hospital Universitário Dr Miguel Riet Corrêa Jr do Rio Grande/ RS/ Brasil com 27 pessoas com estomias definitivas por câncer. Os dados foram coletados nos mês de janeiro e fevereiro de 2014 por meio de entrevista com roteiro semiestruturado e submetidos à Análise de Conteúdo apoiada nas ideias da Teoria das Transições de Afaf I. Meleis. Constatou-se que a natureza da transição situou-se no processo tipo saúde/doença. A entrada no processo de transição deu-se a partir da consciência desencadeada pelo diagnóstico de câncer, reforçado pela cirurgia de estomização. O empenhamento surge ao dedicarem-se a construção do conhecimento para o autocuidado frente às mudanças na sua vida e na sua nova relação com seu corpo, mudando a visão de si, do mundo e dos outros. Destacou-se o espaço temporal como algo dinâmico e variavelmente indeterminável, sendo fundamental para que se organizem e reflitam acerca do seu novo viver, fortalecendo-se para que a transição progrida. Verificaram-se como fatores facilitadores do autocuidado a construção de um significado positivo à estomização, o preparo dessa experiência ainda no pré-operatório, a estabilidade emocional, a fé e a religiosidade e a sensação de normalidade adquirida a partir de uma imagem próxima da anterior. Referiram-se, ainda, ao fornecimento de forma gratuita pelo governo das bolsas coletoras, adjuvantes e acessórios e ao atendimento da equipe multiprofissional. Como fatores inibidores do processo de transição encontraram-se a visão distorcida de seu corpo, o despreparo para viver com a estomia, a instabilidade emocional, a desmotivação com afastamento de atividades prazerosas, o cuidado excessivo e/ou estendido e até mesmo a superproteção da família, as complicações como hérnias e prolapsos, a falta de atitudes positivas quanto à vida, a negação da bolsa coletora, as tentativas frustradas de omitir o uso da bolsa coletora, a falta do domínio do manuseio dos equipamentos, o afastamento do trabalho e as dificuldades financeiras. Além destas, o abandono do parceiro, atitudes negativas e estigmatizantes por parte da família e a baixa qualidade dos materiais fornecidos pelo governo. Como indicadores de resultados identificaram-se a confiança para realizar atividades anteriores, aceitação de sua situação, uma visão positiva de sua vida e da capacidade de compartilhar o seu cuidado com sua família. Considera-se a saída da transição quando este for capaz de dominar novas competências tanto para o cuidado físico ao realizar a troca da bolsa coletora quanto readequando sua imagem e autoconceito. Concluiu-se que o processo de transição da dependência de cuidados ao autocuidado da pessoa com estomia é complexo e carregado de subjetividades. É necessário que o enfermeiro estabeleça ações terapêuticas de enfermagem eficazes e eficientes, contribuindo para a promoção e reabilitação da saúde deste, auxiliando-o na aquisição de sua autonomia e independência, subsidiando seu autocuidado e bem-estar.

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Introdução: Uma grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a uma intervenção cirúrgica, que representa um acontecimento crítico na vida da pessoa doente e dos seus familiares. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área que é caracterizada por uma elevada subjetividade, decorrente das diferenças individuais de cada pessoa, de modo a auxiliar os enfermeiros a encontrar estratégias para a avaliação da ansiedade, a fim de definir modos de atuação baseados na evidência científica. Objectivos: Avaliar a ansiedade pré-operatória dos doentes propostos para cirurgia programada; avaliar a informação que os doentes recebem dos enfermeiros, no pré-operatório de uma cirurgia programada; e analisar a relação entre a informação de enfermagem e a ansiedade pré-operatória dos doentes. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional. Será aplicado um questionário que avaliará os conhecimentos acerca do tratamento a que vão ser submetidos e a ansiedade que manifestam os doentes internados em diversos serviços cirúrgicos. Resultados: Esperamos confirmar o que autores consultados obtiveram nos seus estudos, no tocante aos fatores que influenciam o nível de ansiedade pré-operatória dos doentes e que os melhor informados têm menos ansiedade. Conclusões: Perspetivamos incrementar programas de formação em serviço, dirigidos aos enfermeiros, de modo a focalizarem parte da sua atenção na ansiedade pré-operatória do doente cirúrgico; o investimento na preparação pré-operatória do doente, inclusive no que diz respeito às suas necessidades psicológicas, dando ênfase às intervenções autónomas dos enfermeiros; e a criação de uma consulta de enfermagem no pré-operatório, coincidindo com o dia da consulta de anestesia, que lhe permita colocar dúvidas e medos, no sentido de diminuir os níveis de ansiedade presentes no pré-operatório imediato.