999 resultados para Desnutrição - Fatores de risco
Resumo:
OBJETIVO: Pretende-se avaliar em pacientes com cardiomiopatia hipertrfica e risco de MSC, submetidos a implante de cardioversor-desfibrilador implantvel (CDI): a) ocorrncia de eventos arrtmicos; b) ocorrncia de eventos clnicos e correlaes com eventos arrtmicos; c) ocorrncia de terapia de choque do CDI e correlaes clnico-funcionais; d) preditores clnico-funcionais de prognstico. MTODOS: Foram estudados 26 pacientes com cardiomiopatia hipertrfica e fatores de risco de MSC, submetidos a implante de CDI no perodo de maio de 2000 a janeiro de 2004 (seguimento mdio = 20 meses). Quatorze pacientes (53,8%) eram do sexo feminino e a idade mdia foi de 42,7 anos. Em 16 pacientes (61,5%), a indicao do CDI foi para preveno primria de morte sbita cardaca, e em 10 (38,5%), para preveno secundria. Vinte pacientes (76,9%) apresentavam sncope prvia ao implante de CDI, metade desses relacionados a fibrilao ventricular ou taquicardia ventricular sustentada; 15 (57,7%) tinham histria de morte sbita familiar; 12 pacientes (46,2%), taquicardia ventricular no-sustentada ao Holter de 24 horas; e 5 (19,2%) apresentavam o septo interventricular com espessura maior que 30 mm. RESULTADOS: No seguimento foram registrados no CDI 4 terapias de choque em arritmias potencialmente letais (3 pacientes com taquicardia ventricular sustentada e 1 paciente com fibrilao ventricular). Ocorreu um bito por provvel acidente vascular cerebral tromboemblico. Quatro pacientes tiveram recorrncia de sncope sem evento arrtmico registrado pelo CDI. A anlise estatstica demonstrou significncia da precocidade do choque do CDI em pacientes cujo septo interventricular tinha espessura maior que 30 mm. CONCLUSO: 1- ocorrncia de eventos arrtmicos em 50% dos pacientes: a maioria (62%) foi taquicardia ventricular, sustentada (31%) e no-sustentada (31%); nos outros pacientes ocorreu taquicardia paroxstica supraventricular; 2- sncopes recorrentes na minoria dos pacientes (16%), que, entretanto, no se associaram presena de eventos arrtmicos; 3- presena de septo interventricular superior a 30 mm, ao ecocardiograma, se associou ocorrncia de terapia de choque precoce (p = 0,003); 4- ausncia de preditores clnicos ou funcionais.
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OBJETIVO: Determinar a prevalncia de hipertenso arterial sistmica e os fatores associados a sua ocorrncia. MTODOS: Realizou-se um estudo transversal, de base populacional, na populao de 20 a 69 anos residente na zona urbana de Pelotas-RS. A varivel dependente hipertenso arterial sistmica foi definida como presso arterial >160 x 95 mmHg (mdia de duas medidas) ou o uso atual de medicao anti-hipertensiva. RESULTADOS: Entre as 1.968 pessoas includas no estudo, foi encontrada uma prevalncia de 23,6% (IC95% 21,6 a 25,3) de hipertenso arterial. Os fatores de confuso foram controlados atravs da regresso de Poisson. Foram mantidas no modelo final com significncia estatstica as variveis: renda familiar, idade, cor da pele, sexo, histria familiar de hipertenso, consumo adicional de sal e ndice de massa corporal. CONCLUSO: Observou-se um aumento da prevalncia de hipertenso em comparao com estudo semelhante realizado em 1992. O maior aumento percentual de prevalncia ocorreu nos grupos mais jovens.
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OBJETIVO: Este estudo avaliou a contribuio de seis polimorfismos genticos presentes em genes do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e fatores de risco clnicos para o desenvolvimento da hipertenso arterial essencial em um municpio da regio Amaznica. MTODOS: Oitenta e dois indivduos hipertensos e setenta e oito indivduos normotensos foram genotipados quanto presena de polimorfismos REN-G1051A (renina), AGT-M235T (angiotensinognio), ECA-Alu I/D (enzima conversora de angiotensina I), AGTR1-A1166C (receptor tipo 1 da angiotensina II) e CYP11B2-C344T (aldosterona sintetase) pela tcnica de reao em cadeia da polimerase (PCR), com anlise de restrio quando necessrio. A influncia de polimorfismos genticos e fatores de risco clnicos na variao da presso arterial foi avaliada por meio de regresso linear stepwise. RESULTADOS: Relatamos a co-ocorrncia de fatores de risco clnicos e polimorfismo do gene da enzima conversora de angiotensina (ECA) na populao de um municpio da regio amaznica. Nossos resultados mostram que a elevao da presso arterial sistlica favorecida pelo alelo D do polimorfismo de insero/deleo do gene da ECA e pelo aumento da idade, enquanto consumo de bebida alcolica e envelhecimento esto associados ao aumento da presso arterial diastlica (PAD). CONCLUSO: Esses achados indicam que os moradores de Santa Isabel do Rio Negro que possuem o alelo D da ECA ou tm o hbito de beber apresentam valores mais elevados de PAS e PAD, respectivamente, com o passar dos anos.
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OBJETIVO: Avaliar se a profilaxia com amiodarona em moderada dosagem, no ps-operatrio de cirurgia cardaca (revascularizao miocrdica e/ou cirurgia valvar), reduz a incidncia de fibrilao atrial em pacientes de alto risco para desenvolver essa arritmia. MTODOS: Estudo clnico, randomizado e prospectivo, realizado em 68 pacientes submetidos a cirurgia cardaca eletiva. A mdia de idade foi de 64 anos e 59% dos participantes eram do sexo masculino. Os pacientes com trs ou mais fatores de risco para fibrilao atrial, de acordo com a literatura, foram randomizados em dois grupos, para receber ou no profilaxia com amiodarona no primeiro dia de ps-operatrio. A dose administrada foi de 600 mg/dia a 900 mg/dia, por via intravenosa, no primeiro dia de ps-operatrio, seguida de 400 mg/dia por via oral at a alta hospitalar ou at completar sete dias. Os demais pacientes, com dois ou menos fatores de risco, foram seguidos at a alta hospitalar. Todos os pacientes foram observados por monitorizao cardaca e/ou eletrocardiografia. RESULTADOS: No grupo que recebeu amiodarona, 7% dos pacientes apresentaram fibrilao atrial, enquanto no grupo controle 70% desenvolveram a arritmia. Nos indivduos no-randomizados (com dois ou menos fatores de risco), apenas 24% apresentaram fibrilao atrial. CONCLUSO: O uso profiltico de amiodarona foi eficaz na preveno de fibrilao atrial nos pacientes com trs ou mais fatores de risco para essa arritmia. Esse tratamento pode ser benfico na reduo da permanncia na Unidade de Terapia Intensiva e, conseqentemente, nas complicaes advindas do maior tempo de internao hospitalar.
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OBJETIVO: Avaliar a eficcia de um programa destinado a promover mudanas no estilo de vida por meio de interveno psicolgica associado terapia farmacolgica para reduo do risco coronariano em pacientes com hipertenso no-controlada, sobrepeso e dislipidemia acompanhados durante 11 meses. MTODOS: Estudo controlado e aleatrio com 74 pacientes distribudos para trs programas de tratamento distintos. Um grupo (TC) recebeu exclusivamente tratamento farmacolgico convencional. O grupo de orientao (GO) recebeu tratamento farmacolgico e participou de um programa de orientao para controle dos fatores de risco cardiovascular. O terceiro grupo (IPEV) recebeu tratamento farmacolgico e participou de um programa de interveno psicolgica breve destinado a reduzir o nvel de estresse e mudar o comportamento alimentar. A principal medida de avaliao foi o ndice de risco de Framingham. RESULTADOS: Os pacientes do grupo TC obtiveram uma reduo mdia de 18% (p = 0,001) no risco coronariano; os pacientes do grupo GO apresentaram um aumento de risco de 0,8% (NS); e os pacientes do grupo IPEV obtiveram uma reduo mdia de 27% no ndice de risco de Framingham (p = 0,001). CONCLUSO: O tratamento farmacolgico aliado a um programa de interveno psicolgica destinado a reduzir o nvel de estresse e mudar o comportamento alimentar resultou em benefcios adicionais na reduo de risco coronariano.
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FUNDAMENTO: Estudos clnicos e epidemiolgicos demonstram grande associao da dieta com os agravos crnicos, particularmente com os eventos cardiovasculares, apesar de ainda no compreendidos todos os seus mecanismos de ao. OBJETIVO: Descrever e analisar o risco cardiovascular em vegetarianos e onvoros residentes na Grande Vitria/ES, na faixa etria de 35 a 64 anos. MTODOS: Para avaliao do risco cardiovascular foi realizado estudo de coorte histrico com 201 indivduos. Foram includos 67 vegetarianos h no mnimo 5 anos, provenientes da Grande Vitria, e 134 onvoros, participantes do Projeto MONICA/Vitria, pareados por classe socioeconmica, sexo, idade e raa. Medidas bioqumicas e hemodinmicas foram obtidas na Clnica de Investigao Cardiovascular da UFES. Para comparao de propores, foi usado o teste chi2 e calculada a razo de prevalncia. O risco cardiovascular foi calculado por meio do algoritmo de Framingham. RESULTADOS: A idade mdia do grupo foi de 47 ± 8 anos e o tempo mdio de vegetarianismo 19 ± 10 anos, sendo a dieta ovolactovegetariana seguida por 73% dos vegetarianos. Presso arterial, glicemia de jejum, colesterol total, colesterol de lipoprotena de baixa densidade (LDL-colesterol) e triglicerdeos foram mais baixos entre vegetarianos (p<0,001). O colesterol de lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol) no foi diferente entre os grupos. De acordo com o algoritmo de Framingham, os vegetarianos apresentaram menor risco cardiovascular (p<0,001). CONCLUSO: A alimentao onvora desbalanceada, com excesso de protenas e gorduras de origem animal, pode estar implicada, em grande parte, no desencadeamento de doenas e agravos no-transmissveis, especialmente no risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: Anlises de mortalidade por doenas cujo desfecho depende de interveno mdica adequada e oportuna permitem apontar fragilidades e desigualdades de acesso no cuidado sade. Doenas isqumicas do corao servem como modelo para essa avaliao. OBJETIVO: O estudo investiga os fatores associados ao bito hospitalar nas internaes por infarto agudo do miocrdio (IAM) e insuficincia coronariana (IC), e se a via de internao pela Central de Internao (CI) da Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte (SMSA-BH) esteve associada ao bito hospitalar aps ajuste por fatores relevantes. MTODOS: Dados obtidos das Autorizaes de Internaes Hospitalares (AIH) e dos laudos e pedidos de vaga para internaes da SMSA sobre a ltima internao realizada com hiptese diagnstica de IAM ou IC. Anlise multivariada foi realizada para identificar fatores de risco para o bito hospitalar. RESULTADOS: No houve associao entre via de acesso internao e risco de bito hospitalar por essas causas. Anlise multivariada demonstrou maior risco de bito para pacientes com 60 anos de idade ou mais velhos (odds ratio [OR] = 2,9), hiptese diagnstica de IAM (OR = 3,0), uso de Unidade de Terapia Intensiva [UTI] (OR = 1,6), sexo feminino (OR = 1,4), especialidade cirrgica (OR = 1,9) e hospital pblico (OR = 3,5). Nas internaes por IAM, houve tambm maior risco de morte de pacientes internados no fim de semana (OR = 1,7). CONCLUSO: Novas investigaes so necessrias para avaliar a assistncia prestada nos finais de semana e a realizada nos hospitais pblicos, levando em considerao outros fatores dos hospitais, dos pacientes e do processo da assistncia, para subsidiar propostas que garantam maior eqidade e maior qualidade da assistncia pblica.
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FUNDAMENTO: O exerccio fsico aerbico importante aliado no combate aos fatores de risco cardiovascular. No entanto, os efeitos de exerccios de alta intensidade sobre tais fatores ainda so pouco conhecidos. OBJETIVO: Comparar os efeitos de protocolos de exerccios aerbico e anaerbico sobre fatores associados ao risco cardaco. MTODOS: Vinte e dois indivduos com idade mdia de 408 anos foram alocados nos grupos: controle (CO), treinamento de endurance (ET) e treinamento intermitente (IT). Os protocolos tiveram durao de 12 semanas, trs vezes por semana; e intensidades de 10% abaixo e 20% acima do limiar anaerbico (LAn). Foram medidas: massa corporal total (MCT), ndice de massa corporal (IMC), circunferncias de cintura (CINT) e quadril (QUA) e a composio corporal, alm das concentraes plasmticas de glicose (GLI), colesterol total (CHO) e triglicrides (TG); ainda foram calculados a razo cintura-quadril (PCCQ) e o ndice de conicidade (ndice C). RESULTADOS: As variveis de MCT, IMC, CINT, GLI e a composio corporal apresentaram alteraes significativas nos grupos ET e IT. Os valores de CHO e QUA foram significativamente reduzidos no grupo ET, enquanto a PCCQ mostrou reduo significativa no grupo IT. O LAn e o ndice C, no grupo IT foram significativamente diferentes em relao a ET. CONCLUSO: Tendo em vista as diferenas encontradas nas respostas das variveis estudadas, em razo do treinamento empregado, conclumos que um programa de exerccio que contemple atividades de alta e baixa intensidades seja mais completo para garantir a reduo de maior nmero de variveis de risco cardaco.
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FUNDAMENTO: No Brasil, a prevalncia de hipertenso arterial (HA) e seus fatores de risco so pouco conhecidos nas regies menos desenvolvidas. OBJETIVO: Estimar a prevalncia da hipertenso arterial na populao > 18 anos em So Lus - MA e fatores associados, de acordo com os critrios do Seventh Report of the Joint National Committee (JNC 7). MTODOS: Realizou-se estudo transversal em So Lus - MA, de fevereiro a maro de 2003, em 835 pessoas com idade > 18 anos que responderam a um questionrio estruturado em domiclio. Foram medidos presso arterial (PA), peso, altura e circunferncia abdominal. Avaliaram-se outros fatores de risco para doena cardiovascular. Na identificao dos fatores associados HA foi utilizado o modelo de regresso de Poisson, com estimativa da razo de prevalncias (RP) e seu respectivo intervalo de confiana de 95%. RESULTADOS: A idade variou entre 18 e 94 anos (mdia de 39,4 anos), sendo 293 (35,1%) pessoas normotensas e 313 (37,5%) pr-hipertensas. A prevalncia de HA foi de 27,4% (IC95% 24,4% a 30,6%), maior no sexo masculino (32,1%) que no feminino (24,2%). Na anlise ajustada permaneceram independentemente associados HA: sexo masculino (RP 1,52 IC95% 1,25-1,84), idade > 30 anos, sendo RP=6,65, IC95% 4,40-10,05 para idade > 60 anos, sobrepeso (RP 2,09 IC95% 1,64-2,68), obesidade (RP 2,68 IC95% 2,03-3,53) e diabete (RP 1,56 IC95% 1,24-1,97). CONCLUSO: Os resultados sugerem a necessidade de controle do sobrepeso, obesidade e diabete, sobretudo em mulheres e pessoas com idade maior ou igual a 30 anos para a reduo da prevalncia da hipertenso arterial.
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FUNDAMENTO: Identificar os fatores de risco para complicaes ps-operatrias do paciente cardiopata com indicao cirrgica que podem influenciar na deciso sobre a conduta teraputica. OBJETIVO: Descrever a experincia de um hospital de Cardiologia na validao e uso prtico de um escore de risco pr-operatrio. MTODOS: Para validao do escore escolhido (Tuman), avaliaram-se consecutiva e prospectivamente 300 pacientes adultos antes da cirurgia cardaca eletiva com o uso de circulao extracorprea (CEC). Pacientes com escore de 0 a 5 foram considerados de baixo risco; de 6 a 9 como risco moderado; e maior que 10, como alto risco para complicaes cardacas, infecciosas, neurolgicas, pulmonares e renais, alm de bito. RESULTADOS: A classificao de Tuman mostrou relao estatisticamente significante com ocorrncia de complicaes infecciosas (p=0,010), com outras complicaes ps-operatrias (p=0,034) e com evoluo para bito (p<0,001). Infeco pulmonar foi a mais freqente dentre as complicaes infecciosas (15,3%), Os pacientes infectados tiveram maior tempo de permanncia na UTI (p=0,001) e internao mais prolongada (p=0,001). Aps o uso rotineiro, uma nova avaliao de 154 pacientes operados em 2005 confirmou a validade desse escore na identificao daqueles com maior risco de infeces ps-operatrias. CONCLUSO: Escolheu-se o escore de Tuman por envolver variveis de fcil obteno, por classificar no mesmo sistema as cirurgias mais freqentemente realizadas e prever risco de complicaes ps-operatrias, alm da mortalidade. Seu uso continuado nesse hospital permitiu identificar o grupo de pacientes com maior risco de complicaes, especialmente as infecciosas, mas no foi preciso na predio do risco individual.
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FUNDAMENTO: Alguns estudos desenvolveram escores para avaliar o risco cirrgico, particularmente o EuroSCORE que, entretanto, complexo e trabalhoso. Sugerimos um escore novo e simples, mais adequado para a prtica clnica e para a avaliao de risco cirrgico em pacientes valvopatas. OBJETIVO: Este estudo foi realizado para criar e validar um escore simples e prtico para predizer mortalidade e morbidade em cirurgia valvar. MTODOS: Coletamos dados hospitalares de 764 pacientes e realizamos a validao do escore, utilizando dois modelos estatsticos: bito (= mortalidade) e tempo de internao hospitalar (TIH) > 10 dias (= morbidade). O escore foi composto de quatro ndices (V [leso valvar], M [funo miocrdica], C [doena arterial coronariana] e P [presso da artria pulmonar]). Estabelecemos um valor de corte para o escore, e foram utilizadas anlises uni e multivariada para confirmar se o escore seria capaz de predizer mortalidade e morbidade. Tambm estudamos se havia associao com outros fatores de risco. RESULTADOS: O escore foi validado, com boa consistncia interna (0,65), e o melhor valor de corte para mortalidade e morbidade foi 8. O escore com valor > 8 pode predizer TIH > 10 dias (odds ratio (OR) = 1,7 p=0,006), e um maior risco de bito ao menos na anlise univariada (p=0,049). Entretanto, o risco de bito no foi previsvel na anlise multivariada (p=0,258). CONCLUSO: O escore VMCP > 8 pode predizer TIH > 10 dias e pode ser usado como uma nova ferramenta para o seguimento de pacientes portadores de valvopatia submetidos a cirurgia.
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FUNDAMENTO: Os indicadores antropomtricos de obesidade abdominal (OABD) estimam a quantidade de tecido adiposo visceral, que, por sua vez, est associado a maior risco de desenvolvimento de doena cardiovascular. Nas ltimas dcadas, houve um aumento de OABD na populao feminina brasileira, constituindo grande problema de sade pblica. OBJETIVO: Avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do ndice de conicidade (ndice C), da razo cintura-quadril (RCQ), da circunferncia de cintura (CC) e da razo cintura-estatura (RCEst) para discriminar risco coronariano elevado (RCE) em mulheres. MTODOS: Estudo transversal realizado em Feira de Santana, Bahia, com 270 funcionrias de uma universidade pblica com idade entre 30 e 69 anos. A anlise da sensibilidade e especificidade, feita por meio das curvas ROC, permitiu identificar e comparar os melhores pontos de corte para discriminar RCE, calculado com base no escore de risco de Framingham. RESULTADOS: Os pontos de corte encontrados foram: CC = 86 cm, RCQ = 0,87, ndice C = 1,25 e RCEst = 0,55, sendo, respectivamente, as reas sob a curva ROC de 0,70 (IC95% = 0,63-0,77), 0,74 (IC95% = 0,67-0,81), 0,76 (IC95% = 0,70-0,83) e 0,74 (IC95% = 0,67-0,81). Os indicadores antropomtricos de OABD analisados apresentaram desempenhos satisfatrios e semelhantes para discriminar RCE. Entretanto, o ndice C foi o indicador que apresentou o melhor poder discriminatrio. CONCLUSO: Espera-se que esses resultados contribuam para melhor quantificar a OABD na populao feminina brasileira, fornecendo informaes para que os profissionais de sade atuem na preveno dessa condio clnica multifatorial, evitando o aparecimento das doenas cardiovasculares.
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FUNDAMENTO: A sndrome metablica (SM) um agregado de fatores predisponentes para doenas cardiovasculares e diabete melito, cujas caractersticas epidemiolgicas so insuficientemente conhecidas nos nveis regional e nacional. OBJETIVO: Estimar a prevalncia de SM e fatores associados em uma amostra de hipertensos da rea urbana de Cuiab - MT. MTODOS: Estudo de corte transversal (maio a novembro de 2007) em amostra de 120 hipertensos (com 20 anos ou mais), pareados por gnero e selecionados por amostragem sistemtica de uma populao fonte de 567 hipertensos de Cuiab. Todos os selecionados responderam a um inqurito em domiclio para obteno de dados scio-demogrficos e hbitos de vida. Foram medidos: presso arterial; ndice de massa corprea (IMC); circunferncias da cintura e quadril; glicemia; insulinemia; lpides sricos; clculo do ndice de homeostase da resistncia insulnica (HOMA); protena C-reativa; cido rico e fibrinognio. O critrio para hipertenso adotado foi: mdia da PAS > 140mmHg e/ou PAD > 90mmHg, para sndrome metablica segundo a I Diretriz Brasileira de Sndrome Metablica e NCEP-ATP III. RESULTADOS: Foram analisados 120 hipertensos (60 mulheres), com mdia de idade de 58,3 12,6 anos. Observou-se prevalncia de SM de 70,8% (IC95% 61,8-78,8), com predomnio entre as mulheres (81,7% vs. 60,0%; p=0,009), sem diferenas entre adultos (71,4%) e idosos (70,2%). A anlise de regresso mltipla revelou uma associao positiva entre a SM e o IMC > 25 kg/m, a resistncia insulnica e algum antecedente familiar de hipertenso. CONCLUSO: Observou-se uma elevada prevalncia de SM entre hipertensos de Cuiab, associada significativamente ao IMC >25 kg/m, resistncia insulnica (ndice HOMA) e, em especial, a uma histria familiar de hipertenso. Estes resultados sugerem o aprofundamento deste assunto atravs de novos estudos.
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FUNDAMENTO: Em sndrome coronariana aguda (SCA), importante estimar a probabilidade de eventos adversos. OBJETIVO: Desenvolver um escore de risco em uma populao brasileira com SCA sem supradesnivelamento do segmento ST (SST). MTODOS: Foram avaliados prospectivamente 1.027 pacientes em um centro brasileiro de cardiologia. Um modelo de regresso logstica mltipla foi desenvolvido para prever o risco de morte ou de (re)infarto em 30 dias. A acurcia preditiva do modelo foi determinada pelo C statistic. RESULTADOS: O evento combinado ocorreu em 54 pacientes (5,3%). O escore foi criado pela soma aritmtica de pontos dos preditores independentes, cujas pontuaes foram designadas pelas respectivas probabilidades de ocorrncia do evento. As seguintes variveis foram identificadas: aumento da idade (0 a 9 pontos); antecedente de diabete melito (2 pontos) ou de acidente vascular cerebral (4 pontos); no utilizao prvia de inibidor da enzima conversora da angiotensina (1 ponto); elevao da creatinina (0 a 10 pontos); e combinao de elevao da troponina I cardaca e depresso do segmento ST (0 a 4 pontos). Foram definidos quatro grupos de risco: muito baixo (at 5 pontos); baixo (6 a 10 pontos); intermedirio (11 a 15 pontos); e alto risco (16 a 30 pontos). O C statistic para a probabilidade do evento foi de 0,78 e para o escore de risco em pontuao de 0,74. CONCLUSO: Um escore de risco foi desenvolvido para prever morte ou (re)infarto em 30 dias em uma populao brasileira com SCA sem SST, podendo facilmente ser aplicvel no departamento de emergncia.
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FUNDAMENTO: Poucos estudos de base populacional foram realizados em cidades de mdio porte para estimar a prevalncia de nveis pressricos elevados e fatores associados. OBJETIVO: Estimar a prevalncia dos nveis pressricos elevados e fatores associados em adultos de Lages, SC. MTODOS: Estudo transversal de base populacional em adultos de 20 a 59 anos da zona urbana (n=2.022). A varivel dependente foi nvel pressrico elevado com valores > 140/90 mmHg. Variveis independentes: sexo, idade, escolaridade, renda familiar per capita, cor da pele auto-referida, ndice de massa corporal, tabagismo, problemas com lcool, atividade fsica, e diabete melito auto-referida. Para verificar as associaes foi usado o teste de qui-quadrado e de tendncia linear. A anlise mltipla foi realizada por meio da regresso de Poisson RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 98,6%. A prevalncia de nveis pressricos elevados foi de 33,7% (IC95% 31,7-36,1) para a populao em geral variando de 31,1% nos homens a 38,1% nas mulheres. Aps o ajuste por possveis variveis de confuso foram associados com nvel pressrico elevado: indivduos do sexo masculino (RP = 1,4 IC 95% 1,2-1,7), aqueles com idades mais avanadas (p<0,001), os com sobrepeso (RP= 1,4 IC95% 1,1-1,6) e obesidade (RP = 1,9 IC95% 1,6-2,3), os asiticos (RP=1,8 IC95% 1,3-2,5) e os que auto referiram serem diabticos [RP = 1,29 IC95% 1,12-1,48). CONCLUSES: Um tero dos adultos apresentou nveis pressricos elevados, resultado semelhante ao encontrado na populao brasileira. Fatores passveis de interveno como sobrepeso e obesidade e diabetes foram associados a nveis elevados de presso arterial.