1000 resultados para Carvalho, Bernardo, 1960 - Crítica e interpretação
Resumo:
H no Evangelho de Mateus material suficiente para se chegar ao discipulado de iguais porque seu contedo reflete uma prtica igualitria de Jesus em relao s mulheres. Nesta tese tal prtica pode ser verificada atravs da investigao de duas percopes nas quais Jesus advoga a causa das mulheres discutindo o direito masculino do divrcio e o adultrio: 19,1-12 e 5,27-32. No debate sobre a justa causa para se despedir a mulher, Jesus declara que a volta criao original no mais concede tal prerrogativa aos homens. Essa discusso ocorre em terreno legal e isso se evidencia pelo termo aitia, cujo significado demonstra que na demanda do divrcio a lei concede ao homem o benefcio de encontrar um motivo para acusao. Jesus, por sua vez, declara que pela sua lei todo motivo e acusao contra a mulher se transforma em motivo e acusao contra o prprio homem diante de Deus. O silncio dos fariseus comprova que os argumentos de Jesus so irrefutveis, mas o protesto dos seus discpulos revela que no lhes agrada a igualdade social entre os sexos. A resposta final e definitiva de Jesus encontra-se em Mt 19,10 onde pelo uso da metfora eunuco ele encerra o debate dizendo que somente podem aceitar a sua causa os que abraarem a causa do Reino dos Cus. Os temas divrcio e adultrio permitem estender a discusso para o matrimnio que a relao social e legal que fundamenta tais prticas, e buscar na Antigidade as leis e costumes que regiam a vida sexual das mulheres naquele tempo, considerando os ambientes mais relevantes em relao ao mundo bblico: o mundo greco-romano e o oriente prximo no perodo entre os sculos IV a.C. e IV d.C. para que, atravs da pesquisa sobre matrimnio, divrcio, adultrio, dote, repdio e outras sanes relativas vida sexual das mulheres, se possa chegar aos mecanismos culturais da educao capazes de levar as mulheres cumplicidade ou resistncia aos seus papis sociais. Essa pesquisa se encerra com uma apreciao da histria da renncia sexual nos contextos judaico e cristo para projetar o ambiente e o horizonte scio-religioso que foram palcos da recepo e transmisso de Mt 5,27-32 e Mt 19,1-12, de modo a demonstrar que os argumentos misginos que se tornaram inerentes interpretação desses textos so o resultado de uma mentalidade sexista que no corresponde crítica literria do evangelho.(AU)
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A presente pesquisa objetiva analisar o processo de implantao e configurao do metodismo no Nordeste, a partir da trajetria histrica da Igreja Metodista no Brasil, aps sua autonomia, cobrindo o perodo de 1946 a 2003. Como ferramentas de trabalho, foram utilizadas a pesquisa bibliogrfica (documentos, livros, pesquisas, meios de comunicao impressos da Igreja Metodista, entre outros) e a coleta de dados por meio de entrevistas e observao in loco da realidade missionria do metodismo no Nordeste. Como mtodo de abordagem dos contedos, utilizam-se o Mtodo Histrico Crtico e a Histria Oral. O primeiro captulo constitui o levantamento histrico da implantao e expanso do metodismo no nordeste do Brasil, apontando o contexto histrico, social, cultural e econmico em que ocorrem; as primeiras tentativas nas capitais nordestinas e seus principais missionrios e missionrias e as perspectivas atuais do avano missionrio. O segundo captulo procura analisar a struturao e organizao do Nordeste como Regio Missionria, infocando os movimentos que buscaram tal estrut urao, como as conferncias missionrias e o Encomene. O processo de criao da Regio Missionria resgatado, considerando-se seus desafios de sustento e administrao, bem como considerando os modelos administrativos em voga no perodo histrico analisado. No terceiro captulo, so feitas consideraes acerca dos desafios e oportunidades para a prxis missionria em vista dos documentos da Igreja; em especial, o Plano para a Vida e Misso (1982). So analisados os conceitos de misso neste documento e na obra de David Bosch, verificando similaridades e disparidades em relao prtica metodista no Nordeste. So avaliados trs modelos de misso: modelo de auto-sustento; modelo de auto-proclamao/propagao e modelo social (em busca de uma misso libertadora). No se pretende esgotar a anlise do processo de implantao do Metodismo no Nordeste, seno abrir caminhos para a avaliao e reviso da prxis missionria metodista no contexto nordestino.(AU)
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O livro de J pertence literatura sapiencial de Israel. Seu contedo um grande debate entre sbios. Estes formavam um segmento educado da populao: sabiam ler e escrever. A sabedoria era demasiadamente valorizada e concebida como orientao prudente para a vida. O texto 24,1-12 de J pertence parte potica do livro. O poema foi escrito na primeira metade do sculo V a.C., no perodo do ps exlio, durante a dominao dos persas. Este imprio trouxe profundas modificaes para a vida do povo em Jud. Apesar da aparente tolerncia por parte de seus governantes, eles criaram mtodos muito eficazes para alcanar seus objetivos de controle sobre os povos submetidos. Atravs de um forte aparelho burocrtico, fiscal e militar controlavam e garantiam a ordem e o pagamento de tributos. O templo tornou-se o intermedirio entre o imprio e o povo. A economia e a sociedade se estruturaram conforme o regime imposto pelos persas. Essa poltica econmica e administrativa favorecia o enriquecimento dos setores dominantes, e conseqentemente o empobrecimento cada vez maior dos camponeses. Os sacerdotes eram os lderes do povo e a teologia da retribuio se fortaleceu muito nessa poca. No entanto, a justia de Deus explicada pela teologia da retribuio deparava-se com o problema do mal e do sofrimento do justo. a partir da experincia e da observao da realidade que se origina um movimento de resistncia teologia da retribuio. No captulo 24,1-12, J se lana numa contemplao sobre a sociedade dividida entre opressores e oprimidos. Desmonta o funcionamento da sociedade mostrando suas rupturas e conflitos graves. Sua inteno nesse texto mostrar atravs da realidade, porque no concorda com as afirmaes dos sbios que defendem a teologia da retribuio, sobre o castigo infalvel para os mpios ricos e sobre o sofrimento do pobre como indicao de castigo.(AU)
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O texto analisa a prtica pastoral do neopentecostalismo na Igreja Internacional da Graa de Deus. Esta Igreja expandiu-se substancialmente no Brasil, conseguiu arregimentar um nmero enorme de seguidores e conquistou expressiva visibilidade na mdia. A pesquisa estuda a trajetria histrica do neopentecostalismo, o seu desenvolvimento no Brasil e os aspectos teolgicos do movimento. Estuda-se tambm a Igreja da Graa, sua origem, sua teologia, sua estrutura de governo, seu ministrio pastoral e expanso. Por estar inserida dentro do neopentecostalismo, a Igreja da Graa reflete tambm a sua teologia, que prope banir a doena, a pobreza e todo o tipo de sofrimento da vida humana, a fim de produzir uma nova gerao de fiis: ricos e saudveis. De acordo com a sua teologia, o cristo deve viver todo o tempo de sua vida livre de qualquer aspecto negativo da existncia humana. Se isso no acontece, porque ele no tem f, est sob o poder de Sat ou tem um comportamento que desagrada a Deus. Assim, a marca do verdadeiro cristo a plena sade fsica e emocional, alm da prosperidade financeira. Entretanto, a pregao neopentecostal tem produzido desapontamentos, principalmente, quando a cura fsica no acontece e o dinheiro no aparece. Portanto, esta tese formula uma proposta de prtica pastoral de esperana que possibilite aos decepcionados com essa mensagem triunfalista retomarem a vida crist dentro do seu espao cristo.(AU)
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A sociedade brasileira confrontada com um verdadeiro mercado religioso, onde os bens simblicos da salvao podem ser garantidos por meio de contribuies financeiras. A prtica do dzimo faz parte deste debate e busca na leitura da Bblia fundamentao teolgica. Diversos textos bblicos apresentam a questo do dzimo, revelando que no existe uma forma nica de se lidar com o dzimo na Bblia. Deuteronmio 14,22-29 o ponto de partida da presente pesquisa, revelando uma prtica do dzimo que busca fortalecer a liberdade e identidade do povo de Israel sustentada pela f em Jav. A prtica do dzimo em Deuteronmio um ato comunitrio dos camponeses que acontece a partir do poder local. O campons come o dzimo que ele produziu. A cada trs anos o campons deposita o dzimo no porto da vila-cidade. Este dzimo ser comido por grupos empobrecidos. Em Deuteronmio 14,22-29, a prtica do dzimo expresso da organizao comunitria dos camponeses que se opem cobrana do dzimo como tributo. Em Deuteronmio 14,22-29, a prtica do dzimo expresso da organizao comunitria para preservar a liberdade e garantir a autonomia dos camponeses.(AU)
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Esta tese, baseada na exegese, defende que as maldies do Salmo 137 devem ser interpretadas levando-se em conta o princpio da reciprocidade praticado na justia do AT, o famoso "olho por olho, dente por dente". Apresenta auxlios para a interpretação das maldies nos salmos; analisa o estado atual da questo; verifica a coerncia ou no da utilizao do termo "Salmo Imprecatrio"; trata da difcil questo do contexto histrico dos salmos e, ainda, destaca alguns pontos que dificultam a interpretação crist deste tipo de literatura. Ela trata das questes do texto, da estrutura, do gnero literrio, da autoria, e do contexto de vida e histrico do Salmo 137. Alm disso, apresenta paralelos deste gnero no mundo bblico e compara verses do Salmo 137 em portugus. Mostra que no AT a palavra era tratada como algo que possui poder intrinseco; verifica como, normalmente, era feito o uso das maldies no AT em geral, preparando o caminho para a verificao de seu uso especfico no Salmo 137; faz uma rpida retrospectiva histrica mostrando a longa trajetria de desavenas de Israel/Jud com Edom e Babilnia, o que leva o salmista a sentir-se no direito de pedir que estas duas naes sejam destrudas e sofram; levanta, ainda, a possibilidade do Salmo 137 no ser o nico do Saltrio com maldies contra Edom e Babilnia, e destaca que nesta composio existe uma automaldio e duas maldies, uma contra Edom e outra contra Babilnia, todas elas levando em conta o princpio da reciprocidade na justia do AT.(AU)
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Religio e literatura o tema geral desta tese de doutoramento. Contudo, a preocupao especfica a plausibilidade da interpretação da religio pela literatura. Isso porque os estudiosos dessa rea tm normalmente partido da pressuposio de que essa plausibilidade existe. Por isso geralmente no a problematizam e nem se preocupam em fundament-la. A proposta desta pesquisa justamente desenvolver um embasamento terico que ajude a suprir essa lacuna. Portanto, esta tese mantm como preocupao de fundo uma questo epistemolgica. Para levar adiante esse projeto, levanta-se a hiptese de que o discurso indireto da literatura caracterizado pela metfora, especialmente o romance com a sua possibilidade polifnica e carnavalesca, tem a capacidade de revelar traos especficos do fenmeno religioso de modo diferente do que fazem os discursos diretos da filosofia e das cincias, de tal forma que d literatura condies de proceder a uma interpretação plausvel e heurstica da religio. A fundamentao terica para o desenvolvimento da hiptese baseada na teoria da metfora, do texto e da narrativa de Paul Ricoeur e nos conceitos de dialogismo, polifonia, carnavalizao e literatura prosaica de Mikhail Bakhtin. Com a finalidade de exemplificar, na prtica, a pertinncia do material terico desenvolvido, o romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de Jos Saramago interpretado. Metodologicamente, o trabalho est dividido em trs pontos: primeiro a literatura e o conhecimento da realidade; segundo a literatura como intrprete da religio e terceiro, a interpretação exemplar do romance.(AU)
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Esta tese objetiva comprovar que, na sociedade de consumo, indivduos consumistas transcendem sua relao funcional com as mercadorias, buscando nas marcas de prestgio uma dimenso espiritual, que substitui ou complementa as experincias religiosas tradicionais, e que se revela fetichizada. O consumismo superlativo de compras, posses e uso, uma dependncia de bens no essenciais (suprfluos) para atender aos desejos sem fim. impossvel satisfazer a desejos sem fim: da a expresso meta transcendental do consumo, posicionada alm do alcance e da capacidade de atingi-la. A dimenso transcendente do consumo, por meio do simbolismo das mercadorias potencializado pelas marcas de prestgio, propicia encantamento e sentido ao indivduo, e se presta a preencher o espao outrora ocupado pela famlia, Igreja e comunidade. O sujeito busca, na mercadoria fetichizada pela marca, satisfazer seu desejo mimtico, e/ou compensar valores frgeis ou ausentes, o que reforado pela propaganda. O sentido ltimo da vida dos indivduos materialistas produz efeitos imediatos que so positivos para eles e para a economia, mas potencialmente negativos mais frente para o planeta, para sociedade e para os indivduos.
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A prxis religiosa dos cristos na Amrica Latina est profundamente associada aos debates de superao da excluso social na busca de uma sociedade mais justa e solidria. Desde o ps-guerra os cristos so fundamentais nas aes de transformao da sociedade. Nesta tradio, a CNBB prope orientaes pastorais sobre as diversas realidades da sociedade, tambm a economia. Entre 1995 e 2004, os documentos oficiais da CNBB apresentam uma contundente crítica ao sistema de globalizao neoliberal, apresentando a exigncia dos cristos trabalharem na superao desta ideologia econmica em busca de uma sociedade mais justa e igualitria. importante perceber as contribuies especficas do cristianismo deste discurso teolgico-pastoral. Esta crítica levada a sua radicalidade teolgica deve ser capaz de desvelar a iluso transcendental, criticando a ingenuidade utpica que absolutiza projetos histricos gerando sacrifcios de vidas humanas. Para isto, necessrio contnuo discernimento a partir da liberdade crist que se constitui em um critrio tico fundamental de discernimento a partir da vida das vtimas. Neste sentido, os textos sociais da CNBB so apresentados no contexto do discurso social catlico no Brasil, em sua lgica crítica ao neoliberalismo e na anlise da iluso transcendental s vezes reproduzida nas propostas de superao da sociedade atual.
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A proposta de utilizao do marketing na ao evangelizadora da Igreja Catlica provoca debates entre os diversos segmentos da instituio. Por um lado, setores favorveis defendem que a utilizao do marketing religioso uma alternativa disponvel para Igreja Catlica buscar a eficcia na realizao de seus objetivos. Por outro lado, setores contrrios ao marketing religioso afirmam que h incompatibilidade entre a lgica do marketing e a lgica proftica da tradio judaico-crist. Estes setores assumem a viso de que a lgica do marketing est articulada lgica da sociedade do consumo, e, portanto, lgica do capitalismo. Como so crticos ao capitalismo, passam a ser, tambm, contrrios ao uso do marketing na ao eclesial. Diante desta controvrsia, esta dissertao tem o objetivo de mostrar que no h contradio na utilizao de algumas tcnicas de marketing na ao evangelizadora dos setores catlicos comprometidos com a crítica proftica cultura do consumo, a fim de que sua ao proftica seja mais eficaz. Nesse sentido, pretendemos mostrar que, de fato, h contradio entre a lgica do marketing e a lgica proftica, mas que no existe, necessariamente, contradio entre o uso de algumas tcnicas de marketing e a misso proftica do cristianismo. Como procedimentos metodolgicos, optamos por uma pesquisa bibliogrfica a partir dos seguintes referenciais tericos: Peter Drucker e Philip Kotler foram importantes para fundamentar o significado do marketing nas reas de Marketing e de Administrao. No campo das Cincias da Religio os referenciais tericos foram Jung Mo Sung, que contribuiu com o estudo das relaes entre lgica do mercado, lgica proftica e evangelizao, e Afonso Murad, que foi importante para articular os conceitos de gesto e de estratgia na ao evangelizadora.(AU)
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O presente trabalho analisou as relaes e os conflitos de gnero e poder observados durante o debate sobre as origens do trabalho batista no Brasil, debate esse entre o Pastor Jos dos Reis Pereira, lder oficial da Conveno Batista Brasileira durante os anos 1960-1980 e a pesquisadora batista Betty Antunes de Oliveira. A anlise do conflito foi realizada principalmente com a mediao de gnero como instrumento hermenutico, conforme os pressupostos de Joan Wallach Scott. Desse modo, a pesquisa teve como propsito principal, a partir da anlise do debate, dar visibilidade ao conflito de gnero nos lugares de poder da Conveno Batista Brasileira dos anos 1960-1980, conflito dissimulado pelos discursos batistas sobre direitos de liberdade e igualdade sociais. Esta pesquisa trabalhou basicamente com as seguintes hipteses: a dinmica do debate foi fortalecida pelo contexto sociopoltico daqueles anos, que favoreceu a emergncia dos movimentos de mulheres e feminista no Brasil, cujas influncias foram tambm sentidas em outras tradies de f crist; e o resultado final do debate dependeu mais das questes de gnero e poder do que das discusses tcnicas e acadmicas sobre o acerto histrico do marco inicial do trabalho batista no Brasil. O ineditismo desta pesquisa est em oferecer uma nova perspectiva do debate sobre as origens do trabalho batista no Brasil, a partir do uso da categoria de gnero como instrumento de anlise, o que complementar, desse modo, a pesquisa acadmica j publicada sobre o tema.
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A crítica da religio um tema recorrente no pensamento moderno e aparece at mesmo na teologia desse perodo. Nesse contexto, o presente estudo procura comparar a crítica da religio no pensamento de Karl Barth e Dietrich Bonhoeffer. Para tanto, a dissertao est organizada em quatro partes principais. Inicialmente, feita uma contextualizao da concepo ocidental de religio e sua crítica moderna, inclusive no mbito teolgico. A seguir so descritas a concepo e a crítica da religio no pensamento de Barth e Bonhoeffer. Finalmente, realizada uma comparao entre ambos, que procura delinear aproximaes e distanciamentos da crítica da religio desses dois telogos. De maneira ampla, as duas críticas apontam distores do Cristianismo e indicam propostas de restaurao. Como chave geral de comparao est a percepo de que Barth critica a religio n a perspectiva da revelao enquanto Bonhoeffer faz sua crítica na perspectiva da vida.(AU)
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A presente pesquisa analisa o corpo como parte de um processo de construo social e busca compreender as implicaes da relao entre essa construo social do corpo e prticas religiosas evanglicas. Elege as Igrejas Congregao Crist, Presbiteriana e Renascer em Cristo no bairro de Rudge Ramos, em So Bernardo do Campo, como objeto de investigao dessa questo. Essa relao est envolta em intenes e manifestaes corporais que implicam prticas religiosas e os estilos de vida das pessoas que freqentam as referidas denominaes no bairro em questo. O estudo desenvolve um mapeamento das tcnicas corporais que significam a maneira como as pessoas se valem dos seus corpos. Na apreciao dos aspectos sociais, culturais e econmicos relacionados ao bairro em questo e s igrejas nele inseridas, procuramos compreender a maneira como essas trs tradies evanglicas desenvolvem tcnicas corporais diferenciadas. Tambm, se as pessoas que freqentam essas igrejas sofrem alguma influncia do modelo de corporeidade da sociedade atual que tem como pretenso a busca pela ascenso social e por condies de consumo vinculadas ao corpo.(AU)
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Tudo e no . Analisar algumas imagens ambguas de Deus em Grande Serto: Veredas foi o objetivo desta dissertao. Para tanto, essa anlise uma tentativa interdisciplinar de leitura e interpretação, em que Teologia e Literatura so interlocutoras. A partir do romance rosiano, sob luz hermenutica da crítica literria e da reflexo teolgica, tentamos indicar que a escritura de Joo Guimares Rosa apresenta Deus de modo ambguo. Essa assertiva possvel, pois se percebeu na provisoriedade humana, poetizada pelo escritor e personificada por Riobaldo, o trao sine qua non do modo de ver mundos misturados . Ao rememorar e renarrar as estrias sua vida, Riobaldo abre espao ao Mistrio. Nonada . Em cada travessia, o protagonista-narrador reflete acerca de Deus , por meio da fala potica cujas imagens diversas sugerem um Deus muito contrariado . Sem enquadramentos teolgicos e/ou filosficos definitivos, Rosa provoca-nos ao mostrar-nos que o Deus que roda tudo revela-se e evade-se no serto-universo. Lugar fsico-mtico. no serto que intentamos seguir os rastros de Deus segundo a ris riobaldiana. Olhar de constante movimento entre o obscuro e o revelado, entre o e no .(AU)
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A programao a alma da emissora, ela d identidade ao canal e o verdadeiro produto da TV. A grade de programao faz parte de uma estratgia que busca atrair o mximo de audincia possvel e, principalmente, mant-la fiel. Na dcada de 1970, a TV Globo alcanou o primeiro lugar de audincia com um modelo de grade que, em linhas gerais, permanece at hoje, como por exemplo, o sanduche novela-telejornal-novela. Mas como era programao televisiva antes da Globo? Quais os gneros de programas mais comuns? O era exibido no horrio nobre? Como era a programao da ento lder TV Tupi? Da glamurosa TV Excelsior? Da TV Record de Paulo Machado de Carvalho? E da pequena TV Paulista que funcionava num apartamento? Nas duas primeiras dcadas da TV brasileira que surgiram as pesquisas de audincia, o videoteipe, as transmisses via satlite e o incio da formao das redes. Como algumas dessas tecnologias influenciaram a programao? Por meio de uma metodologia quantitativa e qualitativa, baseada em pesquisa bibliogrfica, observao de dados e em entrevistas com profissionais do setor, esta pesquisa de carter exploratrio se baseia em dois eixos estruturais: 1) Rever os principais critrios de classificao de gneros televisivos e, com esta classificao, fazer a segunda parte do estudo: 2) Analisar as caractersticas de programao das quatro emissoras comerciais de maior audincia da TV aberta paulista, nas dcadas de 1950 e 1960.