Criminal offending in schizophrenia over a 25-year period marked by deinstitutionalization and increasing prevalence of comorbid substance use disorders

Objective: This study examined the pattern of criminal convictions in persons with schizophrenia over a 25-year period marked by both radical deinstitutionalization and increasing rates of substance abuse problems among persons with schizophrenia in the community. Method: The criminal records of 2,861 patients (1,689 of whom were male) who had a first admission for schizophrenia in the Australian state of Victoria in 1975, 1980, 1985, 1990, and 1995 were compared for the period from 1975 to 2000 with those of an equal number of community comparison subjects matched for age, gender, and neighborhood of residence. Results: Relative to the comparison subjects, the patients with schizophrenia accumulated a greater total number of criminal convictions (8,791 versus 1,119) and were significantly more likely to have been convicted of a criminal offense (21.6% versus 7.8%) and of an offense involving violence (8.2% versus 1.8%). The proportion of patients who had a conviction increased from 14.8% of the 1975 cohort to 25.0% of the 1995 cohort, but a proportionately similar increase from 5.1% to 9.6% occurred among the comparison subjects. Rates of known substance abuse problems among the schizophrenia patients increased from 8.3% in 1975 to 26.1% in 1995. Significantly higher rates of criminal conviction were found for patients with substances abuse problems than for those without substance abuse problems (68.1% versus 11.7%). Conclusions: A significant association was demonstrated between having schizophrenia and a higher rate of criminal convictions, particularly for violent offenses. However, the rate of increase in the frequency of convictions over the 25-year study period was similar among schizophrenia patients and comparison subjects, despite a change from predominantly institutional to community care and a dramatic escalation in the frequency of substance abuse problems among persons with schizophrenia. The results do not support theories that attempt to explain the mediation of offending behaviors in schizophrenia by single factors, such as substance abuse, active symptoms, or characteristics of systems of care, but suggest that offending reflects a range of factors that are operative before, during, and after periods of active illness.

Transnational organised crime and the International Criminal Court developments and debates

Limitation to jurisdiction of International Criminal Court (ICC) - proposal to strengthen the universal criminalisation of transnational organised crimes by enabling them to be prosecuted through an international authority - debate on whether existing offences under the ICC Statute encompass certain transnational organised crimes - whether the Statute should be expanded to include crimes that have been recognised in international treaties.

COMPREENSÃO DA VULNERABILIDADE CRIMINAL FEMININA A PARTIR DA ANÁLISE DO CARÁTER

O presente estudo teve por objetivos a) identificar aspectos da história de vida pessoal, das etapas de desenvolvimento evolutivo e das relações familiares e afetivas de mulheres que cumprem pena em regime fechado, com o intuito de colher elementos significativos e contributivos para a compreensão da vulnerabilidade criminal feminina; b) realizar uma análise sistematizada do caráter, segundo abordagem de Wilhelm Reich, a partir do conteúdo do discurso clínico dessas mulheres. Para tal foram estudados três casos de mulheres reclusas em regime fechado no Centro de Ressocialização Feminino, na cidade de São José do Rio Preto, que respondem pelos artigos 33 e 35 da Lei 11343/06, que refere-se ao tráfico de drogas ilícitas e a associação para o crime, e artigo 157 do Código Penal Brasileiro, que refere-se a roubo. O conteúdo das entrevistas realizadas indicou graves dificuldades no crescimento e desenvolvimento por ambiente desfavorável e por relações psico-afetivas empobrecidas ou insatisfatórias. Encontrou-se em comum nos casos estudados, segundo uma análise reichiana, indicativos de fixação na oralidade, ou seja, traços orais insatisfatórios relacionados à primeira infância, indicando pouca referência identificatória que lhes oferecesse base para defenderem-se da realidade. Entendeu-se que tais falhas desenvolvimentais podem indicar vulnerabilidade para ações criminais como forma de defesa contra angústia, fazendo com que atuem de forma mais imediata ou impulsiva na busca de satisfação.

Reincidência Criminal sob o Enfoque dos Processos Psicossociais

Este estudo teve como objetivo pesquisar a reincidência criminal por meio de três estudos exploratórios. No primeiro foi utilizado o Perfil do Detento no Estado de São Paulo, ano de 2003, documento elaborado pela Secretaria da Administração Penitenciaria, selecionando-se dele a população de 1.280 sujeitos do gênero masculino do Presídio Desembargador "Adriano Marrey" de Guarulhos. Foram encontradas prováveis associações à reincidência criminal nos seguintes fatores: idade, número de delitos cometidos e escolaridade. No segundo utilizou-se um levantamento aleatório, através do número de matrícula dos presos, que atingiu 11% dos 1.654 registrados e classificados em 2004. Os dados dos prontuários criminológicos dessa população carcerária, que foi de 182 sujeitos, foram comparados aos do primeiro estudo. Os resultados corroboraram tendências de associação entre idade, escolaridade, números de delitos e reincidência criminal. No terceiro estudo foram analisados 30 protocolos do Teste do Desenho da Figura Humana (DFH) aplicados em sentenciados do gênero masculino que tinham entre 18 e 35 anos de idade, condenados pelo artigo 157§2° do Código Penal Brasileiro (Assalto a Mão Armada), em regime inicialmente fechado. Esta investigação teve como objetivo conhecer as características de personalidade das pessoas que cometeram crimes. Encontraram-se alguns traços de personalidade que podem estar associados à criminalidade ou a reincidência.Não foram detectadas características psicóticas, mas perturbações e desvios na sexualidade, agressividade, imaturidade, dificuldade de elaboração de frustrações. Estes resultados podem alicerçar o uso das técnicas projetivas nas entrevistas de inclusão. Para tanto se propõe o uso do Desenho da Figura Humana de Machover (1949), com análise proposta por Lourenção Van Kolck (1984). Na discussão dos resultados e nas conclusão foram retomados os fatores que se apresentaram associados à reincidência e alguns temas que se mostraram de interesse para outras pesquisas no campo da psicologia criminal ou penitenciária. Pretendeu-se buscar subsídios que pudessem contribuir para a prevenção da reincidência, com base numa compreensão psicossocial do comportamento criminoso e sempre sob o enfoque da psicologia da saúde. As pessoas envolvidas na execução da pena deverão dar mais ênfase à entrevista de inclusão para cumprir o que determina a Lei de Execução Penal, executando o exame de classificação

Institutional work taken literally: How logics shift as banking lawyers 'get the deal done'

The role of interest and agency in the creation and transformation of institutions, in particular the “paradox of embedded agency” (Seo & Creed, 2002) have long puzzled institutional scholars. Most recently, Lawrence and Suddaby (2006) coined the term “institutional work” to describe various strategies for creating, maintaining and disrupting institutions. This label, while useful to integrate existing research, highlights institutionalists’ lack of attention to work as actors’ everyday occupational tasks and activities. Thus, the objective of this study is to take institutional work literally and ask: How does practical work come to constitute institutional work? Drawing on concepts of “situated change” (Orlikowski, 1996) I supplement existing macro-level perspectives of change with a microscopic, practice-based alternative. I examine the everyday work of English and German banking lawyers in a global law firm. Located at the intersection of local laws, international financial markets, commercial logics and professional norms, banking lawyers’ work regularly bridges different normative settings. Hence, they must constructively negotiate contradictory meanings, practices and logics to develop shared routines that resonate with different normative frameworks and facilitate task accomplishment. Based on observation and interview data, the paper distils a process model of banking transac-tions that highlights the critical interfaces forcing English and German banking lawyers into cross-border sensemaking. It distinguishes two accounts of cross-border sensemaking: the “old story” in which contradictory practices and norms collide and the “new story” of a synthetic set of practices for collaboratively “editing” (Sahlin-Andersson, 1996) legal documentation. Data show how new practices gain shape and legitimacy over a series of dialectic contests unfolding at work and how, in turn, these contests shift institutional logics as lawyers ‘get the deal done’. These micro-mechanisms suggest that as practical and institutional work blend, everyday work-ing practices come to constitute a form of institutional agency that is situated, emergent, dialectic and, therefore, embedded.