1000 resultados para cafeeiro irrigado
Resumo:
Na cultura do arroz irrigado ocorrem elevadas perdas de produtividade de grãos devido à interferência de plantas daninhas, pois estas também estão adaptadas ao ambiente inundado de cultivo do cereal. Objetivou-se avaliar a interferência e determinar o nível de dano econômico de populações de capim-arroz em arroz irrigado em função do arranjo de plantas da cultura. Foi realizado um experimento em campo, com cultivo de arroz em sistema convencional. Os tratamentos foram constituídos por três arranjos de plantas de arroz, cultivar BRS Pelota (17 e 32 cm e semeadura a lanço), e nove populações de capim-arroz em cada método de semeadura. O modelo de regressão não linear da hipérbole retangular estima adequadamente as perdas de produtividade do arroz irrigado na presença de plantas de capim-arroz. A cultura do arroz semeada a lanço apresenta maior habilidade competitiva com o capim-arroz em relação à semeadura em linha nos espaçamentos de 17 e 32 cm. A variável área foliar apresenta melhor ajuste ao modelo da hipérbole retangular, comparativamente às variáveis população de plantas, massa seca da parte aérea e cobertura do solo. A utilização de semeadura a lanço aumenta o nível de dano econômico, justificando a adoção de medidas de controle do capim-arroz em níveis mais elevados de população. Acréscimo na produtividade de grãos, no preço do arroz e na eficiência do herbicida e redução no custo de controle diminuem os valores do nível de dano econômico, justificando a adoção de medidas de controle em baixas populações de capim-arroz.
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Os herbicidas utilizados no sistema Clearfield® de arroz irrigado são persistentes e móveis no solo, portanto práticas de manejo podem influenciar na sua dinâmica no ambiente. O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito de três manejos de irrigação da cultura do arroz na lixiviação da mistura formulada dos herbicidas imazethapyr e imazapic, em solo de várzea. O experimento consistiu de um ensaio de campo seguido de um bioensaio. As coletas de amostras de solo foram feitas por meio da retirada de monolitos em áreas submetidas aos diferentes manejos de irrigação do experimento de campo. As amostras foram seccionadas em intervalos de 5 cm, até a profundidade de 30 cm. Os tratamentos foram compostos pelos manejos de irrigação por inundação contínua, intermitente e por banhos (fator A) e pelas profundidades do solo de 0 a 30 cm (fator B). Foi efetuada a comparação do crescimento de plantas de arroz não tolerantes aos herbicidas, cultivadas em solo submetido aos manejos de irrigação, com o crescimento das plantas em solo com quantidade conhecida dos herbicidas. A irrigação promoveu movimento vertical do herbicida, porém a diferença entre os manejos de irrigação apenas foi observada na camada superficial do solo (0-5 cm), com menores concentrações na irrigação por banhos. A mistura formulada do herbicida concentrou-se na camada de 5-20 cm de profundidade aos 134 dias após a aplicação.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da atividade residual da mistura comercial do herbicida Only® (imazethapyr+imazapic) sobre o arroz convencional, cultivar IRGA 417, em solo cultivado em uma e três safras sequenciais de arroz Clearfield® (CL). Quatro experimentos foram conduzidos no município de Capão do Leão, RS, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro e oito repetições, respectivamente para dois experimentos de campo (EC1 e EC3), e dois em casa de vegetação (CV1 e CV3). Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial; o fator A, dentro da mesma safra, comparava resíduos em repetições de anos de cultivo, e o fator B avaliava a dose aplicada sobre o arroz CL e a atividade residual do herbicida ao arroz não mutado. Os tratamentos utilizados foram os herbicidas imazethapyr (75 g L-1 ) + imazapic (25 g L-1) nas doses de 0, 100, 150 e 200 g ha-1 do produto comercial Only®, acrescido de 0,5% do adjuvante Dash®. As doses foram aplicadas nos estádios V3-V4 do arroz CL. As variáveis estudadas foram: massa seca da parte aérea, peso de mil grãos e produtividade, nos experimentos em campo (EC1 e EC3), e altura de plantas, massa seca da parte aérea e massa seca de raiz, nos experimentos em casa de vegetação (CV1 e CV3). Os resultados demonstraram que o sistema CL de arroz irrigado pode restringir o cultivo em safras que intercalam cultivares tolerantes e não tolerantes ao herbicida Only, uma vez que a dose de 100 g ha¹, recomendada para controlar plantas daninhas nesse sistema de produção, deixa resíduo no solo em quantidade suficiente para interferir negativamente na safra seguinte, em relação ao crescimento e à produtividade do arroz convencional, cultivar IRGA 417.
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As espécies do gênero Cyperus, pertencentes à família Cyperaceae, destacam-se entre as principais plantas daninhas nas regiãos orizícolas do Rio Grande do Sul (RS). Objetivou-se com este trabalho avaliar a diversidade de Cyperus ferax nas regiões orizícolas do RS e os níveis de sensibilidade dessa espécie ao herbicida penoxsulam. Para isso, conduziu-se experimento em casa de vegetação, na Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, em delineamento experimental completamente casualizado, com quatro repetições. Cada unidade experimental (parcela) foi composta por vaso com capacidade de 0,55 dm³ de solo, onde foram estabelecidas sete plantas. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial; o fator A avaliou os locais de coleta (origem) de sementes de C. ferax, infestante das lavouras de arroz irrigado do RS, e o fator B, a suscetibilidade ao herbicida penoxsulam (125 g ha-1), comparativamente à testemunha sem aplicação. Existe diferença entre acessos de C. ferax quanto à sensibilidade ao herbicida penoxsulam. Os biótipos de C. ferax oriundos de lavouras de arroz irrigado da Depressão Central apresentam, em geral, maior acúmulo de massa seca da parte aérea e área foliar. Os biótipos C. ferax ocorrentes em lavouras de arroz do Rio Grande do Sul podem ser divididos em dois grupos, segundo características morfológicas.
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Este trabalho teve por objetivo avaliar a rotação do sistema Clearfield®de arroz irrigado com o sistema convencional na evolução do banco de sementes e no surgimento de biótipos de arroz-vermelho resistentes ao grupo químico das imidazolinonas. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, em esquema bifatorial (2 x 4) com quatro repetições. O fator A correspondeu aos sistemas de manejo utilizados (Clearfield®x convencional) e constou da sucessão/rotação entre arroz não tolerante a imidazolinonas (convencional), variedade IRGA 417, e arroz tolerante a imidazolinonas, IRGA 422 (Clearfield®). O fator D foi composto pela variação ao longo do tempo entre o sistema convencional e o Clearfield®. A utilização do sistema Clearfield® proporciona redução do banco de sementes após três anos de utilização, porém não elimina todas as sementes de arroz-vermelho do solo. O cruzamento entre o arroz-vermelho e o arroz cultivado aumenta à medida que há maior infestação da área, chegando a 2,9% após quatro cultivos.
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Neste trabalho avaliou-se o acúmulo de nutrientes em plantas jovens de café e em plantas daninhas cultivadas em competição com a cultura. Mudas de café arábica cultivar Mundo Novo no estádio de quatro a cinco pares de folhas completamente expandidas foram transplantadas para vasos contendo 25 dm³ de substrato. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial (4 x 4), com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por quatro espécies de plantas daninhas: Digitaria horizontalis, Brachiaria decumbens, Brachiaria plantaginea e Mucuna aterrima, em quatro densidades de infestação (zero, duas, quatro e seis plantas por vaso), em convivência por 90 dias com uma planta de café. Para determinação dos teores foliares dos nutrientes das plantas de café e das plantas daninhas, realizou-se coleta de folhas na parte mediana das plantas de café e das plantas daninhas. Todas as espécies de plantas daninhas, quando em convivência com o café, proporcionaram menor teor de nutrientes nas folhas da cultura, principalmente com o incremento da densidade de plantas, exceto para as concentrações de N nas folhas do cafeeiro que conviveram com M. aterrima. Os teores de nutrientes nas folhas das plantas daninhas diferiram por espécie, indicando capacidade diferenciada de ciclagem de nutrientes. As espécies daninhas destacaram-se com maior teor foliar de alguns nutrientes, sendo D. horizontalis em P e Fe, B. plantaginea em P, Mg, Mn e Zn e M. aterrima em N, Ca e Zn, independentemente da densidade de infestação.
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Este trabalho teve por objetivo avaliar a seletividade de herbicidas inibidores da ALS recomendados para arroz irrigado, quando aplicados em diferentes estádios de desenvolvimento do arroz de terras altas. O experimento foi conduzido em campo, no município de Nova Xavantina-MT, no período de novembro de 2009 a abril de 2010. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 3, composto pelos tratamentos herbicidas penoxsulam (36 g ha-1), bispyribac-Na (50 g ha-1), pirazosulfuron-ethyl (20 g ha-1) e 2,4-D (670 g ha-1) e pela testemunha capinada. Os herbicidas foram aplicados em três épocas: 15, 30 e 45 dias após a emergência (DAE), perfazendo 15 tratamentos, com quatro repetições. Aos 7, 14 e 28 dias após a aplicação (DAA) dos herbicidas foram realizadas as seguintes avaliações: fitotoxicidade à cultura, altura de plantas, fitomassa, quantidade de panículas por metro quadrado, grãos por panícula e produtividade. Os maiores índices de fitotoxicidade foram observados nas plantas tratadas com bispyribac-Na, aplicado aos 15 e 30 DAE. As plantas de arroz conseguiram se recuperar quanto à altura de plantas provocada pelos herbicidas a partir de 28 DAA. No que se refere aos herbicidas inibidores da ALS, o penoxsulam, aplicado aos 30 DAE, apresentou potencialidade para ser utilizado no arroz de terras altas, por não reduzir a produtividade de grãos.
Resumo:
Dois experimentos foram conduzidos em casa de vegetação com o objetivo de identificar, através de curvas de dose-resposta, a sensibilidade de plantas jovens e perenizadas de capim-capivara a doses crescentes (0, 25, 50, 75, 100, 125, 150, 175 e 200% da dose recomendada para gramíneas perenes) de cyhalofop-butyl (315 g i.a. ha-1), imazapic + imazapyr (24,5 g e.a. ha-1 + 73,5 g e.a. ha-1), glyphosate (2.160 g e.a. ha-1) e amônio glufosinate (900 g i.a. ha-1). O experimento 1 foi conduzido de janeiro a março de 2010, e o experimento 2, de janeiro de 2010 a janeiro de 2011. Plantas jovens apresentaram maior sensibilidade aos herbicidas amônio glufosinate e cyhalofop-butyl, entretanto, a morte das plantas ocorreu somente quando tratadas com glyphosate e a mistura formulada de imazapic + imazapyr. Em plantas perenizadas, os herbicidas não proporcionaram controle satisfatório.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a fitossociologia de plantas daninhas em cafezais sob diferentes períodos de consórcio com leguminosas em dois anos de cultivo. Os tratamentos corresponderam à combinação fatorial entre as leguminosas feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e lablabe (Dolichos lab-lab) e períodos de consorciação com cafeeiros aos 30, 60, 90 e 120 dias após o plantio, mais uma testemunha sem leguminosa. O experimento foi composto por nove tratamentos em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. As leguminosas foram semeadas em dezembro de 2007 e outubro de 2008 e cortadas conforme os períodos de consorciação, sendo removidas da entrelinha, para ficarem sob a copa dos cafeeiros. As plantas daninhas foram amostradas nas entrelinhas e na projeção das copas dos cafeeiros, em outubro de 2008 e em outubro de 2009, refletindo o efeito dos tratamentos após um e dois anos de consorciação, respectivamente. As avaliações constaram da similaridade da comunidade, do índice do valor de importância e da importância relativa das plantas daninhas mais frequentes. Nos dois anos agrícolas foram identificadas 17 espécies de plantas daninhas, distribuídas em dez famílias botânicas, sendo mais frequentes as espécies Cyperus rotundus, Paspalum conjugatum, Amaranthus retroflexus e Oxalis latifolia. No primeiro ano, o feijão-de-porco (2,65 t ha-1) produziu mais massa que a lablabe (1,89 t ha-1), e no segundo ano a lablabe produziu mais massa (4,21 t ha-1) que o feijão-de-porco (2,73 t ha‑1). Nas entrelinhas, a diferença da flora de plantas daninhas em relação à testemunha foi maior do que na projeção da copa dos cafeeiros, no final dos dois anos. Em 2008, quando a lablabe ficou por 90 ou 120 dias nas entrelinhas, houve crescimento da importância da tiririca, enquanto em 2009 a importância relativa desta foi mais elevada na testemunha. As entrelinhas do cafeeiro apresentaram massa de matéria seca de plantas daninhas maior do que a projeção da copa, possivelmente devido ao sombreamento proporcionado pelos cafeeiros. A espécie Cyperus rotundus foi a de maior importância nos dois anos, seguida de Paspalum conjugatum, que teve sua importância aumentada de 2008 para 2009, devido à sua adaptação às condições de baixa luminosidade.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar a resposta competitiva de genótipos de arroz na presença de um biótipo de papuã (Brachiaria plantaginea), em diferentes proporções de plantas na associação. O delineamento experimental adotado foi o completamente casualizado com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em série de substituição e constituíram-se de cinco proporções de plantas de arroz e do papuã na associação (100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100). Aos 50 dias após a emergência das espécies, efetuou-se a aferição do perfilhamento, da estatura, da área foliar e da massa seca da parte aérea das plantas de arroz e de papuã. Foi observada competição entre os genótipos de arroz e o papuã, sendo ambos afetados negativamente, independentemente da proporção de plantas testada, provocando, em todos os casos, redução das variáveis avaliadas. Ocorreu diferenciação da habilidade competitiva entre os genótipos de arroz, quando na presença da planta daninha. O genótipo BRS Sinuelo CL foi mais competitivo quando se analisou a massa seca e área foliar, ao passo que o BRS Querência sobressaiu em relação ao BRS Sinuelo CL para o perfilhamento. O papuã apresenta elevada habilidade competitiva com o arroz irrigado, necessitando de controle para que não venha afetar negativamente o crescimento e o desenvolvimento da cultura.
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RESUMOO objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da temperatura e da luz na germinação de sementes de capim-arroz, em diferentes períodos de armazenamento após a dispersão. O trabalho foi dividido em dois estudos: no primeiro avaliou-se o efeito de três temperaturas (15, 25 e 35 oC) e duas condições de luz (presença e ausência) na porcentagem de germinação, comprimento de hipocótilo e comprimento de radícula; e, no segundo, avaliouse o efeito de três temperaturas (15, 25 e 35 oC) no índice de velocidade de germinação e na velocidade de germinação. As sementes foram coletadas em campo logo após o início da dispersão natural. Os estudos foram conduzidos aos 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270, 300, 330 e 360 dias após a colheita das sementes. Aos 30 dias após a colheita não houve germinação, independentemente das condições de luz e temperatura. A partir de 60 dias após a colheita, as sementes germinaram tanto na presença quanto na ausência de luz. A ausência de luz promoveu o aumento no comprimento de hipocótilo, independentemente da temperatura. Sob condição de temperatura de 15 oC e ausência de luz, as sementes apresentaram maior comprimento de radícula. O incremento da temperatura proporcionou aumento no índice de velocidade de germinação e na velocidade de germinação das sementes. O entendimento dos fatores que afetam a germinação do capim-arroz contribui para o desenvolvimento de práticas de manejo cultural dessa importante espécie daninha que interfere em algumas culturas, incluindo a soja cultivada em rotação com o arroz irrigado.
Resumo:
O experimento foi conduzido na Área Experimental e Didática do Departamento de Fitotecnia, da Faculdade de Agronomia "Eliseu Maciel", Universidade Federal de Pelotas, com objetivo de avaliar o efeito de uso de lotes de sementes com diferentes níveis de qualidade fisiológica, sobre a emergência e o crescimento inicial de plântulas de arroz irrigado. Foram testados dois níveis de qualidade fisiológica, sendo o nível alto, correspondente a lotes de sementes com germinação acima de 95% e o nível baixo, correspondente a lotes com germinação entre 80 a 85%. Os diferentes lotes de sementes da classe fiscalizada, da cultivar IRGA 417 foram obtidos de produtores de sementes credenciados junto à CESM/RS. O uso de sementes de menor qualidade fisiológica provocou redução, retardamento e desuniformidade na emergência em campo, continuando posteriormente a atuar após a emergência em plantas isoladas de arroz, afetando a produção de biomassa seca e de área foliar. O benefício do uso das sementes de maior qualidade fisiológica ocorreu devido à produção de plantas com maior tamanho inicial, que, conseqüentemente, proporcionou maiores taxas de crescimento da cultura. As diferenças observadas no crescimento da cultura entre plantas provenientes de sementes de diferentes níveis de qualidade fisiológica foram diminuindo com o avanço no período de crescimento devido às maiores taxas de crescimento relativo apresentadas pelas plantas de sementes de menor qualidade
Resumo:
O experimento foi conduzido no Centro Agropecuário da Palma, da Universidade Federal de Pelotas (CAP/UFPel), com o objetivo de avaliar o efeito da qualidade fisiológica das sementes e da densidade de semeadura sobre o rendimento de grãos e qualidade industrial em arroz irrigado. Foram testados, em uma combinação fatorial em dois anos agrícola (2000/2001 e 2001/2002), dois níveis de qualidade fisiológica de sementes e diferentes densidades de semeadura. Os diferentes lotes de sementes da cultivar IRGA 417 foram obtidos junto a produtores de sementes credenciados junto à CESM/RS. As densidades de semeadura utilizadas foram 80, 140 e 200 kg de sementes por ha em 2000/2001 e 80 e 150 kg de sementes por hectare em 2001/2002. O uso de sementes de qualidade fisiológica mais alta proporcionou acréscimos no rendimento de grãos de 8,2% e 9,0%, nos anos 2000/2001 e 2001/2002, que correspondeu a acréscimos de 622 kg ha-1 e 660 kg ha-1, respectivamente, enquanto que as diferentes densidades de semeadura não afetaram o rendimento de grãos por hectare. O uso de sementes de baixa qualidade fisiológica provocou desuniformidade na maturação, redução na massa de 1000 grãos, porém não afetou o rendimento de grãos inteiros e o índice de colheita. A variação na densidade de semeadura não afetou a uniformidade de maturação, o rendimento de grãos inteiros e a massa de 1000 grãos.
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O experimento foi conduzido na Estação Experimental Agronômica/UFRGS, (30º05'52"S; 51º40'08"W) com o objetivo de avaliar o efeito da irrigação (irrigado e não irrigado), de duas épocas de remoção da forragem (E1- remoção de aproximadamente 50% dos ápices dos meristemas apicais dos perfilhos primários e E2- remoção de 75%) e de quatro doses de nitrogênio (0, 50, 100 e 150kg.ha-1), sobre os componentes de rendimento e o rendimento de sementes de milheto (Pennisetum americanum (L.) Leeke). O delineamento experimental utilizado foi parcela sub-subdividida com quatro repetições. A semeadura foi realizada com máquina de plantio direto no dia 29/12/00. As doses de N foram parceladas em duas aplicações iguais, sendo a primeira em 16/01/01 e a segunda uma semana após os cortes em E1 e E2. Os cortes foram realizados a uma altura de 20cm (E1=09/02 e E2=19/02) e a colheita de sementes nos dias 30/04 e 01/05. A aplicação de doses de N teve influência sobre os componentes de rendimento, tais como, número de panículas.m-2, número de panículas com sementes.m-2, comprimento de panícula, peso de panícula e número de sementes.panícula-1. O componente panículas com sementes respondeu ao efeito das interações entre irrigação com doses de nitrogênio e épocas de corte com doses de nitrogênio. Maiores pesos de panícula e de mil sementes foram registrados no corte precoce (E1). O rendimento de sementes puras viáveis foi influenciado pelas épocas de corte e doses de nitrogênio, e no ponto de maior eficiência técnica do N (120kg.ha-1), foi de 769kg.ha-1. Os componentes do rendimento que mais se correlacionaram com o rendimento de sementes foram o número de sementes.panícula-1 e o peso de mil sementes. O rendimento de matéria seca total respondeu às doses de N, sendo expresso por uma regressão linear positiva. A irrigação não afetou a resposta das variáveis estudadas.
Resumo:
A cafeína, alcalóide conhecido como 1,3,7-trimetilxantina, é encontrada em sementes quiescentes de cafeeiro, perfazendo um total de 1,1 a 1,7% em Coffea arabica L. e 2 a 3% em Coffea canephora Pierre, localizada em sua grande maioria no endosperma, na forma livre no citoplasma das células ou complexada com ácidos clorogênicos. Com função fisiológica em plantas ainda não totalmente esclarecida, a cafeína causa efeito alelopático, seja inibindo a germinação de várias espécies, seja como anti-herbívoro ou como agente pesticida natural. A lenta germinação de sementes de café ainda não foi esclarecida e várias causas são apontadas, como presença do endocarpo, baixa absorção de água e O2, presença de inibidores naturais e balanço hormonal. Embora sugeridos, estudos sobre a inibição de sementes de cafeeiro por ação da cafeína endógena e ou exógena são escassos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito da cafeína exógena sobre a germinação e o desenvolvimento de embriões de Coffea arabica L. e de Coffea canephora Pierre. O experimento foi realizado utilizando-se frutos no estádio cereja das cultivares Rubi e Apoatã IAC-2258. Após desinfestação dos frutos por 30 minutos de imersão em hipoclorito de sódio (2% i.a.) e lavagem por três vezes em água destilada e autoclavada, os embriões foram retirados e inoculados, de modo asséptico, em placas de petri com meio MS 50%, acrescido de sacarose e suplementado com diferentes concentrações de cafeína (0,00; 0,05; 0,10; 0,15; 0,20; 0,25; 0,30 e 0,40%). Os embriões foram mantidos em sala de crescimento a 27 ± 2ºC e densidade de fluxo de fótons de 13µmol.m-2.s-1, durante 23 dias, quando foram avaliados comprimento da parte aérea, comprimento de raiz e massa fresca das plântulas. Cinco dias após o cultivo, foram avaliadas a porcentagem de emissão de radículas e cotilédones, computando-se os embriões com cotilédones abertos e radículas expandidas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com seis repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por cinco embriões. Concluiu-se que a germinação e o desenvolvimento in vitro de embriões de Coffea arabica L. e Coffea canephora Pierre são afetados por cafeína exógena. O efeito detrimental da cafeína exógena em embriões de Coffea é maior nas radículas do que nos cotilédones. Embriões de Coffea arabica L. são mais sensíveis aos efeitos negativos da cafeína exógena do que embriões de Coffea canephora Pierre. A cafeína pode contribuir para a lenta germinação de sementes e o lento desenvolvimento de plântulas de cafeeiro.