999 resultados para Universidade do Estado de Mato Grosso. Campus Universitário do Médio Araguaia.
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The aim of this study was to investigate the occurrence of Toxoplasma gondii and compare the results obtained in the Modified Agglutination Test (MAT), Polimerase Chain Reaction (PCR) and bioassay in mice. In order to accomplish this, 40 free-range chickens from eight farms in neighboring areas to the Pantanal in Nhecolândia, Mato Grosso do Sul, were euthanized and blood samples, brain and heart were collected. The occurrence of anti-T. gondii antibodies found in chickens was 67.5% (27 samples), considering as a cutoff point the dilution 1:5. Among the samples analyzed, 7 (25.9%) were positive in the dilution 1:5, 3 (11.1%) in 1:10, 2 (7.4%) in 1:20, 3 (11.1%) in 1:320, 1 ( 3.7%) in 1:640, 3 (11.1%) in 1:1280, 2 (7.4%) in 1:2560, 4 (14.8%) in 1:5120 and 2 (7.4%) in 1:10.240. From the mixture of tissue samples (brain and heart) from the chickens analyzed, 16 (40%) presented electrophoretic bands compatible with T. gondii by PCR (gene B1). In the comparison of techniques, 59.26% positivity in PCR was revealed among animals that were seropositive in MAT (cutoff 1:5). From 141 inoculated mice, six (4.44%) died of acute toxoplasmosis between 15 and 23 days after inoculation. Surviving mice were sacrificed at 74 days after inoculation, and a total of 28 cysts were found in the brains of 10 distinct groups. From the seropositive hens, 27 bioassays were performed and 11 (40.7%) isolates were obtained. A greater number of isolations happened in mice that were inoculated with tissues from chickens that had high titers for anti-T. gondii antibodies. Chronic infection in mice was observed in nine groups (33.3%) from five different properties. Among the surviving mice, 25.6% were positive for T. gondii in MAT (1:25). From mice positive in PCR, 87.5% were also positive in MAT. Among the PCR-negative mice, 5.2% were positive for T. gondii in MAT. It can be concluded through this study that the occurrence of infecton by T. gondii in the rural properties studied was high, that PCR directed to gene B1 does not confirm the viability of the parasite, but it can be used as a screening method for the selection of chickens infected by T. gondii, that the animals with titer greater than 10 must be prioritized for the selection of animals for bioassay, since for them, the chances of isolating the parasite are greater and that seroconversion in experimentally infected mice is not a good indicator for isolating the agent.
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Canids are the main hosts of Neospora caninum, but cattle, (sheep, goats and horses may serve as intermediary hosts. N. caninum infection of pregnant intermediary hosts may provoke abortion and neonatal infections. This study is the first to report lamb abortion associated with N. caninum in Mato Grosso do Sul. Epidemiological data were obtained from interviews with sheep producers. For microscopic examination, fragments of different organs removed from 4 sheep fetuses, aborted and necropsied, were fixed in 10% formaldehyde, embedded in paraffin and subjected to the hematoxylin-eosin staining protocol and immunohistochemistry (IHC) to test for N. caninum and Toxoplasma gondii. The abortion outbreak studied was reported from a herd of 268 Santa Inês sheep (including 186 pregnant ewes), with 10 abortion cases in the last third of gestation. Four fetuses were examined, 3 from a same ewe. At necropsy, one fetus exhibited crackling in the lung and all its organs were reddish. Histological findings detected mononuclear cell infiltrates among myocardium fibers and around blood vessels, in addition to circular structures with basophilic points resembling protozoans. IHC tests revealed strongly positive staining for N. caninum and weakly positive for T. gondii, characterizing N. caninum infection.
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No município de Colniza, Mato Grosso, a principal limitação para expansão pecuária é a ocorrência de "morte súbita" em bovinos, com registros de mortalidade próxima a 50% dos animais. Em visitas realizadas em áreas de ocorrência do problema, nos anos de 2004, 2011 e 2012, constatou-se que havia coincidência entre a ocorrência de "mortes súbitas" no rebanho e a presença de Amorimia pubiflora nas pastagens. As mortes ocorrem durante todo ano, porém acentuam-se no início do período das chuvas, quando há maior quantidade de brotação nas áreas de pastoreio. A intoxicação foi reproduzida em ovinos e bovinos através da administração de folhas jovens coletadas em dois períodos do ano, e, em ovinos, através de folhas maduras e dos frutos. Nos ovinos que morreram, as primeiras manifestações clínicas foram observadas entre 34min e 17h34min após a administração da planta e a evolução clínica foi de 3min a 15h20min, com uma fase final superaguda de 3 a 21min. As principais alterações clínicas encontradas foram taquicardia, evidenciação da jugular, tremores musculares, apatia e relutância à movimentação. Todos os sinais acentuavam-se após a movimentação. A fase final superaguda foi caracterizada por relutância para caminhar, cifose, tremores e contrações musculares generalizadas, principalmente de membros, cabeça e pescoço. Notou-se também taquipneia com respiração abdominal, decúbito esternal e rapidamente lateral ou quedas em decúbito lateral, opistótono, nistagmo e cianose de mucosa oral, seguidos de morte. As folhas jovens, independentemente do período da coleta, foram mais tóxicas; causaram a morte de ovinos a partir de 2g/kg e de um bovino que ingeriu 3g/kg. Já as folhas maduras revelaram-se tóxicas e causaram morte na dose de 20g/kg e os frutos ocasionaram a morte de um ovino que ingeriu 5g/kg. Concluímos que monofluoracetato de sódio (MFA), encontrado na concentração de 0,015% nas folhas em brotação de A. pubiflora, é o princípio tóxico responsável pela "morte súbita" causada por Amorimia pubiflora. Esse estudo mostra a importância de A. pubiflora para a região Centro-Oeste do Brasil, principalmente para a pecuária bovina do município de Colniza, MT. Essa planta é tóxica, também, para ovinos e o quadro clínico é similar ao descrito para bovinos.
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Descreve-se um surto de intoxicação por Senna obtusifolia em bovinos no estado de Mato Grosso do Sul, na região do Pantanal. Em um lote de 313 novilhas, 165 adoeceram e morreram (coeficientes de morbidade de 52,7% e de letalidade de 100%). Os bovinos permaneceram no piquete infestado pela planta por 37 dias. Os sinais clínicos consistiram em relutância em movimentar-se, andar trôpego (incoordenação), decúbito esternal permanente, diminuição do tônus de língua, estado comportamental em alerta, mioglobinúria caracterizada por urina castanho-escuro e fezes ressecadas com ou sem muco (ocasionalmente diarreicas com estrias de sangue). As principais alterações macroscópicas observadas nos 12 bovinos necropsiados estavam nos músculos esqueléticos dos membros pélvicos e foram caracterizadas por graus variáveis de palidez nos grupos musculares. Histologicamente, a lesão mais relevante encontrada foi degeneração e necrose segmentar multifocal nos músculos estriados esqueléticos (miopatia degenerativa tóxica multifocal polifásica). O diagnóstico da intoxicação baseou-se na epidemiologia (massa de forragem e de planta tóxica, análise da lotação do piquete e análise da precipitação pluviométrica), no quadro clínico dos animais e nos achados de necropsia e histopatologia.
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Cryptococcosis is an infection that affects humans and animals, the etiology is attributed to Cryptococcus neoformans variety neoformans, C. neoformans var. grubii and Cryptococcus gattii. The infection is common in dogs and cats, causing respiratory, neurological, cutaneous and ocular infections. Aiming to better understand the epidemiology of cryptococcosis in animals in the region, this paper describe the occurrence and characterization of the Cryptococcus species involved in this illness in pet animals at Mato Grosso State, Brazil. Clinical samples of four cases, two in cats and two dogs, were submitted for pathological, microbiological and molecular analysis. Microscopically, in three cases, tissue sections stained with hematoxylin and eosin had absence to severe granulomatous reaction composed by histiocytes, multinucleated cells and lymphocytes infiltration. In one case, citological imprint analysis showed similar inflammatory mainly mononuclear and lymphocyte cells infiltration. All cases had variable amounts of intracellular and extracellular fungal structures compatible with Cryptococcus sp. on Periodic Acid-Schiff (PAS) stain. All clinical samples were positive for culture on Sabouraud Dextrose Agar (SDA) and morphologically classified as Cryptococcus sp. The isolates were PCR positive for C. gatti, being confirmed by sequencing technique. The findings characterize the molecular species involved in animal infections in the region, and may contribute to future studies of the epidemiology of C. gattii.
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Lesões exacerbadas à vacina contra a febre aftosa foram observadas em 1.815 de um total de 5.000 bovinos abatidos em frigorífico com inspeção federal. Essas lesões resultaram na condenação de parte das carcaças de acordo com o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Os bovinos haviam sido vacinados em maio de 2012 e abatidos em setembro do mesmo ano e divididos em Lotes 1 e 2 constituídos respectivamente por 1.500 e 315 bovinos. As lesões de reação vacinal eram caracterizadas por nódulos protuberantes, circunscritos, bem delimitados, firmes e de tamanhos variáveis, distribuídos multifocalmente na musculatura do aspecto lateral do pescoço; ao corte apresentavam exsudato purulento. Amostras da lesão de 28 bovinos foram avaliadas histologicamente e os principais achados foram piogranulomas com espaços claros circulares de tamanhos variados no centro, circundados por intenso infiltrado de neutrófilos íntegros e necróticos, circundados por macrófagos epitelioides com citoplasma vacuolizado, ocasionais células gigantes multinucleadas e, mais externamente, por abundante tecido conjuntivo em meio observavam-se linfócitos e plasmócitos. Culturas bacterianas realizadas em amostras do exsudato da lesão de seis bovinos resultaram negativas. Quando as carcaças afetadas foram submetidas ao toalete foi retirado em média 1,8 e 2,0 kg de músculo da área afetada, respectivamente dos Lotes 1 e 2. O prejuízo econômico da propriedade de origem dos bovinos afetados foi de R$ 20.424,00, considerando o preço pago pela arroba do boi no mês e ano da ocorrência. Esses valores à época seriam suficientes para adquirir 29,17 bezerros desmamados para engorda. Se considerarmos 5.000 bovinos vacinados forem considerados como população sob risco o coeficiente de morbidade seria de 0,36%. Os resultados deste estudo demonstram que perdas por reação vacinal, mesmo quando não provocam sinais clínicos marcantes, podem ocasionar importantes prejuízos econômicos.
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Descreve-se o perfil de 40 propriedades rurais com pastagens invadidas por Pteridium arachnoideum na região norte de Mato Grosso, bem como a prevalência de hematúria enzoótica bovina (HEB) em bovinos de leite e corte nessa região. A HEB foi observada em 15/40 propriedades com prevalências variando entre 0,8 e 16,6%. Aspectos relacionados à implantação das pastagens e manejos utilizados foram discutidos. A maior parte das propriedades que apresentaram HEB possuíam pastagens altamente invadidas pela planta, enquanto que a maioria das propriedades que nunca apresentaram animais acometidos por HEB possuíam pastos com áreas invadidas abaixo de 10%. O desmatamento e a utilização de queimada foram fatores determinantes na invasão de piquetes por P. arachnoidem.
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Abstract: The concentration of heavy metals (Cr, Fe, Al, As, Cd, Cu, Pb, Mo, Ni, Se and Zn) was evaluated in the blood of nestling blue macaws (Anodorhynchus hyacinthinus) captured in the Pantanal, Mato Grosso do Sul (n=26) in 2012; this was based on the hypothesis that these birds exhibit levels of these heavy metals in their organism and that these interfere in hatching success, weight and age of the chicks. Blood samples were digested with nitric acid and hydrochloric acid and the quantification of metals was performed by ICP-OES (Optical Emission Spectroscopy and Inductively Coupled Plasma). Blood samples of nestlings showed concentrations of Cr (0.10μg/g) Fe (3.06μg/g) Al (3.46μg/g), Cd (0.25μg/g) Cu (0.74μg/g), Mo (0.33μg/g), Ni (0.61μg/g), Se (0.98μg/g), and Zn (2.08μg/g). The levels of heavy metals found were not associated with weight, age and hatching success of the chicks.
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ABSTRACT The recent introduction of Palmer amaranth (Amaranthus palmeri) in Brazilian agricultural areas may promote several changes on weed management, especially in no-till systems and in glyphosate-resistant crops, since glyphosate-resistant biotypes of A. palmerihave been frequently selected in other countries. Therefore, this research was developed in order to evaluate the glyphosate susceptibility of a Palmer amaranth biotype recently identified in the State of Mato Grosso, Brazil. For this purpose, glyphosate susceptibility of three Amaranthusbiotypes was compared: A.hybridus var. patulus, collected in the State of Rio Grande do Sul - Brazil; A.hybridus var. patulus, collected in the State of São Paulo - Brazil; and A.palmeri, collected in the State of Mato Grosso - Brazil. Dose-response curves were generated for all biotypes, considering eight rates of glyphosate and six replicates. All the experiments were repeated twice. Both A.hybridus biotypes were satisfactorily controlled by glyphosate, demanding rates equal to or lower than 541.15 g a.e. ha-1 for 80% control (LD80). The A.palmeri biotype was not controlled by glyphosate in any of the assessments and required rates greater than 4,500 g a.e. ha-1 to reach LD80, which are economically and environmentally unacceptable. Comparison of the Brazilian A.palmeri biotype to the A. hybridus biotypes, as well as, to the results available in scientific international literature, led to the conclusion that the Brazilian Palmer amaranth biotype is resistant to glyphosate.
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O propósito do presente trabalho foi descrever a composição florística e a estrutura da comunidade arbórea da floresta de vale da queda d'água Véu de Noiva, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil. A análise florística e fitossociológica procurou avaliar, respectivamente: (a) a influência das principais províncias fitogeográficas brasileiras na composicão florística desta floresta de vale e (b) o papel das espécies mais importantes da comunidade arbórea em termos de sua abundância, grupo ecológico e porte dos indivíduos adultos. Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com circunferência do caule à altura do peito (CAP) ³ 15 cm contidos em 36 parcelas de 30 x10 m. Foram registradas 172 espécies arbóreas pertencentes a 133 genêros e 61 famílias. O perfil florístico apresentou fortes laços tanto com a flora Amazônica como com a Atlântica (sensu lato), evidenciando o caráter transicional desta comunidade arbórea. As principais espécies arbóreas, em termos de valor de importância, se repetem entre as mais abundantes em outros levantamentos realizados na região.
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Realizou-se o levantamento de plantas aquáticas da família Lemnaceae no Pantanal do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a qual está representada por nove espécies, distribuídas em quatro gêneros. Das espécies encontradas somente Wolffia brasiliensis Wedd. e Lemna valdiviana Phil. haviam sido registradas no Pantanal. As demais espécies são Spirodela intermedia W. Koch, Lemna aequinoctialis Welw., L. minuta Kunth, in Humb., Bonp. & Kunth, Wolffiella welwitschii (Hegelm.) Monod, W. lingulata (Hegelm.) Hegelm., W. oblonga (Phil.) Hegelm. e Wolffia columbiana H. Karst. As Lemnaceae ocorrem em todas as 10 sub-regiões do Pantanal, com o maior número de espécies na sub-região do Nabileque, de solos mais férteis.
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A frutificação de 41 espécies consideradas como alimentos potenciais para mamíferos foi acompanhada mensalmente durante os anos de 1985 e 1986 e comparada com a dieta frugívora da raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) em uma área de cerrado próxima ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. O padrão de frutificação foi sazonal, com maior disponibilidade de frutos no começo da estação seca e começo da estação chuvosa. Hancornia speciosa, Rauwolfia sp. e Solanum lycocarpum apresentaram um padrão longo (nove a 12 meses) de frutificação, enquanto Guettarda viburnioides e Mouriri elliptica, um padrão curto (cinco a oito meses). Setenta por cento das espécies com frutos listados como alimentos potenciais foram consumidos por L. vetulus. Apesar do grande número de espécies utilizadas, um percentual pequeno (26%) de frutos foi consumido com freqüência acima de 10%. O consumo de frutos pela raposa foi oportunístico, em geral coincidindo com o padrão de frutificação na área de estudo. H. speciosa e S. lycocarpum foram consideradas espécies importantes na dieta de L. vetulus, desde que proporcionaram fontes alimentares disponíveis ao longo do ano, inclusive em períodos de baixa disponibilidade como durante o pico da estação seca. Alterações na freqüência de consumo de certas espécies de frutos, como a substituição de uma espécie de fruto por outra, parecem refletir estados de saciação da raposa-do-campo e interesse por novos frutos atrativos. Aparentemente, acessibilidade, forte odor e conteúdo energético são características dos frutos que determinam preferências primárias da raposa-do-campo por determinadas espécies. Devido ao grande número de diferentes tipos de frutos consumidos e à elevada freqüência de sementes intactas nas fezes durante diferentes períodos do ano, L. vetulus pode ser considerado um dispersor potencial na área de estudo.
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O objetivo deste estudo foi descrever as alterações na composição florística e na estrutura da comunidade arbóreo-arbustiva da floresta de vale do Véu de Noiva, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. O estudo foi conduzido em três transeções paralelas, distribuídas de forma sistemática e eqüidistante, em ambas vertentes do vale. Para árvores (diâmetro à altura do peito - DAP > 5 cm) o levantamento foi realizado em 1996 e 1999 em 18 parcelas de 600 m², e para as arvoretas (1 > DAP < 5 cm) e juvenis (altura > 30 cm e DAP < 1 cm) em 1999 e 2001 em 36 subparcelas de 50 e 6 m², respectivamente. A alta riqueza florística registrada (212 espécies) está associada ao fato de terem sido computados juntos as árvores, arvoretas e juvenis. A mudança na composição florística foi pequena, com perdas e ganhos se limitando às espécies amostradas com baixa abundância (< 3 indivíduos). Estas alterações não refletiram em mudanças significativas nos índices de diversidade. As distribuições de indivíduos nas classes de diâmetro e altura não diferiram significativamente entre os anos, indicando que a estrutura se manteve estável. No entanto, a aparente estabilidade florística e estrutural não deve ser interpretada como sendo a floresta do Véu de Noiva uma comunidade estática, pois mudanças estão acontecendo constantemente ao longo do tempo e espaço.
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A biologia reprodutiva de Dipteryx alata foi estudada de setembro/2004 a agosto/2006. Dipteryx alata é arbórea, floresce na estação chuvosa (4-6 meses) e o pico de frutificação ocorre na estação seca. A espécie apresentou variação na intensidade de floração e frutificação entre os anos. As flores são zigomorfas, papilionáceas, hermafroditas, relativamente pequenas, odoríferas, diurnas e duram até 10 horas. O cálice possui dois lobos petalóides e a corola é formada pelo estandarte, alas e as pétalas da quilha. As anteras produzem pólen com 94,4% de viabilidade. O estigma é recoberto por película que limita a autopolinização espontânea, impedindo a aderência do pólen. Néctar é armazenado em câmara, em pequena quantidade (1,45 µL) e com concentração de 25%. Dipteryx alata tem flores de quilha e possui mecanismo de polinização intermediário entre os tipos explosivo e valvular. Esta espécie é alógama, possui auto-incompatibilidade de ação tardia e elevada taxa de aborto (ER = 0,45). Xylocopa suspecta (16,6% das visitas) é o principal polinizador, pois visita legitimamente as flores e apresenta forrageamento do tipo linha-de-captura, que promove fluxo polínico entre as plantas. As abelhas Pseudaugochlora graminea (15,3%) e Apis mellifera (39,5%), apesar da alta taxa de visitação, não são bons polinizadores (eficiência de polinização de 3,5% e 0%, respectivamente), pois geralmente não realizam movimento entre as plantas. Apis mellifera pilha néctar em 45,5% das visitas realizadas. O aumento da produção de sementes em populações naturais de D. alata depende da manutenção dos polinizadores efetivos (abelhas solitárias), sendo recomendável o manejo da abelha exótica A. mellifera.
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O levantamento florístico do gênero Chara (Characeae, Chlorophyta) nos Estados de Mato Grosso (18°55'05"S, 54°50'39"W) e Mato Grosso do Sul (19°12'03"S, 57°35'32"W), Brasil, resultou na identificação, descrição e ilustração das seis espécies seguintes: Chara fibrosa C. Agardh ex Bruzelius emend. R. D Wood var. hydropitys (Reichenbach) R. D. Wood emend. R. D. Wood f. hydropitys, C. guairensis R. Bicudo, C. kenoyeri Howe, C. martiana Wallman, C. rusbyana Howe e C. socotrensis Nordstedt in Kuhn emend. R. D. Wood. Foram analisadas 93 amostras coletadas em 15 municípios e o material provém de coleções dos herbários CPAP, HMS e SP. A presença de Chara fibrosa var. hydropitys f. hydropitys e de C. guairensis, C. kenoyeri e C. socotrensis é documentada pioneiramente para os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, respectivamente. A citação de C. martiana é pioneira para ambos os Estados. Chara guairensis foi a espécie que apresentou a mais ampla distribuição geográfica na área estudada, havendo sido coletada em nove localidades distintas, enquanto que C. kenoyeri e C. socotrensis foram as que apresentaram a distribuição geográfica mais restrita, ocorrendo em apenas duas localidades cada uma.