869 resultados para Umbanda candomblé trânsito religioso igrejas evangélicas
Resumo:
Sarah Poulton Kalley conhecida, em quase todos os segmentos do protestantismo do Brasil, devido organizao e compilao d e Salmos e Hinos, o mais antigo hinrio protestante editado no vernculo em nosso pas. Seus hinos, ainda em uso em muitas igrejas, marcaram por mais de um sculo a teologia do protestantismo no Brasil. Apesar desta notoriedade, sua influncia na gnese do protestantismo brasileiro nunca foi objeto de estudo. Assim, o objetivo desta pesquisa resgatar e visibilizar reas e estratgias de atuao que conferem a esta mulher um perfil de atuao relativamente autnomo. Contudo, centrada no estudo da trajetria intelectual e biogrfica de um sujeito histrico, a investigao se defronta com um universo de personagens annimos, envoltos numa complexa teia de relaes, atravs das quais o protestantismo se insere no Brasil em um contexto especifico: huguenotes, puritanos, luddistas, famlias no-conformistas inglesas, lderes polticos e eclesisticos, exilados madeirenses, brasileiros, portugueses, imigrantes alemes e, principalmente, a mulher protestante brasileira. A busca por informaes sobre este universo relegado ao anonimato pela historiografia do protestantismo no Brasil, reve lou alguns documentos inditos, inclusive um livro escrito por Sarah Poulton Kalley, em 1866: o A Alegria da Casa. Muito alm do papel de esposa de um missionrio e mdico, Sarah Poulton Kalley emerge de uma rede de relaes e prticas como professora, missionria e poetisa. Nestes trs campos de atuao e atravs do desenvolvimento de mltiplos contatos e relacionamentos, procurava transformar e influenciar atitudes e crenas de seus interlocutores. Junto com a nova f divulgava uma cosmoviso prpria da cultura anglo-sax, protestante e puritana, adaptando-a seletivamente ao universo cultural e social de seus interlocutores.(AU)
Resumo:
A disciplina de Ensino Religioso, por passar desapercebida e ser entendida como de menor importncia, acaba no recebendo o devido valor na grande maioria das escolas pblicas e, tambm, na Academia. Tendo em vista essa problemtica, a presente dissertao tem como objetivo mostrar a relevncia da mesma para a sociedade, focando sua contribuio para superar a excluso social e, conseqentemente, a sua relao com a Educao para a Solidariedade. A partir dessa perspectiva, para a concretizao desse objetivo, consideramos alguns conceitos fundamentais para esse fim, como educao, neoliberalismo, excluso social, solidariedade, sentido da vida, converso epistemolgica, tica e religiosa. Tambm apresentamos trs modelos de Ensino Religioso, a saber, o Frum Nacional Permanente do Ensino Religioso, a Educao para a Religiosidade e o Confessional, apontando e refletindo sobre suas propostas pedaggicas, bem como pontos positivos e algumas limitaes impostas por elas que precisamos levar em considerao ao utilizar qualquer um destes modelos. Como procedimentos metodolgicos optamos pela pesquisa bibliogrfica, sendo Jung Mo Sung e Hugo Assmann os autores que fundamentaram e justificaram, de forma mais precisa, a pertinncia da Educao para a Solidariedade com o Ensino Religioso. Com esse trabalho, pretendemos propor que o Ensino Religioso uma disciplina que deve ser compreendida e respeitada por todos aqueles que esto envolvidos com a educao, pois essa disciplina, ao auxiliar o processo educacional no combate excluso social, acaba por possuir uma participao precisa na nossa sociedade.(AU)
Resumo:
O impacto cultural e religioso causado pelo encontro dos indgenas e europeus no Novo Mundo me levou busca de uma reconstruo do universo mental, simblico e religioso dos povos que viveram no Brasil, nesse perodo.Para entender as origens, as matrizes fundantes, da religiosidade brasileira busquei, atravs da anlise dos relatos dos cronistas quinhentistas, uma via para essa compreenso. Sabe-se que durante muito tempo a historiografia brasileira desconheceu o fenmeno das Santidades Amerndias , ou seja, a dimenso dessa religiosidade envolta em magia, mas que pode ser observada e relatada pelos cronistas. Podemos verificar que o sagrado perpassa o campo social e o poltico dos indgenas brasileiros. Alm da crena religiosa, existe a crena em outras foras que regem esse mundo: a crena nas profecias, nas benzees para afastar os males e na cura ou nos feitios que podem fazer o mal para seus desafetos. Todavia, nosso propsito no um estudo da magia ou da religio, mas uma tentativa de abordar as crenas, a religiosidade indgena, nesse Paraso Terrestre, que por um bom tempo foi o Brasil do Sculo XVI. O principal personagem: o profeta-caraba , ao mesmo tempo, sacerdote e fiel seguidor dos princpios tradicionais, fundamentais de sua tribo. Esse guia espiritual, com a misso de derrotar as foras do mal e libertar sua tribo das garras do inimigo, quem dever os conduzir at a Terra sem Mal.(AU)
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Arreda homem que a vem mulher... , trata das representaes de gnero nas manifestaes da Pombagira, entidade espiritual da religiosidade afro-brasileira. O trabalho faz uma leitura diferenciada sobre a figura da Pombagira trazendo-a para o campo social, mostrando sua construo e suas funes, desmistificando sua associao com o mal que supomos esteja relacionado com a sua funo de intermediadora das relaes amorosas, vinculadas ao poder via sexualidade, alm da sua manifestao como contestadora do papel feminino construdo. A pesquisa foi realizada por meio da observao dos rituais e entrevistas semi-estruturadas com sacerdotes, sacerdotisas e adeptos da religiosidade afro-brasileira em terreiros de Candomblé e Umbanda na cidade de Porto Velho - Rondnia. Apresentamos no primeiro captulo algumas observaes sobre as suas imagens, funes e representaes. No segundo captulo trazemos as construes da sua figura pelos cientistas sociais, religiosos, entrevistados e entrevistadas. O terceiro captulo foi dedicado s observaes sobre as representaes da Pombagira, objetivo central do trabalho.AU)
Resumo:
Entre instituies e atividades ligadas igreja como reunies de orao, cultos, ensaios de corais, ministrio infantil, casa, filhos, vida conjugal, etc. est presente uma figura ainda no estudada pelas Cincias da Religio, a da esposa do pastor batista. O objetivo principal desta pesquisa foi o de analisar o processo de construo e de manuteno das representaes sociais dessas mulheres. Para isso, no primeiro captulo identificamos e analisamos as representaes de gnero presentes na estrutura e no cotidiano eclesistico da denominao e seus reflexos na elaborao e na conservao do perfil das esposas de pastores. No segundo captulo realizamos uma anlise do poder e do papel das instituies de formao teolgica e ministerial da denominao batista como formas de idealizao, de construo e de manuteno das representaes sociais das esposas de pastores. Investigamos no terceiro captulo as formas do trânsito das esposas de pastores entre os espaos pblicos e privados - imbricados um no outro, e as formas em que o poder institucional atua nestes lugares. Para este fim, utilizamos o mtodo etnogrfico, observando as igrejas batistas selecionadas, aplicando questionrios aos membros das igrejas, lderes institucionais e estudantes da Faculdade Teolgica Batista do Paran FTBP e realizando entrevistas semi-estruturadas com os pastores e suas esposas. As teorias das Cincias da Religio e Sociais nos proporcionaram o suporte terico necessrio para o desenvolvimento do texto e para a anlise dos dados empricos. (AU)
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Este estudo trata da dinmica relacional das identidades religiosas e etno-raciais em torno de pessoas negras de igrejas metodistas da Regio Metropolitana de So Paulo. Toma como referncia emprica as Igrejas Metodistas em: Suzano, Itaquaquecetuba - Monte Belo - e Central em Santo Andr. Analisa as implicaes identitrias do sujeito negro metodista e aponta contradies entre parmetros socioculturais das identidades negras construdas ao longo da histria e o modelo religioso metodista. Analisa a construo sociocultural das identidades religiosas, circunscritas s contingncias materiais, econmicas e polticas da sociedade onde esto inseridos os sujeitos da pesquisa. Prope que a identidade negra coletiva uma mescla de associaes, por um lado negativas resultantes tanto das condies socioeconmicas segregacionistas vinculadas ao racismo institucionalizado na sociedade e nos espaos religiosos, por outro, positivas, de um protagonismo cultural enriquecedor da cultura brasileira, alm daquele marcado pela resistncia, desenvolvido pelos movimentos negros. Demonstra o papel da instituio metodista que impe uma padronizao cultural de classe mdia branca e controle sobre as manifestaes identitrias negras.(AU)
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Neste trabalho busca se estudar o ritual, na Santera ou Regla de Ocha, como espao de criao e sustentao do grupo religioso. Aqui so demonstrados e interpretados argumentos que evidenciam a pertinncia da Santera como sistema religioso que ajuda as pessoas a lidarem com as profundas mudanas sociais que aconteceram e continuam a acontecer na sociedade cubana nos diferentes perodos histricos. Isto, devido a que o ritual na Santera um espao dinmico onde se experimentam as relaes individuais e coletivas, sociais e religiosas, e onde se fornece pressupostos indispensveis para as pessoas enfrentarem com os desafios que o cotidiano lhes reserva. A pesquisa destaca aspectos internos do ritual conhecido como o Wemilere ou Tambor de Santo; bem como a relao entre os sujeitos que participam no ritual, as suas motivaes e os espaos litrgicos onde a celebrao acontece. Os aspectos abordados no trabalho no constituem uma apreciao definitiva sobre o ritual, mas uma aproximao a um sistema religioso de grande importncia no contexto scio-cultural cubano. (AU)
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A insero das novas religies japonesas no Brasil, entre elas a Seicho-No-Ie, est diretamente ligada imigrao japonesa, iniciada em 1908. Esses imigrantes trouxeram com eles cosmovises e prticas religiosas, que faziam parte de um antigo e rico legado cultural. No Japo, o surgimento dessas novas religies se deu, principalmente, em decorrncia da Restaurao Meiji (1868-1912), um perodo de modernizao daquele pas. Nessa poca apareceram a Oomoto, Tenriky, Soka Gakkai, Igreja Messinica Mundial e a Seicho-No-Ie. Masaharu Taniguchi (1893-1985) fundou a Seicho-No-Ie em 1930, um movimento filosfico-religioso, cujo nome significa lar do progredir infinito . A sua base doutrinria est fundamentada nas tradies budistas e xintostas mescladas, posteriormente, com preceitos do cristianismo. O fato fundante dessa nova religio so as revelaes que Taniguchi afirma ter recebido de uma divindade xintosta. Foi, no entanto, a divulgao de seus ensinamentos, por meio de uma revista, que deu incio sua expanso no Japo e depois em vrias partes do mundo. Taniguchi foi um lder proftico e carismtico, que instaurou um sistema de dominao simblica peculiar, mas passvel de ser analisada luz das teorias de Max Weber e Pierre Bourdieu. O processo de institucionalizao tomou a famlia Taniguchi como o modelo ideal, articulando-se a partir dela um sistema de dominao misto de patriarcal, carismtico e burocrtico. Assim se formou um legado, inicialmente inspirado na tradio imperial japonesa, em que o papel feminino est subordinado ordem androcntrica. Esse fator privilegiou a sucesso do Mestre Taniguchi por seu genro, Seicho Arachi, que adotou o sobrenome do sogro e, anos mais tarde, se reproduziu na ascenso do primognito do casal Seicho e Emiko, Masanobu Taniguchi. No Brasil, os imigrantes japoneses, j no incio dos anos 30, descobriram a Seicho-No-Ie, graas ao recebimento do mensrio editado no Japo por Taniguchi. Foi, entretanto, o trabalho missionrio dos irmos Daijiro e Miyoshi Matsuda, imigrantes japoneses no Brasil, que a Seicho-No-Ie aqui se estabeleceu e se desenvolveu, obtendo o seu reconhecimento oficial como filial da sede japonesa, em 30/05/51. Inicialmente a Seicho-No-Ie se restringiu s fronteiras tnicas e culturais da colnia japonesa, porm, a partir de 1960, passou a atrair brasileiros, enquanto buscava aculturar as suas atividades doutrinrias. Busca-se neste estudo descrever a organizao assumida no Brasil pela Seicho-No-Ie, a sua estrutura doutrinria e administrativa, apresentando-as como uma reproduo da Sede Internacional situada no Japo. Procuramos valorizar o discurso religioso da Seicho-No-Ie contido nos livros e revistas publicados, e atualmente, em programas de televiso. Acreditamos serem esses meios, ao lado dos ensinamentos transmitidos por um seleto corpo de preletores, as principais formas de reproduo desse legado que Masaharu Taniguchi deixou aos seus seguidores, japoneses, brasileiros e de outras nacionalidades.
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O jornal Expositor Cristo, rgo oficial da Igreja Metodista no Brasil, nasceu em 1886, com uma proposta que se poderia chamar de ecumnica: seu primeiro nome, Methodista Catholico, revela o desejo de universalidade, confirmado pelo editorial de estria. Seu criador, o missionrio norte-americano John James Ransom, pretendia um veculo de orientao doutrinria que no fosse sectrio, em consonncia com a tradio wesleyana. Mas o Metodista Catlico teve vida curta: em pouco mais de um ano passou a se chamar Expositor Cristo. O campo religioso brasileiro vivia, ento, o perodo da controvrsia apologtica, com a insero do protestantismo de misso, de origem anglo-sax, em contraposio ao catolicismo romano. O nome do recm-nascido jornal foi mais uma vtima dos embates. Este trabalho se disps a avaliar como o jornal tratou a questo do ecumenismo desde esse perodo at a entrada da Igreja Metodista no CONIC, Conselho Nacional de Igrejas Crists, no incio da dcada de 1980. A pesquisa constatou que o anticatolicismo arraigado no metodismo brasileiro em seus primrdios jamais desapareceu por completo. Notou tambm que o metodismo no esteve imune aos conflitos interdenominacionais existentes no prprio meio evanglico. Em que pese o reconhecido pioneirismo da Igreja Metodista na criao de organismos ecumnicos brasileiros, o ecumenismo sempre enfrentou barreiras internas, mais ou menos explcitas. E o jornal Expositor Cristo, criado para ser um veculo de informao e formao doutrinria, nem sempre comunicou com a necessria clareza qual o significado que a Igreja Metodista confere palavra ecumenismo e como ela o pratica. Em alguns momentos, a coexistncia entre ecumenismo e antiecumenismo no interior do campo metodista no foi trazida luz dos debates pelo jornal, mas permaneceu oculta por omisses e ambivalncias. o que este trabalho pde constatar a partir de uma avaliao qualitativa do contedo do jornal.(AU)
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Este trabalho analisa a fragmentao que vem ocorrendo no neopentecostalismo, procurando investigar as relaes entre as causas dessa fragmentao e a forma especfica como os grupos neopentecostais se colocam na Modernidade, sobretudo em seus conceitos de poder e nas formas de sua estruturao. Essa investigao feita em dilogo com as teorias da secularizao, da modernidade e do poder moderno e fundamentada empiricamente em pesquisa de campo qualitativa realizada atravs de entrevistas com lderes de igrejas neopentecostais na cidade de Sorocaba. Ao desenvolver essa anlise, demonstramos como essas expresses religiosas representam uma adaptao ao ambiente da modernidade brasileira e cultura moderna, especialmente pela assimilao de crenas e prticas populares e da adoo da lgica e da cultura de mercado. nessa vinculao entre as formas de exerccio do poder e o contexto cultural, poltico e econmico modernos que explica-se a acentuada fragmentao neopentecostal.(AU)
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A pesquisa a seguir tem o poder como objeto de estudos, especificamente na forma de relaes de poder em conselhos diretores (pastoral e administrativo) de igrejas menonitas em Curitiba. A forma presumida de governo dessas igrejas historicamente congregacional, isto , as assemblias das respectivas igrejas so supremas e ltimas nas deliberaes. A metodologia de pesquisa sociolgica, indutiva, funcionalista, com tendncias fenomenolgicas, tendo como perspectiva principal a teoria sistmica e seus recursos de pesquisa. A teoria geral dos sistemas orienta os fundamentos da pesquisa, a teoria dos sistemas sociais o arcabouo da pesquisa. O mtodo de pesquisa a observao-participante com registros em vdeo e udio, transcrio, anlise e elaborao de concluses. A tcnica de pesquisa citada demonstrou-se eficaz e til para o levantamento de dados em pesquisas de campo que tratam de grupos e suas funes diferenciadas em agremiaes eclesisticas. Os objetivos buscam identificar a dinmica sistmica nas reunies dos conselhos observados, bem como identificar o processo das relaes de poder nos mesmos. As hipteses lanadas como ponto de partida afirmam que a teoria sistmica em qualquer perspectiva observvel, bem como os elementos (conselheiros) das relaes de poder se demonstram inconscientes de seus atos de poder. As hipteses principais e secundrias foram confirmadas pela observao-participante, a saber: a pesquisa verifica a hiptese geral de que mesmo igrejas e seus sistemas sociais evidenciam princpios sistmicos segundo a teoria geral dos sistemas e a teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhmann. As hipteses especficas verificam se os conselheiros dos grupos de liderana evidenciam conscincia do poder exercido e do poder implcito em suas funes e papis; se os grupos formais, eleitos pela assemblia exercem poder de fato ou se existe influncia do poder informal; se existe uma correlao, entre o poder formal e as fronteiras rgidas , o poder informal e a fronteira difusa ; se possvel trabalhar preventivamente e interventivamente atravs do conceito de relaes de poder e os princpios sociais sistmicos. As igrejas menonitas de Curitiba de maneira geral preservam traos de governo congregacional, mas, a transio para estilos de governo pastorcntricos e autocrticos a partir dos conselhos observados um fato e parece irreversvel. Aparentemente a causalidade desse movimento surge no contexto social metropolitano e suas implicaes, mais do que numa mudana estrategicamente planejada pelas lideranas. Portanto, a transio parece ser cultural. Alis, as transformaes sociais das tradies menonitas so diretamente proporcionais sua incluso e inculturao no contexto social em que se situam, confirmando assim os princpios sistmicos da sociedade em geral.(AU)
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Essa dissertao tem por objetivo analisar a partir de uma perspectiva sociolgica, um fenmeno social: o da violncia domstica entre mulheres evangélicas. Fenmeno este que nos preocupa profundamente e que, cada vez mais se manifesta. Este um tema desafiador, que por vezes, em muitos espaos e lugares, inclusive nos religiosos, no inquietam o bastante e nem fomentam uma discusso mais intensa e rigorosa. Ser, portanto, pelas vozes das mulheres que buscaremos identificar como as representaes de gnero estruturam suas prprias vidas para lidarem com a questo da violncia sofrida no espao que deveria ser o lcus do afeto, do desenvolvimento da confiana, da auto-estima, do acolhimento, da compreenso e respeito, do ninho de amor e que so antagonicamente transformados, principalmente para as mulheres e crianas, no local para o qual gostariam de no voltar. Procuraremos compreender como a religio evanglica, de maneira sutil, simblica ou de forma concreta, por sua teologia, pela prtica pastoral, nos aconselhamentos ou na prpria dinmica da comunidade, trata a violncia domstica contra mulheres, solicitando o silncio, a submisso, a espera do cumprimento das promessas de Deus em suas vidas: a libertao de seus maridos, companheiros. Uma troca: o silncio pela promessa de uma famlia feliz. Invocao de representaes sociais para justificarem ou ocultarem prticas violentas contra as mulheres, mas em nome de Deus. Entretanto, o que pensam e o que sentem essas mulheres? Elas realmente gostam de apanhar? So de fato cmplices da violncia sofrida? Por que resistem em denunciarem seus parceiros agressores e no rompem ou demoram tanto tempo para romperem relacionamentos violentos? Em que medida sua insero religiosa est relacionada com essa situao de violncia? Para tentar responder a essas perguntas, escolhemos como campo de pesquisa o Ncleo de Defesa e Convivncia da Mulher Casa Sofia, uma ONG que atua com mulheres em situao de violncia domstica e sexual. Ao constatarmos o significativo nmero de mulheres evangélicas que ali so atendidas, nos propusemos analisar as representaes religiosas de gnero e sua relao com a violncia domstica.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa tem como objetivo observar o casamento inter-religioso. O encontro de duas culturas religiosas pode e, provavelmente, constituir fonte de conflito. Os conflitos emergentes podem ocorrer, no por uma viso diferente de mundo, mas essencialmente porque o outro, por ser diferente, ameaa a identidade do indivduo. Frente ameaa, necessrio fortalecer a prpria identidade. A partir de entrevistas com seis casais em casamentos inter-religiosos, mais especificamente, entre cristos e judeus, e com filhos com idade entre zero e cinco anos e entre quatorze e vinte e quatro anos de idade, residentes em So Paulo, Capital, pretendi analisar como os casais lidam com os desafios que surgem quando um cnjuge pertence a uma tradio religiosa diferente da do outro. Dentre os desafios, est o de lidar com a educao religiosa ou a formao espiritual de seus filhos. Utilizando-se como referencial a Terapia Sistmica Familiar, principalmente o trabalho de Paul Watzlawick sobre a comunicao e o de Murray Bowen sobre o funcionamento humano dentro dos sistemas familiares, alm de outros referenciais auxiliares para trabalhar a questo intercultural no casamento, pretendi discutir as implicaes para a prxis religiosa e oferecer contribuies clnica psicolgica e s cincias da religio. A psicologia necessita repensar sua prtica, deixando o preconceito em relao religio de lado e incluindo essa em seus estudos, de modo a aproximar o discurso e a prtica do terapeuta, uma vez que pode tomar conscincia de seus prprios valores religiosos quando buscar compreender a religio e a espiritualidade de sua clientela. Por sua vez, as instituies religiosas necessitam refletir sobre sua prxis, de modo a alcanar as famlias que se encontram na periferia das religies. Famlias que solicitam uma orientao, uma formao religiosa, mas que, sendo inter-religiosas, necessitam ser reconhecidas e respeitadas como tal. Portanto, as igrejas precisam abrir-se, deixar de olhar para dentro de si mesmas e servir ao mundo, mesmo que parte desse mundo nunca venha a se tornar formalmente membro da comunidade.(AU)
Resumo:
A presente pesquisa analisa o corpo como parte de um processo de construo social e busca compreender as implicaes da relao entre essa construo social do corpo e prticas religiosas evangélicas. Elege as Igrejas Congregao Crist, Presbiteriana e Renascer em Cristo no bairro de Rudge Ramos, em So Bernardo do Campo, como objeto de investigao dessa questo. Essa relao est envolta em intenes e manifestaes corporais que implicam prticas religiosas e os estilos de vida das pessoas que freqentam as referidas denominaes no bairro em questo. O estudo desenvolve um mapeamento das tcnicas corporais que significam a maneira como as pessoas se valem dos seus corpos. Na apreciao dos aspectos sociais, culturais e econmicos relacionados ao bairro em questo e s igrejas nele inseridas, procuramos compreender a maneira como essas trs tradies evangélicas desenvolvem tcnicas corporais diferenciadas. Tambm, se as pessoas que freqentam essas igrejas sofrem alguma influncia do modelo de corporeidade da sociedade atual que tem como pretenso a busca pela ascenso social e por condies de consumo vinculadas ao corpo.(AU)
Resumo:
Esta dissertao uma anlise do discurso de Edir Macedo no livro Orixs, Caboclos e Guias. Deuses ou Demnios? Nosso estudo trata do discurso e retrica que Macedo e a Igreja Universal do Reino de Deus utilizam para falarem a respeito das religies afro-brasileiras e medinicas nesse livro. Elegemos este livro como objeto de estudo por causa da presena constante desse tema no discurso e nas prticas da Igreja Universal; pelo sucesso dessa publicao, com mais de quatro milhes de exemplares vendidos; em funo da polmica provocada pelo discurso demonizador das religies afro-brasileiras e medinicas. Procuramos analisar o discurso de Macedo e de sua Igreja a luz dos impactos e impasses causados por eles no cenrio religioso brasileiro. Relacionamos o discurso e a retrica de Macedo ao sucesso e a criao de uma identidade prpria de sua Igreja. Nosso estudo diferencia-se das demais investigaes j publicadas ao relacionar a criao de identidade religiosa e o uso de mecanismos acusatrios como instrumento eficaz para convencer e transmitir ideologias que favoream a expanso da Igreja Universal. Procuramos tambm, trazer para a discusso acadmica que a anlise de discurso de uma literatura religiosa pode ser uma referncia para se estudar uma instituio religiosa, seus mecanismos de construo identitaria, legitimao e expanso no cenrio religioso.(AU)