1000 resultados para Terapia por ultra-som
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade da ressonância magnética e a concordância entre a ultra-sonografia e a ressonância magnética na classificação da fibrose periportal em pacientes esquistossomóticos, segundo os critérios qualitativos de Niamey. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado estudo prospectivo e duplo-cego, entre fevereiro de 2005 e junho de 2006, em 20 pacientes (10 homens e 10 mulheres, idades entre 24 e 60 anos, média de 42,75 anos) com diagnóstico de esquistossomose mansônica. As imagens de ultra-sonografia e de ressonância magnética foram avaliadas por dois examinadores experientes de forma independente. Foi medida a concordância interobservador para a ressonância magnética e entre a ressonância magnética e a ultra-sonografia. RESULTADOS: A ressonância magnética apresentou resultados concordantes entre os observadores em 14 pacientes (70%). Quando comparamos a ressonância magnética com a ultra-sonografia, obtivemos concordância em apenas seis pacientes pelo observador 1 (30%) e em oito pacientes pelo observador 2 (40%). CONCLUSÃO: A ressonância magnética tem boa reprodutibilidade na avaliação de fibrose periportal em pacientes com esquistossomose avançada, porém sua concordância com a ultra-sonografia é fraca.
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OBJETIVO: Avaliar as alterações endometriais por meio da ultra-sonografia transvaginal e correlacioná-las com os achados da histeroscopia e histologia, em pacientes submetidas a tratamento com tamoxifeno. MATERIAIS E MÉTODOS: No período de janeiro de 2003 a dezembro de 2005, foram incluídas pacientes com câncer de mama usuárias de tamoxifeno que apresentaram espessamento endometrial acima de 5 mm. Os achados foram correlacionados com os dados de histeroscopia e anatomopatologia. RESULTADOS: Foram selecionadas 25 pacientes com idade média de 62,6 anos. O tempo médio do diagnóstico do câncer foi de 4,3 anos e do uso de tamoxifeno, três anos. Vinte pacientes eram assintomáticas (80%) e as demais apresentaram sangramento (20%). À ultra-sonografia, 16% apresentaram espessamento endometrial entre 5 mm e 8 mm, 40% entre 9 mm e 15 mm, e 44% acima de 15 mm. Ao estudo com a histeroscopia, 40% apresentaram atrofia, 16% atrofia cística, 28% pólipos, e 16% lesão hiperplásica. O estudo anatomopatológico apresentou-se normal em 35,2% dos casos e mostrou atrofia em 5,8%, pólipo em 29,4% e hiperplasia em 11,7%. Foi observado um caso de adenocarcinoma (5,8%). CONCLUSÃO: A ultra-sonografia associada à histeroscopia apresentam-se como importantes aliados na avaliação de pacientes usuárias de tamoxifeno. A detecção de espessamento endometrial à ultra-sonografia apresenta baixa especificidade, enquanto a histeroscopia é mais acurada na detecção de pólipos, hiperplasia e alterações neoplásicas.
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OBJETIVO: Descrever a importância da ultra-sonografia transvulvar na avaliação das diferenças anatômicas induzidas pelas cirurgias de sling de fáscia lata e tension-free vaginal tape. MATERIAIS E MÉTODOS: Quarenta mulheres com incontinência urinária de esforço, com idades entre 30 e 60 anos, foram tratadas por sling de fáscia lata (20 pacientes) ou tension-free vaginal tape (20 pacientes). A ultra-sonografia transvulvar da junção uretrovesical e da uretra proximal foi a principal ferramenta de investigação pré- e pós-operatória. Os parâmetros estudados foram: distância vertical e distância horizontal da junção uretrovesical, distância pubouretral e comprimento da uretra proximal. RESULTADOS: A distância vertical da junção uretrovesical não variou significativamente após a sling de fáscia lata (p > 0,10). A distância pubouretral e a uretra proximal tornaram-se menores (p < 0,003) e a distância horizontal da junção uretrovesical tornou-se menor só no repouso (p = 0,03) após a sling de fáscia lata. A tension-free vaginal tape diminuiu o deslocamento vertical da junção uretrovesical (p = 0,0005) e o comprimento da uretra proximal (p = 0,02). CONCLUSÃO: A ultra-sonografia transvulvar foi fundamental para documentar que as cirurgias de sling de fáscia lata e tension-free vaginal tape alongam a uretra proximal, sendo a sling de fáscia lata de forma mais eficaz. A sling de fáscia lata enfoca a diminuição da distância pubouretral e a tension-free vaginal tape, o deslocamento vertical da junção uretrovesical.
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OBJETIVO: Avaliar o ombro de nadadores em nível competitivo, sintomáticos ou não, e quantificar a incidência de lesões do manguito rotador nesses atletas. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados, por meio de exame ultra-sonográfico, ambos os ombros de 11 nadadores de nível competitivo (categoria master), sendo oito homens e três mulheres, com idade variando de 28 a 52 anos, tanto sintomáticos quanto assintomáticos, para determinação de alterações e correlação com quadro clínico. Os exames foram realizados avaliando-se os tendões que compõem o manguito rotador em pelo menos dois planos ortogonais distintos, assim como as estruturas não-tendíneas que fazem parte da articulação do ombro. As alterações tendíneas foram classificadas como tendinose, prováveis roturas intra-substanciais e roturas parciais. As lesões não-tendíneas foram classificadas como presentes ou ausentes. Além do exame, foram consideradas, na análise dos resultados, a presença ou ausência de sintomas e a idade dos pacientes. RESULTADOS: A prevalência geral de indivíduos sintomáticos foi de 63,6% (sete atletas). Neste grupo encontravam-se 75% das bursites e 100% das roturas tendíneas parciais. Entre as alterações tendíneas isoladas, o tendão mais freqüentemente acometido foi o supra-espinal, tendo alteração de seu padrão ecográfico em 36,36%. A tendinose foi o achado mais prevalente, estando presente em pelo menos um dos tendões em 50% dos ombros estudados. A incidência de roturas parciais foi semelhante à observada na população geral, sendo de 13%, estando estas, sempre que presentes, na faixa etária acima de 40 anos. CONCLUSÃO: Nadadores não parecem ter maior incidência de roturas ou degenerações tendíneas quando comparados com indivíduos da população geral. A idade dos indivíduos, sendo estes praticantes ou não de atividades que exijam sobrecarga desta articulação, é o fator com maior determinância em relação às lesões do manguito rotador.
O valor da ultra-sonografia e da ressonância magnética fetal na avaliação das hérnias diafragmáticas
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OBJETIVO: Demonstrar a significância dos achados da ressonância magnética e da ultra-sonografia na caracterização pré-natal e avaliação do prognóstico de pacientes com hérnia diafragmática congênita. MATERIAIS E MÉTODOS: Catorze gestantes (idade gestacional média de 28,7 semanas) examinadas com ultra-sonografia e apresentando fetos com suspeita de hérnia diafragmática congênita foram avaliadas por meio da ressonância magnética. Os exames foram realizados em aparelho de 1,5 tesla usando seqüências-padrão. Dois radiologistas avaliaram as imagens e estabeleceram os achados por consenso. RESULTADOS: Doze fetos tinham hérnia diafragmática à esquerda e dois, à direita. O fígado fetal foi localizado no interior do tórax de cinco fetos pela ultra-sonografia (três com hérnia diafragmática esquerda e dois com hérnia diafragmática direita) e de oito pela ressonância magnética (seis com hérnia diafragmática esquerda e dois com hérnia diafragmática direita). Herniação do estômago e alças de intestino delgado foi observada em todos os fetos com hérnia diafragmática esquerda (n = 12), tanto pela ultra-sonografia quanto pela ressonância magnética. Oito fetos sobreviveram após cirurgia (sete com hérnia diafragmática esquerda e um com hérnia diafragmática direita). CONCLUSÃO: A ultra-sonografia e a ressonância magnética são métodos de imagens complementares na avaliação das hérnias diafragmáticas congênitas. A ressonância magnética pode auxiliar a ultra-sonografia na avaliação da posição do fígado, o qual representa importante fator prognóstico.
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OBJETIVO: Medir a sensibilidade e a reprodutibilidade da ultra-sonografia na detecção de nódulos sideróticos esplênicos em pacientes esquistossomóticos, tendo a ressonância magnética como padrão de referência. MATERIAIS E MÉTODOS: Na primeira fase do trabalho, 21 pacientes portadores de esquistossomose na forma hepatoesplênica com diagnóstico de nódulos sideróticos à ressonância magnética foram submetidos a avaliação ultra-sonográfica para a determinação da sensibilidade do método. Na segunda fase, com o objetivo de avaliar a reprodutibilidade da ultra-sonografia na detecção e na quantificação de nódulos sideróticos (A: 1-5 nódulos; B: 6-20 nódulos; C: mais de 20 nódulos), outros 30 pacientes esquistossomóticos foram submetidos a avaliação ultra-sonográfica de forma cega e independente por dois observadores. A reprodutibilidade foi medida por meio da concordância entre os observadores e do teste kappa. RESULTADOS: A sensibilidade da ultra-sonografia foi de 95,2% (intervalo de confiança a 95% [77,3%; 99,2%]). A concordância entre ultra-sonografia e ressonância magnética para a detecção de nódulos sideróticos foi de 96,7% (intervalo de confiança a 95% [82,8%; 99,9%]). Para a classificação dos nódulos conforme a sua quantificação, o índice kappa demonstrou concordância interobservador substancial (kappa = 0,67). CONCLUSÃO: A ultra-sonografia é um método que apresenta elevada sensibilidade e boa precisão para a avaliação de nódulos sideróticos esplênicos.
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OBJETIVO: Apresentar os aspectos ultra-sonográficos da esclerodermia localizada e relacioná-los com os aspectos clínicos. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisadas 23 lesões de esclerodermia localizada em 21 pacientes. Foi utilizado equipamento Logiq 700 com transdutor linear de 6-14 MHz. Foram avaliados, pelo dermatologista, o estágio da doença (inflamatório ou atrófico), e pelo radiologista, a espessura e a ecogenicidade da derme nas regiões afetadas e sãs adjacentes. Foi feito acompanhamento de sete casos após tratamento. RESULTADOS: Todas as lesões apresentaram perda do padrão ultra-sonográfico normal da derme. Os casos de lesão clinicamente atrófica (52,2%; 12/23) corresponderam a redução da espessura e aumento da ecogenicidade da derme e os casos de lesão clinicamente inflamatória (47,8%; 11/23) corresponderam a aumento da espessura e redução da ecogenicidade da derme. Controles pós-tratamento mostraram alterações na espessura da derme. CONCLUSÃO: Os achados ultra-sonográficos nos permitem associar o aumento da espessura e a redução da ecogenicidade da derme com a fase inflamatória da doença, e a redução da espessura e o aumento da ecogenicidade da derme com a fase atrófica da doença. Notamos também que é possível quantificar a espessura da derme e usar essa informação no controle pós-tratamento associada à avaliação clínica.