823 resultados para Saúde pública Financiamento


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Os pacientes hospitalizados, acamados ou restritos ao leito, apresentam uma gama de fatores de risco para o desenvolvimento das lceras por presso, diante disso, necessitam de uma assistncia de enfermagem qualificada e eficaz na preveno dessas leses, a fim de evitar o desenvolvimento das mesmas. Desta forma, a pesquisa teve como objetivo investigar a influncia da ao educativa junto equipe de enfermagem das enfermarias de Clnica Mdica na preveno das lceras por presso. Tratou-se de um estudo quantitativo com delineamento descritivo com dispositivo de interveno do tipo antes e depois, tendo como cenrio as enfermarias de Clnica Mdica de um hospital universitrio na cidade do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram os enfermeiros (n=15) e tcnicos de enfermagem (n=18) da Clnica Mdica e a unidade de medida do estudo foi o nmero de vezes que as aes de enfermagem, referentes preveno das lceras por presso e desempenhadas pelos sujeitos, foram observadas pela pesquisadora. Obtivemos 396 observaes antes da ao educativa e 204 depois da ao educativa. A pesquisa apresentou trs etapas: observao sistematizada antes da ao educativa, realizao da ao educativa e observao sistematizada depois da ao educativa. Os resultados foram obtidos atravs da anlise dos Check list antes e depois da ao educativa e constatamos, por meio de valores percentuais, melhoras significativas. A categoria sempre, considerada o valor ideal para todas as variveis, apresentou aumento de 20 pontos percentuais entre as observaes; a categoria frequentemente apresentou aumento de 07 pontos e a categoria raramente apresentou decrscimo de 27 pontos. Isso demonstra que a ao educativa atingiu o objetivo de sensibilizar a equipe de enfermagem quanto a prevenir as lceras por presso de forma qualificada. Conclumos que as lceras por presso continuam sendo um grande problema de saúde pública, merecendo ateno especial por parte da equipe de enfermagem. Acreditamos que a ao educativa capaz de sensibilizar a equipe de enfermagem e motivar a transformao das aes e condutas, porm, ela pontual e apenas uma parte do processo educacional. Para alcanarmos a mudana comportamental e proporcionar uma assistncia qualificada e eficiente aos pacientes em risco de desenvolver as lceras por presso, sugerimos o desenvolvimento de uma prtica educativa contnua e permanente, capaz de manter a equipe de enfermagem em constante aperfeioamento.

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O presente trabalho analisou como os estudantes universitrios avaliam o uso de psicofrmacos por pessoas que pretendem melhorar o rendimento cognitivo sem apresentar prejuzo nessa habilidade mental. Esse tipo de remdio s pode ser comercializado atravs de receita mdica especial. Dessa forma, o uso no-mdico desse tipo de droga, chamado tambm de aprimoramento neurocognitivo farmacolgico, ilegal. Com o crescimento no nmero de estudantes universitrios americanos e canadenses que utilizam estimulantes para melhorar a performance acadmica, o tema tornou-se uma preocupao para a Saúde Pública nos respectivos pases. O aprimoramento neurocognitivo farmacolgico vem sendo muito discutido no campo da Neurotica. Nos debates dessa a prtica so avaliados os riscos e benefcios que essa prtica pode trazer para o indivduo e sociedade. No Brasil, esse assunto pouco discutido. Assim, a investigao sobre a compreenso e avaliao que estudantes universitrios fazem sobre esse tema trouxe informaes que podem ampliar o conhecimento sobre tema no Brasil. A investigao foi realizada atravs de trs grupos focais com estudantes universitrios. Os resultados indicaram que questes como presso social (exigncia de bons resultados), segurana do medicamento, risco de coero social, possibilidade de essa prtica aumentar a injustia social foram as principais preocupaes da populao entrevistada. Alguns aspectos foram compreendidos de maneira bastantes polarizada. No est claro para os participantes dos grupos focais, por exemplo, se esta ou no uma prtica desonesta e se a melhora no rendimento cognitivo pode ser entendida como sendo legtima da pessoa. Esses e outros dados mostram que a compreenso do tema aprimoramento neurocognitivo farmacolgico muito influenciada por dois aspectos. O primeiro aspecto se refere ao entendimento prvio que a pessoa tem sobre a relao entre crebro e comportamento e sobre a relao entre indivduo e grupo social. O segundo aspecto a influncia que os textos que informam sobre cincia exercem sobre os leitores. Nesse sentido, a aplicao dos grupos focais mostrou-se um importante meio para conhecer o entendimento dos estudantes universitrios sobre o aprimoramento neurocognitivo farmacolgico e, dessa forma, contribuir para a discusso desse tema no Brasil.

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A farmcia comunitria ocupa um importante espao no cenrio da saúde pública brasileira, como local de dispensao de medicamentos e de contnua promoo do consumo de medicamentos para a populao. Nesses estabelecimentos, o usurio busca atravs do consumo de produtos, prescritos ou no, o restabelecimento da sua saúde. O farmacutico o profissional de saúde com formao especfica sobre medicamentos e que, pelo imperativo da legislao sanitria, colocado como responsvel tcnico, nesse lcus. Qual sua motivao para ingressar nessa carreira? Como a sua prxis e qual a realidade percebida por ele nesse cotidiano? Este trabalho teve como objetivo identificar a concepo que os farmacuticos responsveis tcnicos, atuantes em farmcias comunitrias do estado do Rio de Janeiro, tm sobre a sua prtica profissional e como essa viso pode estar relacionada implementao de prticas focadas no paciente, tais como a Ateno Farmacutica. Foram realizadas 15 entrevistas semi-estruturadas com farmacuticos responsveis tcnicos de farmcias do estado do Rio de Janeiro, representando a seguinte tipologia: farmcias de rede estadual, de rede local e familiar. A categorizao do discurso dos farmacuticos mostrou, pelo menos, quatro convergncias: a deficincia no processo de formao acadmica, a prtica farmacutica migrando para o paciente, as contnuas dificuldades da populao quanto ao uso de medicamentos e o conhecimento superficial do conceito de Ateno Farmacutica. Pensa-se que a realidade encontrada possa no ser muito diferente da de grande nmero de farmcias comunitrias do prprio estado do Rio de Janeiro, sendo necessrio fazer reflexes sobre esse tema, para nos conduzir a um momento de discusso sobre quais elementos podero vir a garantir, que a prxis farmacutica se insira com complementaridade nos servios de saúde.

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A qualidade de vida no trabalho uma questo relevante para diversos campos de conhecimento e interveno, a saber: saúde do trabalhador, saúde pública, previdncia, segurana no trabalho, processos organizacionais, gesto de pessoas, entre outros. A qualidade de vida no trabalho influencia as atitudes e comportamentos dos trabalhadores frente ao mercado de trabalho e ante as empresas das quais fazem parte. A presente pesquisa possui um carter descritivo e comparativo, tendo como objetivo geral a anlise das representaes sociais da qualidade de vida no trabalho construdas por trabalhadores das cidades de Juiz de Fora/MG e de Cataguases/MG, relacionando-as aos diferentes contextos e condies de trabalho e de vida cotidiana de tais trabalhadores. Para isso, foram formulados os seguintes objetivos especficos: descrever e analisar a representao social da qualidade vida; descrever e analisar a representao social da qualidade vida no trabalho; investigar a existncia de um entrelaamento entre as representaes sociais da qualidade de vida e da qualidade de vida no trabalho; comparar as representaes sociais da qualidade de vida no trabalho entre segmentos amostrais definidos por diferentes variveis sociodemogrficas (sexo, faixa etria, tipo de vnculo, segmento de atuao, escolaridade). A fundamentao terica do estudo consistiu na perspectiva psicossocial das representaes sociais, com nfase sobre a sua abordagem estrutural. Para a coleta de dados foi construdo um questionrio com questes fechadas e abertas, ao qual foram associadas tcnicas de pesquisa especficas da abordagem estrutural das representaes sociais, a saber: evocaes livres aos termos indutores qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho e um questionrio de caracterizao. Participaram da pesquisa 309 trabalhadores, sendo 232 (75% da amostra) de Juiz de Fora/MG e 77 (25% da amostra) da cidade de Cataguases/MG, pertencentes a diferentes organizaes. Os resultados revelam que as cognies constituintes do ncleo central da representao social da qualidade de vida foram saúde, trabalho-emprego e bem-estar e a primeira periferia foi formada pelos elementos: lazer, educao, famlia, boa vida financeira e moradia. J a representao social da qualidade de vida no trabalho foi formada pelos elementos centrais: salrio, condies de trabalho, respeito e bom ambiente de trabalho. Por outro lado, a primeira periferia foi composta pelos seguintes elementos: reconhecimento e desempenho-eficincia. Verificou-se um forte entrelaamento entre tais representaes mediante a centralidade da categoria trabalho no ncleo central da Representao Social da qualidade de vida. As comparaes das representaes sociais da qualidade de vida no trabalho entre os segmentos amostrais revelaram diferenas significativas. Somente homens e mulheres demonstraram uma mesma representao. Em relao ao carter regionalizado da pesquisa, constatou-se que Juiz de Fora e Cataquases so cidades amplamente reconhecidas pela boa qualidade de vida que oferecem. Principalmente Juiz de Fora, em funo das suas caractersticas provincianas mescladas com a agitao urbana e com a sua estrutura que tambm se assemelha s grandes capitais. Tais cidades, entretanto, foram criticadas em relao qualidade das oportunidades profissionais que oferecem e que geram a evaso dos trabalhadores mais qualificados para os grandes centros.

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Devido a sua alta incidncia, mortalidade e custos elevados, o cncer de mama feminino considerado um problema de saúde pública no Brasil. Sua etiologia envolve uma interao de diversos fatores denominados de risco os quais podem ser ambientais e genticos. A histria familiar positiva para cncer de mama um importante fator de risco para o desenvolvimento dessa patologia. Conhecer esses fatores e as medidas de proteo permite que mulheres com risco elevado possam criar estratgias pessoais que venham minimizar os danos causados pela doena. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivos avaliar o nvel de conhecimento de mulheres acerca do risco de desenvolverem cncer de mama em decorrncia do vnculo familiar com a populao portadora desta neoplasia matriculada no Hospital do Cncer III, unidade do Instituto Nacional de Cncer (INCA) especializada no tratamento e controle do cncer de mama, localizada no municpio do Rio de Janeiro, Brasil; descrever as caractersticas sociodemogrficas das mulheres familiares de pacientes portadoras de cncer de mama e descrever a histria reprodutiva e hormonal, bem como seus hbitos de cuidado com a saúde. Metodologia: trata-se de um estudo exploratrio sob a perspectiva quantitativa, transversal e descritiva com 52 mulheres que acompanhavam suas familiares internadas em unidade clnica e cirrgica do Hospital do Cncer III. A coleta de dados ocorreu no perodo entre julho e agosto de 2011. A tcnica de amostragem adotada foi a no probabilstica, intencional Para o clculo amostral aplicou-se a frmula de populao infinita. Foram selecionadas as seguintes variveis para compor o estudo: aspectos sociodemogrficos, aspectos da vida reprodutiva e hormonal, aspectos de cuidados com a saúde e aspectos de esclarecimento relacionados patologia/doena. Realizou-se entrevista estruturada com utilizao de um formulrio composto por 63 questes. A descrio das variveis foi feita atravs de frequncia simples e porcentagem. Resultados: 61,5% eram filhas, 34,6% eram irms e 3,8% eram mes, 40,4% moram no municpio do Rio de Janeiro, 86,4% encontram-se na faixa etria entre 29 e acima de 51 anos de idade, 32% so pardas, 46,1% apresentavam 2 grau completo, 46,2% so do lar, 15,4% tiveram menarca precoce, 7,7 % tiveram na menopausa tardia, 7,7% fizeram Terapia de Reposio Hormonal, 38,5% nunca engravidaram, 3,8% engravidaram aps 30 anos, 3,8% no amamentaram, 42,4% usam anticoncepcional hormonal por mais de 5 anos e 40,4% nunca fizeram descanso ou faz por tempo inferior a 6 meses, 7,7% e 7,6% nunca fizeram e apresenta mais de 24 meses que fizeram exame ginecolgico. Quanto ao grau de esclarecimento 34% concordaram com as afirmativas sobre fatores de risco, 65% concordaram com medidas preventivas e os profissionais de saúde foram os que mais transmitiram informao sobre o cncer de mama. Concluso: ser familiar de primeiro grau associado falta de esclarecimento sobre a doena torna essas mulheres mais vulnerveis em relao populao geral feminina. Torna-se oportuno para a enfermagem estratgias educativas que visem promoo da saúde e que contribuam para a modificao do panorama da doena, em razo da deteco mais precoce.

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Esta tese composta por quatro artigos que permitiram avaliar o impacto do consumo de alimentos fora do domiclio na dieta e no peso corporal da populao brasileira. O primeiro artigo revisou de forma sistemtica as evidncias cientficas da associao entre alimentao fora do domiclio e peso corporal com abordagem crtica dos artigos publicados na literatura. Foram avaliados 28 artigos e os resultados sugeriram uma associao positiva entre o consumo de alimentos fora do domiclio e o ganho de peso. A reviso mostrou que uma das limitaes nessa rea a ausncia de padronizao nas definies e mtodos de avaliao do consumo de alimentos fora do domiclio. Para o desenvolvimento dos demais artigos, utilizou-se dados do Inqurito Nacional de Alimentao (INA) do Brasil, uma subamostra da Pesquisa de Oramentos Familiares (POF) 2008-2009, com o objetivo de caracterizar o consumo de alimentos fora do domiclio da populao brasileira (artigo 2) e investigar a associao entre alimentao fora do domiclio e ingesto total de energia (artigo 3) e peso corporal (artigo 4). As anlises foram realizadas com os dados de consumo de alimentos coletados por meio de registro alimentar de 34.003 indivduos acima de 10 anos em dois dias no-consecutivos. Os registros incluram descrio detalhada dos alimentos e quantidade consumida, tipo de preparao, horrio e local de consumo (dentro ou fora do domiclio). Alimentao fora do domiclio foi definida como todo alimento adquirido e consumido fora de casa. O primeiro dia de registro foi utilizado nas anlises, considerando o peso amostral especfico do INA e o efeito do desenho amostral. O consumo de alimentos fora do domiclio no Brasil foi reportado por 40% dos entrevistados; diminuiu com a idade e aumentou com a renda em todas as regies brasileiras; foi maior entre os homens e na rea urbana. Os grupos de alimentos com maior percentual de consumo fora de casa foram bebidas alcolicas, salgadinhos fritos e assados, pizza, refrigerantes e sanduches. Entre indivduos residentes nas reas urbanas do Brasil (n=25.753), a mdia de energia proveniente dessa alimentao foi 337 kcal, representando 18% do consumo total de energia. Alimentao fora do domiclio foi positivamente associada ao consumo total de energia. Avaliando somente adultos entre 25 e 65 anos de idade das reas urbanas (n=13.736) no foi encontrada associao entre o consumo de alimentos fora do domiclio e ndice de Massa Corporal (IMC). Indivduos que consumiram alimentos fora do domiclio apresentaram menor ingesto de protena; maior ingesto de gordura total, gordura saturada e acar livre; menor consumo de arroz, feijo e leite e maior consumo de salgadinhos fritos e assados, doces e acar, refrigerantes e bebidas alcolicas do que no consumidores. Apesar da ausncia de associao entre alimentao fora de casa e excesso de peso, o consumo de alimentos fora do domiclio influencia a qualidade da dieta dos indivduos e em longo prazo pode ter um impacto no ganho de peso da populao, portanto, deve ser considerado nas aes de saúde pública voltadas para a melhoria da alimentao dos brasileiros.

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Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa cujo objetivo geral foi descrever e analisar o perfil epidemiolgico dos pacientes com Insuficincia Cardaca atendidos pela Clinica de IC de um Hospital Universitrio. Os objetivos especficos orientam-se para:(a)Caracterizar os casos de Insuficincia Cardaca segundo variveis demogrficas, variveis clnicas, de diagnstico e co morbidades;(b)Comparar as caractersticas clnicas e demogrficas dos pacientes conforme grupos etiolgicos identificados e frao de ejeo;(c)Determinar a taxa de mortalidade e hospitalizao dos pacientes acompanhados pela clnica. Os dados analisados neste estudo so oriundos de um banco de dados onde so alocadas informaes dos pacientes em atendimento ambulatorial da referida clinica.Para a anlise dos dados foi utilizada a estatstica descritiva, freqncias e porcentagens assim como tabelas e grficos para a demonstrao dos dados levantados.Os mesmos foram analisados atravs do software SPSS v.18.0, no qual se utilizou a estatstica multivariada e curvas de sobrevida de Kaplan-Meyer.Os resultados apontam para uma predominncia masculina de 60,1%, com idade de 63,5 anos. Na caracterizao quanto classe funcional observa-se que a predominante a classe funcional I e II com 73,6% do total. Os pacientes assistidos apresentam uma mdia de 42% da frao de ejeo do ventrculo esquerdo e 61,7% possuem etiologia no isqumica. Em nosso estudo, descrevemos 71,8% de portadores de disfuno sistlica. Os pacientes com etiologia isqumica tinham predomnio do sexo masculino(70,7%), e a etiologia no isqumica com uma prevalncia maior do sexo feminino(45,5%vs 29,3%;p<0,001). Alm disso, os pacientes isqumicos eram mais idosos (p<0,001), com historia familiar de DAC(p<0,041), presena de diabetes (p<0,001). A disfuno sistlica(FE<50%) era predominante no grupo de pacientes isqumicos(77%vs 69%; p=0,048).As classes funcionais mais avanadas(III e IV) foram menos predominantes nos indivduos isqumicos(32,5%) em relao aos no isqumicos(41,3%;p=0,041).O paciente de etiologia isqumica recebeu tratamento farmacolgico semelhante ao no isqumico com exceo do uso de AAS(p<0,001).Esses indivduos cursaram com maior numero de internaes por outras causas exceto IC(p<0,001) e maior numero de bitos(p=0,007).Em relao frao de ejeo, observou-se que indivduos com FE>50% tinham predomnio do sexo feminino(p=0,006),mais idosos(p<0,001),de etiologia no isqumica(p=0,048) e classes funcionais I e II(p=0,025).Indivduos com FE<50% eram mais graves, apresentando maior nmero de internaes por IC(37,8%vs20%;p<0,001), e internaes por outras causas(27,2%vs17,5%;p=0,018) e maior nmero de bitos (18%vs8,4%;p=0,005) do que os com frao de ejeo preservada. O resultado desse estudo teve como finalidade o conhecimento do perfil de uma populao prpria, com o objetivo de aprimorar a assistncia prestada a ela. Os enfermeiros de Clnicas de IC, juntos com os profissionais da equipe multidisciplinar, desempenham papel fundamental no acompanhamento, orientao e educao desses pacientes.

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Inicialmente, este trabalho tece algumas consideraes a respeito de apontamentos conceituais terico-prticos da Homeopatia e fala da construo social da demanda para tal prtica, tendo em vista responder ao mal estar difuso que inquieta nossos usurios. A realizao de estudos como este que busquem compreender as teraputicas que incluem as prticas integrativas e complementares no SUS, tal com a Homeopatia, a partir do entendimento sobre sua utilizao tanto pelos praticantes como pelos usurios pode contribuir para a pesquisa social sobre essas prticas, visando sua efetiva institucionalizao no sistema pblico de saúde no pas. O objetivo deste trabalho foi buscar compreender qual o entendimento de pacientes e de mdicos sobre a resposta ao tratamento homeoptico, a partir de suas narrativas, visando identificar a existncia de relao com os sentidos da integralidade do cuidado. Trata-se de uma pesquisa avaliativa de natureza qualitativa, adotando como informantes-chaves o paciente e o profissional homeopata, e utilizando o pronturio como fonte de informao secundria, com a finalidade de complementar as informaes. Como campo de investigao, foram escolhidos trs tipos de atendimentos distintos: dois tipos de atendimento realizados em servios pblicos, onde o profissional realiza abordagem exclusivamente homeoptica (nos municpios de Juiz de fora e do Rio de Janeiro) e um no PSF de Volta Redonda, no qual o atendimento homeoptico est includo nas atividades do mdico de famlia. Foram realizadas tambm entrevistas cujas anlises foram ordenadas (com relao s narrativas dos entrevistados) em diversas disposies para possibilitar diferentes cortes de anlises. Os resultados apresentados so discutidos relacionando-os com as categorias representativas da Integralidade que mais se fizeram presentes, a saber, a Integralidade na dimenso da abordagem total do paciente, a autonomia e o cuidado. Essas categorias nos levam a pensar na possibilidade de apresentarem-se como campos possveis de serem includos em fichas clnicas nas quais o profissional, juntamente com o paciente, seriam convidados a refletir, a cada etapa do tratamento, e a sinalizar em que direo a resposta teraputica est se dando, registrando suas observaes de forma objetiva e contribuindo, desta forma, para a anlise e a avaliao da integralidade no tratamento homeoptico. As concluses deste trabalho contribuem no sentido de ampliar as possibilidades de avaliao, dando visibilidade dimenso integral do tratamento homeoptico com todo o seu leque semntico e dialgico evidenciados neste estudo, bem como de proporcionar avanos no processo de institucionalizao no sistema pblico de atendimento saúde, pois a avaliao enquanto etapa final desse processo ocorre ao se medir seus resultados e conferir-lhe validao. Tal atitude ainda possibilita, ao binmio mdico-paciente, uma oportunidade de crtica e de avaliao permanente sobre o processo teraputico que se est experimentando.

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O consumo de frutas e hortalias (F&H) tem sido incentivado em vrios pases como medida de preveno de doenas crnicas no transmissveis, sendo a escola um espao privilegiado para a promoo do consumo desses alimentos. Este estudo tem como objetivo avaliar o impacto de uma interveno de promoo de F&H sobre o consumo desses alimentos por alunos e professores de escolas públicas do municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo de avaliao do tipo antes e depois, realizado com turmas de primeiro ciclo do ensino fundamental em oito unidades públicas municipais situadas em territrios cobertos pela Estratgia da Saúde da Famlia. No diagnstico pr-interveno foram registradas as atividades de promoo da alimentao saudvel desenvolvidas nas escolas e o consumo usual de F&H pelos professores. Foram tambm observados o ambiente escolar e o consumo, pelos alunos, das F&H oferecidas pelo Programa de Alimentao Escolar. A interveno abarcou um curso de formao para professores e merendeiras sobre promoo da alimentao saudvel, com nfase na promoo de F&H; distribuio de materiais educativos e realizao de eventos de mobilizao. No diagnstico ps-interveno, foram includas questes referentes s estratgias da interveno. Foram criados indicadores de cobertura da atividade e intensidade de exposio interveno, de sntese do nvel de implementao da interveno, de adeso alimentao escolar, aceitao e consumo de F&H pelos alunos e do consumo de F&H pelos professores, e, tambm, indicadores de variao da aceitao (alunos) e do consumo (alunos e professores) de F&H. As variaes observadas foram testadas estatisticamente por meio do teste t-Student pareado (no caso de mdias) ou do Qui Quadrado de McNemar (no caso de propores). A eventual influncia do nvel de implementao da interveno sobre a variao do consumo e aceitao de F&H foi examinada por meio de modelos de regresso linear ou logstica, dependendo do tipo de desfecho. Foram observados ndices altos de aceitao de F&H entre alunos e de consumo de F&H entre alunos e professores no diagnstico inicial. A interveno alcanou 52,7% de implementao, tendo sido bem avaliada entre os professores. Nenhuma variao estatisticamente significativa foi observada aps a interveno tanto em relao aceitao quanto em relao ao consumo de F&H. Foram observados resultados estatisticamente significativos somente para a associao positiva entre o nvel de exposio interveno e a aceitao de hortalias pelos alunos. A interveno proposta alcanou nvel intermedirio de implementao e os resultados alcanados foram modestos em termos de variao do consumo de F&H por alunos e professores.

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No mundo, as hepatites decorrentes de infeces virais tm sido uma das grandes preocupaes em saúde pública devido a seu carter crnico, curso assintomtico e pela sua capacidade de determinar a perda da funo heptica. Com o uso em larga escala de medicamentos antirretrovirais, a doena heptica relacionada infeco pelo vrus da hepatite C (VHC) contribuiu para uma mudana radical na histria natural da infeco pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV). No se sabe ao certo o peso da coinfeco VHC/HIV no Brasil, mas evidncias apontam que independentemente da regio geogrfica, esses indivduos apresentam maiores dificuldades em eliminar o VHC aps o tratamento farmacolgico, quando comparados a monoinfectados. No mbito do SUS, o tratamento antiviral padro para portadores do gentipo 1 do VHC e do HIV a administrao de peguinterferon associado Ribavirina. Quanto ao perodo de tratamento e aos indivduos que devem ser includos, os dois protocolos teraputicos mais recentes possuem divergncias. A diretriz mais atual preconiza o tratamento de indivduos respondedores precoces somados a respondedores virolgicos lentos, enquanto a diretriz imediatamente anterior exclui na 12 semana indivduos que no respondem completamente. Com base nessa divergncia, esse estudo objetivou avaliar o custo-efetividade do tratamento contra o VHC em indivduos portadores do gentipo 1, coinfectados com o HIV, virgens de tratamento antiviral, no cirrticos e imunologicamente estabilizados, submetidos s regras de tratamento antiviral estabelecidos pelas duas mais recentes diretrizes teraputicas direcionadas ao atendimento pelo SUS. Para tal, foi elaborado um modelo matemtico de deciso, baseado em cadeias de Markov, que simulou a progresso da doena heptica mediante o tratamento e no tratamento. Foi acompanhada uma coorte hipottica de mil indivduos homens, maiores de 40 anos. Adotou-se a perspectiva do Sistema nico de Saúde, horizonte temporal de 30 anos e taxa de desconto de 5% para os custos e consequncias clnicas. A extenso do tratamento para respondedores lentos proporcionou incremento de 0,28 anos de vida ajustados por qualidade (QALY), de 7% de sobrevida e aumento de 60% no nmero de indivduos que eliminaram o VHC. Alm dos esperados benefcios em eficcia, a incluso de respondedores virolgicos lentos mostrou-se uma estratgia custo-efetiva ao alcanar um incremental de custo efetividade de R$ 44.171/QALY, valor abaixo do limiar de aceitabilidade proposto pela Organizao Mundial da Saúde OMS - (R$ 63.756,00/QALY). A anlise de sensibilidade demonstrou que as possveis incertezas contidas no modelo so incapazes de alterar o resultado final, evidenciando, assim, a robustez da anlise. A incluso de indivduos coinfectados VHC/HIV respondedores virolgicos lentos no protocolo de tratamento apresenta-se, do ponto de vista frmaco-econmico, como uma estratgia com relao de custoefetividade favorvel para o Sistema nico de Saúde. Sua adoo perfeitamente compatvel com a perspectiva do sistema, ao retornar melhores resultados em saúdeassociados a custos abaixo de um teto oramentrio aceitvel, e com o da sociedade, ao evitar em maior grau, complicaes e internaes quando comparado no incluso.

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O presente trabalho trata do enquadramento do aborto realizado pela mdia impressa brasileira no perodo eleitoral (2010) e suas implicaes como questo biotica. O objetivo foi identificar as matrizes de enquadramento do aborto nos veculos nacionais e regionais por meio de tcnicas mistas de levantamento e anlise de dados, na eleio presidencial de 2010, tendo como material para anlise as notcias veiculadas tanto na mdia impressa como eletrnica e aspectos bioticos associados. Os veculos que dominaram o enquadramento de notcias e a pauta sobre o aborto so provenientes do Sudeste, tendo contribudo com 80% (N = 453) das notcias publicadas. As autoridades que obtiveram voz eram na sua maioria homens (91%), e apenas 3 histrias de vida de mulheres relacionadas a aborto emergiram das notcias analisadas, colocando em evidncia o estigma relacionado ao aborto onde as mulheres so silenciadas. A contribuio relativa das autoridades na qualificao do debate do aborto, em 238 das notcias analisadas, foi de 23% de especialistas (cientistas polticos, juristas ou acadmicos), igual percentual (23%) de religiosos; sendo que a maior parte foi formado por polticos 52%. O enquadramento realizado pela maioria dos veculos favoreceu um vis moral e religioso, com o qual os candidatos eram confrontados durante a campanha. Esse vis, por sua vez, favoreceu grupos religiosos que se pretenderam como promotores do segundo turno da campanha presidencial, embora outras fossem as causas mais provveis como a candidatura de Marina Silva e as abstenes (18%). Os candidatos, pautados pelo enquadramento em que a tese conservadora, de cunho moral e religioso, foi majoritria (57%), mantiveram-se favorveis a ele, muitas vezes em detrimento da sua prpria biografia e, sobretudo, descartando os efeitos do aborto para a saúde pública, j estudados por pesquisas como a Pesquisa Nacional de Aborto. O enquadramento mostrou-se como um dispositivo de poder importante, quando se analisou a mdia impressa, pois nele se revela o poder de gerar cenrios, dar voz a atores e autoridades, e permitir ou no uma diversidade de argumentos que empoderem os indivduos a tomarem suas prprias decises, seja sobre que candidato eleger ou ainda sobre sua saúde, como no caso do aborto, auxiliando por sua vez na distribuio mais igualitria do poder. A prpria regulao da mdia na apresentao de temas que afetem a saúde pública deve ser almejada a fim de que se avance no debate, possibilitando a formao de contraenquadramentos. A biotica poderia atuar de modo sinrgico ao enquadramento, exigindo na composio deste cenrio, que os argumentos possuam atributos racionais e de razoabilidade, fomentadores de consensos, que, neste caso, tem implicaes na saúde da mulher que realiza o aborto, sendo por vezes, o diferencial entre sua vida e morte.

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O objetivo principal desta Dissertao foi avaliar as relaes entre a Violncia Fsica entre Parceiros ntimos (VFPI) e o estado nutricional em mulheres adultas. As informaes que subjazem a pesquisa originaram-se de um inqurito domiciliar realizado no Distrito de Campos Elseos, Municpio de Duque da Caxias, entre abril e novembro de 2010. A populao de estudo foi selecionada por meio de amostragem por conglomerados em trs estgios (setor censitrio, domiclio, indivduo) com tcnicas de amostragem inversa para a seleo dos domiclios. A amostra incluiu 625 mulheres com idade entre 20 e 59 anos, em que no perodo da entrevista relataram possuir algum relacionamento amoroso nos ltimos 12 meses e apresentaram critrios elegveis para a realizao da antropometria. As informaes foram obtidas por meio de entrevista com mulher utilizando-se um questionrio estruturado, contendo escalas previamente validadas, como a Revised Conflict Tatics Scales (CTS2) para a mensurao da VFPI e tambm por meio da aferio do peso e estatura para o clculo do IMC (kg/m2).Os resultados da dissertao so apresentados no artigo intitulado Violncia fsica entre parceiros ntimos: um fator de risco para o excesso de peso entre mulheres adultas?. As anlises sugerem que amostra estudada seja representativa de uma populao de baixa/mdia renda. A prevalncia de sobrepeso foi de 36,5% [IC95%: 30,9-42,1%], de obesidade 29,9% [IC95%: 23,3-36,4%] e 27,1% [IC95%: 19,6-34,7%] das mulheres relataram alguma forma de VFPI. Refutando a hiptese central desta dissertao, aps o controle das variveis escolaridade da mulher, idade, cor da pele, estado civil, gravidez anterior, mal uso de lcool pelo companheiro e apoio social, a ocorrncia de VFPI reduziu a probabilidade de sobrepeso (OR: 0,54; p-valor 0,093) e obesidade (OR: 0,35; p-valor 0,001), indicando que h uma tendncia ao menor peso entre as mulheres que referiram a VFPI nos ltimos doze meses. Estes resultados corroboram estudos anteriores que afirmam que tanto a violncia entre parceiros ntimos, como o excesso de peso, so importantes problemas de saúde pública no Brasil, merecendo ser prontamente enfrentados. Os achados sobre as repercusses da VFPI no estado nutricional obtidos nesta pesquisa vo na mesma direo de duas pesquisas que estudaram as consequncias do abuso fsico na ndia, mas divergem dos encontrados no Egito e nos EUA que no encontraram esta associao. Em funo da falta de consenso entre os achados e do reduzido nmero de estudos sobre o tema, sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas.

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H cerca de 20 anos, inicia-se no Brasil uma atividade de trabalho nas reas urbanas: o servio de motoboys, que vem se tornando comum na distribuio de produtos aos clientes. Em paralelo ao crescimento dessa atividade ocupacional, a quantidade de motociclistas que se acidentam grave ou fatalmente nas vias brasileiras est em pleno crescimento, razo pela qual os motoboys vm chamando ateno das autoridades de Saúde Pública. Tentando compreender as questes que esto na base e em torno desse fenmeno, inicia-se no pas um pequeno, mas consistente, conjunto de produes acadmicas sobre a profisso. Porm, ainda so poucos os estudos que procuram compreender a atividade de trabalho dos motoboys. Menos ainda, so os que investigam dimenses do coletivo produzidas pelos profissionais (tais como o coletivo de trabalho ou o gnero profissional), bem como seus efeitos na constituio de saberes, discursos, valores e estratgias de enfrentamentos aos diversos contraintes da atividade, em particular as dimenses do risco de acidentes de trabalho. Visando responder especificamente a essa questo, que se prope esse trabalho. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa exploratria em duas perspectivas metodolgicas: por um lado um levantamento quantitativo sobre diversos aspectos do trabalho dos motoboys, tais como o perfil do trabalhador, a organizao do trabalho e alguns efeitos no trabalhador; essa etapa se deu por meio da aplicao de 189 questionrios aplicados em uma amostra proporcional populao identificada de trabalhadores nos principais corredores virios do municpio de Vitria. Por outro lado, se empreendeu um estudo, baseado nos princpios da Ergologia e em diferentes abordagens clnicas do trabalho, especialmente a Clnica da Atividade e a Psicodinmica do Trabalho, por meio do qual se pretendeu realizar uma anlise da atividade de trabalho em parceria com os trabalhadores, procurando identificar as dimenses do coletivo que so produzidas por meio do trabalho, bem como os saberes e estratgias individuais e coletivas para lidar com as exigncias, as presses, as contradies e as eventualidades do cotidiano. Destaca-se, nessa etapa qualitativa, a realizao de uma aproximao etnogrfica dos trabalhadores e a utilizao das tcnicas da autoconfrontao e das instrues ao ssia, essas duas obtidas via Clnica da Atividade. Como resultado, observou-se a existncia de inmeros saberes produzidos e/ou partilhados pelo coletivo, tais como a avaliao dos servios, a gesto do tempo, o planejamento da rota, a mobilizao da rede solidria, a gesto das transgresses, os modos de conduzir, bem como as estratgias coletivas para lidar com o risco, dentre os quais se destacam a explorao positiva do risco e as estratgias baseadas na potncia da virilidade, a capacidade de antecipao, ou o cuidado na proteo de si por meio da sinalizao da presena do trabalhador em trnsito nas vias. Conclui-se, dessa anlise, a existncia de um coletivo de trabalho e, mais particularmente, de um gnero profissional em franca constituio. Este, em contrapartida, est eivado de inmeras contradies e embates que, potencialmente, podem estar atuando para o impedimento da manifestao desse coletivo de trabalho em toda a sua potncia

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Este estudo teve como objetivo analisar a sobrevida e fatores prognsticos para o cncer de mama feminino, com nfase no papel de variveis relacionadas aos servios de saúde. Foram analisadas 782 mulheres com cncer invasivo da mama e submetidas cirurgia curativa, que realizaram tratamento cirrgico e/ou terapia complementar no municpio de Juiz de Fora, Minas Gerais, com diagnstico da doena entre 1998 e 2000. O recrutamento dos casos foi efetuado a partir de busca ativa nos registros mdicos de todos os servios de saúde que prestam atendimento em oncologia na cidade. O seguimento foi realizado mediante retorno aos pronturios e complementado por busca no banco do Sistema de Informao sobre Mortalidade (SIM), contato telefnico e consulta de situao cadastral no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF). As principais variveis analisadas foram: cor da pele, idade ao diagnstico, tamanho do tumor, comprometimento de linfonodos, estadiamento, cidade de residncia e variveis relativas aos servios de saúde, entre outras. As funes de sobrevida foram calculadas por meio do mtodo de Kaplan-Meier. Foi utilizado o modelo de riscos proporcionais de Cox para avaliao dos fatores prognsticos. No primeiro artigo, foi observada taxa de sobrevida especfica em cinco anos de 80,9%, sendo identificados tamanho tumoral e comprometimento de linfonodos axilares como importantes fatores prognsticos associados de forma independente sobrevida pela doena na populao de estudo (HR=1,99, IC95%: 1,27-3,10 e HR=3,92, IC95%: 2,49-6,16, respectivamente). No segundo artigo, quando consideradas as variveis relativas aos servios de saúde, foi verificada pior sobrevida para as mulheres assistidas no servio pblico, embora com significncia limtrofe (p=0,05), e para aquelas que no tinham plano privado de saúde, apesar de no significativa (p=0,1). As funes de sobrevida no ajustadas e estratificadas por natureza do servio de saúde exibiram sobrevida mais desfavorvel para as mulheres no brancas e para os casos com nenhum ou menos de 10 linfonodos isolados somente no servio pblico, embora com significncias estatsticas apenas marginais (p=0,09 e p=0,07, respectivamente). Na anlise multivariada, foi observado maior risco de bito nas mulheres que no fizeram uso de hormonioterapia apenas para os casos assistidos no servio pblico (HR=1,56; IC95%: 1,01-2,41), independentemente do tamanho tumoral e do status ganglionar axilar. Tais achados sugerem desigualdades sociais e disparidades na preveno primria e secundria da doena na regio estudada, com desvantagem para o servio pblico de saúde, enfatizando a maior necessidade de esclarecimento sobre a doena, assim como de diagnstico e tratamento dos casos em estdios mais precoces. Destacou-se, ainda, o valor de se trabalhar com informaes produzidas pelos servios de saúde responsveis pela assistncia oncolgica no pas, possibilitando a caracterizao do perfil e da sobrevida das pacientes assistidas e fornecendo subsdios aos rgos competentes do setor saúde local para nortear a adoo de estratgias de preveno direcionadas ao controle da doena na populao avaliada.

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Este trabalho tem como objeto as estratgias de construo de sustentabilidade do Projeto Saúde Todo Dia, no SUS de Aracaju - SE. As dimenses estudadas foram o Projeto de Saúde Municipal, a Poltica de Educao Permanente, o SAMU e a Poltica de Saúde Mental, no perodo de 2001 a meados de 2008. A abordagem do objeto se deu atravs de entrevistas semi-estruturadas com membros das trs gestes da saúde no perodo, ligados s quatro dimenses descritas. Observaram-se diferentes trajetrias nas dimenses estudadas ao longo as gestes, com continuidades e descontinuidades, a partir das quais se construram eixos de anlise baseados nas Relaes entre Poltica de Saúde e Dinmica da Poltica Municipal, nas Lgicas e Modos de Operar da Gesto Formal, na Articulao entre Projeto Setorial e sociedade Civil e em Perspectivas de Sustentabilidade. Adotando como referncia o conceito de Sustentabilidade Instituinte, produzido no decorrer do trabalho, concluiu-se que no Projeto Saúde Todo Dia foram produzidas inmeras inovaes nos modelos de ateno e de gesto, desencadeadas algumas estratgias de construo de sustentabilidade, em sua maioria de elementos estruturados, sendo mais limitadas, porm, as iniciativas de construo micropoltica junto aos trabalhadores e usurios, bem como as tentativas de constituio de redes de coletivos e de movimentos junto a estes segmentos.