998 resultados para Resistência à insulina Teses
Resumo:
Ovinos so mais resistentes intoxicao por Senecio spp. que bovinos e equinos. Para determinar se essa resistência induzida pela ingesto de pequenas e repetidas doses da planta e se essa resistência duradoura, foram realizados trs experimentos com folhas e talos verdes de Senecio brasilienses. Para determinar a dose mnima que causa intoxicao aguda (experimento 1), foram administradas doses nicas de 60, 80, 90, 100 e 100g/kg de peso corporal (pc) a cinco ovinos, respectivamente. Os animais que receberam 60 e 80 g/kg de pc de S. brasiliensis no adoeceram, porm o ovino que recebeu 80g/kg de pc apresentava fibrose e megalocitose discretas nas bipsias realizadas aos 90, 120 e 150 dias do trmino da administrao da planta. Os ovinos que receberam 90 e 100g/kg de pc apresentaram anorexia, prostrao, movimentos de pedalagem, dor abdominal e morte 12-48 horas aps o aparecimento dos sinais clnicos. Na necropsia havia ascite, petquias disseminadas e acentuao do padro lobular heptico. Histologicamente havia necrose hemorrgica centro-lobular. No Experimento 2 a dose capaz de causar a intoxicao aguda foi fracionada e administrada em duas, cinco e 10 doses dirias para 3 ovinos, respectivamente. A dose txica fracionada no provocou sinais clnicos de intoxicao em nenhum dos ovinos, porm havia fibrose periportal e megalocitose moderadas nas biopsias realizadas aos 60 dias do trmino da administrao da planta, as quais no evoluram. O ovino que recebeu a dose fracionada em 10 administraes no apresentou leses histolgicas nas bipsias. Para determinar se os ovinos tornam-se resistentes forma aguda da intoxicao (experimento 3), foram administradas doses dirias de 15g/kg de pc por 30 dias e 30g/kg de pc por 10 dias a quatro ovinos. No dia seguinte ltima administrao dois ovinos receberam a dose nica de 100g/kg de pc de S. brasiliensis, mas no adoeceram nem apresentaram leses em bipsias realizadas 15 e 30 dias aps o desafio. Entretanto, dois ovinos que receberam essa dose, 15 e 45 dias aps a ltima administrao da planta, respectivamente, apresentaram anorexia, dor abdominal, movimentos de pedalagem e morreram 12 horas aps o incio dos sinais clnicos. As leses macro e microscpicas eram semelhantes s observadas nos ovinos do Experimento 1. Os resultados do presente trabalho demonstraram que, experimentalmente, ovinos intoxicam-se de forma aguda com doses nicas de 90-100g/kg de pc, mas so capazes de suportar essas doses aps a ingesto contnua de pequenas quantidades da planta, no entanto, essa suposta resistência perdida se os ovinos deixam de ingerir a mesma. Pode-se sugerir tambm que a intoxicao aguda natural, provavelmente, no ocorre devido improbabilidade de ingesto, por um ovino, da quantidade necessria de planta em um perodo curto de tempo.
Resumo:
A colibacilose, causada por Escherichia coli, a enfermidade entrica de maior impacto na produo de sunos, podendo levar morte do animal. Esta bactria possui grande capacidade de desenvolver resistência a mltiplos antimicrobianos e a desinfetantes. Desta forma, estudos que abordem mecanismos de resistência e perfil de amostras de campo tornam-se necessrios. E. coli amplamente utilizada como modelo de estudos que exploram a resistência intrnseca e extrnseca a multidrogas. Neste trabalho, buscou-se verificar o perfil de sensibilidade de 62 isolados de E. coli de sunos frente a trs desinfetantes e a 13 antimicrobianos. Ainda, em 31 destes isolados foi pesquisada a presena de mecanismo de efluxo. Dos trs desinfetantes avaliados, o cloreto de alquil dimetil benzil amnio+poliexietilenonilfenileter foi o que se mostrou mais eficaz (100%), seguido do glutaraldedo+cloreto de alquil dimetil benzil amnio (95,2%) e do cloreto de alquil dimetil benzil amnio (88,8%). Dentre os antimicrobianos testados, observou-se maior resistência para a tetraciclina (62,2%) e maior sensibilidade para o florfenicol (88,6%). A alta sensibilidade dos isolados frente aos desinfetantes pode estar relacionada ausncia de mecanismo de efluxo. O ndice de resistência mltipla mdio aos antimicrobianos foi de 0,52, o que demonstra um perfil multirresistente dos isolados, conduzindo para a necessidade do uso racional destas drogas em suinocultura.
Resumo:
No presente estudo, objetivou-se avaliar a sussuscetibilidade aos principais antimicrobianos e realizar uma caracterizao fenotpica e genotpica de isolados de Staphylococcus spp. obtidos de casos de mastite em vacas (n=30) e bfalas (n=30). A suscetibilidade foi avaliada pela tcnica de disco-difuso e a presena de bomba de efluxo foi avaliada utilizando-se gar Mueller Hinton (MH) adicionado de brometo de etdeo e pesquisa do gene msrA. Pela tcnica da Reao em Cadeia da Polimerase (PCR) ainda foram identificados os genes mecA, blaZ e ermA, B e C, que posteriormente foram associados com os mtodos fenotpicos para a identificao de resistência a antimicrobianos. A caracterizao da formao de biofilme foi realizada utilizandose os mtodos gar Vermelho Congo (CRA), Aderncia em Placa e a identificao do gene icaD. Pelo mtodo de discodifuso, os Staphylococcus spp. apresentaram alta sensibilidade aos antimicrobianos. O ndice de resistência mltipla aos antimicrobianos (IRMA) apresentou variao de 0 a 0,5. Na pesquisa de bomba de efluxo, 26,7% das amostras foram positivas ao mtodo fenotpico e 6,7% ao mtodo genotpico (gene msrA). Os genes erm, mecA e blaZ foram detectados, respectivamente, em 1,7%, 6,7% e 11,7% das amostras de Staphylococcus spp. Na produo de biofilme, 23,3% dos isolados foram considerados positivos no CRA, 50,0% na Aderncia em Placas e 8,3% na PCR pela deteco do gene icaD. Observou-se que os isolados obtidos de amostras bovinas apresentaram uma menor sensibilidade aos antimicrobianos no teste de disco-difuso quando comparados com as amostras bubalinas. A caracterizao destes isolados importante para orientar uma antibioticoterapia bem planejada. A presena de biofilme nos isolados pode estar associada a outros fatores que no a resistência s drogas antimicrobianas.
Resumo:
Simarouba versicolor uma rvore semidecdua pertencente famlia Simaroubaceae. Um surto de intoxicao por S. versicolor em bovinos por brotos da planta presente no pasto em Mato Grosso do Sul e sua reproduo experimental foram descritos. Esse estudo teve por objetivos verificar experimentalmente se os ovinos podem ser utilizados como modelo clnico-patolgico no estudo da intoxicao por Simarouba versicolor St. Hil. (fam. Simaroubaceae), determinar se h induo de resistência pela ingesto de pequenas e repetidas doses e, se a planta mantm sua toxicidade quando dessecada. Foram realizados dois experimentos, sendo o primeiro com folhas verdes ou folhas dessecadas e trituradas de S. versicolor em doses nicas de 5g/kg, 5g/kg e 3g/kg a trs ovinos (Ovino 1, 2 e 3 respectivamente). O experimento 2, foi realizado com diferentes doses dirias de folhas dessecadas e trituradas de S. versicolor em quatro ovinos que receberam 1,5g/kg, 0,75g/kg, 0,6g/kg e 0,3g/kg e, com um ovino que recebeu 3g/kg como controle positivo (Ovino 4). A administrao foi suspensa quando os ovinos apresentaram sinais clnicos da intoxicao. Aps doze dias de recuperao, os animais sobreviventes foram desafiados com a mesma dose diria da planta ingerida anteriormente para avaliar o desenvolvimento de resistência. Os sinais clnicos observados nos dois experimentos caracterizaram-se por anorexia, mucosas oculares congestas, polidipsia, sialorreia, fezes pastosas que evoluram para diarreia lquida ftida esverdeada, decbito lateral e morte para os Ovinos 1 a 7. As principais leses histolgicas observadas foram necrose do tecido linfoide (linfonodos, bao, placas de Peyer) e enterite necrosante. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que os ovinos podem ser utilizados como modelo experimental clnico-patolgico na intoxicao por S. versicolor. Com o mtodo utilizado, no houve resistência ao consumo dirio de folhas da planta pelos ovinos e, as folhas mantiveram sua toxicidade quando dessecadas.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi realizar o isolamento e analisar o perfil de resistência antimicrobiana de Enterococcus de carcaas de frango resfriadas e congeladas comercializadas no Distrito Federal, detectando genes de resistência antimicrobiana e identificando as espcies Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium por reao polimerase em cadeia. Foram analisadas 100 carcaas de frangos, das quais foram isoladas 50 cepas de Enterococcus spp., sendo 42% de E. faecalis e 2% de E. faecium. O teste de susceptibilidade antimicrobiana demonstrou que todas as cepas isoladas apresentaram resistência a pelo menos um antimicrobiano, dos quais 90,47% das cepas de E. faecalis, 100% das cepas de E. Faecium e 82,14% dos Enterococcus spp. apresentaram resistência Tetraciclina; 80,95% das cepas de E. faecalis e 35,71% das cepas de Enterococcus spp. foram resistentes Eritromicina; 39,28% dos Enterococcus spp. e 23,80% dos E. faecalis Ciprofloxacina e 28,57% dos E. faecalis apresentaram resistência ao Cloranfenicol. Foram detectados os genes de resistência antimicrobiana erm(B), vanC-1, aph(3')-llla, ant(6)-la, vanB, vanA, aac(6')-le-aph(2'')-la, erm(A) e tet(M) - este ltimo mais frequente. Estes resultados sugerem srios problemas para a Sade Pblica, uma vez que esses microrganismos podem possuir a capacidade de transmitir genes de resistência antimicrobiana para outros microrganismos presentes na microbiota intestinal de humanos e animais, podendo inviabilizar o uso destas drogas para tratamentos clnicos.
Resumo:
Com o objetivo de comprovar se doses no txicas repetidas de Palicourea aeneofusca (Mll. Arg.) Standl. criam resistência intoxicao, 12 caprinos foram distribudos aleatoriamente em dois grupos experimentais de seis animais cada. No Grupo 1 foi induzida resistência mediante a administrao, durante quatro perodos alternados, de 0,02g/kg das folhas dessecadas de P. aeneofusca durante 5 dias, 0,02g/kg durante 5 dias, 0,03g/kg durante 5 dias e 0,03g/kg por mais 5 dias. Entre o primeiro e o segundo perodo de administrao e entre o segundo e o terceiro perodo os animais no receberam planta por 10 dias consecutivos e entre o terceiro e quarto perodo de administrao os animais permaneceram 15 dias sem ingerir a planta. Um caprino morreu subitamente quando estava recebendo 0,03 g/kg da planta, no terceiro perodo de administrao. O Grupo 2 no foi adaptado ao consumo de P. aeneofusca. Quinze dias aps a adaptao ao consumo de P. aeneofusca do Grupo 1, os dois grupos receberam P. aeneofusca na dose diria de 0,03g/kg durante 19 dias. A partir do 20 dia de administrao continuada a dose diria de P. aeneofusca foi aumentada para 0,04g/kg. Esta dose foi administrada por mais 12 dias. Os animais que mostraram sinais clnicos foram retirados do experimento imediatamente aps a observao dos primeiros sinais. Um caprino do Grupo 2 apresentou sinais clnicos de intoxicao e morreu no 12 dia de administrao e dois apresentaram sinais clnicos no 24 dia; um se recuperou e outro morreu. Aps finalizada esta fase do experimento e para comprovar se os caprinos que no tinham adoecido no Grupo 2 tinham tambm adquirido resistência, foi introduzido outro grupo com trs caprinos. Esses trs caprinos (Grupo 3), os cinco caprinos do Grupo 1 e os trs sobreviventes do Grupo 2, ingeriram uma dose diria de 0,06g/kg. Os trs caprinos do Grupo 3 adoeceram no terceiro dia aps o incio da ingesto, dois morreram em forma hiperaguda e o outro recuperou-se aps 10 dias. Todos os caprinos dos Grupos 1 e 2 ingeriram P. aeneofusca na dose de 0,06g/kg/dia durante nove dias sem apresentar nenhum sinal clnico. Os resultados deste trabalho demonstram que a administrao de doses no txicas repetidas de P. aeneofusca aumentam significativamente resistência intoxicao e que esta tcnica poderia ser utilizada para o controle da intoxicao por P. aeneofusca e outras espcies de Palicourea com similar toxicidade. Os resultados de pesquisas anteriormente realizados sugerem que a resistência intoxicao por plantas que contm MFA devida a proliferao de bactrias que degradam MFA no rmen.
Resumo:
A caprinocultura muito importante para a economia do semirido nordestino; no entanto a alta frequncia das parasitoses gastrintestinais e o aumento da resistência parasitria ameaam gravemente essa atividade. Nesta reviso so discutidos vrios aspectos importantes para o controle das parasitoses gastrintestinais de caprinos, incluindo: 1) as diferenas entre caprinos e ovinos; 2) aspectos epidemiolgicos importantes a serem levados em considerao para o controle; e 3) tecnologias a serem utilizadas para realizar o controle das parasitoses gastrintestinais em forma integrada e diminuir a frequncia de resistência anti-helmntica.
Resumo:
O presente estudo teve por objetivo avaliar a influncia do exerccio fsico de intensidade submxima sobre as concentraes sricas de aspartato aminotransferase (AST), creatinoquinase (CK) e lactato-desidrogenase (LDH) em muares durante prova de enduro de 100 km realizada no estado do Esprito Santo. Para tal foram obtidas amostras de soro de 20 muares em trs momentos assim definidos: no repouso (T0); aps 54 km de percurso (T1); aps 80 km de percurso (T2); e aps 100 km de percurso (T3). As referidas amostras foram encaminhadas ao Laboratrio Clnico Veterinrio (CEMEVES) para processamento. Na avaliao da atividade srica de AST, os valores mdios registrados nos momentos T0, T1, T2 e T3 foram, respectivamente, de 341,773,9 UI/L, 403,178,4 UI/L, 410,570,5 UI/L e 426,566,7 UI/L. Na avaliao da atividade srica da LDH, os valores mdios registrados foram de 423,1101,8 UI/L, 534,4131,8 UI/L, 628,5100,6 UI/L e 823,4273,2 UI/L, respectivamente, nos momentos T0, T1, T2 e T3. Por fim, na avaliao da atividade srica da CK os valores de mediana foram de 231,3 UI/L, 310,6 UI/L, 253,2 UI/L e 476,0 UI/L, respectivamente nos momentos T0, T1, T2 e T3. A anlise dos resultados demonstrou que o exerccio fsico imposto levou ao aumento significativo das atividades sricas de AST e LDH e no alterou as concentraes sricas de CK.
Resumo:
A seleo e a crescente disseminao de nematoides resistentes aos anti-helmnticos mais comumente utilizados, benzimidazis (BZs), imidazotiazis e lactonas macrocclicas (LMs), constituem um srio entrave na produo de pequenos ruminantes em todo o mundo. O uso de mtodos eficientes e sensveis para a deteco e o monitoramento da resistência anti-helmntica no campo torna-se urgente, especialmente para os grupos de BZs e LMs, devido aos constantes relatos de resistência. A obteno de um diagnstico preciso e precoce da resistência extremamente importante para auxiliar a tomada de deciso em programas de controle parasitrio, com o objetivo de preservar a vida til dos produtos e limitar o desenvolvimento da resistência nas populaes de nematoides. Os testes in vivo e, mais recentemente, os testes in vitro tm sido desenvolvidos para a deteco de nematoides resistentes aos principais grupos de anti-helmnticos. No entanto, a disponibilidade de testes in vitro validados e o seu uso prtico ainda so muito limitados. Embora o teste de reduo na contagem de ovos nas fezes (TRCOF, in vivo - indireto) seja o principal mtodo de escolha para a deteco de resistência no campo, vem recebendo crticas quanto validade dos resultados, e passa por significativas modificaes. Alm disso, o desenvolvimento de tcnicas moleculares a partir de alteraes genmicas gerou avanos considerveis nessa rea de investigao, com o uso de mutaes nos cdons 167, 198 e 200 do gene da β-tubulina como principais SNPs (polimorfismos de nucleotdeo nico; do ingls Single Nucleotide Polymorphisms) associados resistência aos BZs. A presente reviso tem o objetivo de discutir os mtodos de diagnstico disponveis para a deteco de resistência anti-helmntica em nematoides de pequenos ruminantes, destacando progressos e obstculos para seu uso na rotina laboratorial e no campo.
Resumo:
As infeces bacterianas do trato urinrio (ITUs) so causa comum de doena em ces, gatos e humanos. Embora bactrias Gram positivas como Staphylococcus spp., Streptococcus spp. e Enterococcus spp., possam ocasionar ITUs, as bactrias Gram negativas (Escherichia coli, Proteus spp., Klebsiella spp., Pseudomonas spp. e Enterobacter spp.) respondem por 75% dos casos. Este estudo teve como objetivo determinar a frequncia de diferentes gneros de bactrias em ITUs em ces e gatos, bem como a sua sensibilidade aos antimicrobianos utilizados na rotina clnica. Portanto, amostras de urina de 100 ces e gatos com sinais de ITU foram coletadas assepticamente, sofrendo avaliao microbiolgica por meio de mtodos qualitativos e quantitativos, alm de urinlise. Todos os isolados foram submetidos a testes de sensibilidade aos antimicrobianos. ITU foi confirmada em 74% dos animais, no havendo predominncia quanto ao sexo. No que diz respeito idade, 85% dos ces e 87% dos gatos tinham idades superiores a seis anos. Noventa e cinco cepas bacterianas foram isoladas, com maior frequncia de Escherichia coli (55% do total) dos sorogrupos O6 e O2. Constatou-se nveis elevados de resistência a antimicrobianos nas cepas isoladas. Para as cepas Gram positivas, tetraciclina (46,1%), enrofloxacina, cotrimazol e estreptomicina (42,3% cada) foram as drogas com os maiores ndices de resistência. Para as Gram negativas, amoxacilina e tetraciclina apresentaram percentuais acima de 50%. Multiresistência foi verificada em mais de 50% dos principais gneros isolados. Considerando-se que as cepas de E. coli apresentam potencial zoontico e forte participao na disseminao de resistência aos antimicrobianos, ressalta-se a importncia do papel do mdico veterinrio na preveno e controle das ITUs animais e sua contribuio para a sade pblica.
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Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a resistência aos ectoparasitas em bovinos jovens da raa Crioula Lageana e meio-sangue Angus em condies naturais. Foram utilizados 10 machos castrados em cada grupo, recm desmamados (6-8 meses) e mantidos sob as mesmas condies de manejo, em pastagens cultivadas de inverno e vero, no municpio de Monte Castelo - SC, sofrendo infestao natural por ectoparasitas. A cada 28 dias, fmeas de carrapatos (Rhipicephalus (Boophilus) microplus) com tamanho acima de 4 mm foram quantificadas nos dois lados do corpo de cada animal, bem como os ndulos com larvas de Dermatobia hominis. A espessura da capa do pelame foi tambm avaliada a cada coleta e os animais foram classificados quanto colorao do pelame. Os animais da raa Crioula Lageana foram mais resistentes s infestaes por D. hominis e R. microplus. No houve diferena entre a disposio de carrapatos e bernes conforme os lados direito e esquerdo dos animais. Os animais de pelagem escura albergaram a maior porcentagem de ectoparasitas nos grupos avaliados.
Resumo:
No Brasil, estima-se que as intoxicações por plantas tóxicas que contém monofluoroacetato de sódio (MFA) causam a morte de aproximadamente 500.000 bovinosao ano. A inoculação ruminal de bactérias que degradam MFA tem sido proposta como uma forma de prevenir a intoxicação. O presente trabalho teve como objetivo avaliar, em caprinos, a resistência ao MFA presente em Amorimia septentrionalis, induzida por inoculação ruminal das bactérias Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus. Doze caprinos, que nunca tiveram contato prévio com plantas que contêm MFA, foram divididos em dois grupos, com seis animais cada. No grupo 1, 60 mL de uma mistura das duas bactérias foi inoculada, diariamente, durante 10 dias em cada caprino. No grupo 2, os caprinos não receberam as bactérias. A partir do 10º dia de inoculação, A. septentrionalis foi administrada, diariamente, na dose de 5g/kg de peso vivo, sendo interrompida em cada animal após a observação dos primeiros sinais clínicos da intoxicação. Os caprinos do grupo 1 apresentaram sinais clínicos 5,83±2,56 dias após a administração da planta o que diferiu significativamente (p=0,037) dos caprinos do grupo 2, que apresentaram sinais clínicos aos 2,67±0,52 dias. A quantidade de planta ingerida pelos caprinos inoculados (28,83±12,97g/kg) e os não inoculados (12,03±3,65g/kg) para desencadear os sinais clínicos foi, também, estatisticamente diferente entre os grupos (p=0,025). Conclui-se que a administração intraruminal de Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus induz resistência à intoxicação por plantas que contêm MFA.
Resumo:
Este estudo verificou o perfil de resistência aos antimicrobianos entre isolados de Escherichia coli de frangos de corte de criação intensiva e de subsistência e dos respectivos tratadores e a similaridade genotípica entre isolados de E.coli de frangos de corte de criação intensiva e isolados de E. coli de tratadores de frangos de criação intensiva pela técnica de Eletroforese em Gel de Campo Pulsado (PFGE). 60 amostras de fezes de frangos de criação intensiva, 60 de frangos de corte de criação de subsistência (caipira) e 20 amostras dos tratadores de frangos de criação intensiva e 20 de tratadores de frangos de criação de subsistência. E. coli foram isoladas, identificadas e submetidas ao teste de suscetibilidade a 12 antimicrobianos. Pela PFGE foram analisados 24 isolados de E. coli de frangos de corte de criação intensiva e oito de tratadores. Em isolados E. coli de frangos de criação intensiva a resistência para a ampicilina foi de 100%, cefotaxima 43%, ceftriaxona 48%, ácido nalidíxico 62%, enrofloxacina 23%, ciprofloxacina 23%, tetraciclina 83% e 45% para trimetoprim-sulfametoxazol. Nos isolados de frangos de criação de subsistência foi de 20%, 0%, 0%, 5%, 2%, 4%, 33% e 8%, respectivamente. Resistência à fosfomicina e à nitrofurantoína foi encontrada em isolados de frangos de criação de subsistência. Em isolados de E. coli de tratadores de frangos de corte de criação intensiva a resistência para ampicilina foi de 60%, para ciprofloxacina 25% e para tetraciclina 45%, enquanto nos tratadores de subsistência foram de 20%, 5% e 30%, respectivamente. Isolados de E. coli de frangos em criação de subsistência apresentaram 46,6%(28/60) de suscetibilidade a todos os antimicrobianos testados enquanto que na criação intensiva 81%(49/60) foram multirresistentes. Sete clusters de isolados de E. coli de frangos de diferentes aviários apresentaram similaridade acima de 80%, e dois destes foram superiores a 95%. Três clusters de isolados de frangos e de tratadores apresentaram similaridade superior a 80%. Somente um destes clusters foi de isolado de tratador e de frango do mesmo aviário.
Resumo:
Resumo Estudos tm revelado que a resistência s quinolonas em cepas de Campylobacter est relacionada presena da mutao Treonina-86 para Isoleucina. Com o objetivo de investigar a presena dessa mutao em cepas de Campylobacter sensveis e resistentes ciprofloxacina e enrofloxacina, o contedo cecal de 80 frangos de corte de criao orgnica, abatidos sob Servio de Inspeo Estadual (S.I.E.) do Estado do Rio de Janeiro, foram coletados e investigados para a presena de Campylobacter. A determinao da resistência ciprofloxacina e enrofloxacina foi feita pela tcnica de difuso em disco e de diluio em gar para determinao da Concentrao Inibitria Mnima (CIM). A deteco da mutao na Regio Determinante de Resistencia s Quinolonas (RDRQ) no gene gyrA foi realizada atravs de sequenciamento. Campylobacter foi isolado a partir de 100% das amostras avaliadas, sendo 68,75% correspondente C. jejuni e 31,25% C. coli. No teste de difuso em disco, 100% das cepas foram resistentes ciprofloxacina e 56,25% das cepas foram resistentes enrofloxacina. No teste de diluio em gar, todas as cepas foram resistentes ciprofloxacina apresentando CIM variando de ≥ 16-64μg/mL, e resistência ou resistência intermediaria enrofloxacina foi detectada em 42,50% (CIM ≥ 4-32μg/mL) e 38,75% (CIM = 2μg/mL) das cepas, respectivamente. A mutao Tre-86-Ile, foi observada em 100% das cepas analisadas. Alm dessa mutao, foram observadas outras mutaes no silenciosas (Val-73-Glu, Ser-114-Leu, Val-88-Asp, Ala-75-Asp, Ser-119-Gli, Arg-79-Lis) e mutaes silenciosas (His-81-His, Ser-119-Ser, Ala-120-Ala, Fen-99-Fen, Ala-122-Ala, Gli-74-Gli, Ile-77-Ile, Ala-91-Ala, Leu-92-Leu, Val-93-Val, Ile-106-Ile, Tre-107-Tre, Gli-113-Gli, Ile-115-Ile, Gli-110-Gli). A observao de que cepas sensveis enrofloxacina pelos testes fenotpicos apresentavam a substituio Tre-86 para Ile sugere que outros mecanismos podem contribuir para a resistência enrofloxacina em Campylobacter.
Resumo:
Resumo A utilizao de anti-helmnticos por longos perodos como principal medida de controle das parasitoses gastrintestinais de ruminantes levou a ineficcia aos levamisol, benzimidazis e avermectinas. Este estudo descreve a atividade anti-helmntica in vivo em populaes naturais de nematoides trichostrongildeos de caprinos. Foram selecionados 18 rebanhos provenientes dos biomas Caatinga (n=12) e Mata Atlntica (n=6), do Estado da Bahia, Brasil, criados em pastagens comunais em regio semirida. Grupos de oito a 10 animais foram tratados com albendazol (ABZ), ivermectina (IVM), levamisol (LEV), moxidectina (MOX) e closantel (CLOS). Os resultados do Teste de Reduo da Contagem de Ovos nas Fezes indicaram resistência simultnea dos gneros Haemonchus sp. e Trichostrongylus spp. para o ABZ, IVM, LEV, MOX e CLOS. As percentagens de eficcia variaram de 0-92%, 0-75%, 0-91%, 69-97% e 0-85% para o ABZ, IVM, LEV, MXD e CLOS, respectivamente, no bioma Caatinga e 0-59% para o ABZ e 9-59% para o IVM no bioma Mata Atlntica. Verificou-se nos rebanhos eficcia inferior a 95% para estes anti-helmnticos, com exceo de um nico rebanho no qual a eficcia para MOX foi de 97%, o que sugere a presena de NGIs resistentes aos principais classes de anti-helmnticos em rebanhos caprinos destes biomas.