998 resultados para Museu Nacional (Brasil) História 1818-1935
Resumo:
O presente trabalho visa analisar o processo de patrimonializao da Unio Nacional dos Estudantes, promovido na articulao de memria e reparao, mobilizando elementos do passado da instituio, especialmente os eventos ocorridos no antigo prdio de sua sede, no presente momento conhecido como terreno da UNE, na Praia do Flamengo, 132. Tem como objetivo entender como os militantes, no quadro geral de busca por reverter um processo de esvaziamento de capital poltico da instituio, promovem a reconverso de seu capital simblico, mais amplo, em capital poltico, mais especfico, potencializando-a novamente no campo poltico. Decorrente disso se identifica um processo a que foi nomeado patrimonializao da UNE, ou seja, a ao de reconhec-la como elemento pertencente retrica do patrimnio cultural brasileiro. Buscou-se adotar uma abordagem diacrnica e sincrnica. No primeiro momento, foi preciso dar conta das aes da entidade estudantil, que tiveram lugar no "prdio da UNE", ao longo do tempo para, posteriormente, perscrutar as maneiras como estes atos do passado foram recuperados e instrumentalizados no jogo poltico do presente. Foram analisados, primeiramente, os atos legais que envolveram o prdio/terreno, a fim de reconstruir uma história para a atuao da UNE naquele espao. A partir desta se procurou entender os usos deste passado pelos agentes do presente, promovidos por meio da realizao de projetos culturais e do processo de elaborao e instituio da Lei 12.260/2010, que reconhece a responsabilidade do Estado pelos atos ocorridos no prdio da Praia do Flamengo durante o regime militar e indeniza a instituio como forma de reparao. Assim, na imbricao dos campos da poltica e da cultura que se desenvolve o processo que neste trabalho se procurou investigar.
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Este trabalho analisa as iniciativas brasileiras de integrao energtica com a Venezuela (petrleo), Bolvia (gs natural), Argentina e Paraguai (hidreltricas). O perodo considerado corresponde a quinze anos (1988-2002). Embora a gnese dos Acordos, que permitiram esses processos de integrao, seja anterior a esse perodo especfico, interessa-nos compreender o que representa a integrao energtica nos marcos atuais da poltica externa brasileira para a Amrica do Sul. A hiptese de trabalho, que orientou a pesquisa realizada, deriva da Teoria Realista da Economia Poltica Internacional, na verso proposta por Robert Gilpin (2001). Basicamente, esta hiptese estrutura-se na afirmao de que os pases tomam decises (sobre o nvel de integrao econmica com seus vizinhos) tendo em conta as consideraes de poder poltico, tanto ou mais do que motivados pela busca de vantagens comparativas resultantes da especializao. O teste da presente hiptese foi realizado em duas etapas sucessivas: em primeiro lugar, foram analisadas a matriz energtica brasileira e a racionalidade econmica dos Acordos de integrao energtica do ponto de vista das necessidades do desenvolvimento econmico brasileiro; em seguida foram analisados os processos de negociao dos Acordos propriamente ditos, contrastado-os e comparando-os com o discurso diplomtico brasileiro sobre a nova liderana na Amrica do Sul. A recuperao histrica da lgica subjacente de cada processo integrador permitiu verificar at que ponto os objetivos polticos de consolidao da liderana brasileira foram favorecidos, sendo possvel concluir que esses trs processos em questo foram teis para o projeto de liderana do Brasil no mbito sul-americano, tanto do ponto de vista econmico, quanto do poltico.
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A transnacionalizao de empresas vem ocorrendo no Brasil h mais de quarenta anos, sendo que a partir dos anos 90 nota-se um esforo estatal de atrao do capital estrangeiro para a economia nacional. Uma das repercusses que a transnacionalizao tem para uma empresa a necessidade de expatriar empregados que cuidem da instalao e, posteriormente, da administrao da filial. A partir do mesmo perodo histrico nota-se o surgimento de normas especficas que disciplinam a concesso de vistos especificamente para estrangeiros que venham ao Brasil exercer cargos de gesto nestas empresas. Ao mesmo tempo, a legislao sobre imigrao tem como princpio a proteo da mo-de-obra nacional, permitindo apenas o ingresso de mo-de-obra estrangeira quando esta for qualificada e inexistente (ou escassa) no Brasil. O presente trabalho se presta a investigar como ocorre a conciliao entre estas duas coisas aparentemente opostas, em favor do desenvolvimento nacional.
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EI presente trabajo se encamina a investigar el proceso evolutivo de las actuales Universidades tanto Hispanas como Portuguesas y llegar a otro proceso histrico en sus respectivas colonias en Amrica, hasta llegar a las que son actualmente. Esto lleva necesariamente a un anlisis - histrico - crtico dei desarrollo de estas instituciones cuyo desempefio sui gneris es intervenida por una serie de medidas administrativas cuyo origen es, en unos casos, de earcter cstrictamente administrativo. y cn otros, teniendo como [uenLe los criterios poltico-partidarios. Es as que se pretende con el trabajo buscar qu o cules son las decisiones con ingerencia poltico-partidarias y cules las que son netamente administrativas, adems, de que si estas decisiones son individuales o colectivas. Por tanto, se ha querido realizar una comparacin cn lo que se refiere a Proceso Decisoriu entre la Universidad Federal de Rio de Janeiro-Brasil y la Universidad Nacional San Antonio AbadPer, indudablemente una de las ms importantes en cada uno de estas pases. Finalmente. luego deI anlisis critico, se presenta un aporte eon la inclusi6n de un esquema de Poltica Universitaria.
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Exploramos neste trabalho o desenvolvimento e a ascenso da funo de polcia poltica da capital federal do Brasil, aqui compreendida como um mecanismo de proteo e manuteno do poder do Estado. Tomando por base as dcadas de 1920 e 1930, procuramos investigar duas hipteses. Primeiro, que nessa primeira dcada, o exerccio de polcia poltica, a cargo da 4. Delegacia Auxiliar, pode ser tomado como o incio do aperfeioamento da funo. Segundo que o decnio seguinte, ao ser marcado em seus primeiros anos por um processo de democratizao das instituies brasileiras - que culmina com promulgao da Carta Constitucional de 1934, nos instiga indagao sobre a necessidade do Estado contar oficialmente, a partir de 1933, com um rgo para o exerccio exclusivo da funo de polcia poltica. A anlise contempla, a partir da legislao sobre reorganizao dos servios policiais e da represso social e poltica, bem como acerca dos documentos produzidos pela polcia poltica, a relao entre o desenvolvimento desses rgos e os eventos sociais e polticos no contexto nacional e internacional. Os pressupostos que nortearam o desenvolvimento dos rgos de polcia poltica nas dcadas enfocadas, sugerem que a relao de exclusividade entre os mesmos e os regimes autoritrios deve ser problematizada, ainda que, ao longo da história, grande parte dos governos de matriz autoritria ou totalitria tenha desenvolvido rgos de polcia poltica que exerceram um papel proeminente na estrutura de segurana do Estado. Longe, contudo, de esgotar a discusso, buscamos oferecer elementos adicionais para o entendimento sobre a necessidade de o Estado manter uma polcia voltada produo de informaes visando ao acompanhamento de certos eventos sociais e polticos.
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O objetivo principal desse estudo foi o de verificar como se processou a influncia norte-americana no sistema contbil do Brasil. Baseados na anlise do estudo da American Accounting Association, dos documentos dos acordos MEC/USAID, para a modernizao da Administrao da Universidade Brasileira e para criao dos cursos de ps-graduao ligados rea econmica, e dos fatos que concorreram para a elaborao e promulgao da Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976, Lei das Sociedades por Aes, constatamos a grande relao da contabilidade enquanto instrumento de apoio evoluo econmica em nosso Pas. No Brasil, a influncia americana foi de grande importncia ao propiciar condies financeiras e culturais para a criao das bases para a concretizao do modelo econmico vigente, introduzindo novas tcnicas de ensino e de organizao nos nveis: primrio, secundrio e superior. A partir dos anos 50, ampliou-se o nmero de estabelecimentos de ensino superior pblico e privado, implementando-se a ps-graduao nas reas de economia, administrao e cincias contbeis, realizaram-se as reformas na administrao pblica e universitria, culminando com a elaborao de uma srie de Leis, sustentculo da economia brasileira atual. Nesse sentido, torna-se imperativo, a adoo de uma postura questionadora no ambiente contbil, de forma a permitir a emergncia de uma conscincia crtica no contador, propiciando-lhes condies favorveis ao exerccio profissional, com vistas a uma participao, no alienada, nas decises polticas, econmicas e jurdicas, que definem os caminhos da contabilidade.
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O presente estudo prope uma anlise crtica dos objetivos e estratgias dos trs movimentos de educao popular mais expressivos no Brasil, no periodo de 1961-64, as quais tinham como objetivo ltimo transformaes qualitativas na estrutura social: o Movimento de Educao de Base (MEB), o Movimento de Cultura Popular de Recife (MCP) e o Centro Popular de Cultura (CPC) da Unio Nacional dos Estudantes(UNE). A anlise crtica foi feita a partir de referencial terico elaborado com base na teoria de Gramsci, com elementos para explicar a dinmica das foras sociais em Estado capitalista, levando em considerao o contexto econmico, social e politico da poca como pressuposto necessrio anlise de um fato social. Interessou, sobremodo, no referencial, identificar os espaos de ao que escaparam ao controle da classe dominante, permitindo a formao de uma contra-hegemonia. A ao dos intelectuais, fundamental nesta dimenso, uma vez que se trata de criar nova concepo de história, foi analisada enquanto se props despertar o dinamismo residente na camada popular e canaliz-lo para fins poltico-sociais de transformao qualitativa da ordem vigente. Sem concluses definitivas - os movimentos s atuaram trs anos, at serem supressos em abril de 1964 - o estudo reconhece uma expressiva atuao do MEB e MCP na conscientizao e treinamento da camada popular em sentido da formao de contra-hegemonia, destacando-se o surgimento e formao de lideranas nesta camada. O CPC, com maior carter de mobilizao, teve ao menos significativa com a camada popular, no entanto ele se distinguiu pela elaborao artistica e cultural. No apareceu, nos trs movimentos, uma viso terica suficientemente clara sobre as possibilidades de transformao qualitativa em Estado capitalista e no houve a canalizao e orientao poltica que era de se esperar no dinamismo despertado na camada popular.
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A Cincia Policial, ainda que controversa sua real existncia, pode ser um importante meio de prova da verdade, destinada a produzir a convico do julgador na deciso de um crime, sendo uma especializao recente e muito pouco explorada pela literatura tcnica nacional. O presente estudo visa caracterizar a formao e o desenvolvimento profissional dos Peritos Criminais Federais, lotados no Departamento de Polcia Federal. Para isso, foi realizado trabalho de pesquisa envolvendo um embasamento terico, o levantamento de dados colhidos a partir dos Peritos e suas chefias imediatas nos Setores Tcnico-Cientficos, alm de entrevistas com dirigentes da Academia Nacional de Polcia, localizada em Braslia - DF. A primeira parte do trabalho apresenta uma introduo e a reviso bibliogrfica, com breve histrico do Sistema de Ensino Policial no Brasil, conceitos de Educao Corporativa e desenvolvimento de competncias, assim como aspectos da formao e desenvolvimento policial na Academia Nacional de Polcia, do Departamento de Polcia Federal. A segunda parte trata justamente da forma como essa pesquisa foi organizada e de sua coleta dos dados. A metodologia empregada utiliza uma abordagem transdisciplinar, caracterstica sempre presente na prpria formao e desenvolvimento do policial. A terceira, a anlise dos dados, leva s concluses do estudo realizado e elenca as principais caractersticas da formao e desenvolvimento profissional do Perito Criminal Federal. Finalmente, a concluso encerra a dissertao, apresentando sugestes para futuras pesquisas a respeito da matria.
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Estudo de caso, referente a acumulao de capacidades tecnolgicas e aos processos subjacentes de aprendizagem no mbito da Secretaria do Tesouro Nacional do Brasil - entre 1986 a 2005
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Este trabalho tem como objetivo a anlise da poltica cultural de cinema e sua relao com a identidade nacional, que se desenvolveu entre o final dos anos cinquenta e o incio dos anos oitenta. Os principais agentes desse processo so os cineastas vinculados ao Cinema Novo e o Estado autoritrio, implantado a partir de 1964, tendo como pano de fundo o intenso processo de modernizao sofrido pela sociedade brasileira no perodo. Dentre as fontes utilizadas, destaca-se a produo cinematogrfica do perodo, importante para compreender as ideias formuladas sobre a identidade nacional e as contradies inerentes a esse processo. No primeiro captulo, analisamos a gnese do Cinema Novo, reconhecendo-o como movimento poltico e cultural, estabelecendo suas redes de sociabilidade e caracterizando seus aspectos estticos e polticos comuns aos cineastas que dele faziam parte. Esta anlise considerou trs momentos distintos: o primeiro, entre 1955 e 1964, quando ocorreu a gnese do Cinema Novo; o segundo, entre 1964 e 1968, quando o Cinema Novo conheceu seu apogeu e se consolidou como proposta poltica e cultural; e o terceiro, entre 1969 e 1973, quando a proposta esttica se esgotou, dando espao s articulaes polticas e s propostas individuais que caracterizaram esse movimento cultural at o incio dos anos oitenta. No segundo captulo, o objeto principal da anlise a ao do Estado autoritrio, estabelecido a partir de 1964, no campo da cultura. Realizamos um retrospecto das intervenes do Estado brasileiro nesse campo at 1964, discorremos sobre a postura do Estado autoritrio em relao produo cultural e destacamos a Poltica Nacional de Cultura, proposta no final de 1975, a principal referncia para se compreender o processo de construo da identidade nacional em tempos de transio. No terceiro captulo, analisaremos especificamente a poltica cultural cinematogrfica a partir de 1974, seus pontos em comum com a Poltica Nacional de Cultura e suas contradies em relao ao do Estado autoritrio na rea cultural e ao processo de modernizao pelo qual passou a sociedade brasileira. Por meio dessa anlise, procuramos entender a forma como cinemanovistas e representantes dos rgos oficiais da rea cultural perceberam a gestao de uma poltica cultural de cinema que contemplasse as necessidades desses tempos de transio e fornecesse os elementos para a construo da identidade nacional. No quarto captulo, analisamos a trajetria de Joaquim Pedro de Andrade, como intelectual cinemanovista, profundamente influenciado pelos ideais modernistas dos anos vinte e trinta, e crtico do processo de modernizao autoritria posto em prtica a partir de 1964. Consideramos a trajetria e a obra desse cineasta como paradigmticas, tanto no que se refere s complexas relaes polticas e culturais desenvolvidas pelo Cinema Novo, quanto s profundas transformaes vividas pela sociedade brasileira no perodo. Entre 1955 e 1982, desenvolveram-se vrias propostas polticas para a rea cultural, destacando-se duas: aquela formulada e apresentada pelo Cinema Novo e aquela referente interveno do Estado autoritrio nessa rea. A atuao dos intelectuais cinemanovistas e o dilogo estabelecido entre estes e seus interlocutores, representantes do Estado autoritrio no campo da cultura, possibilitaram a construo de uma identidade nacional em tempos de transio, corroborando o processo de redemocratizao e construindo novas formas de se ver, analisar e compreender a sociedade brasileira.