1000 resultados para Historia-Filosofia
Resumo:
Cícero é uma das poucas fontes críticas de textos do pensamento helenístico durante o período da Roma republicana. Ele atualiza a filosofia grega e, concomitantemente, reconhece a superioridade do direito romano. O espírito prático e guerreiro do povo romano afastava a filosofia, mas a emergência de novos problemas exigia reflexão. Nas disputas políticas e jurídicas, a retórica era um instrumento indispensável. O reaparecimento de estudos retóricos no século XX permitiu que alguns comentadores reconsiderassem a relação entre a retórica e a filosofia, propiciando algumas reflexões sobre o papel de Cícero na historiografia da filosofia.
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Neste breve artigo tento apresentar a compreensão singular de filosofia que aparece na reflexão que Gaston Bachelard dedica à arte e à literatura.
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O curso de filosofia deve desenvolver no aluno uma habilidade técnica na interpretação de diferentes modalidades discursivas - análoga ao "exercício de escuta", no sentido psicanalítico - que lhe permita a experiência da "dominação intelectual": da posse, ainda que provisória, de uma "língua da segurança" que coloque em "suspensão" os "lugares de conversação". Quebrando a barreira entre os gêneros dos discursos, entre as diferentes disciplinas, e entre os diversos interlocutores, o curso de filosofia - seja na universidade, no ensino médio e mesmo fora dos cursos regulares - poderá, desse modo, estimular a produção de um diálogo intenso, laicizado, entre múltiplos sujeitos de enunciação, contribuindo para a constituição do "espaço público". Somente assim a filosofia conquistará definitivamente entre nós, sua madureza.
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É possível ensinar filosofia? O filósofo alemão G. W. F. Hegel (1770-1831) não somente responde afirmativamente à questão posta, como também indica o que deve ser ensinado e como em filosofia. A resposta hegeliana tem como fonte sua atividade como diretor do ginásio de Nürnberg, onde ele procura estabelecer diretrizes e procedimentos para que a filosofia seja ensinada aos jovens. Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração. Isto deve resultar na apreciação da realidade humana para que a partir dela sejam levados e elevados à sua maior e melhor compreensão pela reflexão e pela especulação. Tais habilidades não são adquiridas senão pelo contato direto com a filosofia em sua especificidade na sua produção histórica, ou seja, nos textos. Conhecer a história da filosofia já é aprender filosofia, mas tal aprendizagem necessita da mediação do professor. A mediação se faz necessária, pois a aprendizagem não é natural e, portanto, não se dá espontaneamente. Aprender é sempre aprender com alguém.
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O objetivo deste artigo é apresentar as origens da crítica marxiana da política. Encontrando seu lugar entre os anos de 1842 e 1843 essa crítica nasce no interior de uma revisão da filosofia hegeliana e assume uma primeira forma como crítica filosófica da política. A crítica da política desenvolvida por Marx era, assim, rigorosamente, um empreendimento filosófico, mas de uma filosofia que assumia o mundo como seu objeto e se vertia para fora de si própria manifestando-se externamente como uma crítica da sociedade da época e como uma negação da política existente.
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O presente artigo pretende mostrar uma dupla perspectiva do ensino da filosofia proposto de forma disjuntiva: aprender a filosofar ou aprender a filosofia, representada, respectivamente, por Kant e por Hegel. A análise dessa questão será desenvolvida dentro do contexto da filosofia kantiana, nela destacando três aspectos: a) o ideal de perfectibilidade do gênero humano; b) o preceito da Aufklärung do pensar por si mesmo e o exercício crítico da razão, e c) a necessidade da coação como instrumento para o cumprimento do caráter normativo da conduta humana. Estes aspectos serão, também, abordados na filosofia de Hegel, bem como as suas conseqüências para o ensino da filosofia, e da possibilidade de uma escolha não disjuntiva de uma ou de outra perspectiva.
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Este artigo trata das críticas, elaboradas por Albrecht Wellmer, ao tipo de teoria moral baseada em princípios universalistas. Inicialmente, é abordada sua tentativa de uma reelaboração da própria idéia de universalismo moral, para depois esboçar a radicalidade de sua crítica a qualquer moral universalista. Nesse ponto, a Ética do Discurso de Jürgen Habermas, é que lhe serve de objeto. Por fim, também a partir de Wellmer, apontam-se possíveis alternativas a esse tipo de ética, sobretudo, a formulação de um ponto de vista moral fundamento numa teoria do reconhecimento social.
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Tässä tutkielmassa selvitettiin miten historia-aineiden yliopisto-opiskelijat kuvaavat omaa tieteenalaansa, sen pääkäsitteitä ja tutkimuksen tekemisen käytänteitä. Tutkimusta varten haastateltiin syksyllä 2011 yhteensä 23 Turun yliopiston historia-aineiden opiskelijaa, joista yksitoista oli aloittanut opintonsa joko syksyllä 2011 (kymmenen henkilöä) tai 2010 (yksi henkilö). Loput 12 osallistujaa olivat suorittamassa maisterintutkintoaan ja muun muassa laatineet hyväksytyn kandidaatintutkielman. Tutkielman ensimmäisenä päätavoitteena oli selvittää, miten opiskelijat puhuivat ”menneisyydestä” ja ”historiasta” sekä eroteltiinko näitä käsitteitä toisistaan. Lisäksi tarkasteltiin sitä, millaisia näkemyksiä ajan ja ”historian” suhteesta opiskelijoiden vastaukset heijastivat. Toisena päätavoitteena selvitettiin opiskelijoiden näkemyksiä historioitsijan työstä. Aihetta lähestyttiin kartoittamalla ensin opiskelijoiden määritelmiä historiankirjoitukselle ja lähteiden roolille historiantutkimuksessa. Tämän jälkeen tarkasteltiin sitä, kuka saa ja voi tehdä historiantutkimusta, ja mihin historiantutkimusta tarvitaan. Osalle vastaajista ”menneisyys” ja ”historia” näyttäytyivät synonyymeina, kun taas osalle ”historia” merkitsi vuorovaikutusta yksilön ja menneiden tapahtumien välillä. ”Historian” ja ajan suhdetta kuvattiin niin aikajanojen, mielikuvien kuin täysin abstraktienkin visuaalisten mielikuvien kautta. Vastaajat korostivat historiankirjoituksen konstruktiivista ja tulkinnallista luonnetta, mutta historiallinen ”tieto” saatettiin silti paikantaa alkuperäislähteisiin. Historiallisen tiedon luotettavuutta pohtiessa osa reflektoi tällaisen tiedon totuudellisuutta, mutta luotettavuuden lisäämiseksi saattoi riittää esimerkiksi alkuperäislähteiden suurempi määrä tai usean tutkijan samankaltainen näkemys. Temaattisen käsittelyn päätteeksi ja vastaajien kokonaisvaltaisemmaksi kuvaamiseksi vastaajat tyypiteltiin, jolloin opiskelijoiden joukosta erotettiin historian itseisarvoa, historian(tutkimuksen) merkitystä nykyhetken ymmärtämisessä, historioitsijan roolia, ja tieteenalan moninäkökulmaisuutta korostavat tyypit. Edellä esitellyt, huomattavasti toisistaan eriävät näkemykset ”historiasta” ja historiantutkimuksesta heijastunevat väistämättä myös yliopisto-opiskelijoiden opiskeluun. Tästä syystä tämän tutkielman perusteella esitetään, että opiskelijoiden tiedonkäsitysten näkyväksi tekeminen voi antaa työkaluja historia-aineiden yliopisto-opetuksen kehittämiseen ja historiantutkimukseen liittyvien taitojen oppijalähtöiseen opettamiseen.
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Este artigo tem por objetivo trazer à luz os meandros e as particularidades do pensamento de Hegel sobre o ensino da filosofia. Embora esta não seja uma questão central em seu pensamento, é possível notar sua preocupação acerca do tema, especificamente nos textos que escreveu durante o período no qual exerceu a função de professor e diretor do ginásio em Nürember. A apresentação que aqui se faz do pensamento de Hegel sobre o ensino da filosofia divide-se em três momentos: no primeiro, são pontuados os conteúdos que ele julga necessários para a formação do pensamento filosófico; no segundo, é apresentada a questão do método e a sua relação com os conteúdos no ensino da filosofia; e finalmente, no terceiro, procura-se entender o papel que o professor exerce nesse ensino.
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Procura-se destacar aqui, a partir da relação de mútua dependência entre o concreto e o especulativo em Theodor Adorno, algumas características próprias de sua exposição filosófica. A recusa de definições, a busca de constelações, a construção de "modelos críticos" tornam-se mais inteligíveis quando examinadas à luz da relação entre os conceitos e o não-conceitual. Pretende-se assim esclarecer melhor a relação entre verdade e história no pensamento de Adorno.
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The following translation is a reduced and revised version of the paper Schicksal Nietzsche? Zu Nietzsches Selbsteinschätzung als Schicksal der Philosophie und der Menschheit (Ecce Homo, Warum ich ein Schicksal bin §1)" - originally published in Nietzsche-Studien 37 (2008) - which was specially prepared to be presented in lecture organized by the Grupo de Pesquisa Spinoza & Nietzsche (Spinoza & Nietzsche research group - SpiN), in the Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro's Federal University), on September 14, 2009. In the text, the autor employs his own philological-hermeneutical methodology, which is called contextual interpretation, in the purpose to clarify the concepts of the first aphorism from "Why I am a destiny", from Ecce Homo, in its own context, in the context of Ecce Homo and in the context of the entire work from Nietzsche.
Resumo:
A tradução que se segue é uma versão resumida e revisada do artigo "Schicksal Nietzsche? Zu Nietzsches Selbsteinschätzung als Schicksal der Philosophie und der Menschheit (Ecce Homo, Warum ich ein Schicksal bin §1)" - publicado originalmente em Nietzsche-Studien 37 (2008) - que foi especialmente preparada para ser apresentada em palestra organizada pelo Grupo de Pesquisa Spinoza & Nietzsche (SpiN), na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 14/09/2009. No texto, o autor faz uso de sua própria metodologia filológico-hermenêutica, denominada interpretação contextual, com vistas a esclarecer os conceitos do primeiro aforismo de "por que sou um destino", de Ecce Homo no seu contexto próprio, no contexto de Ecce Homo e no contexto da obra de Nietzsche como um todo.