997 resultados para Estudantes - Uso de drogas
Resumo:
Benzodiazepínicos (BZD's) são medicamentos psicotrópicos mundialmente utilizados para tratamento de ansiedade e insônia. Por serem de baixo custo e fácil acesso em saúde pública, Diazepam e Clonazepam têm sido comumente prescritos pelos médicos generalistas, muitas vezes de maneira inadequada, levando ao risco de abuso. O presente trabalho teve como objetivos identificar uma possível utilização abusiva desses medicamentos pela população de Camacho (MG) e traçar o perfil dos usuários, através da análise de dados secundários de dispensação pela farmácia básica municipal no ano de 2008. A fim de quantificar essa utilização foi aplicada uma metodologia da Organização Mundial de Saúde (OMS), através do sistema Anatomical Therapeutic Chemical/ Defined Daily Dose (ATC/DDD), que classifica e mede a quantidade consumida de drogas em determinado período e local, possibilitando comparações entre grupos populacionais. Foi constatado que em Camacho, no ano de 2008, a cada 1000 habitantes 41,36 utilizaram 10mg de Diazepam por dia. Verificou-se que para cada 1000 habitantes 9,56 utilizaram 2mg de Clonazepam por dia. Foram encontrados 134 usuários do primeiro e 141 do segundo, não havendo simultaneidade de utilização dos mesmos. Houve predominância do sexo feminino e da faixa etária entre 40 e 59 anos, para ambos. A dispensação para idosos foi consideravelmente inferior à população adulta. Quanto ao local de residência, a maioria dos usuários de Diazepam residiam na zona urbana, ao contrário do Clonazepam, cuja predominância foi de população rural. O tempo de uso variou entre 6 a 12 meses, caracterizando o uso crônico. Os dados obtidos para Camacho, quando comparados à literatura, mostraram que o consumo de BZD's no município esteve acima da média nacional, em 2008. Devido à falta de um serviço estruturado de atenção à saúde mental no município, as prescrições desses medicamentos são feitas pelo médico de Saúde da Família, ora como indicação ora como manutenção de prescrições prévias, considerando a rotatividade de profissionais. Isso evidencia a necessidade de novos estudos, mais detalhados, acerca da utilização de BZD's em Camacho, a fim de possibilitar a elaboração de ações que visem o controle da mesma, além de práticas responsáveis.
Resumo:
Entre as drogas mais receitadas do mundo estão os benzodiazepínicos, mas, no Brasil, são poucas as pesquisas com relação ao consumo destes medicamentos em geral. Apesar das recomendações contrárias ao seu uso prolongado, o que percebemos no dia a dia do Programa da Saúde da Família é que o uso destes medicamentos aumenta consideravelmente com o passar do tempo. O uso indiscriminado desta medicação envolve usuários, familiares e profissionais de saúde. A falta de informação sobre as conseqüências do uso contínuo de benzodiazepínicos e o despreparo profissional são os principais fatores que favorecem este fenômeno. Diante desta realidade este estudo faz uma revisão bibliográfica sobre o uso prolongado desta medicação e seus efeitos adversos, apontando a necessidade da adoção de medidas educativas/informativas que permitam racionalizar a utilização desses medicamentos minimizando seu uso abusivo e inadequado.
Resumo:
Após extensa pesquisa bibliográfica, verificada através de trabalhos in vitro e in vivo, comprova-se a popularidade da própolis através dos tempos. Depois de análise minuciosa de seus componentes, cerca de 300 substâncias, os mais importantes são os flavonóides, ácidos fenólicos e seus ésteres, possuindo propriedades antivirais, antibacterianas, antifúngicas, antiinflamatórias, imunomoduladoras, entre outras. Sem reações adversas de relevância. Atua sinergicamente com as drogas antimicrobianas e pode ser utilizada como adjuvante em vacinas. Mesmo com os poucos relatos da utilização de extratos alcoólicos de própolis nas doenças respiratórias e otorrinolaringológicas em crianças, nota-se a sua grande utilidade como tratamento complementar e preventivo, carecendo de melhores ensaios clínicos terapêuticos.
Resumo:
As síndromes depressivas estão entre os distúrbios psiquiátricos mais freqüentes em pessoas idosas constituindo-se em um problema de saúde pública. Antidepressivos são eficazes no tratamento da depressão, inclusive em idosos. O sucesso do tratamento depende do tipo e da gravidade da depressão, das relações com outras doenças psiquiátricas ou clínicas, da escolha adequada do antidepressivo, de sua eficácia e perfil de efeitos adversos, da orientação do paciente e de sua aderência ao tratamento. O manejo dos efeitos adversos em pacientes idosos, que usam outras medicações e apresentam outras doenças, é o ponto forte na escolha de antidepressivos. A escolha deste tema é devido ao aumento do número de idosos que são acometidos de depressão na área de abrangência onde atuo e pelo consumo de antidepressivos concomitante com outros medicamentos e também pela preocupação com os efeitos adversos que podem surgir nos idosos. No Brasil eles representarão 70% da população em 2025, implicando em um maior índice de acidentes externos (por exemplo: quedas) e gastos públicos. Realizar uma revisão de literatura sobre os efeitos adversos do uso de antidepressivos, suas complicações e conseqüências na saúde dos idosos é o objetivo do trabalho. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura - tipo narrativa. A busca foi realizada em livros, artigos de revistas científicas, monografias, dissertações de mestrado, teses e artigos extraídos via Internet, nos bancos eletrônicos Medline, Lilacs e Scielo. Os resultados encontrados foram: os antidepressivos são considerados medicações eficazes, pois constituem os pilares do tratamento da depressão em idosos, são drogas relativamente seguras se bem indicadas e manejadas, respeitando-se as limitações de seu uso nestes pacientes, bem como suas contra-indicações clínicas e farmacológicas.
Resumo:
O uso e abuso de bebidas alcoólicas pelos adolescentes tem aumentado ao longo do tempo e tem se constituído um grave problema de saúde pública. O objetivo deste trabalho é compreender a dinâmica do consumo de álcool entre adolescentes brasileiros, bem como os fatores que podem levar ao início precoce do uso. Para este trabalho foi realizada revisão de literatura utilizando-se de artigos científicos sobre o tema, em língua portuguesa, produzidos entre 2001 e 2010 e disponibilizados nas bases de dados: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online). Como descritores utilizou-se os termos: consumo de bebidas alcoólicas, abuso de álcool, alcoolismo, adolescentes e estudantes. Após leitura do resumo de 123 artigos, 28 foram catalogados e serviram de base para a elaboração deste trabalho. A literatura brasileira aponta que os jovens têm feito consumo cada vez mais precoce de bebidas alcoólicas, em maiores quantidades e com fácil acesso. A relação com o gênero, masculino e feminino, varia nas diversas regiões do país. O primeiro uso geralmente ocorre em casa na presença de familiares e de amigos. Jovens que bebem apresentam mais chance de terem comportamento de risco à saúde como envolvimento em brigas, discussões, absenteísmo escolar e laboral, comportamento sexual de risco e outros. A publicidade é apontada como um importante incentivador do consumo e no Brasil há necessidade de medidas regulatórias das mesmas. Como fatores de proteção observam-se a religiosidade e a família, esta última quando o jovem se sente mais apoiado e compreendido. Este levantamento bibliográfico é um primeiro passo para que medidas preventivas sejam planejadas e implementadas levando em consideração os fatores de risco e de proteção ao uso precoce do álcool e assim diminuindo os males causados por essa droga ao longo da vida.
Resumo:
Os Benzodiazepínicos (BZDs) são drogas largamente utilizadas na prática clínica e muito efetivas quando corretamente indicadas. Seus efeitos benéficos incluem principalmente ação ansiolítica, hipnótica, miorrelaxante e anticonvulsivante. Entretanto, sua prescrição não criteriosa pode levar à tolerância, dependência e abstinência, desencadeando um quadro de uso crônico que tem se mostrado um problema de saúde pública em muitos países. Este estudo iniciou-se a partir da constatação do uso crônico de BZDs na Unidade Básica de Saúde PSF - São Paulo em Divinópolis/MG em 2013. Este plano de intervenção, munido de um plano de ação que tem como base a integralidade dos indivíduos, tem como objetivo além da descontinuação do uso crônico de BZDs promover uma melhora na qualidade de vida e na saúde da população. Através do diagnóstico situacional foi realizada uma minuciosa análise dos problemas da área de abrangência e dos atores nela envolvidos, de forma que, depois de mapeados os nós críticos tornou-se possível elaborar ações estratégicas seguindo o método de Planejamento Estratégico Situacional.
Resumo:
Os benzodiazepínicos (BZDS) são psicofármacos classicamente usados para tratar ansiedade e distúrbios do sono. Tornaram-se disponíveis a partir da década de 1960 e, desde então, estão entre os mais prescritos no mundo. Estima-se que 50 milhões de pessoas façam uso contínuo. no Brasil é a terceira classe de drogas mais prescritas, sendo utilizada por aproximadamente 4% da população. Estima-se que seu consumo dobra a cada cinco anos. Esses dados confirmam o consumo crescente de BZDS como resultado de uma menor tolerância ao estresse, da introdução profusa de novas drogas e da pressão da indústria farmacêutica ou, ainda, dos hábitos de prescrição médica inadequada. Automedicação e o uso abusivo dos BZDS pelos usuários é um aspecto que permeia esse cenário, sendo comumente substituídos, assim como indicados a familiares, amigos ou vizinhos. Outros pacientes informam o uso casual da medicação ou apenas nos períodos "sintomáticos". Essas atitudes demonstram uma falta de conhecimento sobre a ação dos BZDS, seus efeitos colaterais e a importância de um diagnóstico correto para se recomendar e manter o uso. Este trabalho teve como objetivo propor um plano de ação para redirecionar a assistência na saúde mental na comunidade da área de abrangência da Equipe Branca da Unidade Básica de Saúde Pedro Guerra. Foi realizada uma revisão bibliográfica com a finalidade de buscar as evidências já existentes sobre as abordagens de enfrentamento do uso abusivo de benzodiazepínicos. Considerando-se a atual necessidade de redução/contenção do uso de BZDS, a abordagem dos pacientes em grupos de autoajuda apresenta-se como uma estratégia promissora. Os grupos de autoajuda conferem promoção de saúde e capacitação do autocuidado entre a comunidade com sofrimento mental, podendo refletir em uma redução da demanda por consultas médicas relacionadas a queixas psicossomáticas e da medicalização desses pacientes, além de garantir maior sucesso do tratamento e da estabilização dos mesmos. Espera-se que que esta proposta venha contribuir para a redução do uso abusivo de benzodiazepínicos na comunidade de atuação da Equipe Branca da Unidade Básica de Saúde Pedro Guerra.
Resumo:
O uso de álcool e drogas constitui um grave problema de saúde pública, com sérias consequências pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade. Em particular, o encontro do adolescente com a droga é um fenômeno muito mais frequente do que se pensa e por sua complexidade, é difícil de ser abordado por ser um fenômeno multidimensional, que pode surgir com outros transtornos psicológicos, comportamentais e sociais. Este estudo objetivou desenvolver um plano de ação para propor ações destinadas a diminuir a incidência de alcoolismo e abuso de drogas na comunidade, do PSF Santa Luzia localizado em Oliveira-MG. Para consecução desse objetivo foi realizado uma revisão de literatura de apoio e análise de artigos científicos disponibilizados nos sites de pesquisas científicas do Scientific Eletronic Libray Online (SciELO) e da Literatura latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) com utilização dos descritores: alcoolismo, drogas ilícitas, abuso. Três etapas fizeram parte deste estudo: o diagnóstico situacional, revisões de literatura e elaboração do plano de ação elaborado após a identificação do problema priorizado no diagnóstico Situacional. Conclui-se que compete aos profissionais de saúde estreitar vínculos de confiança com a clientela, em especial os jovens, que ao entrar em contato com o álcool e drogas nesse período de maior vulnerabilidade expõe-se a muitos riscos.
Resumo:
Atualmente o abuso de drogas lícitas e ilícitas se tornou um grande problema de saúde pública; e a atenção primária à saúde é a porta de entrada do usuário do sistema de saúde, onde o indivíduo em geral busca ajuda/orientação, sendo o profissional de saúde o núcleo central para identificação do problema da dependência de drogas, instituindo protocolo de tratamento e procedendo com encaminhamentos de acompanhamento. Buscamos descrever o uso abusivo de drogas e sua prevenção, revisando algumas abordagens e conceituações e levantando aspectos pertinentes ao seu uso indevido na construção de uma estratégia de promoção da saúde e sua prevenção, para criação de um plano de intervenção com ações preventivas dentro da comunidade. Com isso, fica evidente a importância de todos os profissionais de saúde estarem capacitados e envolvidos na atenção/acolhimento da família e usuário de drogas.
Resumo:
Os benzodiazepínicos estão entre as drogas mais prescritas do mundo. Apesar de não haver evidências de epidemia de uso ou abuso, percebe-se um consumo substancial desses produtos entre os usuários de serviços de saúde. Em virtude da ampla margem de segurança oferecida, os benzodiazepínicos são empregados muitas vezes de forma indiscriminada, para além de suas indicações terapêuticas e por tempo prolongado, o que pode favorecer o desenvolvimento de dependência. Neste trabalho procurou-se verificar, a partir de uma investigação bibliográfica, os principais estudos dentro da literatura sobre o uso excessivo e indiscriminado dos benzodiazepínicos na atenção primária em saúde, selecionando artigos no período de 1990 a 2011. Os resultados apontam que há uma maior prevalência deste uso na população feminina e em países em desenvolvimento, primeira prescrição por médicos clínicos e não por psiquiatras e a falta de informação dos mesmos sobre os efeitos colaterais dessas medicações. São discutidos alguns critérios para uma prescrição mais racional desses fármacos, evitando-se os possíveis riscos de dependência e síndrome de abstinência.
Resumo:
Os benzodiazepínicos possuem indicações para tratamento da ansiedade e como adjuvante de outros transtornos psiquiátricos. Contudo, verificam-se prescrições indiscriminadas que favorecem situações de dependência e abuso. Este trabalho se justifica pela importância de intervenção no modelo biomédico, focado na doença. Nesse sentido, é importante investigar e compreender a gênese do estresse e criar estratégias de intervenções. Assim, objetivou construir um plano de ação visando à redução do uso e/ou abuso do uso de benzodiazepínicos pela população assistida por um Programa de Saúde da Família. Fez-se pesquisa na modalidade de revisão narrativa da literatura especializada, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual NESCON, dentre outros. Visando fundamentar a construção e implementação do plano de ação, utilizaram-se os bancos de dados da própria unidade de saúde, sistema de informação do município e dados secundários do programa Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Definiu-se como descritores da pesquisa: abuso, benzodiazepínicos, ansiolíticos. Verificou-se a maior prevalência do uso de benzodiazepínicos entre mulheres, idosos, população de baixa renda e escolaridade. Ressalta-se a cautela do uso em idosos devido a maior sensibilidade tanto aos efeitos terapêuticos quanto aos adversos das drogas. O uso indiscriminado de benzodiazepínicos é um problema de saúde pública e, portanto, a caracterização do perfil dos usuários e a criação de estratégias de promoção e prevenção da saúde através de um plano de ação / intervenção são fundamentais.
Resumo:
O uso indiscriminado de ansiolíticos tem sido uma realidade vivenciada na área da saúde. Cada vez mais aumenta o número de indivíduos que fazem o uso prolongado destas drogas. Sabe-se que o uso prolongado dos ansiolíticos totalizando mais de 4 e 6 semanas pode levar ao desenvolvimento da tolerância, abstinência e dependência. Os benzodiazepínicos apresentam margem de segurança diante da população para o alívio sintomático da ansiedade ou insônia, mas também se devem considerar ações terapêuticas eficazes nestas sintomáticas como psicoterapias em combinação com medicamentos. O presente trabalho teve como objetivo propor um plano de intervenção com vistas à redução do uso indiscriminado de ansiolíticos por usuários na unidade de saúde da zona rural de Governador Valadares. O plano se baseou no método do Planejamento Estratégico Situacional (PES). Foram seguidos vários passos, dentre os quais o diagnóstico situacional em saúde, através do qual foram levantados dados e o problema priorizado foi o uso indiscriminado de ansiolíticos na comunidade. Após o diagnóstico priorizou-se o problema na unidade, em seguida explicação do problema, levantamento dos nós críticos e, por fim, foi necessária uma revisão de literatura na Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores: ansiolíticos, prevenção e Estratégia Saúde da Família. Posteriormente elaborou-se o plano de intervenção seguindo os 10 passos preconizados pelo PES. Acredita-se que a implementação do plano poderá gerar benefícios para toda a comunidade da zona rural de Valadares.
Resumo:
A insônia e a depressão são transtornos mentais comuns na prática clínica, principalmente na atenção primária. Os (BDZs) são drogas que possuem atividades ansiolíticas e seu uso abusivo é considerado um problema de saúde pública, apresentando elevada morbidade e dependência estando relacionado à grande procura pelos pacientes em serviços de saúde. Assim, após a realização do diagnóstico situacional, o problema de maior relevância identificado na equipe 04 do centro de saúde Vila Pinho foi o uso abusivo de benzodiazepínicos, estando grande parte dos usuários destes medicamentos sem assistência e cuidado, como por exemplo a falta de consulta médica e acompanhamento da doença. Para este problema selecionado, foi elaborado um plano de ação, na tentativa de modificar e enfrentar o problema. Além disso, identificou-se como nós críticos a falta de conhecimentos sobre os medicamentos, a prescrição indiscriminada, estrutura insuficiente do serviço de saúde e falta de recursos/ferramentas comunitárias. Na tentativa de enfrentar o problema, foi propostas ações em saúde e que para seu êxito, depende da participação da equipe multidisciplinar, parceria com a comunidade e secretaria municipal de saúde. Este projeto foi subsidiado por trabalhos científicos disponíveis em base de dados como: Biblioteca Virtual em Saúde, Biblioteca Virtual da Universidade Federal de Minas Gerais, SCIELO, dentre outros. Espera-se assim, que os profissionais de saúde consigam reorganizar a prescrição dos BZDs, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida dos usuários adscritos àquele território.
Resumo:
Os benzodiazepínicos se tornaram disponíveis a partir da década de 1960 e, desde então, estão entre os psicofármacos mais prescritos. No Brasil, é a terceira classe de drogas mais prescrita, 2 e 5,6% da população já os usou na vida (contra 8,3% nos Estados Unidos). A fluoxetina é atualmente o medicamento antidepressivo mais prescrito no Brasil e no mundo, havendo indícios de que possa atuar na promoção de perda de peso durante vários meses após o início da terapia. Esta característica poderia ser um dos fatores propulsores deste consumo elevado. Ao realizar o diagnóstico situacional da Estratégia de Saúde da Família Titio José foi evidenciado a alta demanda de atendimentos na área de saúde mental, muitos deles envolvendo a prescrição e renovação de benzodiazepínicos e antidepressivos sem um diagnóstico nosológico estabelecido e seguimento longitudinal dos pacientes. A equipe participou da análise dos problemas levantados e considerou que no nível local temos recursos humanos e materiais para fazer um Projeto de Intervenção. Sendo assim foi criado um Plano de Ação com a finalidade de combater o uso abusivo de benzodiazepínicos e antidepressivos na Unidade de Saúde Tito José no Município de Morada Nova de Minas/MG.
Resumo:
A atenção primária em saúde consiste na porta de entrada para o sistema de saúde e, devido a suas características, é considerada ponto estratégico para a atenção também à saúde mental. Tal aproximação tornou-se possível após a reforma psiqui-átrica, que redirecionou a assistência aos pacientes com transtornos mentais ao convívio com a comunidade. Estima-se que há mais de 450 milhões de pessoas em todo o mundo com algum problema de saúde mental, dos quais grande parte é a-companhada na atenção básica. Os psicotrópicos são medicações que atuam primariamente no sistema nervoso central e sua utilização envolve fatores como: ansiedade, estresse, insônia, dentre outros. Dentre essas drogas, os benzodiazepínicos destacam-se como um dos mais prescritos, com destaque para o envolvimento de médicos clínicos gerais e de outras especialidades, que não a psiquiatria e a neurologia, na maior parte dessas prescrições. O uso desses fármacos tem aumentadoe sua utilização de forma indiscriminada é uma realidade, tornando-se uma preocupação para a saúde devido aos efeitos colaterais que apresentam.Apesar da importância do tema, os estudos sobre o uso dessas medicações ainda são escassos.Conhecer o perfil da utilização dos psicotrópicos é fundamental para o planejamento de intervenções visando o seu uso racional e seguro.Esse estudo tem por objetivo elaborar um projeto de intervenção para conhecer o perfil do uso de psicotrópicos pela comunidade coberta pela Unidade de Saúde Branca II em Atalaia-AL. O projeto foi elaborado com base nos conceitos do Planejamento Estratégico Situacional e se espera conhecer o perfil de utilização dos psicotrópicos pela comunidade estudada, bem como informar tanto a população quanto a própria equipe de saúde sobre o uso dessas medicações e sobre os principais transtornos mentais.