801 resultados para Conhecimento profissional do professor
Resumo:
A interacção dos humanos com os computadores envolve uma combinação das tarefas de programação e de utilização. Nem sempre é explícita a diferença entre as duas tarefas. Introduzir comandos num programa de desenho assistido por computador é utilização ou programação numa linguagem interpretada? Modificar uma folha de cálculo com macros é utilização ou programação? Usar um “Integrated Development Environment” ou IDE para inserir dados num ficheiro é utilização (do IDE) ou programação? A escrita de um texto usando LaTeX ou HTML é utilização ou programação numa “markup language”? Recorrer a um programa de computação simbólica é utilização ou programação? Utilizar um processador de texto é utilização ou programação visual? Ao utilizador não se exige um conhecimento completo de todos os comandos, todos os menus, todos os símbolos do software que utiliza. Nem a memorização da sintaxe e de todos os pormenores de funcionamento de um programa é um atributo necessário ou sequer útil ao utilizador; a concretização desse conhecimento não assegura maior eficiência na utilização. Quando se começa, apenas algumas instruções elementares são recebidas, por vezes de um colega, de um Professor, ou obtidas recorrendo à pesquisa na Internet. Com a familiarização, o utilizador exige mais do Software que usa e de si próprio: um manual passa a ser um recurso de grande utilidade. A confiança conquistada gera, periodicamente, a necessidade de auto-exame e de aumento do âmbito do conhecimento. Desta forma, quem utiliza computadores acaba por ser confrontado com uma tarefa que, efectivamente, pode ser considerada ou requer programação. Põe-se uma questão no imediato (se ninguém decidiu por si) que é a da selecção da linguagem de programação. A abordagem multiparadigma e longa experiência de utilização do C++ tornam-no atractivo para aplicações onde a eficiência se combina com a disponibilidade de estruturas de dados e algoritmos adoptados pela indústria (o que coloquialmente se denomina STL, Standard Template Library, cf. [#breymann, #josuttis], mais geralmente biblioteca Standard). Adicionalmente, linguagens populares como o Java, C# e PHP possuem sintaxes inspiradas e em muitas partes coincidentes com as do C e C++. Por exemplo, um ciclo “for” em Java é parcialmente coincidente com o do C99, que é um sub-conjunto do “for” do C++. São os pormenores, a eficiência e as capacidades do C++ que permitem a criação de software Profissional. Todos os sistemas operativos clássicos (Unix, Microsoft Windows, Linux) dispõem de compiladores, IDE, bibliotecas e são em grande parte construídos recorrendo a C e C++. Relativamente a outras linguagens, a quantidade de ferramentas disponível e o conhecimento adquirido durante décadas é difícil de ignorar. Esse conhecimento faz com que a sintaxe do C++ pareça muito maior do que o estritamente necessário e afaste potenciais interessados. A longa evolução do C++ introduziu também uma diferença no estilo muito marcada. Código dos anos 80 e 90 do século XX é frequentemente menos legível do que o que correntemente se produz. Muitos tutoriais disponíveis online fazem parecer a linguagem menos rigorosa (e mais complexa) do que na realidade é, já que raramente é apresentado o caso geral da sintaxe. Constata-se que muitos autores ainda usam os cabeçalhos do C, quando já não são necessários. Scott Meyers afirma que o C++ é uma federação de linguagens [#scottmeyers] e por esse facto requer perspectivas de abordagem distintas de outras linguagens. Sem alguma sistematização é difícil apreciar a sua compacidade e coerência. Porém, a forma harmoniosa como as componentes sintácticas se encaixam é uma grande mais-valia do C++ só constatada com experimentação e leitura atenta. A presente monografia dirige-se a quem pretenda utilizar o C++ como ferramenta profissional de Software. Em termos de pré-requisitos Académicos, dir-se-á que um curso (1º Ciclo) de Ciência ou de Engenharia aumentará o interesse por certos aspectos mais técnicos da linguagem mas qualquer indivíduo com gosto pela experimentação tirará proveito do conteúdo. Este texto não busca a exaustividade enciclopédica na cobertura do tema. Neste texto forneço, de forma directa, uma introdução ao C++ a qual permite começar a produzir código sem os custos da dispersão de fontes e notações na recolha de informação. Antecipo assim a sua utilização nos Países de Língua Portuguesa, uma vez que os textos que encontrei são ora mais exigentes ora menos completos, frequentemente ambos.
Resumo:
A profissão docente é cada vez mais complexa, na sala de aula deparamo-nos com alunos de diferentes culturas, com diferentes ritmos de aprendizagem, interesses e necessidades que colocam ao professor o desafio de ensinar todos, mesmo os que não querem aprender. A resposta a este desafio não pode ser individual, tem de resultar de ações concertadas e assumidas pelos docentes como coletivo. Neste contexto desafiador, a supervisão da prática letiva constitui, enquanto estratégia formativa centrada no contexto de trabalho, uma resposta possível que, através da observação direta das práticas, da reflexão e da construção colaborativa de conhecimento pedagógico, facilita a resolução de problemas, promove o desenvolvimento profissional e a inovação curricular, aumentando a eficácia docente. Neste artigo, de revisão de literatura, discutem-se diversos aspetos relacionados com a supervisão pedagógica, no sentido de contribuir para a clarificação de conceitos e de processos, que possam ajudar e orientar a sua implementação nas escolas. Pretende-se evidenciar as potencialidades da supervisão pedagógica colaborativa, realizada entre pares. Começamos pela (re)conceptualização da supervisão pedagógica, abordamos a supervisão enquanto uma exigência, um desafio e uma oportunidade, destacamos a dimensão colaborativa da supervisão, descrevemos as fases do ciclo da supervisão clinica e terminamos com as considerações finais.
Resumo:
No presente texto pretendemos explorar e trazer à discussão outras opções e modos de organização escolar indutoras de abordagens e práticas educativas de caráter predominantemente preventivo por contraponto ao habitual e enraizado uso da reprovação como medida pedagógica remediativa e do seu efeito no risco de abandono e exclusão escolares. Para além da demonstração da falência técnica da medida e da consequente irrazoabilidade da sua aplicação como solução pedagógica sistemática e quase exclusiva no cenário educacional português, dispensando, mesmo nos ciclos iniciais de ensino, outras alternativas e caminhos de possibilidades, os ensinamentos adquiridos ao longo dos dois últimos anos letivos com o projeto 'Comunidades Escolares de Aprendizagem Gulbenkian XXI' vêm confirmar a emergência de outras abordagens e metodologias de trabalho na afirmação do sucesso educativo como condição natural da escola. Na sua base, estão, por um lado, a liderança curricular e pedagógica do professor na promoção e organização de abordagens curriculares abertas e enriquecidas, muito apoiadas em dinâmicas de transversalidade curricular e na diversificação de oportunidades e contextos de aprendizagem suportadas em parcerias de convergência escolar mobilizadoras de outras fontes de conhecimento, de outros atores, de outros recursos educativos, de outras linguagens, de outros espaços e, por outro lado, na criação de ambientes de aprendizagem motivadores, informais, lúdicos e de bem-estar e onde o recurso a ambientes tecnológicos como meio pedagógico-didático e a criação de dinâmicas socioemocionais e criativas parecem ser fortemente potenciadores do desenvolvimento natural de contextos de aprendizagem e bem-estar.
Resumo:
Na unidade curricular de Biologia do Desenvolvimento, lecionada desde 2011 ao 2º ano da licenciatura de Biologia Humana na Universidade de Évora, tem-se aplicado um modelo de avaliação que visa focalizar a aprendizagem através da construção de trabalhos-projeto que são realizados, em duas fases, por dois grupos de alunos. Este modelo de avaliação foi motivado tanto pelo facto do conteúdo desta unidade curricular ser extremamente complexo para uma avaliação mais convencional, como pela oportunidade que dá aos alunos de se aproximarem do contexto profissional de construção do conhecimento científico por interação entre pares. Na primeira fase de avaliação, o tema e a composição do grupo são escolhidos pelos alunos, sendo completada a pouco mais de meio do semestre com a submissão dum resumo (revisão) da informação coligida, bibliografia, e uma breve apresentação para os colegas, que deste modo ficam com uma panorâmica das temáticas a desenvolver no respetivo ano letivo. Na segunda fase essa informação é legada a um novo grupo, que desta vez é sorteado entre a turma, e que deverá seguir um guião preparado pelo docente, com base no trabalho previamente apresentado, para preparar uma apresentação final, em sessão pública. Cada tema tem por isso dois grupos de alunos diretamente envolvidos, que se interligam num elo de responsabilidade mútua que irá desembocar na sessão pública final. O nome proposto para este modelo, Legato, realça esta interligação. As apresentações finais, depois de eventuais correções, ficam disponíveis publicamente na World Wide Web. O papel das aulas é ir introduzindo os alunos à disciplina científica de Biologia do Desenvolvimento, facultando-lhes os conceitos, a linguagem, e sobretudo o raciocínio que lhe são próprios. Em duas sessões práticas apresenta-se aos alunos o mundo das bases de dados biológicas e bibliográficas (respetivamente), para que consigam um levantamento mais eficiente de fontes relevantes. Decorridos 5 anos desta prática de avaliação, com mais de 30 destes trabalhosprojeto já realizados, tem-se verificado um aproveitamento muito satisfatório na generalidade dos temas, mesmo com aqueles (poucos) que sofreram da falta de empenhamento do grupo da 1ª fase. O caráter público da fase final de avaliação, de par com a preparação (por parte do docente) do guião da 2ª fase, contribuem para garantir a qualidade das apresentações finais. Mas o autor acredita que a principal motivação para a qualidade generalizada dos resultados é o elo de responsabilidade mútua referido acima, bem como uma sensação de “pertença” em relação aos temas escolhidos. Este modelo de avaliação pode ser adaptado em qualquer área do conhecimento, pois a construção do conhecimento entre pares, que se pretende ilustrar neste modelo de avaliação, é essencialmente universal; e também em diferentes fases da formação, se bem que seja especialmente adequado a unidades curriculares do 1º Ciclo do Ensino Superior.
Resumo:
A Prática de Ensino Supervisionada desenvolveu-se no Agrupamento de Escolas nº 4 de Évora- EB 2,3 Conde Vilalva e na Escola Secundária André de Gouveia, com as turmas do 8º ano e 12° ano respectivamente. Para elucidar o trabalho realizado ao longo do ano desenvolvi o presente relatório onde abordei a preparação cientifica, pedagógica e didáctica que permitiu um conhecimento dos alunos e do currículo; a Planificação e condução das aulas e respectiva avaliação que faz referencia ao planeamento por etapas e às vantagens do mesmo e ainda à forma como foram leccionadas as aulas; uma análise da prática de ensino; a participação na escola e as actividades desenvolvidas nas mesmas; e o desenvolvimento profissional com referências ás competências que o professor deve assumir dentro da comunidade escolar. Com os parâmetros acima referidos demonstra-se a grande importância que o estágio teve na aquisição das competências essenciais inerentes à docência. ABSTRACT: Supervised Teaching Practice was developed in School Cluster nº 4 of Évora Elementary School Conde Vilalva and in Secondary School André de Gouveia, with classes of 8th and 12th grade, respectively. To elucidate the work I done over this school year, I developed this report which discussed the scientific, educational and teaching preparation, allowing an understanding of students and the curriculum; the planning and conduct of lessons and their assessment that refers to the planning stages, and to advantage of it and, on the other hand, the way that were taught lessons; an analysis of teaching practice; participation in school and activities carried therein; and professional development with reference to the competences that the teacher should take within the school community. With the above parameters is shown the importance of this stage in the acquisition of essential skills related to teaching.
Resumo:
Este trabalho tem por base o relato de um ano lectivo 2009/201O de Prática de Ensino Supervisionada (PES) para a especialidade do grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, leccionado na Universidade de Évora e contribui para a avaliação do mesmo. O estágio foi realizado no agrupamento de Escolas n° 4 de Évora - EB 2,3 Conde de Vilalva; EB1 Jardim de Infância e Escola Secundária Gabriel Pereira, abrangendo os três ciclos de aprendizagem dando assim cumprimento à exigência curricular. Relata de forma sucinta a preparação científica, pedagógica e didáctica desde o conhecimento do currículo, do conteúdo e dos alunos. Desenvolve de forma fundamentada a planificação, condução de aulas e avaliação das aprendizagens. Faz uma análise das actividades desenvolvidas como professor de uma disciplina e como participante activo na escola e na comunidade escolar. Tenta fundamentar as estratégias, metodologias e decisões tomadas. Por último, realiza uma análise da prática de ensino. O que foi constatado nesta pequena experiência foi uma prática mais consciente e um respeito maior, por nós mesmo, enquanto profissional da educação, e pelos alunos, enquanto sujeitos activos no processo de ensino/aprendizagem. ABSTRACT: This work is based on the report of an academic year 2009/2010 Supervised Teaching Practice (PES) for the specialty Master's degree in Teaching Physical Education in Primary and Secondary Schools, taught at the University of Évora and contribute to the evaluation the same. The group stage was held at school n8 4 EB 2,3 Conde Vilalva e Kindergarten and Secondary school Gabriel Pereira, covering the three cycles of learning thus fulfilling the curricular requirement. Reports briefly the scientific training and didactic knowledge from the curriculum the content and pupils. Develop and informed opinion to planning, conducting classes and learning assessment. Makes and analyses of the activities as a teacher of a discipline and as an active participant in school and school community. Try the strategies, methodologies and decisions. Finally makes an analysis of teaching practice. What was found on this little experiment was a more conscious practice and a greater respect for ourselves as professional education, and students as active participants in the teaching /learning.