999 resultados para CIRUGÍA TORÁCICA
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o valor da Injury Severity Score (ISS) na determinação da gravidade das fraturas vertebrais do tipo explosão considerando a amplitude do trauma e a escolha do melhor tratamento para diminuir a morbimortalidade do acidente. MÉTODOS: 190 pacientes foram incluídos, nos quais avaliaram-se a idade, o mecanismo do trauma, o tipo de fratura na coluna toracolombar, avaliação neurológica, onde se localizavam as lesões frente a ISS e a divisão em categorias. RESULTADOS: A média do ISS foi de 14,4 sendo o menor valor de 4 e o maior de 43, e 126 pacientes apresentavam ISS menor do que 15 (63,3%), 34 entre 15 e 24 (17,9%), 25 entre 25 e 34 (13,2%) e cinco com ISS maior que 35 (2,6%). O valor do ISS foi inversamente proporcional a idade. As fraturas ocorridas na transição toracolombar apresentavam média do ISS de 13,1, sendo menor do que a média do ISS na região torácica de 17,6 e lombar com 16. Dos 102 pacientes tratados sem procedimento cirúrgico, a média do ISS foi de 12,3, enquanto que nos 88 tratados cirurgicamente ela foi de17,6. A mortalidade apresentou-se diretamente proporcional ao valor do ISS. A média dos que evoluíram para óbito foi de 28,5, não ocorrendo óbito entre os classificados com trauma leve. A mortalidade foi de 4,2 %. CONCLUSÃO: O valor de 14,4 e a análise das categorias do ISS sinalizam que trauma de pequena gravidade pode causar fratura da coluna vertebral torácica ou lombar do tipo explosão. O valor do ISS não demonstrou correlação com o nível da fratura, estando diretamente proporcional com o tempo de internação, com o tratamento cirúrgico e a taxa de mortalidade, apresentando-se inversamente proporcional com a idade dos pacientes.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida e a presença de compensação pós-operatória de pacientes submetidos a simpatectomia torácica. MÉTODOS: Foram avaliados 50 pacientes consecutivos submetidos a tratamento cirúrgico para hiperidrose palmar. Avaliou-se: o motivo principal que levou o paciente a procurar atendimento médico, a realização prévia de tratamento clínico para hiperidrose, incidência e localização corporal de hiperidrose compensatória e sua relação com a personalidade do indivíduo e o grau de satisfação do paciente com o tratamento. RESULTADOS: Entre todos os entrevistados, 27 (54%) relataram que o incômodo pessoal com o suor excessivo, os levou a procurar atendimento médico; 23 (46%) tiveram prejuízo na relação social; 22 (44%) tiveram dificuldade relativa ao ambiente escolar, enquanto 20 (40%) relataram que o incômodo causado pela hiperidrose nas atividades relacionadas ao trabalho levou-o a procurar atendimento médico. 21 (42%) foram considerados tímidos pelas pessoas de seu convívio. 33 (66%) começaram a manifestar a doença na infância (até os 12 anos); 15 (30%) na adolescência e apenas um (2%) na fase adulta. O calor foi responsável pela crise de suor em 17 (34%) pacientes e a ansiedade esteve presente em 19 (38%). Irritação gerava crise de suor em 31 (62%). Hiperidrose compensatória ocorreu em 39 (78%) pacientes, sendo que três (6%) tiveram compensação plantar e 28 (56%) no dorso e oito (16%) simultaneamente no dorso e plantar, 46 (92%) consideram que a qualidade de vida após a operação "melhorou". CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico da hiperidrose melhora a qualidade de vida, porém a hiperidrose compensatória ocorre em quase todos os pacientes.
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OBJETIVO: Discutir a estratégia cirúrgica para tratamento de lesões hepáticas penetrantes graves através de tamponamento com balão intra-hepático. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 18 pacientes com trauma hepático penetrante, tratados com balão, atendidos em um hospital de referência em trauma no sul do Brasil. Foram avaliados: idade, sexo, grau da lesão hepática, segmentos acometidos, quantidade de solução salina infundida no balão intra-hepático e seu tempo de permanência, lesões associadas, terapia nutricional, hemotransfusões, complicações, antibioticoterapia, necessidade de UTI e tempo de internamento. RESULTADOS: Todos os pacientes eram do sexo masculino com idade média de 22,5 anos (18-48). As feridas por arma de fogo foram mais prevalentes, sendo a localização mais comum a região torácica e a transição tóraco-abdominal. A lesão associada mais comum foi a do diafragma, e o segmento hepático mais acometido foi o VIII (29,6%). Sete pacientes (38,9%) sobreviveram e a complicação mais comum foi fístula biliar (42,8%). Dos 11 (61,1%) pacientes que foram a óbito, seis morreram no mesmo dia em que foram operados, três ficaram em média 18,6 dias internados e os demais morreram no 2° e 3° do pós-operatório. CONCLUSÃO: O tratamento das lesões hepáticas transfixantes costuma ser de difícil manejo cirúrgico e com alto índice de morbimortalidade. O uso do balão intra- hepático foi eficaz no tratamento dessas lesões, porém não é isento de complicações tendo suas indicações bem definidas.
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OBJETIVO: Fazer avaliação epidemiológica de 87 pacientes vítimas de traumatismo da medula espinhal, internados no hospital universitário da UFMA entre Janeiro de 2008 e Junho de 2009. MÉTODOS: Estudo transversal retrospectivo, segundo: sexo; idade; segmento da coluna comprometido e causa do traumatismo, submetendo estes dados à análise estatística (teste do quiquadrado). RESULTADOS: predomínio significativo (p<0,001) do sexo masculino, com 81,6% (71) dos casos, e da faixa etária entre 21 e 30 anos de idade (p<0,001), com 39,1% (34) dos casos. A média de idade foi 33,96±13,56 anos. A proporção de quedas de altura foi significativamente maior do que a dos acidentes automobilísticos (p<0,001) e motociclísticos (p<0,001). O segmento da coluna significativamente (p<0,001) mais comprometido foi o torácico 37,9% (33) dos casos. Os acidentes de trânsito aparecem em maior proporção entre os homens (p=0,014). A coluna cervical foi mais acometida no sexo masculino (p=0,043). As fraturas toracolombares foram provocadas, em maior proporção, pelas quedas de altura (p=0,003), enquanto que acometimento da coluna torácica é significativamente maior (p=0,016) nos acidentes de trânsito. CONCLUSÃO: o grupo de maior risco para o traumatismo da coluna espinhal é o de adultos jovens masculinos. Apesar de existir uma diferença entre os sexos quando se correlacionam os acidentes de trânsito, a queda de altura é a principal causa em ambos os sexos.
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OBJETIVO: Avaliar o comportamento da função pulmonar, força muscular respiratória e qualidade de vida no pré e pós-operatório de pacientes submetidos às toracotomias eletivas. MÉTODOS: Foram avaliados 19 pacientes submetidos à toracotomia eletiva para obtenção dos parâmetros: capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), pressão inspiratória máxima (PImax), pressão expiratória máxima (PEmax) e qualidade de vida mediante aplicação do questionário SF-36. Os exames foram realizados no pré-operatório, 2°, 10°, 15°, 30° e 60° dia de pós-operatório. Foram feitas análises de normalidade dos dados utilizando-se o teste de Shapiro-Wilk, análise descritiva das variáveis de estudo, bem como, análise de variância com comparações múltiplas utilizando-se os testes ANOVA e Friedman, com valor de p <0,05. RESULTADOS: Houve significativa redução nas variáveis espirométricas e nas pressões respiratórias máximas no 2° pós-operatório. CVF retornou aos valores pré-operatórios entre o 15° e o 30° pós-operatório, enquanto que VEF1 retornou entre o 10° e 15°. PImax e PEmax retornam aos valores pré-operatórios entre o 10° e 15° pós-operatório. Houve redução da qualidade de vida nos domínios capacidade funcional e aspectos físicos, que retornaram aos valores pré-operatórios em até dois meses após o procedimento cirúrgico. CONCLUSÃO: Foi verificada significativa redução na função pulmonar e na força muscular respiratória, que retornaram aos valores basais em até 30 dias após o procedimento cirúrgico. Houve queda na qualidade de vida, que persistiu por até 60 dias após a operação.
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OBJETIVO: Investigar fatores de risco para óbito intra-hospitalar em diabéticos submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 305 pacientes. Foram avaliadas média de idade, taxa de mortalidade intra-hospitalar, uso de circulação extracorpórea, débito cardíaco no período pós-operatório e uso da artéria torácica interna. Análise univariada para variáveis categóricas foi executada com teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher, conforme apropriado. Potenciais fatores de risco com valor de P <0,05 na análise univariada foram incluídos na análise multivariada, que foi realizada por regressão logística backward. Valores de P <0,05 foram considerados estatisticamente significativos. RESULTADOS: A população estudada apresentou média de idade de 61,44 anos (±9,81), sendo 65,6% (n=200) do sexo masculino. A taxa de mortalidade intra-hospitalar foi de 11,8% (n=36). Os fatores de risco independentes para óbito mostraram: uso de circulação extracorpórea OR 6,15; IC 95% 1,57-24,03; P=0,009 e baixo débito cardíaco no período pós-operatório com OR 34,17; IC 95% 10,46-111,62; P<0,001. O uso de artéria torácica interna foi fator protetor independente para óbito com OR 0,27; IC 95% 0,08-0,093; P=0,038. CONCLUSÃO: Este estudo identificou como fatores de risco independentes para óbito após a operação o uso de circulação extracorpórea e síndrome de baixo débito cardíaco. O uso da artéria torácica inerna foi fator protetor independente.
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O traumatismo é a causa mais comum de mortes na população economicamente ativa e o trauma torácico é responsável direta ou indiretamente em um quarto destas mortes, aos quais as lesões de grandes vasos torácicos relacionam-se às mortes imediatas ou precoces no ambiente hospitalar. Dentro dos doentes que chegam vivos, pode-se dividi-los em estáveis ou instáveis, a via de acesso para a abordagem destes vasos irá depender desta situação, bem como de suas particularidades anatômicas, o que poderá implicar em incisões combinadas para uma adequada exposição. Neste artigo serão revisadas e discutidas as lesões destas estruturas e as vias acesso às mesmas.
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OBJETIVO: Descrever as alterações do exame radiográfico de tórax em pacientes com diagnóstico de hérnia diafragmática pós-traumática (HDPT) confirmado no intraoperatório. MÉTODOS: No período entre janeiro de 1990 e agosto de 2008 foram tratados 45 pacientes com HDPT. Foram analisados dados demográficos, mecanismo de trauma, alterações na radiografia convencional de tórax (Rtx), extensão e localização da lesão do diafragma e órgãos herniados. Foram descritos os achados radiográficos mais frequentes identificados por assistentes da cirurgia e da radiologia. RESULTADOS: A Rtx foi realizada em 32 pacientes, com predomínio do sexo masculino (27 casos - 84,4%) e a média das idades foi 34 anos. O mecanismo de trauma mais frequente foi o contuso (25 casos - 78,1%). O exame radiográfico de tórax apresentava alterações sugestivas de HDPT em 26 casos (81,3%). Na laparatomia exploradora constatou-se HDPT à esquerda em 28 casos (87,5%) e à direita em 4 (12,5%). O órgão herniado mais frequente foi o estômago. CONCLUSÃO: O estudo mostrou que o Rtx é muito útil na pesquisa inicial no diagnóstico de HDPT. A dificuldade é que as lesões de diafragma, principalmente após trauma penetrante, podem passar inicialmente despercebidas, sem alterações nesse método de imagem, tornando o diagnóstico difícil.
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A videocirurgia em Cirurgia Pediátrica encontra um imenso campo de aplicações ainda, infelizmente, pouco explorado. São poucos os serviços que utilizam rotineiramente essa via de acesso e são escassas as referências nacionais publicadas. O Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr) há uma década e meia a utiliza e hoje a videocirurgia é a via de primeira escolha para tratar, entre outras doenças, o refluxo gastresofagiano, a colecistopatia calculosa, o testículo não palpável e o megaesôfago. Neste artigo relataremos a experiência em videocirurgia pediátrica do ICr, adquirida com 1408 pacientes operados, para divulgar e popularizar esta via de acesso, útil e benéfica para um grande número de situações e ainda subutilizada em Cirurgia Pediátrica.
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A artrogripose múltipla congênita é caracterizada pela presença, ao nascimento, de múltiplas contraturas articulares. O diagnóstico pré-natal é difícil, existindo poucos relatos na literatura. Baseia-se, especialmente, na combinação de acinesia fetal, posição anormal dos membros, retardo de crescimento intra-uterino e polidrâmnio. Descrevemos um caso de artrogripose múltipla congênita diagnosticado pela ultra-sonografia no terceiro trimestre gestacional. Os principais achados foram a ausência de movimentação fetal, polidrâmnio e concepto com retardo de crescimento intra-uterino, tipo misto, com acentuada diminuição da circunferência abdominal e torácica, implantação baixa dos pavilhões auriculares, micrognatia, flexão contínua dos membros inferiores e superiores, rotação interna dos fêmures e pé torto à direita.
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Objetivos: avaliar a efetividade da realização de cariótipo em líquido pleural obtido por toracocentese de um grupo de fetos portadores de derrame pleural. Métodos: foram avaliados 15 fetos com derrame pleural uni ou bilateral nos quais se realizou uma punção da cavidade torácica. A idade gestacional variou entre 19 e 34 semanas. Os fetos foram estudados com ultra-sonografia morfológica para determinar a presença de anomalias associadas. Nos casos em que não se obteve o cultivo em líquido pleural foi realizada cordocentese para a realização do cariótipo. O líquido pleural obtido foi enviado para cultura de linfócitos e cariótipo, sendo a técnica de cultivo semelhante à realizada com sangue. Resultados: dos 15 casos estudados foi obtido cariótipo em 12, e destes, em quatro se encontrou a trissomia do cromossomo 21 e os outros 8 foram normais. Em todos os casos, normais ou alterados, o cariótipo foi confirmado no sangue dos recém-nascidos e por meio do exame neonatal ou da necropsia. Não ocorreram complicações maternas ou fetais relacionadas ao procedimento invasivo. Conclusões: o cariótipo em líquido pleural obtido por toracocentese mostrou ser procedimento eficaz e seguro, devendo ser empregado nos casos de fetos com derrame pleural.
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OBJETIVO: avaliar por meio da fotogrametria as alterações posturais de mulheres com dor pélvica crônica. MÉTODOS: foram avaliadas 30 mulheres com queixa de dor pélvica crônica e 37 sem essa queixa, totalizando 67 mulheres. A avaliação constituiu de anamnese, colocação de marcadores fixos em pontos anatômicos definidos e obtenção de fotografias em vista frontal, posterior, lateral esquerda e direita. A análise das fotos foi realizada com o software CorelDraw®, versão 11.0. Foram identificados valores para as variáveis de análise postural de tornozelo, joelho no plano sagital, pelve, lordose lombar, cifose torácica, escápula aduzida/abduzida, ombros, cabeça e teste do terceiro dedo ao chão. As variáveis qualitativas estudadas foram joelho (varo, valgo ou normal), presença ou não de escápula alada e de nivelamento de ombros. Para as análises estatísticas utilizamos o Statistical Package for Social Sciences, versão 16.0. Para a comparação entre as variáveis qualitativas foi utilizado o teste exato de Fisher e método de Monte-Carlo e, para a comparação de dados quantitativos foi utilizado o teste t ou o de Mann-Whitney. As comparações entre os dados contínuos corrigidos para possíveis variáveis de confusão foram feitas pela análise de covariância univariada. O nível de significância foi estabelecido como 0,05 ou 5%. RESULTADOS: foi observada diferença significante entre casos e controles para cabeça protusa (47,5 e 52,0º, respectivamente; p<0,0001) e ombros protusos (1,9 e 1,6 cm, respectivamente; p=0,03). As demais variáveis não apresentaram diferenças significativas. CONCLUSÕES: com os resultados obtidos sugere-se atenção à postura da cabeça e dos ombros, à postura antálgica e ao fator emocional. A mulher com dor pélvica crônica deve ser tratada levando-se em consideração suas alterações musculoesqueléticas individuais, condições sociais e emocionais.
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OBJETIVO: relatar uma série de três casos de uma normal variation conhecida como músculo esternal simulando lesão mamária. MÉTODOS: a suspeita diagnóstica foi feita a partir do quadro clínico, achados no exame físico e aspectos de imagem, sendo confirmada por meio de métodos de imagem seccionais, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Foi realizada uma revisão da literatura no banco de dados Medline e em livros-texto de radiologia mamária sobre os aspectos anatômicos, clínicos e de imagem do músculo esternal. RESULTADOS: três pacientes do sexo feminino, sem queixas, que apresentaram lesões mamárias de aspecto nodular na projeção dos quadrantes mediais (duas em exame mamográfico de rotina e uma em TC). O diagnóstico de músculo esternal foi confirmado por meio de RM de mamas ou TC de tórax, demonstrando imagem alongada, localizada na região paraesternal esquerda, adjacente ao músculo peitoral. CONCLUSÕES: o músculo esternal é uma variante não usual da musculatura da parede torácica, presente em cerca de 2 a 8% da população. O conhecimento dessa entidade é fundamental, pois pode simular nódulo mamário.
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OBJETIVO: Avaliar a influência das complicações maternas, da prematuridade, dos parâmetros antropométricos do feto e de condições do recém-nascido nos diferentes graus de corioamnionite. MÉTODOS: Foram analisadas 90 placentas provenientes de partos realizados no Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro com diagnóstico de inflamação no exame anatomopatológico. A revisão dos prontuários foi realizada para adquirir informações materno-fetais relevantes. A infecção foi classificada em: grau I - deciduíte; grau II - corioamnionite; grau III - corioamnionite e vasculite; grau IV - sepse neonatal; e grau V - morte fetal e pneumonite. RESULTADOS: Dentre as gestantes analisadas, 50,0% não apresentaram intercorrências, 15,0% apresentaram amniorrexe prematura, 15,0% infecção do trato urinário, 7,5% síndromes hipertensivas, 7,5% infecção transvaginal, 5,0% infecção hematogênica e 11,1% outras complicações. Mais da metade dos neonatos eram do sexo masculino e 72,2% a termo. Analisando o grau de corioamnionite, 56,7% apresentaram o grau I, 22,2 % grau II, 4,4% grau III, 10,0% grau IV e 6,7% grau V. Na análise estatística foi utilizado o Teste Χ2 para a análise de variáveis qualitativas e o Teste de Spearman para a análise das correlações. Os graus mais elevados de corioamnionite foram observados nos casos que apresentaram intercorrências maternas. Foram observadas correlações negativas entre todos os parâmetros fetais e o grau de corioamnionite, sendo significativa em relação ao peso, ao comprimento, à circunferência torácica e ao Apgar no primeiro e quinto minuto. CONCLUSÕES: Os diferentes padrões de corioamnionite estão relacionados a diferentes manifestações clínicas materno-fetais, influenciando nas condições de vida do recém-nascido e na gravidade de lesões morfológicas encontradas em natimortos.
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OBJETIVO: Identificar a etiologia da hidropisia fetal não imune em gestantes diagnosticadas e encaminhadas para acompanhamento pré-natal. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com análise dos casos de hidropisia fetal não imune que foram acompanhados entre março de 1992 e dezembro de 2011. Os casos tiveram confirmação diagnóstica pela presença de edema de subcutâneo fetal (≥5 mm) com derrame em pelo menos uma cavidade serosa por meio da ultrassonografia obstétrica, e a investigação etiológica foi realizada com pesquisa citogenética (cariótipo), infecciosa (sífilis, parvovírus B19, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, adenovírus e herpes simples), hematológica e metabólica (erros inatos), além de com ecocardiografia fetal. Foram excluídas as gestações gemelares. A análise estatística foi efetuada pelo teste do χ² para aderência (software R 2.11.1). RESULTADOS: Foram incluídas 116 pacientes com hidropisia fetal não imune, sendo que 91 casos (78,5%) tiveram a etiologia elucidada e 25 casos (21,5%) foram classificados como causa idiopática. A etiologia cromossômica foi a que apresentou maior número de casos, totalizando 26 (22,4%), seguida da etiologia linfática com 15 casos (12,9%, sendo 11 casos de higroma cístico), da etiologia cardiovascular e da infecciosa com 14 casos cada (12,1%). Os demais casos tiveram etiologia torácica em 6,9% (oito casos), síndromes malformativas em 4,3% (cinco casos), tumores extratorácicos em 3,4% (quatro casos), metabólica em 1,7% (dois casos), hematológica, gastrintestinal e geniturinária em 0,9% cada (um caso cada). No período pós-natal, foram seguidos 104 casos por até 40 dias de vida, 12 casos tiveram morte fetal intrauterina. A sobrevida desses 104 recém-nascidos foi de 23,1% (24 sobreviveram). CONCLUSÃO: a etiologia da hidropisia diagnosticada na gestação deve tentar ser esclarecida, uma vez que está associada a um amplo espectro de doenças. É especialmente importante para determinar se uma condição potencialmente tratável está presente e para identificar doenças com risco de recorrência em futuras gestações para aconselhamento pré-concepcional adequado.