999 resultados para Avaliação periódica de saúde
Resumo:
Avaliou-se em laboratrio a eficcia de um prottipo de capa de tela de polister (evidengue) destinada a vedar o acesso de fmeas do mosquito Aedes aegypti a pratos de vasos de planta. Dois pratos de vasos com gua foram envolvidos individualmente com a capa e colocados com os seus respectivos vasos em duas gaiolas entomolgicas, um em cada gaiola. Numa terceira gaiola foi colocado um conjunto idntico de prato e vasos sem a capa. Cada gaiola recebeu 20 fmeas copuladas do mosquito, alimentadas com sangue de camundongo. Os resultados mostram que a capa foi eficaz como barreira ao acesso de fmeas. Novos testes so necessrios para se avaliar a eficcia da capa como dispositivo de preveno da ovipostura nos pratos.
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OBJETIVO: Analisar o estado parasitolgico de famlias de comunidade indgena aps instituio de medidas de controle para enteroparasitos. MTODOS: Estudo longitudinal realizado entre 2004 e 2006 com 447 pessoas da etnia Kaingng, no municpio de Cndido de Abreu, PR. As medidas de controle de enteroparasitos foram: melhorias sanitrias em 2003, tratamentos antiparasitrios realizados durante o perodo de estudo e atividades de educao em saúde iniciadas em 2005. Foram obtidos indicadores parasitolgicos de saúde em trs inquritos coproparasitolgicos em 2004, 2005 e 2006 quando foram coletadas 250, 147 e 126 amostras de fezes, respectivamente. Foram utilizados os mtodos de sedimentao espontnea, centrfugo-flutuao e Kato/Katz. As condies de moradia e higiene foram determinadas utilizando-se questionrio aplicado a 69 (2004), 57 (2005) e 38 (2006) das 90 famlias. RESULTADOS: As prevalncias totais de enteroparasitos de 2004-06 foram, respectivamente: 91,6%, 94,6% e 87,3%, sem reduo significativa. A prevalncia de algumas espcies reduziu enquanto que a de outras aumentou significativamente. As infeces de alta intensidade por geoelmintos apresentaram taxas menores de 2% no perodo do estudo. Houve aumento nas taxas de entrevistados que relataram usar o banheiro (p<0,005) de 38,8% para 71,1% e ter tomado antiparasitrio (p=0,001) de 70,2% para 100,0%. CONCLUSES: Houve melhora significativa de indicadores parasitolgicos de saúde da populao como a reduo na prevalncia de algumas espcies de enteroparasitos, alm da manuteno de baixa carga parasitria, mostrando a importncia de se associar o tratamento antiparasitrio s melhorias sanitrias.
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OBJETIVO: Descrever a estrutura fsica, recursos humanos e modalidades de ateno existentes nos centros de ateno psicossocial (CAPS). MTODOS: Foram includos no estudo 21 CAPS para atendimento de adultos, vinculados Secretaria Municipal de Saúde de So Paulo (SP), entre 2007 e 2008. Foram coletadas informaes sobre as instalaes fsicas dos servios, recursos humanos disponveis e procedimentos de cuidado ao paciente, utilizando instrumento padronizado. Foram realizados anlise descritiva dos dados e o teste de qui-quadrado para testar a associao entre os tipos de atividades e a origem e localizao dos servios. RESULTADOS: Dez servios foram criados como ambulatrios e posteriormente transformados, oito eram hospitais-dia e apenas trs foram criados como CAPS. Nenhum servio funcionava diariamente durante 24 horas. Metade dos servios funcionava em imveis alugados, com instalaes fsicas inadequadas especialmente para atendimentos grupais. A composio das equipes dos servios foi bastante diversa. As atividades desempenhadas nos CAPS foram heterogneas, com maior valorizao das atividades grupais desenvolvidas com usurios dentro dos CAPS e pouca integrao aos outros equipamentos de saúde. As atividades grupais de arte e cultura foram as mais freqentes em todos os servios. Os servios de origem ambulatorial apresentavam atividades artesanais e os que haviam sido hospitais-dia realizavam mais atividades de integrao psicofsica. O perfil de atividades relacionou-se distribuio regional dos servios. CONCLUSES: A heterogeneidade dos CAPS parece se relacionar histria dos programas de saúde mental implementados no municpio desde a dcada de 1980 e diversidade socioeconmica e cultural das regies da cidade, bem como s diferentes composies das equipes observadas. Diferentes modelos de ateno psicossocial foram encontrados, desde a constituio de "equipamentos-sntese" dos quais os usurios no recebem alta, at servios que encaminham e do alta aps a estabilizao dos sintomas dos usurios, numa tentativa de construo de uma rede de cuidados.
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OBJETIVO: Analisar a organizao do trabalho em centros de ateno psicossocial a partir da lgica da rea de gesto de servios. MTODOS: Foi realizada uma anlise organizacional por meio de estudo de caso em um servio de ateno psicossocial em So Paulo (SP), entre 2006 e 2007. Foram analisadas cinco fontes de informao: documentos do Ministrio da Saúde, relatrios de pesquisa realizada no servio estudado, registros do servio, entrevistas com trabalhadores do CAPS e gestores de saúde e observao simples. As entrevistas versaram sobre objetivos, resultados e avaliação do processo de trabalho. Cada fonte recebeu tratamento diferenciado de acordo com sua finalidade. Posteriormente um dilogo dos resultados obtidos visou a construo de uma cadeia de observaes sobre a qual se fundamentou o estudo do caso. RESULTADOS: O CAPS se prope a entregar resultado altamente intangvel, que contempla o usurio no seu contexto social. A mudana almejada nas condies do usurio foi descrita como "a pessoa vivendo melhor". Tal condio possui difcil definio e compreenso acerca dos detalhes e limites dessa mudana, sendo, portanto, difcil medir os resultados. Aliado a isso, o processo de trabalho envolve atividades no rotineiras, no previstas e algumas vezes simultneas, de tal forma que a equipe encontra dificuldade de reconhecer e legitimar os esforos para fazer o trabalho acontecer, fato descrito pelos trabalhadores como invisibilidade do trabalho. CONCLUSES: O processo de avaliação mostrou-se um aspecto complexo dessa intangibilidade aliado inadequao e a insuficincia da estrutura administrativa do sistema de saúde municipal para acolher um servio dessa natureza. Os resultados permitiram compreender melhor um campo de trabalho em que a subjetividade de trabalhadores e de usurios inerente ao processo de gesto de servios.
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Introduo A avaliação da aptido fsica permite a identificao de nveis de incapacidade e risco de perda funcional, pelo que extremamente til na estruturao de programas de atividade fsica especficos, que constituem a primeira interveno no que toca interveno no-farmacolgica na Hipertenso Arterial Sistmica (HAS). Objetivo Avaliar a aptido fsica funcional e os nveis de atividade fsica de idosos hipertensos da Cidade da Praia Cabo Verde. Metodologia A flexibilidade, fora e resistncia muscular, resistncia aerbia e composio corporal foram avaliadas atravs da bateria de Fullerton e dinamometria isomtrica manual. O nvel de atividade fsica foi avaliado pelo questionrio Seven Day Physical Activity Recall (7D-PAR). Resultados Participaram 75 idosos, com idades compreendidas entre os 60 e os 99 anos, 68% dos quais eram mulheres, com ndice de massa corporal (IMC) de 25,25,4, com diagnstico clnico de HAS. O tempo despendido em atividades de intensidade moderada encontrava-se dentro dos valores recomendados, embora a atividade intensa se encontrasse muito abaixo do recomendado e no efetuassem qualquer exerccio de fora e flexibilidade. A resistncia aerbia expressa pelo Teste 6 Minutos de Marcha (T6MM) apresentou valores mdios baixos (293,5112,2m), bem como a flexibilidade e a fora de preenso. Esta associao um indicador de baixa capacidade funcional. Concluso Os baixos nveis de aptido fsica apresentados, associados a baixos nveis de atividade fsica indiciam baixa capacidade funcional e justificam a necessidade urgente da insero de programas de atividade fsica nesta populao.
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Os sistemas Computer-Aided Diagnosis (CAD) auxiliam a deteo e diferenciao de leses benignas e malignas, aumentando a performance no diagnstico do cancro da mama. As leses da mama esto fortemente correlacionadas com a forma do contorno: leses benignas apresentam contornos regulares, enquanto as leses malignas tendem a apresentar contornos irregulares. Desta forma, a utilizao de medidas quantitativas, como a dimenso fractal (DF), pode ajudar na caracterizao dos contornos regulares ou irregulares de uma leso. O principal objetivo deste estudo verificar se a utilizao concomitante de 2 (ou mais) medidas de DF uma tradicionalmente utilizada, a qual foi designada por DF de contorno; outra proposta por ns, designada por DF de rea e ainda 3 medidas obtidas a partir destas, por operaes de dilatao/eroso e por normalizao de uma das medidas anteriores, melhoram a capacidade de caracterizao de acordo com a escala BIRADS (Breast Imaging Reporting and Data System) e o tipo de leso. As medidas de DF (DF contorno e DF rea) foram calculadas atravs da aplicao do mtodo box-counting, diretamente em imagens de leses segmentadas e aps a aplicao de um algoritmo de dilatao/eroso. A ltima medida baseia-se na diferena normalizada entre as duas medidas DF de rea antes e aps a aplicao do algoritmo de dilatao/eroso. Os resultados demonstram que a medida DF de contorno uma ferramenta til na diferenciao de leses, de acordo com a escala BIRADS e o tipo de leso; no entanto, em algumas situaes, ocorrem alguns erros. O uso combinado desta medida com as quatro medidas propostas pode melhorar a classificao das leses.
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Estudo conduzido com o objetivo de contribuir para o planejamento e implementao de polticas de qualificao profissional no campo da saúde. Foram analisados 14 cursos de graduao da rea da saúde: biomedicina, cincias biolgicas, educao fsica, enfermagem, farmcia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinria, nutrio, odontologia, psicologia, servio social e terapia ocupacional, no perodo de 1991 a 2008. Dados sobre nmero de ingressantes, taxa de ocupao de vagas, distribuio de concluintes por habitante, gnero e renda familiar foram coletados a partir dos bancos do Ministrio da Educao. Para o curso de medicina, a relao foi de 40 candidatos por vaga nas instituies pblicas contra 10 nas privadas. A maioria dos ingressantes era composta por mulheres. A regio Sudeste concentrou 57% dos concluintes, corroborando o desequilbrio de distribuio regional das oportunidades de formao de profissionais de saúde e indicando a necessidade de polticas de incentivo reduo dessas desigualdades.
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Objectivos - Na sociedade atual as pessoas so diariamente expostas a inmeras situaes de stress. As exaltaes vividas so transformadas em energia pulsional que por sua vez deve ser despendida segundo trs vias: psquica, motora e visceral. Se esta energia no for despendida pelas duas primeiras vias, acumula-se como carga psquica originando tenso psquica. A tenso gerada vai repercutir-se na saúde de cada indivduo. Uma das causas da Coriorretinopatia Central Serosa (CRCS) o stress. A CRCS uma patologia de carcter espordico, caracterizada por um descolamento seroso espontneo da retina neuro sensorial na regio macular, com consequente comprometimento da acuidade visual (AV). Sendo uma patologia de carcter espordico desencadeada por situaes de stress, pretende-se caracterizar as manifestaes consequentes desta patologia, bem como abordar os factores diagnsticos da mesma, no caso em estudo. Metodologia - Estudo de caso. Anlise de um paciente do sexo masculino, de 36 anos de idade, com diagnstico de CRCS. Resultados - A CRCS caracteriza-se por um descolamento seroso da retina neuro sensorial na regio macular, com comprometimento da viso. O paciente chegou consulta com queixa de baixa de acuidade visual sbita do olho esquerdo. Realizaram-se exames para concluir o diagnstico sendo estes, OCT, angiografia e avaliação da acuidade visual. Na angiografia verifica-se afeo da rea macular, ao OCT verifica-se descolamento seroso da retina neuro sensorial na regio macular. A acuidade visual era de 6/10 no olho esquerdo e 10/10 no olho direito. Apresentava ainda queixas de metamorfopsias. Discusso / Concluso - Ainda que a etiologia da CRCS no seja totalmente conhecida, encontra-se associada a situaes de stress, a hipertenso arterial, a comportamentos decorrentes da forma exagerada e ansiosa de viver, competitividade, gravidez e medicao sistmica de esterides. O tratamento inicial recomendado repouso absoluto, caso se verifique insucesso o tratamento passar pela realizao de terapia fotodinmica.
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OBJETIVO: Compreender como enfermeiras da Estratgia Saúde da Famlia vivem a superposio de atribuies e construo da autonomia tcnica. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Pesquisa qualitativa realizada com 22 enfermeiras em Recife, PE, entre agosto de 2005 e novembro de 2006. A partir de avaliação da gerncia (acesso geogrfico, conflitos na equipe, entre equipe e distrito, entre equipe e comunidade e violncia pblica na rea), em cada um dos seis distritos sanitrios foram selecionadas quatro equipes. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Os principais temas no roteiro referiram-se a expectativas e relevncia do trabalho, organizao e processo de trabalho e sentimentos sobre as prticas. Os resultados foram interpretados sob a perspectiva do burnout. ANLISE DOS RESULTADOS: Foi recorrente a opinio das enfermeiras sobre nmero excessivo de famlias, suporte organizacional insuficiente e presses advindas de demandas insatisfeitas dos usurios. A sobreposio de assistncia e administrao provocou sobrecarga, gerando ansiedade, impotncia, frustrao e sentimento de ser injustiada na diviso de tarefas na equipe. A dimenso clnica da prtica motivou insegurana de natureza tcnica e tica, alm de satisfao pelo poder e prestgio conquistados pela categoria profissional. A formao mdica especializada representou um obstculo para concretizar a interdependncia da autonomia e responsabilidade. Foram relatados estresse, insatisfao, adoecimento fsico e mental, reconhecimento da relevncia do trabalho e importncia do prprio desempenho e baixo envolvimento laboral. CONCLUSES: Diante da falta de expectativa de mudanas em curto prazo, a sobreposio de baixa realizao profissional e esgotamento provocam atitudes negativas, indicando a importncia da promoo da saúde para ampliar a possibilidade de interferncia e mudana nas condies de trabalho.
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OBJETIVO: Avaliar a resposta imune humoral do esquema de pr-exposio da raiva humana realizado pelas vias intramuscular e intradrmica e a necessidade de sorologia de controle. MTODOS: Estudo de interveno controlado e randomizado, realizado em So Paulo, SP, em 2004-2005. Foram recrutados 149 voluntrios, dos quais 127 (65 intradrmica e 62 intramuscular) completaram o esquema de vacinao e realizaram avaliação da resposta imune humoral dez, 90 e 180 dias aps o trmino da vacinao. Foram considerados dois desfechos para a comparao entre as duas vias de aplicao: a mdia geomtrica do ttulo de anticorpos neutralizantes e a proporo de indivduos com ttulos satisfatrios (> 0,5 UI/mL) em cada momento de avaliação. Foi analisada a associao da resposta humoral com dados antropomtricos e demogrficos por meio de teste de mdias e qui-quadrado com correo de Yates. Aps a concluso do esquema foram feitas a comparao da proporo de soropositivos pelo teste de Kruskall Wallis e a comparao dos ttulos mdios por anlise de varincia. RESULTADOS: Os ttulos mdios de anticorpos foram maiores nos indivduos que receberam as vacinas por via intramuscular. A percentagem de voluntrios com ttulos satisfatrios (> 0,5 UI/mL) diminuiu com o tempo em ambos os grupos, porm, no grupo que recebeu as vacinas por via intradrmica, a proporo de ttulos satisfatrios no dia 180 variou de 20% a 25%, enquanto pela via intramuscular variou de 63% a 65%. No se observou associao da resposta imune humoral com as variveis demogrficas ou antropomtricas. CONCLUSES: A sorologia aps a terceira dose pode ser considerada desnecessria em indivduos sob controle quanto exposio, uma vez que 97% e 100% dos voluntrios vacinados, respectivamente por via intradrmica e pela via intramuscular, apresentaram nveis de anticorpos satisfatrios (> 0,5 UI/mL).
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OBJETIVO: Avaliar o desempenho e a integrao entre as dimenses de assistncia e de ensino dos hospitais universitrios brasileiros. MTODOS: Um modelo de data envelopment analysis em redes (network DEA) foi elaborado para aferir o desempenho de hospitais universitrios federais, o qual permite considerar a relao entre as dimenses de ensino e de assistncia, simultaneamente. Foram utilizados os dados do Sistema de Informao dos Hospitais Universitrios do Ministrio da Educao, referentes ao segundo semestre de 2003, e os resultados do modelo network foram comparados queles dos modelos DEA tradicionais para avaliação das vantagens da nova proposta metodolgica. RESULTADOS: A eficincia dos hospitais avaliados variou entre 0,19 e 1,00 (mdia = 0,54). O escore dimensional mostrou que os hospitais priorizam o ganho de eficincia assistencial. Observou-se que h necessidade de dobrar o nmero de alunos de medicina e de aumentar os residentes em 14% para que se tornem eficientes na dimenso de ensino. CONCLUSES: O modelo mostrou utilidade de aplicao tanto para os gestores das unidades, visando integrao docente-assistencial, como para os rgos reguladores, na definio de polticas e incentivos.
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Ainda que a saúde mental dos doentes crnicos seja cada vez mais uma preocupao dos profissionais de saúde, no generalizada a avaliação rotineira do seu funcionamento sexual, que poder ter impacto sobre a sua saúde mental. O objectivo do presente estudo explorar a relao entre funcionamento sexual e saúde mental em doentes crnicos. Foram avaliados 77 adultos com diabetes tipo 1, 40 com diabetes tipo 2, 100 com esclerose mltipla, 79 com epilepsia, 205 com obesidade e 106 com cancro, recorrendo a um Questionrio Scio-demogrfico e Clnico, Escala de Funo Sexual do MSQOL-54 e Escala de Saúde Mental do SF-36. Na amostra total, verificaram-se correlaes lineares estatisticamente significativas entre Funcionamento Sexual e Saúde Mental nos dois sexos (homens: r(161)=-0,35, p<0,0001; mulheres: r(387)=-0,36, p<0,0001). Entre os homens, as correlaes oscilaram entre rs(33)=-0,58 (p<0,0001) e rs(34)=-0,21 (p=0,23); entre as mulheres, entre rs(161)=-0,49 (p<0,0001) e rs(19)=-0,03 (p=0,89). Mais concretamente, nos indivduos com diabetes tipo 1 e cancro verificaram-se correlaes lineares estatisticamente significativas entre Funcionamento Sexual e Saúde Mental nos dois sexos; nos indivduos com diabetes tipo 2 e esclerose mltipla no se verificaram correlaes significativas em nenhum dos sexos; nos indivduos com obesidade s se verificaram correlaes significativas nos indivduos do sexo feminino; nos indivduos com epilepsia s se verificaram correlaes significativas nos indivduos do sexo masculino. Os resultados sugerem que a promoo do funcionamento sexual de doentes crnicos poder saldar-se por uma melhoria na sua saúde mental (e vice-versa), mas no em todas as doenas crnicas analisadas.
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OBJETIVO: Desenvolver e testar um instrumento para avaliação do nvel de conhecimento do paciente sobre a prescrio de medicamentos. MTODOS: O estudo foi realizado com usurios cadastrados nas Unidades de Estratgia de Saúde da Famlia de Santa Cruz do Sul, RS, recrutados por amostragem consecutiva. Foram considerados nome do medicamento, indicao teraputica, dose, horrios de administrao, forma de utilizao, durao do tratamento, atitude no caso de esquecimento de doses, possveis efeitos adversos e interaes. Cada item da escala foi ponderado segundo importncia para a utilizao segura do medicamento prescrito. O questionrio foi testado por meio de entrevistas com os usurios em 2006 e pela anlise de 320 prescries. Foram calculadas estatsticas descritivas, razes de prevalncias e qui-quadrado para variveis categricas e teste de Tukey para comparao de mdias. RESULTADOS: O nvel de conhecimento da terapia medicamentosa foi considerado bom para 11,3% dos entrevistados, regular para 42,5% e insuficiente para 46,3%. Os maiores nveis de conhecimento foram observados nos horrios de administrao, indicao teraputica e durao do tratamento. Os menores nveis ocorreram em dose, efeitos adversos e o que fazer no caso de esquecimento de uma ou mais doses do medicamento. CONCLUSES: O instrumento proposto permitiu examinar a magnitude da lacuna existente entre o que o paciente deve saber e o que ele realmente sabe sobre seus medicamentos. Assim, possvel detectar focos de preveno, educao e acompanhamento para evitar problemas relacionados utilizao no segura dos medicamentos.
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OBJETIVO: Validar metodologia por cromatografia lquida de alta eficincia para determinao do teor de sinvastatina em cpsulas manipuladas. MTODOS: Foram avaliadas 18 amostras de cpsulas de sinvastatina 40 mg de farmcias magistrais de So Paulo, Guarulhos, So Bernardo do Campo e Campinas, SP, prescritas para pacientes fictcios. As anlises basearam-se na Farmacopia Brasileira e no mtodo da cromatografia, otimizado e validado de acordo com as normas nacionais e internacionais, para os ensaios de identificao, e quantificao em cpsulas manipuladas. RESULTADOS: O peso mdio das cpsulas variou de 70 mg a 316 mg; quatro amostras apresentaram variao de peso em desacordo com a especificao. O teor de sinvastatina nas cpsulas estava de acordo com a especificao em 11 amostras; em seis, esse teor variou entre 4% e 87% do valor declarado, descumprindo os requisitos de teor do princpio ativo; a determinao do teor e uniformidade de contedo de uma amostra no foram realizadas. No teste de uniformidade de contedo, 15 amostras apresentaram valores menores que 85% e com os desvios-padres relativos maiores que 6%; trs farmcias atendiam a especificao desse ensaio. No ensaio de dissoluo, oito amostras apresentaram resultados insatisfatrios no primeiro estgio do ensaio e as demais apresentaram resultados inconclusivos. CONCLUSES: O mtodo utilizado mostrou boa adequao para aplicao em controle de qualidade, revelando a falta de qualidade de cpsulas de sinvastatina produzidas por algumas farmcias de manipulao.
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OBJETIVO: Validar as propriedades de construto e discriminante de programa de preveno e controle de infeco hospitalar. MTODOS: O programa consiste de quatro indicadores: estrutura tcnico-operacional; diretrizes operacionais de controle e preveno; sistema de vigilncia epidemiolgica; atividades de controle e preveno. Esses indicadores, cujo contedo foi previamente validado, foram aplicados em 50 instituies de saúde, no municpio de So Paulo, SP, em 2009. Utilizou-se estatstica descritiva para caracterizar os hospitais e escores dos indicadores e o coeficiente α de Cronbach para avaliar a consistncia interna. A anlise da validade discriminante foi realizada comparando-se escores dos indicadores entre grupos de hospitais, com versus sem certificao em qualidade. A anlise da validade de construto baseou-se na anlise fatorial exploratria com matriz de correlao tetracrica. RESULTADOS: Os indicadores de estrutura tcnico-operacional e vigilncia epidemiolgica apresentaram quase 100% de conformidade em toda amostra. Os indicadores de diretrizes operacionais de controle e preveno, bem como os de atividades de controle e preveno apresentaram consistncia interna com variao de 0,67 a 0,80. A validade discriminante desses indicadores apontou mdias de escores de conformidade superiores e com significncia estatstica no grupo de instituies com processos de qualificao ou acreditao em saúde. Na validao de construto foram identificadas duas dimenses para diretrizes operacionais de controle e preveno: recomendaes para preveno de infeco hospitalar e recomendaes para padronizao de procedimentos de profilaxia, com boa correlao das unidades de anlises que o compem. O mesmo ocorreu para atividades de controle e preveno: identificaram-se interface com unidades de tratamento e interface com unidades de apoio. CONCLUSES: A validao das propriedades de medidas dos indicadores de programas de controle de infeco hospitalar permite desenvolver ferramenta de avaliação desses programas de forma tica e cientfica para diagnstico de qualidade na rea.