995 resultados para ATLANTIC-FOREST LANDSCAPE
Resumo:
Devido aos seus hábitos de voar alto e se abrigar em folhas de palmeiras, há poucos registros na literatura sobre o morcego Diclidurus scutatus Peters, 1869. No Brasil, essa espécie é conhecida somente na região Norte e o presente estudo descreve sua primeira ocorrência na região Sudeste. O morcego foi encontrado morto no parapeito da janela de um apartamento do nono andar, em um edifício residencial, na área urbana da cidade de São Paulo, estado de São Paulo. Provavelmente esse morcego devia viver na Serra da Cantareira, um fragmento da mata Atlântica, próximo da cidade de São Paulo.
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Entre abril de 2005 e maio de 2006, através de censos seguindo os pressupostos da metodologia de transecção linear, foram estimadas a densidade populacional e abundância de Callicebus nigrifrons Spix, 1823 (Pitheciidae) no Parque Estadual da Cantareira, Estado de São Paulo, Sudeste do Brasil (23°23'42S, 46°35'27W). Com um esforço amostral de 275,8 km de censos, os sauás foram a segunda espécie de primata mais abundante, apresentando um índice de abundância de 1,4 grupos para cada 10 km percorridos e uma estimativa de densidade de 12,21 ind./km² (variando de 8,45 a 17,63 ind./km²). A coleta de dados auxiliares durante os censos possibilitou a verificação da dieta e uso do hábitat pelos grupos de Callicebus, e os resultados evidenciaram uma relativa adaptabilidade à ambientes perturbados.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
A Estação Ecológica dos Caetetus possui um dos maiores remanescentes de mata estacional semidecídua ainda presentes no Estado de São Paulo. Poucos estudos foram realizados nessa localidade, extremamente importante no que diz respeito às aves da Mata Atlântica do interior do Estado. Para caracterizar a avifauna da estação com dados recentes e contribuir com novos registros, foi realizado um levantamento da avifauna utilizando-se o método de Pontos de Escuta entre outubro de 2005 e dezembro de 2006. Foram registradas 226 espécies enquanto diversos autores registraram outras 68, para um total de 293. Muitas espécies são endêmicas da Mata Atlântica ou do Cerrado e algumas são ameaçadas no Estado, justificando a existência dessa unidade de conservação e provando a necessidade de inventários em longo prazo e da preservação de fragmentos de mata estacional semidecídua nativa.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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A produção de folhedo e a taxa de decomposição de folhedo (k) foram estimadas, no período de 2.8.85 a 10.8.86, numa área de 1 ha de mata atlântica de encosta (60º de inclinação e altitude de 140m), no município do Guarujá (Lat. S 24º16'; Long. W 46º19'), Estado de São Paulo. A queda pluviométrica anual média é de 2050 mm e não há estação seca definida. O solo é argilo-arenoso e ácido, com pH variando entre 3 e 4. A produção anual de folhedo foi de 7925 kg/ha. A fração folhas contribuiu com 5040 kg/ha seguida pelas frações ramos (1950 kg/ha), flores (491 kg/ha), frutos (222 kg/ha) e material de origem animal (222 kg/ha). A produção de folhedo e das frações componentes foi contínua durante todo o ano. Os valores mensais de produção não revelaram nenhum padrão sazonal. A taxa de decomposição (k) foi estimada para condições de equilíbrio dinâmico (0,72) e também utilizando a porcentagem de peso remanescente da fração foliar (0,83). O tempo médio para a decomposição de 50% do folhedo foi de 350 dias.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Lianas são membros característicos das florestas tropicais, onde são abundantes e de grande importância ecológica. Entretanto, têm sido negligenciadas em estudos florísticos e fitossociológicos. Este trabalho apresenta as espécies de lianas da Estação Ecológica do Noroeste Paulista (EENP) e as compara àquelas encontradas em outros fragmentos florestais. A EENP (20º48'36'' S e 49º22'50'' W) está a 468 m de altitude e abrange área de 168,63 ha, composta de três fragmentos de vegetação descontínua, classificada como floresta estacional semidecidual, entremeadas por pastagens. As amostras de lianas foram coletadas realizando caminhadas na periferia e no interior da mata. Foram identificadas 105 espécies; delas, 99 são Magnoliopsida (60 gêneros e 22 famílias); e seis, Liliopsida (três gêneros e três famílias). As famílias mais ricas em espécies representaram 59% do total das lianas. A análise do dendrograma de similaridade mostrou que esta é baixa entre a Floresta Atlântica de São Paulo e aquelas localizadas no interior. Situação semelhante foi observada por outros autores na análise de similaridade com espécies de porte arbóreo, e também, entre florestas do interior e Floresta Atlântica.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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A influência do desmatamento da Mata Atlântica sobre o microclima da Serra da Mantiqueira ainda não é totalmente compreendida. Para conhecer as consequências do desmatamento sobre o clima serrano é necessário realizar estudos sobre o balanço de radiação na superfície. A falta de dados possibilita conjugar imagens de satélite com dados meteorológicos em um Sistema de Informação Geográfica na determinação do balanço de radiação. O presente estudo teve por objetivo avaliar o modelo MTCLIM em dias de céu claro ou nublado para simular o balanço de radiação na Serra da Mantiqueira, divisa entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Brasil. Imagens diárias, semanais e dezesseis dias do sensor MODIS disponíveis em 2003 foram utilizadas em rotinas específicas do MTCLIM. Alvos específicos foram selecionados para avaliar o comportamento do balanço de radiação. Observou-se que o balanço de radiação acompanhou a topografia local e é influenciado pelo tipo de uso da terra. Conclui-se que a temperatura da superfície contribui para aumentar a temperatura do ar implicando em diminuição do balanço de radiação sobre pastagem. O modelo MTCLIM demonstrou boa correlação para a temperatura do ar (R² = 0,82) e para a radiação solar global (R² = 0,71).
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We studied the distribution of birds along an altitudinal gradient ranging from 800 m to 1,400 m on two slopes of the Serra do Cip6, Minas Gerais, southeastern Brazil. Ornithological surveys were conducted over transects covering open (cerrado, campo rupestre) and forested (gallery and Atlantic forest) habitats from 1994 to 2000. We found 273 bird species belonging to 51 families. Twenty-two species were restricted to higher elevations and 84 Species were detected on only one slope, depending on the vegetation type they inhabited. We recorded 104 species occurring on both slopes, while 61 species were considered altitudinal generalists. Six species, including Hyacinth Visorbearer Augastes scutatus and Cip6 Canastero Asthenes luizae were restricted to the highest parts of Serra do Cip6, a fragile habitat important to endemic birds of the Espinhaco Range. In the past 10 years, the Serra do Cip6 region has suffered human impacts on a large scale, and conservation action must be developed to protect the fauna and flora confined to the area.
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A molecular phylogenetic analysis of the Hyla pulchella species group was performed to test its monophyly, explore the interrelationships of its species, and evaluate the validity of the taxa that were considered subspecies of H. pulchella. Approximately 2.8 kb from the mitochondrial genes 12s, tRNA valine, 16s, and Cytochrome b were sequenced. The analysis included 50 terminals representing 10 of the 14-15 species currently recognized in the H. pulchella group, including samples from several localities for some taxa, several outgroups, as well as two species previously suspected to be related with the group (Hyla guentheri and Hyla hischoffi). The results show that the H. pulchella and Hyla circumdata groups are distantly related, and, therefore, should be recognized as separate groups. As currently defined, the H. pulchella group is paraphyletic with respect to the Hyla polytaenia group; therefore, we recognize the Hyla polytaenia clade in the H. pulchella group. Two subspecies of H. pulchella recognized by some authors are considered full species including Hyla pulchella riojana because it is only distantly related to H. pulchella, and Hyla pulchella cordobae because molecular and non-molecular evidence suggests that it is specifically distinct. With the inclusion of the H. polytaenia clade, H. guentheri, and H. bischoffi, and the recognition of the two former subspecies of H. pulchella as distinct species, the H. pulchella group now comprises 25 described species. All representatives of the H. pulchella group with an Andean distribution are monophyletic and nested within a clade from the Atlantic forest from south-southeastern Brazil/northeastern Argentina, and Cerrado gallery forest from central Brazil. (C) 2004 Elsevier B.V. All rights reserved.
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We studied the signaling, territorial, and courtship behaviors of the diurnal frog Hylodes asper. Visual and acoustic communication were used during intraspecific interactions involving males, females. and subadults. Hylodes aspcr has a complex visual communication system, of which foot-flagging is the most distinctive display observed in the repertoire of visual signals. The splash zone produced by the waterfalls and torrents creates a high, nearly constant, humidity near the streams, reducing the risk of desiccation which enables the diurnal activity of H. asper. Although the ambient sound pressure levels (SPL), measured at the calling sites, are similar to the SPL of the advertisement calls, the high-pitched calls of H, asper, are spectrally different from the noise produced by the water current. Thus. The ambient noise produced by the water current may not interfere significantly with the acoustic communication of this species. The noise and the nearly constant and high humidity produced by the torrents and waterfalls, along with the availability of Light, probably favored the evolution of contrasting colors and visual communication in H. asper: Males of H, aspcr excavate underwater chambers that are probably used to shelter the eggs and to prevent the clutch from being drifted downstream.
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A new species of Megaelosia is described from the Atlantic Forest in the northern part of São Paulo, southeastern Brazil. Based on examination of topotypic specimens of Megaelosia massarti, this species is removed from the synonymy of M. goeldii. Tadpoles of M. lutzae and M. massarti are described and natural history observations of M. massarti and M. goeldii are reported. Diagnoses, measurements, figures, distributional data, and a key for the species of Megaelosia are provided.
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A new species of treefrog, Hyla luctuosa, is described from the Serra do Japi in southeastern Brazil. The new species is a member of the Hyla circumdata group characterized by large size, large tympanum, and rounded subarticular tubercles on the fingers. Descriptions of the tadpole and advertisement call and information on natural history are provided.