971 resultados para Teatro brasileiro História e crítica
Resumo:
O trabalho concebe cidado enquanto indivduo datado e situado historicamente, sujeito da construo de sua realidade social. Cidadania surge, ento, como resultado da luta do homem em prol da conquista de espaos de participao poltica e social na Comunidade, medida que, mantendo-se a perspectiva do Estado Liberal, amplia-se a base democrtica da sociedade. Tem como pressuposto que, principalmente em suas sries iniciais, face a seu carter iminentemente formativo, estaria a Escola comprometida com a formao do cidado. Para tal, faz-se necessrio que, seleo de contedos e metodoloqias apropriados, alie-se a vontade poltica de prover a mesma de uma proposta curricular voltada no s para o atendimento dos interesses imediatos da sociedade, mas que, ao mesmo tempo, contemple o objetivo maior de ampliar seu espao de participao poltica e social. Dentre os contedos escolares, foram priorizados os Estudos Sociais por serem os mesmo os que possibilitam ao indivduo a compreenso de sua realidade, a partir do conhecimento das relaes sociais que os homens estabelem na vida em conunidade. O interesse pela rea de conhecimento dos Estudos Sociais norteou o trabalho no sentido de pesquisar a origem e o papel que os mesmos desempenham na educao. Assim, remete-se Escola Norte-americana, onde foi possvel comprovar a importncia atribuda aos Estudos Sociais na formao para a cidadania. A partir da conceituao, delimitao da rea de abrangncia e definio de objetivos foi possvel resgatar as principais tendncias atravs das quais os Estudos Sociais configuraram-se nos programas escolares norte-americanos, sempre voltados preservao do modelo de sociedade democrtica j consagrado, naquele pas. Percebe-se, assim, o perfil conservador que perpassa os contedos e metodologias das diferentes correntes atravs das quais o ensino dos Estudos Sociais evoluiu. Centrando o interesse em investigar como articulam-se Estado e Educao para promover a cidadania, surgem alguns momentos histricos- 1930, 1964 e o atual, como pontos de referncia ao estudo dos textos constitucionais, na tentativa de traar um perfil do cidado que serve aos interesses do Estado Brasileiro medida que mesmo assume feies variadas, dentro do mesmo estilo autoritrio. No mesmo sentido, tenta-se perceber como a escola no Brasil atende aos propsitos de incluso/excluso do indivduo no universo da participao poltica e social. Retrocedendo dcada de 30, resgata-se a primeira tendncia atravs da qual manifestou-se entre ns o ensino dos Estudos Socias. A partir de ento, pode-se constatar a resistncia que a perspectiva de Dewey para o ensino das Cincias Sociais, aqui introduzida por Ansio Teixeira, iria sofrer por parte de alguns setores, at os mesmos virem a ser oficialmente adotados pela Lei 5692/71. A introduo dos Estudos Sociais nos programas escolares deu ensejo formulao de diversas propostas curriculares pautadas por outras tendncias, como a Tecnicista, representada, por Miachaellis, Preston e Bruner e a Cognitivista, representada por Piaget. A crítica ao tecnicismo aponta o fracaso de nosso Sistema de Ensino em relao aos seus objetivos, entre eles o compromisso para com a formao para a cidadania. Os anos 80 oferecem a perspectiva de uma educao mais crítica, voltada para superar os problemas de uma sociedade em busca da expanso de sua base democrtica. Para isto, necessrio se faz a vontade poltica de dotar a Escola de uma proposta curricular capaz de promover o homem a cidado. O trabalho analisa ento, a Proposta Curricular do Municpio do Rio de Janeiro, onde os Estudos Sociais so apresentados como uma disciplina em que o conhecimento se organiza a partir da reconstruo crítica da realidade social do indivduo, permitindo ao mesmo ser o sujeito da construo de sua história. Conclui apontando algumas diretrizes necessrias consecuo de um programa de ensino de Estudos Sociais que vai alm do mero repassar de contedos, mas coloca o homem como sujeito da construo do saber.
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O "Novo Sindicalismo", como se convencionou chamar o movimento sindical nascido com as greves de 1978 no ABC paulista, tem suas razes num amplo movimento social que veio se desenvolvendo nos anos da ditadura e hoje continua vivo, na Central nica dos Trabalhadores-CUT. Caracterizar o "novo" deste sindicalismo e a Central que dele nasce o tema deste trabalho. Com este objetivo, inicamos o trabalho, partindo de fatos da história do movimento, de sua origem, de sua ao, de sua composio interna, de suas posies polticas e ideolgicas, das resolues dos congressos e da leitura, que destes fatos, fizeram os trabalhadores e os cientistas sociais. Acompanhando estes fatos, desenvolveu-se uma reflexo sobre o processo vivido por amplos setores assalariados, ao longo dos ltimos quinze anos, durante os quais, passando por importantes mudanas polticas e profundas crises econmicas, se consolidou, no Brasil, uma nova praxis sindical. O trabalho aponta, finalmente, para os desafios que a CUT enfrenta para superar os impasses em sua organizao, para avanar no aprofundamento de sua concepo sindical e para garantir a dimenso tica e cultural em sua prtica.
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O presente trabalho trata do processo de formao poltica do professor da escola pblica do Rio de Janeiro na sua prtica poltico-sindical, a partir de 1979. Representa uma tentativa de apreender o processo de emergncia do professor, enquanto cidado que se organiza na sociedade civil em contraposio ao trabalho de conformao que a ideologia dominante busca, historicamente, solidificar. Partindo-se de categorias gramscianas, busca-se o entendimento do processo de constituio da conscincia crítica. A seguir, numa retrospectiva do processo de construo histrico-social brasileiro desde 1930, procura-se estabelecer a relao entre a conjuntura econmica, poltica e social das ltimas dcadas e a constituio da categoria do professor, enquanto trabalhador assalariado. Posteriormente, aps a reconstruo crítica da história do Centro Estadual dos Professores do Rio de Janeiro CEP/RJ, analisa-se o processo de formao poltica das lideranas, destacando-se a avaliao que elas fazem sobre os rumos desse movimento sindical, bem como as suas representaes sobre os conformismos de que so conformistas os professores da escola pblica do Rio de Janeiro. Conclui-se apontando para algumas das sobredeterminaes que interagem no processo de superao da conscincia ingnua e a emergncia da conscincia crítica, no horizonte da conscincia de classe, destacando-se a importncia das relaes sociais enquanto relaes pedaggicas.
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1\ guisa de uma fundarrentao terica, procura esta dissertao, desmistificar tcx:1a uma noo de neutralidade conceitual do capital desenvolvida em funo de una viso ideol~izada da economia da educao. A critica a este preconceito procurou se respaldar nos argumentos de autoridade dos classicos da economia; igualrrente, tenta desideologi zar a noo de capital humano, cujo desenvolvirrento irrpropriarcente ~ tribuido funo da educao; e finaJ..nente, dirrensiona-a, no cont:exto prprio do iderio capitalista. Procura dem::mstrar que a ajuda proporcionada pela USAID ao processo educacional brasileiro era mais uma tentativa de garantir o lucro dos capitais investidos no Brasil, na rredida em que o aparelho ~ ducativo produzisse um contigente de mo de obra eficientemente capaz' de implerrentar o novo mcx:1elo econmico, implantado a partir de 1964. Olestiona a rrodernizao do subsistema de ensino rrdio, considerado em funo do "efeito derronstrao" das Escolas polivalentes , que buscava adaptar o aparelho escolar racionalidade da empresa, na rredida em que, assim, internalizava, no alunaCio, pela profissionalizao precoce, os valores capitalistas da competio e do lucro, COItO va leres universais. Discute a EPEM e o PREMEN como organismos criados para impl~ rrentar a transformao do subsistema de ensino ndio. Anlisa as Confe rncias de Educao e questiona o iderio da Escola Polivalente, identificando- o como contraditrio e inconsistente para o modelo de sociedade sob o modo de produo capitalista, conforme proposto pelo atual sistema de governo no Brasil. O seu contedo pretende atingir a profissionais de educao' em geral, e mais especificamente aos interessados em economia da educao,sociologia da educao e estudos sociais.
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processo de modernizao do ginsio secundrio brasileiro, que culminou com a Reforma do Ensino do primeiro grau, nos anos 70 e, portanto, com a estruturao de uma nova escola fundarrental. A maioria das propostas para a criao de um novo gin 510, nos anos 50 e 60 I procurava atende~ s exigncias do modelo poltico e econmico da poca. No perodo 61-64, fase crítica do modelo desenvolvimentista, surgiram projetos de educao secundria, como os Ginsios da Comunidade e os Gin 5105 Vocacionais, propondo urna pr~ica pedaggica, voltada para a conscientizao do homem como ser histrico e produtivo e, conseqentemente, orientada para a transformao da sociedade. A poltica educacional, aps 1964, rechaou as propostas de uma e'ducao secundria conscientizadora e lanou os Ginsios Poli valentes corno estratgia para a reFormulao do ensino de primeiro grau em mbito nacional. Concluiu-se que os projetos de renovaao do ensino secundrio surgiram em decorrncia das contradies do ItXldelo desenvolvimentista. Enquanto os Ginsios Poli valentes apre - sentavam uma proposta pedaggica compatvel com a manuteno do capitalismo perifrico, os projetos de criao dos Ginsios da Comw1idade e dos Ginsios Vocacionais constituiram resposta diferente da poltica de dominao cultural.
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O presente trabalho parte do pressuposto de que o desenvolvimento das ideias e aes humanas indissocivel do processo de evoluo da mquina, destacando o aspecto interativo a existente: a mente que concebe a mquina e que, por sua vez, passa a servir de modelo para, essa mesma mente construir a sua viso de mundo. O objetivo principal consiste em analisar as bases epistemolgicas do processo educacional brasileiro a partir do desenvolvimento da prpria mquina, o qual, segundo a teoria aqui adotada, subdivide-se em quatro etapas: a mquina Pr-Clssica, a mquina Clssica, a mquina Ciberntica e a mquina Informacional. A hiptese aqui apresentada, e no final confirmada, a de que, apesar de hoje o mundo estar subjugado s propriedades da maquina informacional, na estrutura do processo educacional brasileiro predominam as caractersticas epistmicas da maquina clssica, devido a nossa educao continuar arraigada em aspectos constitutivos dessa mquina: em sua Igica (linear), em seu ritmo (padro de comportamento) e em sua morfologia (elementarizao). Atravs desse estudo procura se evidencia que transformaes se operaram (ou no) no processo educacional brasileiro e a necessidade de uma redefinio conceitual e metodolgica da prpria educao, de forma que se minimize a distncia entre a mesma e o progresso tecnolgico.
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Este estudo parte de uma anlise crítica da insero do psiclogo nas organizaes de trabalho. Observando a atuao do psiclogo como agente de produo de subjetividade do sistema capitalista, procuro conhecer as formas de produo capitalistica de subjetividade e suas rupturas, no contexto brasileiro de produo, a partir de uma investigao terica sobre o capitalismo e uma pesquisa de campo em um sindicato vanguarda ou combativo. O tema ento abordado em quatro questes bsicas: O poder, analisado a partir da história da industrializao, que segundo interesses determinados produzia corpos teis e servis para atender a urna demanda de acumulao de capitais e explorao do trabalho humano. A desqualificao no sujeito no trabalho pela parcializao e pelo automatismo do ato que o expropria de seu saber. A despolitizao pela produo da submisso e da fragilidade frente ao pai-patro. Pela reduo da liberdade e dignidade que se efetua pela naturalizao do determinismo e do sistema social inalterado. A questo do uso e abuso do corpo que produz um ser descartvel, negligenciado pelo descaso com a sua sade. Concluindo fao uma anlise do caminho percorrido pelo psiclogo nas organizaes procurando realar as contradies terico-prtica que definem o seu campo de atuao, acreditando estar contribuindo para um enfoque e uma situao mais crítica deste espao.
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Trata o presente estudo, da teoria geral dos Oligoplios Internacionais do ponto de vista da sua funcionalidade e estratgia global longo prazo (crescimento da taxa de acumulao com equilbrio financeiro) e dos possveis limites que essa estratgia encontra a nvel global e em particular no caso do Brasil. O contexto terico geral desse trabalho envolve a reflexo crítica em torno de trs aspectos fundamentais da teoria dos oligoplios internacionais, que alinhamos do seguinte modo: a) internacionalizao do capital, b) seu impacto sobre a periferia e c) a administrao da lei do valor e crises. Finalmente estudamos a extenso e interiorizao do processo produtivo em funo do financiamento interno no Brasil e os problemas gerados pela no funcionalidade orgnica entre o capital produtivo e o capital financeiro. Procuramos tambm verificar os limites encontrados em relao ao seu pleno desenvolvimento.
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A posse , sem dvidas, um dos temas mais complexos situados dentro do Direito das Coisas. Dentre as inmeras matrias que dizem respeito ao regime jurdico da posse, o debate sobre quais bens podem ser possudos acirrado tendo em vista, especialmente, a carncia de alguma referncia legislativa positivada sobre o tema. Historicamente se construiu na doutrina e na jurisprudncia a noo de que os bens pblicos no so passveis de posse por particulares, salvo se houver autorizao da administrao pblica para tanto. Durante a vigncia do Cdigo Civil Brasileiro de 1916, algumas referncias legislativas indiretas permitiram maior parte da doutrina argumentar pela impossibilidade de reconhecimento da posse de bens pblicos, muito embora houvesse quem sustentasse o exato oposto. O atual Cdigo Civil Brasileiro de 2002 no repetiu as referncias indiretas constantes do texto do cdigo anterior, e, junto com a legislao esparsa, criou um sistema de proteo possessria prprio, favorvel ao possuidor, em conformidade com uma poltica pblica desenvolvimentista atravs do incentivo ao aproveitamento econmico pleno do direito de propriedade. Somado a isto, foram promulgadas leis que abordam de maneira diferente o reconhecimento da posse de bens pblicos, dando ensejo a uma reconstruo dos entendimentos pretritos. Mesmo com a reforma legislativa, doutrina e jurisprudncia ptrias continuam a sustentar que bens pblicos no so passveis de posse por particulares. O Superior Tribunal de Justia do Brasil possui entendimento pacfico de que no se pode reconhecer a posse de bens pblicos, mas to somente a deteno, independentemente de qualquer verificao ftica. Cumpre a sugesto de uma reflexo mais profunda acerca do tema, tendo em vista as relevantes alteraes legislativas ocorridas no Brasil. Neste trabalho, prope-se uma reflexo crítica sobre os argumentos encontrados nos tribunais e na doutrina para sustentar a inviabilidade da posse de bens pblicos.
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Este trabalho dedica-se ao estudo comparativo da produo literria de Luca Guerra Cunningham, autora da obra terico-crítica La mujer fragmentada: história de un signo, e de suas obras de fico, limitando-se ao romance Ms all de las mscaras e dois contos, Frutos extraos e Antes del nombre. Para isso abordar-se-, na anlise comparativa, as importantes contribuies críticas que a escritora chilena, representativa voz de reflexo feminista, aporta em seu ensaio e a forma que este estudo articulado em suas obras de fico. O trabalho abrange o exame de aspectos da história que incorporam no somente diferenas de gnero, foco principal da dissertao, mas tambm outras vises de alteridade que contribuem para denunciar as injustias das convenes polticas, sociais, raciais e de gnero que partem do ponto de vista nico do homem branco e de elite.
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Esta pesquisa objetivou verificar como foi construda a afirmao do direito ao ensino mdio no ordenamento constitucional-legal brasileiro desde o final do perodo imperial at a dcada de 90 do sculo XX. Para isto, apresento aspectos referentes a transformaes de vrios gneros que delimitaram a afirmao do direito ao ensino mdio no ordenamento constitucional-legal brasileiro. As trajetrias da pesquisa e do texto da dissertao buscaram, ento, a compreenso da construo histrica do direito ao ensino mdio. Para interpretar a afirmao de tal direito no ordenamento jurdico utilizei algumas diretrizes consideradas como relevantes para o estudo, sendo elas: os processos de descentralizao/centralizao, a definio de competncias das esferas de governo, a obrigatoriedade e gratuidade do ensino mdio, o dever do Estado para com a oferta desta etapa do ensino e o estabelecimento da vinculao de recursos financeiros pblicos. Foi realizada, ainda a contextualizao do ensino mdio em termos de sua funo social, sua estrutura, seu currculo e sua oferta, em diferentes momentos histricos.Para a realizao da pesquisa foram utilizados o mtodo histrico e a pesquisa de interpretao legal. O procedimento adotado foi o de, em primeiro lugar, realizar a coleta de informaes em fontes primrias e secundrias e, num segundo momento, proceder interpretao das fontes primrias, com o auxlio de fontes secundrias, especialmente de estudos que se debruam sobre o ordenamento constitucional-legal da educao brasileira. As fontes primrias utilizadas foram documentos legais e normativos dos perodos imperial e republicano. O ensino mdio, atualmente a ltima etapa da Educao Bsica, passou por uma trajetria histrica de muitas reformas e de pouco acesso a grandes parcelas da sociedade. Desde a Primeira Repblica at os dias de hoje, alguns processos foram determinantes para a afirmao do direito ao ensino mdio. A definio de competncias para os entes federados, a amplitude e o carter da descentralizao e centralizao administrativa e normativa, a garantia da gratuidade e o estabelecimento na legislao de vinculao de recursos para a educao, so fatores que em todo o perodo estudado garantem, em intensidades diferenciadas, o direito ao ensino mdio. Porm, apesar de termos hoje em nosso ordenamento constitucional-legal enunciados que garantem parcialmente este direito, ainda so requeridos avanos para que se efetive de maneira contundente o acesso de todos a este nvel de ensino; a obrigatoriedade seria condio forte nesse sentido. O direito de acesso ao ensino mdio foi muito restrito no perodo inicial de constituio do Estado Brasileiro, apresentando uma maior abrangncia a partir do segundo perodo republicano e chegando quase que total afirmao nos dias de hoje. A delimitao atual do direito contempla o dever do Estado na efetiva proteo do acesso ao ensino mdio, assim como o carter prospectivo dos deveres implcitos na sua universalizao, obrigatoriedade e gratuidade.
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A partir do entendimento de que as grandes corporaes so poderosos agentes polticos, econmicos e sociais e que suas misses organizacionais sintetizam a sua razo de ser e existir, o estudo tem como objetivo desvelar o contedo poltico e ideolgico subjacente ao discurso empresarial das misses das maiores empresas do Brasil. Assim, foram analisadas as misses divulgadas nas homepages institucionais e/ ou de relaes com investidores das 64 empresas que compem a carteira terica do Ibovespa, principal indicador do desempenho mdio das cotaes do mercado de aes brasileiro. Os dados foram analisados luz das tendncias de apropriao do simbolismo pela cultura organizacional, da Anlise Crítica do Discurso (ACD), instrumento terico transdisciplinar que busca compreender a relao entre linguagem, poder, ideologia e sociedade e da perspectiva foucaultiana de discurso, entendendo-o como um espao de luta pela estabilizao dos sentidos, que se pretendem hegemnicos. Os dados foram tratados de forma quantitativa, em busca das palavras de uso mais frequente e, consequentemente de maior relevncia, e qualitativa, agrupando-as em categorias lexicais em funo de seu significado e de seu papel na declarao de misso organizacional. Os resultados revelam a estrutura subjacente do discurso das misses, permitindo a identificao de perfis especficos de empresas segundo suas caractersticas discursivas. Alm disso, o trabalho discute como o discurso empresarial se apropria da dimenso simblica com o propsito de controlar e manipular os trabalhadores, legitimar a atuao das empresas perante a sociedade e naturalizar os preceitos da ideologia neoliberal, apresentando o sistema capitalista atual como a nica, melhor e inexorvel forma de organizao e de produo societria.
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O presente artigo estuda os ciclos de negcios brasileiro no perodo dos anos 1900 at 2012. Como a srie trimestral do PIB real s comea em 1980 construida a srie para o perodo de 1900 a 1979, utilizando um modelo estrutural de series de tempo com disagregao temporal para o primeiro perodo. A partir disso, um modelo com mudana Markoviana proposto para que seja construda uma cronologia de ciclo de negcios. O modelo selecionado possui dois regimes distintos cenrios de expanso e de recesso, a datao obtida comparada com outros estudos sobre o tema e so propostas caracterizaes das fases de crescimento que podem apoiar estudos sobre a história econmica do Brasil.
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Nesta tese, pretendo desenvolver um estudo comparatista com o objetivo de demonstrar o efeito de crítica cultural implcito no uso da ironia e da pardia de discursos no-literrios em contos de Machado de Assis. Este trabalho visa tambm investigar a relao das narrativas desse autor com o gnero stira a partir do manejo das referidas estratgias composicionais e, assim, ressaltar a especificidade do seu realismo e a natureza de sua perspectiva satrica, quando comparada s que se apresentam nas stiras de Voltaire (Cndido) e de Swift (As Viagens de Gulliver).
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Esta pesquisa est voltada para as representaes do territrio brasileiro que circularam em vrios suportes durante o perodo da Primeira Repblica. Analisando trs compndios de Geografia, os programas da disciplina localizados no Colgio Pedro II e o semanrio infantil O Tico Tico, o texto tanto problematiza a articulao entre o pensamento social e o imaginrio voltado para o homem do interior do pas quanto evidencia os sinais de uma valorizao da natureza calcada no pensamento iluminista, a qual funcionou como arma de combate s teorias que estigmatizavam o Brasil devido aos seus caracteres naturais e raciais.