1000 resultados para Restricción ecológica


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Neste trabalho, descreveram-se a composição florística e a estrutura do estrato arbóreo de um remanescente de Floresta Ombrófila Densa Submontana (Mata Rio Vermelho) na região Centro-Norte fluminense, comparando-a com outras florestas da região. Foram alocadas oito parcelas de 5 m x 100 m, e todos os indivíduos vivos e mortos com DAP > 5 cm foram amostrados. Ao todo, foram registradas 106 espécies pertencentes a 77 gêneros e 32 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram Leguminosae (13 espécies) e Lauraceae (8), e as mais abundantes foram Monimiaceae (13% dos indivíduos) e Leguminosae (11%). As espécies mais importantes quanto ao valor de cobertura (VC) foram Siparuna guianensis, Apuleia leiocarpa, Cupania oblongifolia e Machaerium brasiliensis, todas características de áreas secundárias. O índice de diversidade de espécies (H' = 3,91 nats.ind-1) foi próximo ao encontrado em outras florestas secundárias. Os resultados (elevado número de árvores mortas, com lianas, perfilhadas e secundárias iniciais; baixo número de árvores de grande porte e área basal) indicaram que a mata em foco se encontrava perturbada e em fase de regeneração intermediária. Ainda assim, permanecia detentora de considerável riqueza e diversidade florística, com espécies arbóreas ameaçadas de extinção, como Melanoxylon brauna e Dalbergia nigra. Devido à importância ecológica desde remanescente para a manutenção da flora e fauna local e ao avançado processo de fragmentação da região, sugere-se que a Mata Rio Vermelho seja prioritária em programas de conservação e manejo.

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As zonas costeiras acolhem quadros de alta riqueza e relevância ecológica que as qualificam como importante ecossistema para conservação. O objetivo deste estudo foi listar as espécies que compõem a restinga da praia do Paiva e descrever a sua fisionomia. A área de restinga compreende 147 ha, situa-se no Município do Cabo de Santo Agostinho, PE, sob as coordenadas 08º07'30"S e 35º00'55"W. As coletas florísticas foram realizadas durante 28 meses, em todos os estratos. O solo foi classificado como Neossolo Quartzarênico; foram determinadas duas fisionomias: a floresta não-inundável e o fruticeto aberto não-inundável. Foram listadas 124 espécies, distribuídas em 103 gêneros e 55 famílias. As famílias com maior número de espécies foram Myrtaceae, com 11 espécies, Cyperaceae (10), Fabaceae (8), Euphorbiaceae (7), Rubiaceae (6) e Asteraceae (5). As espécies Anacardium occidentale, Tapirira guianensis, Chamaecrista ramosa, Protium heptaphyllum, Byrsonima sericea, Myrcia rotundifolia e Marlierea schotti são encontradas na maioria das restingas do Nordeste. No entanto, devido à incipiência dos estudos na Região não foram verificadas espécies endêmicas.

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O visgueiro é uma árvore neotropical de importâncias econômica e ecológica. Este estudo objetivou determinar o tempo de embebição e o teor de água de sementes de Parkia pendula necessários para ativar o metabolismo e aumentar o desempenho pelo condicionamento. Sementes armazenadas (2 anos) e não armazenadas (7 dias) foram comparadas. Após o desponte as sementes foram submersas em água a 15 ºC, por períodos de 4 a 28 h, para atingir o grau de embebição desejado (20, 40, 60, 80 e 90%). Em seguida, foram diretamente semeadas em areia lavada no viveiro (4 x 25 sementes/tratamento) ou dessecadas durante sete dias (24±2 °C e 68±3% UR) antes da semeadura. Sementes não armazenadas e sem condicionamento (controle) apresentaram 59±8,9% de emergência, valor inferior ao daquelas armazenadas e sem condicionamento (76±11,3%). Períodos de submersão superiores a 13 h reduziram o desempenho da germinação em relação às sementes não condicionadas. Porém, após 4 h (26-31% de teor de água das sementes) ambas as sementes não armazenadas e armazenadas aumentaram o desempenho, sendo, ainda, maior quando houve dessecamento após a submersão. Portanto, os efeitos positivos do condicionamento ocorreram na fase I da curva de embebição. O hidrocondicionamento de 4 h a 15 ºC mostrou ser uma opção econômica e de fácil aplicação em sementes de P. pendula: aumentou a velocidade do desenvolvimento das plântulas, a porcentagem de germinação das sementes não armazenadas em níveis similares aos das armazenadas e a sincronização da germinação em sementes armazenadas.

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Com o objetivo de verificar a existência de mudanças estruturais e a influência de diferentes classes de solos sobre as taxas de dinâmica da comunidade arbórea, um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual Montana (8,7 ha) em Lavras, MG, foi estudado em um período de cinco anos (2000-2005). Os dados foram coletados em 47 parcelas de 20 × 20 m, dispostas em duas transeções, distantes 80 m entre si, cruzando o fragmento no sentido de maior comprimento. No ano de 2000, foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com DAP > 5 cm. As informações coletadas para cada indivíduo foram: identificação botânica da espécie e DAP. Em 2005, foram registrados os indivíduos mortos, remensurados os sobreviventes e mensurados e identificados os indivíduos recrutados (DAP > 5 cm). Foram calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade, recrutamento, ganho e perda em área basal de cada parcela, para a área total e para cada classe de solo (Nitossolos, Latossolos e Cambissolos). O padrão observado no fragmento foi de redução no número de indivíduos e estabilidade da área basal. Entretanto, não foram identificadas diferenças entre as classes de solos, em relação às taxas de dinâmica. As populações das espécies classificadas como de subdossel aumentaram a dominância ecológica na área. Os resultados permitiram concluir que o fragmento estudado está em uma fase avançada de sucessão pós-distúrbio e as variações espaciais das taxas de dinâmica não apresentaram relações com as classes de solos identificadas na área.

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No Brasil, a floresta tropical estacional se localiza entre as florestas úmidas do leste e as savanas do oeste e foi historicamente fragmentada, restando atualmente poucos remanescentes. Este estudo foi realizado no Parque Municipal de São Roque, também conhecido como "Mata da Câmara" em São Roque, SP, Brasil, e teve como objetivo o levantamento fitossociológico do estrato arbóreo em três situações altitudinais distintas e a caracterização sucessional através da identificação do grupo ecológico das espécies amostradas. Foi utilizado o método de parcelas, num total de 42, dispostas em três blocos de 14 parcelas cada, totalizando 0,945 ha de área amostrada. Foram amostrados todos os indivíduos com CAP (circunferência à altura do peito) superior ou igual a 15 cm. Amostraram-se 1.413 indivíduos pertencentes a 117 espécies e 47 famílias. O índice de diversidade de Shannon foi 4.011. As três áreas apresentaram, respectivamente, 22, 32 e 13% de indivíduos de espécies pioneiras, 43, 28 e 46% de indivíduos de espécies secundárias iniciais e 32, 38 e 39% de indivíduos de espécies secundárias tardias. Pode-se concluir que a área se encontra em estádio sucessional inicial em sua porção periférica e em estádio intermediário, tendendo para o avançado em seu interior; porém, tendo-se como referência os fragmentos de floresta estacional do Estado de São Paulo, pode-se afirmar que a Mata da Câmara representa um trecho de floresta bem conservado.

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O grau de ameaça e a importância ecológica dos mamíferos terrestres de médio e grande porte evidenciam a necessidade da busca de informações em inventários e diagnósticos ambientais. Objetivo deste estudo foi inventariar e avaliar a freqüência de ocorrência e riqueza de espécies de mamíferos de médio e grande porte na Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental (EPTEA) Mata do Paraíso, em Viçosa - MG. A área de estudo foi aleatoriamente percorrida, em busca de evidências indiretas e diretas de mamíferos. Também foram utilizadas armadilhas Tomahawk e fotográficas para o registro e identificação das espécies. Para registrar a freqüência de ocorrência, estabeleceu-se 20 parcelas de 2 x 2 m ao longo de um transecto, as quais foram vistoriadas 29 vezes entre abril de 2005 e abril de 2006. A partir dos dados de freqüência de ocorrência, estimou-se a riqueza de espécies, pelo procedimento Jackknife 1, utilizando o Programa EstimateS. Foram registradas 23 espécies de mamíferos, das quais três estão ameaçadas de extinção: Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815), Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) e Leopardus tigrinus (Schreber, 1775). As espécies silvestres com maior freqüência de registro foram Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766), L. tigrinus e L. pardalis. Foi estimada a riqueza de 15 (intervalo de confiança = 0,95) espécies de mamíferos terrestres silvestres para a EPTEA Mata do Paraíso. O presente trabalho mostra que apesar de pequena, a área de estudo desempenha um importante papel na conservação da mastofauna da região de Viçosa - MG.

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Este estudo foi desenvolvido na Reserva Mata do Paraíso, pertencente à Universidade Federal de Viçosa. Foram selecionadas 10 clareiras naturais com diferentes tamanhos. No centro das clareiras e numa faixa de 5 m de sub-bosque (entorno) ao redor destas foram obtidas fotografias hemisféricas digitais. Através dessas fotografias, foram calculadas as áreas das clareiras e a sua correspondente abertura de dossel e dos seus entornos. No interior das clareiras e nos seus entornos foram amostrados todos os indivíduos com altura > 1,00 m e diâmetro na altura de 1,30 m do solo (DAP) inferior a 5,00 cm. Constatou-se a predominância de pequenas clareiras com áreas inferiores a 100 m² e com pequena abertura do dossel nas quais predominam as mesmas espécies típicas dos estádios finais de sucessão tolerantes à sombra e abundantes no sub-bosque ao redor dessas clareiras. No conjunto das clareiras foram amostrados 759 indivíduos, distribuídos em 69 espécies pertencentes a 28 famílias botânicas. O índice de diversidade de Shannon (H') das clareiras variou de 1,026 a 3,011. Coffea arabica e Picramnia regnelli foram as espécies mais abundantes tanto no conjunto das clareiras quanto no conjunto dos entornos (sub-bosque). A similaridade florística entre o conjunto das clareiras e o conjunto dos entornos foi alta (Ij = 69%), indicando que as mesmas espécies que regeneram no sub-bosque estão conseguindo fazer o mesmo também no ambiente de clareira. A dominância ecológica de Coffea arabica nos dois ambientes pode, no longo prazo, comprometer a conservação das espécies autóctones desse trecho da floresta.

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Este estudo teve como objetivo caracterizar o banco de sementes sob vegetação secundária em uma área degradada por mineração de caulim em Brás Pires, MG. Foram coletadas 40 amostras de solo de 0,5 x 0,5 m até a profundidade de 5,0 cm. As amostras foram mantidas em viveiro por quatro meses, sendo metade em sombreamento de 11,5% (luz) e metade em sombreamento de 60% (sombra). A germinação das sementes foi comparada nas duas condições de sombra (11,5% e 60%), utilizando-se o teste t para amostras independentes. Foram amostradas 36 espécies pertencentes a 17 famílias botânicas. As famílias com maior riqueza específica foram Asteraceae, com nove espécies, Rubiaceae com cinco e Poaceae com quatro. A maioria das espécies (66,7%) e dos indivíduos (82,2%) amostrados no banco foi de herbácea. As espécies com maior número de indivíduos germinados do banco foram as herbáceas Urochloa decumbens (Stapf) R.D. Webster, Cenchrus sp. e Eragrostis sp. e a arbustiva Leandra niangaeformis Cogn. Entre as arbóreas, destacaram-se em número de indivíduos Luehea grandiflora Mart. e Trema micranta (L.) Blume. A maior densidade de ervas daninhas oriundas de áreas antropizadas do entorno indicou baixa resiliência da vegetação presente na área degradada em caso de ocorrer alguma perturbação severa.

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Este estudo teve por objetivo testar a viabilidade da transposição da serapilheira e do banco de sementes do solo como metodologia de restauração florestal de áreas degradadas. Amostras de 1x1 mdeserapilheira e de solo superficial foram coletadas num fragmento de floresta estacional semidecidual secundária no campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG. As amostras de solo e de serapilheira foram depositadas em canteiros, nos quais o solo superficial (10 cm) foi previamente retirado, no Viveiro de Pesquisas da UFV. Foram comparados três tratamentos e uma testemunha com cinco repetições cada, totalizando 20 amostras. O primeiro tratamento (T1) foi a transposição apenas da serapilheira, o segundo (T2) apenas do banco de sementes do solo e o terceiro (T3) da serapilheira juntamente com o banco de sementes do solo. Durante um período de seis meses, foram registrados 327 indivíduos de espécies arbustivo-arbóreas e 864 de espécies herbáceas. Entre as espécies arbustivo-arbóreas, 74% foram pioneiras e 26% de outros grupos ecológicos. A espécie arbórea mais frequente foi Cecropia hololeuca com 151 indivíduos. Entre as herbáceas, Oxalis corniculata foi a mais abundante, com 329 indivíduos. As diferenças de densidade e riqueza de espécies entre os tratamentos foram significativas, sendo maior riqueza obtida no tratamento T3 e maiores densidades nos tratamentos T2 e T3. Portanto, conclui-se que a transposição do banco de sementes é uma metodologia promissora para estimular a restauração florestal em áreas degradadas, sendo mais eficiente quando se utiliza o solo superficial juntamente com a camada de serapilheira.

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Este trabalho teve como objetivos avaliar o estoque de serapilheira acumulada e quantificar os teores de N, P, K, Ca e Mg em sistemas agroflorestais com seis (SAF6) e dez (SAF10) anos de adoção, sistema com base ecológica de três anos (SE3), agricultura de corte e queima (ACQ) e floresta nativa (FN) no Município de Esperantina, norte do Piauí. As coletas foram realizadas nos períodos chuvoso e seco do ano 2007, sendo a serapilheira separada nas frações folhas e galhos para a estimativa dos estoques acumulados sobre o solo. Os maiores estoques da fração folhas foram observados na FN (3,8 Mg(t) ha-1), período seco; e da fração galhos no SAF10 (2,2 Mg(t) ha-1), no período chuvoso. Os SAFs apresentaram os maiores teores de nutrientes nas frações da serapilheira e entre os nutrientes, e a concentração de N foi superior à dos demais nutrientes, em ambos os períodos. A estimativa de transferência dos nutrientes pela serapilheira obedeceu à sequência N>Ca>K>P>Mg. Os valores de estoques da serapilheira, teores e aportes de nutrientes nos SAFs evidenciam a contribuição do manejo agroflorestal para a qualidade do solo e a sustentabilidade econômica do sistema.

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O insucesso da maioria das iniciativas de restauração de florestas naturalmente biodiversas como a Mata Atlântica desencadeou um movimento intenso de discussão sobre a ciência e prática da restauração ecológica no Estado de São Paulo. Isso convergiu na construção participativa de uma resolução estadual de caráter técnico e orientador para restauração, a qual tem sido revisada e atualizada periodicamente em workshops que reúnem mais de 200 profissionais em cada evento. Essa resolução objetivou potencializar o estabelecimento de florestas biologicamente viáveis e com riqueza de espécies vegetais condizente com a dos ecossistemas de referência, a fim de garantir a persistência das florestas restauradas e proteger a biodiversidade nativa. As contribuições dessa resolução para o aperfeiçoamento e estímulo das ações de restauração são hoje evidentes. Entre 2003 e 2008, período de discussão dessa resolução, a produção de mudas de espécies arbustivas e arbóreas nativas no Estado cresceu de 13.000.000 (55 viveiros) para 33.000.000 (114 viveiros) por ano, e o número médio de espécies produzidas nos viveiros também aumentou de 30 para mais de 80, refletindo o crescimento das ações de restauração. Do ponto de vista deste estudo, esse instrumento legal tem servido como mecanismo legítimo de política pública ambiental e de proteção dos interesses coletivos da sociedade. Particularmente, ele guia e orienta a maior parte dos investimentos em restauração ecológica e aumenta as perspectivas de maximização dos benefícios para a sociedade, que podem e devem ser obtidos com a restauração, incluindo a persistência da biodiversidade nas paisagens antrópicas tropicais.

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Estudou-se a dispersão de sementes de cinco árvores-matriz de Platypodium elegans Vog. (Fabaceae) em área de cerradão, na Estação Ecológica do Panga (EEP). As amostragens foram feitas em parcelas de 0,25 m2, posicionadas em linhas partindo da base da matriz em direção aos quatro pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste), marcadas a cada metro. No laboratório, os frutos foram abertos para análise da qualidade das sementes. Foram amostradas 1.131 sementes, das quais 18,4% estavam intactas e 81,6%, danificadas e provavelmente inviáveis para germinação. A dispersão das sementes sofreu influência da topografia do local das matrizes, das respostas fisiológicas e genéticas à pré-dispersão, bem como do possível direcionamento favorável do vento. Dessa forma, a atuação conjunta desses fatores funcionaria como facilitadores relevantes na formação do banco de sementes e moldaria a probabilidade de estabelecimento de novos indivíduos, tanto na área estudada quanto nas fisionomias adjacentes..

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Este estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual pertencente à Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais (20º35'-28º50'S e 42º45'-43º00'W), onde foram instaladas 10 parcelas de 5 x 5 m interdistantes 1 m. Realizou-se a queima controlada nas parcelas utilizando a técnica do fogo a favor do vento e obedecendo ao sentido do aclive do terreno. Caracterizou-se florística e estruturalmente o estrato de regeneração natural antes e depois do fogo. O levantamento foi feito no canto superior direito de cada parcela, com o auxílio de um quadro de madeira de 1 x 1 m trançado com elástico em intervalos de 10 cm, formando uma rede para mapeamento dos indivíduos amostrados em dois períodos distintos: antes do tratamento com o fogo e dois anos após. Foram amostradas nos dois inventários 24 espécies, pertencentes a 12 famílias. As famílias com maior riqueza específica foram: Rubiaceae (6), Fabaceae (4) e Myrtaceae (4). A similaridade florística foi de 35%, sendo as espécies Sorocea bomplandii, Psychothria sessilis e Anadenanthera macrocarpa com maior valor de cobertura. Não houve redução significativa na densidade das espécies entre as amostragens, mas, sim, no índice de diversidade de Shannon. Os indivíduos amostrados eram de vegetação arbustiva e arbórea, sendo a rebrota mecanismo-chave na regeneração do fragmento.

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A dificuldade na obtenção de mudas com alta diversidade nos viveiros florestais tem levado à perda de diversidades biológica e genética nos projetos de restauração de áreas degradadas. Este estudo apresenta alternativa para minimizar esse problema, utilizando a técnica do resgate de plantas jovens, as quais foram obtidas de dois fragmentos florestais em diferentes estádios de sucessão ecológica (média e inicial), localizados no Município de Carandaí, MG. Indivíduos com até 60 cm de altura foram transplantados para viveiro e avaliados durante seis meses. Foi resgatado um total de 966 indivíduos, pertencentes a 26 famílias, num montante de 70 espécies, com maior porcentagem dessas observada no fragmento com estádio sucessional mais avançado. A taxa média de sobrevivência foi de 79,3%, diferindo estatisticamente entre os fragmentos, altura dos indivíduos e espécies. Indivíduos provenientes do fragmento de estádio inicial, assim como os de altura inferior a 40 cm, caracterizaram-se pela maior taxa de sobrevivência. Verificou-se alta sobrevivência de plantas, tanto de espécies pioneiras quanto de não pioneiras, muitas comumente não encontradas nos viveiros florestais e, por consequência, também ausentes nos projetos de restauração. Portanto, a técnica de resgate de plantas jovens é estratégia complementar viável, de baixo custo, que pode contribuir para o aumento da diversidade nos viveiros florestais e nos projetos de restauração florestal.

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A prática da agricultura de corte e queima tem causado a degradação do solo no Estado do Piauí, e isso tem estimulado a adoção de alternativas sustentáveis de uso da terra, como os Sistemas Agroflorestais. Este trabalho objetivou avaliar as mudanças nas características químicas e nos estoques de carbono (COT) e nitrogênio (NT) de um Argissolo Vermelo-Amarelo sob sistemas agroflorestais com seis (SAF6) e 10 (SAF10) anos de adoção, sistema com base ecológica com três anos de adoção (SE3), agricultura de corte e queima (ACQ) e floresta nativa (FN), no Norte piauiense. Foram coletadas amostras de solo nos períodos seco e chuvoso na profundidade de 0-10 cm, para a avaliação dos atributos químicos do solo e dos estoques totais de carbono (COT) e nitrogênio (NT). O SAF10 apresentou menor teor de Al+3 (0,02 cmol c dm-3). O teor de P no SAF10 (12,27 mg dm-3), no período seco, foi seis a sete vezes maior do que ACQ e FN, respectivamente. Os maiores estoques de COT e NT foram observados no período seco, respectivamente no SAF10 (48,54 Mg ha-1 e 4,43 Mg ha-1) e SAF6 (43,30 Mg ha-1 e 3,45 Mg ha-1). Os sistemas agroflorestais melhoraram a qualidade do solo e podem ser considerados como estratégia conservacionista para o Norte do Piauí.