1000 resultados para Relações federais-municipais - São Paulo (Estado) - Municípios - Estudo de casos
Resumo:
CONTEXTO: No Brasil, a incidência e prevalência populacionais das doenças inflamatórias intestinais são desconhecidas. OBJETIVO: Neste trabalho, estimou-se esses parâmetros na área que abrange a antiga região de saúde DIR 11, no centro-oeste do Estado de São Paulo. MÉTODOS: Usou-se um registro sequencial de 115 pacientes (>15 anos de idade) com doenças inflamatórias intestinais, residindo na área de estudo, atendidos durante período de 20 anos (1986-2005) em hospital de referência. Estimou-se, para quatro períodos consecutivos de 5 anos, as incidências e prevalências de acordo com os tipos de doença e do sexo de doentes. As suas inter-relações foram analisadas utilizando o modelo de regressão linear de Poisson. RESULTADOS: Na região, as doenças inflamatórias intestinais foram predominantes em mulheres jovens, da raça branca, residindo na zona urbana.A incidência da retocolite foi maior que a da doença de Crohn e das colites não classificadas, e diferentemente dessas duas ultimas, mostrou decréscimo no último período (2001-2005). Neste mesmo período, a taxa da incidência para a retocolite foi de 4,48 casos/100.000 habitantes, para a doença de Crohn atingiu 3,50 casos/100.000 habitantes e a das colites não classificadas foi de 1,75 casos/100.000 habitantes. As prevalências atingiram os valores de 14,81 casos/100.000 habitantes para a retocolite, 5,65 casos/100.000 habitantes para a doenças de Crohn e 2,14 casos/100.000 habitantes. Considerando todas as doenças inflamatórias a prevalência atingiu o valor de 22,61 casos/100.000 habitantes. CONCLUSÃO:A incidência dessas doenças inflamatórias intestinais nessa região é baixa, igualando-se aos países da América Latina e do sul da Europa e sua crescente prevalência justifica políticas de saúde para as suas abordagens.
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OBJETIVO: Foi realizado um estudo transversal, por amostragem de escolares, frequentadores das escolas estaduais de Bauru, São Paulo, com o objetivo de detectar possíveis portadores de tracoma. MÉTODOS: Foram examinadas 1.749 crianças do ensino fundamental, de 6 a 14 anos, durante o ano de 2005. As escolas foram escolhidas por sorteio, de acordo com o número de estudantes e com a localização da escola dentro do setor da cidade (centro, região intermediária e periferia). O diagnóstico dos casos foi clínico, seguindo as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS), confirmado laboratorialmente pelo método da imunofluorescência direta para detecção de Chlamydia trachomatis. RESULTADOS: A prevalência de tracoma inflamatório foi de 3,8%, tendo sido diagnosticado tracoma folicular em 3,7% e tracoma intenso em 0,06% das crianças examinadas. As crianças com tracoma moravam principalmente na região intermediária e periférica da cidade, áreas onde o fornecimento de água pode ser descontínuo e o tratamento do esgoto pode estar ausente. Um programa de controle foi desenvolvido e os comunicantes foram diagnosticados e tratados. CONCLUSÃO: A prevalência de tracoma inflamatório em Bauru - Estado de São Paulo - é de 3,8%. Além da oportunidade de reconhecer e tratar os portadores e contatantes, os autores realçam o fato positivo da mobilização da comunidade bauruense no sentido de prevenir a cegueira pelo tracoma.
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Os otorrinolaringologistas estão diretamente envolvidos no diagnóstico e tratamento de doenças provocadas pelo cigarro, incluindo o câncer das vias aéreas superiores. É importante que os especialistas estejam capacitados a tratar o tabagismo e a dependência da nicotina. Também se sabe que há fumantes entre os próprios médicos. OBJETIVO: Pesquisar as opiniões e condutas de otorrinolaringologistas do Estado de São Paulo frente ao tabagismo e à dependência química da nicotina, e avaliar o hábito tabagístico dos especialistas. FORMA DE ESTUDO: Corte transversal. MATERIAL E MÉTODOS: Foram selecionados aleatoriamente 600 otorrinolaringologistas do Estado de São Paulo. A esses especialistas foi enviado, em março de 2005, por correio, um questionário padrão. Foram analisadas as respostas recebidas no período de março a maio de 2005. RESULTADOS: Foram recebidas 209 respostas. Nestas, 97 profissionais (46,4%) avaliaram sua familiaridade com os meios de tratamento da dependência de nicotina como regular e 60 (28,7%) como insatisfatória. Dos participantes do estudo, 144 (68,9%) nunca fumaram, 50 (23,9%) são ex-fumantes, nove (4,3%) são fumantes ocasionais e seis (2,9%) são fumantes. CONCLUSÃO: A prevalência de tabagistas na amostra de 209 otorrinolaringologistas do Estado de São Paulo foi de 7,1%.
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OBJETIVO: Apresentar as características dos portadores e a prevalência do ectrópio em uma amostra populacional aleatória do Estado de São Paulo, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS: Os dados foram colhidos durante a realização do Projeto de Prevenção da Cegueira da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, com amostra domiciliar sistemática aleatória. Foram avaliados 10.432 indivíduos, residentes em 11 municípios da regional de saúde localizada na região Centro-Oeste do Estado de São Paulo. Os resultados obtidos foram submetidos a análise estatística para avaliação de variáveis descritivas e da prevalência do ectrópio palpebral. RESULTADOS: Foram detectados 71 portadores de ectrópio palpebral, com prevalência estimada de 0,68%. A prevalência não foi semelhante nos Municípios estudados. A maioria dos portadores de ectrópio apresentava idade acima dos 70 anos e era do sexo masculino. Vinte e oito por cento dos portadores de ectrópio apresentavam catarata concomitantemente. CONCLUSÃO: A prevalência do ectrópio na população Centro-Oeste do Estado de São Paulo é de 0,68%. O ectrópio palpebral ocorre mais frequentemente em homens, geralmente idosos, expostos ao sol, mais na pálpebra inferior e com acuidade visual corrigida normal.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalência de pterígio no município de Botucatu - São Paulo, Brasil, por meio de amostra populacional. MÉTODOS: No ano de 2004 foi feito estudo de prevalência de alterações oftalmológicas na cidade de Botucatu - SP, por amostragem domiciliar aleatória, tendo sido avaliados 85,1% (2.554 indivíduos) da amostra pretendida. Todos os participantes do estudo foram submetidos a exame oftalmológico completo, sendo os dados obtidos submetidos à análise estatística. RESULTADOS: A prevalência de pterígio na população estudada foi de 8,12% (7,0% < IC < 9,2%), sendo mais frequente em homens (10,4% homens X 6,5% mulheres - 8,5% < IC < 12,3% em homens e 5,1% < IC < 7,8% em mulheres). A média de idade dos portadores de pterígio foi de 49,6 ± 14,9 anos, havendo 32,18% indivíduos da amostra na faixa etária entre os 40 e 50 anos de idade. CONCLUSÃO: A prevalência do pterígio na cidade de Botucatu é de 8,12%, sendo a lesão mais prevalente em homens, entre 40 e 50 anos de idade.
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OBJETIVO: Avaliar os valores de medidas ecocardiográficas em crianças eutróficas sem cardiopatia, relacionando-os com a superfície corporal (SC, m²), e construir curvas de percentis que relacionem as variáveis ecocardiográficas estudadas com a SC. MÉTODOS: Foram analisadas medidas ecocardiográficas unidimensionais de crianças entre 1 e 144 meses de idade. Avaliaram-se: diâmetros diastólicos dos ventrículos direito (VDd, mm) e esquerdo (VEd, mm), sistólico do VE (VEs, mm), da via de saída do VD (VSVD, mm), da aorta (DAo, mm) e do átrio esquerdo (DAE, mm); fração de ejeção do VE (FEVE, %); porcentagem da variação do diâmetro ventricular esquerdo (deltaVE, %); espessura diastólica do septo interventricular (ESIV, mm) e da parede posterior do VE (EPPVE, mm); massa (MVE, g) e índice de massa muscular do VE (IMVE, g/m²). RESULTADOS: Ao final do estudo, 595 crianças (326 do sexo masculino) foram avaliadas. Os valores das medidas ecocardiográficas apresentaram boa correlação com a SC e possibilitaram a construção de curvas de percentis (3%, 25%, 50%, 75% e 97%). Diferenças estatisticamente significantes, entre os sexos, foram evidenciadas para as variáveis VEs, VEd, VSVD, DAo, MVE e IMVE, sendo os maiores valores observados em crianças do sexo masculino. CONCLUSÃO: As curvas de percentis dos valores obtidas podem ser utilizadas como referência para a avaliação de crianças com suspeita de cardiopatia ou para o acompanhamento daquelas já diagnosticadas como cardiopatas ou em tratamento com agentes potencialmente cardiotóxicos.
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Neosporose é uma enfermidade parasitária causada pelo protozoário Neospora caninum reconhecido como importante causa de abortamento bovino e neuropatia canina. Considerando o isolamento de N. caninum e a sorologia freqüente em bovinos em nossa região, os objetivos do presente trabalho foram avaliar a ocorrência de anticorpos anti-N. caninum em cães da Microrregião da Serra de Botucatu, Estado de SãoPaulo, e sua associação ao sexo, idade e procedência quanto à zona urbana (exclusivamente cidade), rural (somente chácaras e sítios) e peri-urbana (acesso à zona urbana e rural) dos cães estudados. Foram analisados 963 cães, com ou sem raça definida, de ambos os sexos e diferentes idades, sem apresentação de qualquer sintomatologia clínica. Os animais foram selecionados aleatoriamente durante a campanha de vacinação anti-rábica da microrregião da Serra de Botucatu, no período de maio a setembro de 1998. O soro obtido dos animais foi avaliado por meio da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) utilizando como antígeno a cepa padrão NC-1 deN. caninum. Observaram-se 245 animais reagentes (25,4% de positividade), sendo 161 (27,5%) machos e, 84 (22,3%) fêmeas. Dos animais de zona urbana, rural e mista 223 (25,8%),11(16,9%) e 11(33,3%), respectivamente, foram reagentes à prova de RIFI. Todos os 11 municípios apresentaram cães soropositivos com valores de ocorrência que variaram de 8,9% a 53,5%. Observou-se percentual de positividade menor em cães até um ano (16,2%) quando comparados àqueles entre 1 a 4 anos e superior a 4 anos (28,4 % e 28,0%, respectivamente) que não apresentaram diferença entre si. Os resultados obtidos caracterizaram soropositividade para N. caninum em cães pertencentes a todos os municípios da Microrregião da Serra de Botucatu evidenciando a ampla distribuição do agente na região.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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OBJETIVO: Analisar o consumo de medicamentos e os principais grupos terapêuticos consumidos por pessoas com deficiências físicas, auditivas ou visuais. MÉTODOS: Estudo transversal em que foram analisados dados do Inquérito Multicêntrico de Saúde no Estado de São Paulo (ISA-SP) em 2002 e do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo (ISA-Capital), realizado em 2003. Os entrevistados que referiram deficiências foram estudados segundo as variáveis que compõem o banco de dados: área, sexo, renda, faixa etária, raça, consumo de medicamentos e tipos de medicamentos consumidos. RESULTADOS: A percentagem de consumo entre as pessoas com deficiência foi de: 62,8% entre os visuais; 60,2% entre os auditivos e 70,1% entre os físicos. As pessoas com deficiência física consumiram 20% mais medicamentos que os não-deficientes. Entre as pessoas com deficiência visual, os medicamentos mais consumidos foram os diuréticos, agentes do sistema renina-angiotensina e analgésicos. Pessoas com deficiência auditiva utilizaram mais analgésicos e agentes do sistema renina-angiotensina. Entre indivíduos com deficiência física, analgésicos, antitrombóticos e agentes do sistema renina-angiotensina foram os medicamentos mais consumidos. CONCLUSÕES: Houve maior consumo de medicamentos entre as pessoas com deficiências quando comparados com os não-deficientes, sendo os indivíduos com deficiência física os que mais consumiram fármacos, seguidos de deficientes visuais e auditivos.
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Os testes sorológicos para diagnóstico de hanseníase, usando o glicolipídeo-fenólico-1 (PGL-1), considerado antígeno específico do M. leprae, têm aberto algumas possibilidades de estudo do comportamento epidemiológico desta doença. Algumas questões, como tempo de latência da doença, infecção subclínica e importância do contato intra-domiciliar (contatos) no controle da endemia, puderam ser melhor analisadas usando este instrumental. Este estudo teve por objetivo verificar a existência de associação entre a situação sorológica e a ocorrência de hanseníase. Foram seguidas, durante 4 anos, 6.520 pessoas com idade igual ou superior a 5 anos, submetidas no início do seguimento ao teste sorológico Anti PGL-1, pertencentes ao universo de 7.416 habitantes da área urbana de um município paulista caracterizado por elevada endemicidade de hanseníase. Foi identificado um grupo de 590 indivíduos soropositivos (9,0 %). Foram diagnosticados, no período, 82 casos novos de hanseníase, 26 no grupo de soropositivos (441 casos novos/10.000 indivíduos) e 48 no de soronegativos (81/10.000). Entre os que não fizeram sorologia, surgiram 8 casos novos (89/10.000). Procurou-se controlar, na análise, a condição de contato, dado que a taxa de soropositividade padronizada por idade e sexo era de 9,61% no grupo de contatos e 7,65% no de não-contatos. Tomando-se os não-contatos soronegativos como o grupo de não expostos, foram calculados os riscos relativos de adoecimento no período, a partir das taxas de detecção padronizadas por idade, resultando no seguinte: os contatos ID soropositivos apresentaram a taxa de 1.704/10.000, 27 vezes maior que a dos não-expostos, igual a 63/10.000; os não-contatos soropositivos e os contatos soronegativos apresentaram taxas, respectivamente, de 274 e 198/10.000, ambas maiores que as dos não-expostos e iguais entre si. A soropositividade associou-se à elevação de 8,6 vezes do risco de hanseníase entre os contatos e de 4,4 entre os não-contatos. Na situação epidemiológica estudada, caracterizada por elevada endemicidade de hanseníase, 50% dos casos novos surgiram entre os não-contatos soronegativos, ou seja, sem fonte de infecção conhecida. Portanto, o teste anti-PGL-1 usado revela-se, na prática, de pouca aplicabilidade. Resta estudar ainda o comportamento da sorologia anti-PGL-1 em áreas de média e baixa endemicidade para que se possa tirar conclusões mais consubstanciadas sobre sua utilidade no controle da endemia. Recomenda-se o aprofundamento das pesquisas sorológicas e de outras que aprimorem o diagnóstico precoce da infecção subclínica, inclusive para detecção de formas paucibacilares, para se ampliar as possibilidades de influir no controle endêmico.
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OBJETIVO: Descrever as prevalências de consumo abusivo e dependência de álcool em população adulta de 20 a 59 anos no Estado de São Paulo, e suas associações com variáveis demográficas e socioeconômicas. MÉTODOS: Inquérito domiciliar do tipo transversal (ISA-SP), em quatro áreas do Estado de São Paulo: a) Região Sudoeste da Grande São Paulo, constituída pelos Municípios de Taboão da Serra, Itapecerica da Serra e Embu; b) Distrito do Butantã, no Município de São Paulo; c) Município de Campinas e; d) Município de Botucatu. Foi considerado consumo abusivo de álcool a ingestão em dia típico de 30 gramas ou mais de etanol para os homens, e 24 gramas ou mais para as mulheres. A dependência de álcool foi caracterizada pelo questionário CAGE. Análises bivariadas e multivariadas dos dados foram realizadas a partir de Modelos de Regressão de Poisson. Todas as análises foram estratificadas por sexo. RESULTADOS: em 1.646 adultos entrevistados, a prevalência de consumo abusivo de álcool foi de 52,9% no sexo masculino e 26,8% no sexo feminino. Quanto à dependência de álcool, foram observadas duas ou mais respostas positivas no teste CAGE em 14,8% dos homens e em 5,4% das mulheres que relataram consumir álcool. Isto corresponde a uma prevalência populacional de dependência de 10,4% nos homens e 2,6% nas mulheres. O consumo abusivo de álcool no sexo masculino apresentou associação inversa à faixa etária e associação direta à escolaridade e ao tabagismo. No sexo feminino, observou-se associação direta do consumo abusivo de álcool com a escolaridade e o tabagismo, e com as situações conjugais sem companheiro. A dependência de álcool no sexo masculino associou-se a não exercer atividade de trabalho e à baixa escolaridade. No sexo feminino não houve associação do CAGE com nenhuma das variáveis estudadas. CONCLUSÕES: Pela alta prevalência de consumidores e dependentes, é essencial a identificação dos segmentos sociodemográficos mais vulneráveis ao consumo abusivo e dependência de álcool. As associações entre a dependência/abuso e não estar exercendo atividade de trabalho, no sexo masculino, e a maior prevalência em mulheres de escolaridade universitária, sugerem componentes para programas de intervenção e controle.
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Com o objetivo de se avaliar a freqüência de caprinos leiteiros soropositivos para Neospora caninum, no estado de São Paulo, e se verificarem possíveis associações com idade, sexo e problemas reprodutivos, nos capris, e, também, presença de cães, nas propriedades, foram obtidos soros de 923 caprinos de ambos os sexos e idade acima de 3 meses. Os animais eram provenientes de 17 propriedades de diferentes municípios. Para o diagnóstico, foi utilizado o teste de aglutinação para Neospora (NATe25), e, em todos os capris, aplicou-se um inquérito a partir do qual se obtiveram informações epidemiológicas e de esfera reprodutiva. Todos os resultados estatísticos foram discutidos no nível de 5% de significância. Assim, chegou-se à conclusão de que a freqüência percentual de positividade para N. caninum foi de 19,77%, e, em apenas uma propriedade, não houve registro de animal soropositivo, o que revela difusão do agente, no Estado. Não foram verificadas diferenças significativas entre freqüências de positividade quanto ao sexo, idade ou problemas reprodutivos. Porém, ressalta-se que a presença de cães, nos capris, foi associada a uma maior freqüência de caprinos soropositivos a N. caninum. A representação geográfica da distribuição de caprinos soropositivos para o protozoário, em mapa coroplético em hachuras, pode implicar em um ganho considerável para estudos da epidemiologia geográfica, na elaboração de um planejamento de controle da enfermidade.
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Objetivando avaliar a ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii, em caprinos leiteiros do estado de São Paulo, e verificar possíveis associações com idade, sexo, presença de gatos, problemas reprodutivos e potenciais riscos à saúde pública, foram considerados soros de 923 caprinos, de ambos os sexos e idade acima de três meses, provenientes de 17 propriedades de diferentes municípios. Para o diagnóstico, utilizou-se a reação de imunofluorescência indireta (RIFIe16) e, também, um inquérito sobre saúde, a fim de se coletarem informações epidemiológicas e de esfera reprodutiva de todos os capris. Os resultados foram discutidos no nível de 5% de significância. do total das 17 propriedades, foram diagnosticados 15 focos de T. gondii, com positividade entre 2,70% e 81,25%. Não foram verificadas associações entre freqüência de soropositividade e sexo dos animais nem ocorrência de falhas reprodutivas, nos capris. Constatou-se influência positiva na taxa de anticorpos anti-T. gondii pelo aumento da idade dos caprinos e presença de gatos, nos capris. Além de a enfermidade encontrar-se amplamente difundida no estado de São Paulo, o risco eminente de transmissão de T. gondii à saúde pública também deve ser considerado, uma vez que se encontraram focos onde se comercializavam produtos in natura, como leite e carne.
Cryptosporidium spp. infection in mares and foals of the northwest region of São Paulo State, Brazil
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O presente estudo teve como objetivo analisar a ocorrência da infecção por Cryptosporidium spp. em éguas e seus respectivos potros. Este estudo foi realizado em 11 fazendas localizadas nos municípios de Araçatuba, Birigui, Guararapes e Santo Antônio do Aracangua, na região Noroeste do Estado de São Paulo, de novembro de 2010 a março de 2011. Um total de 98 éguas e 98 potros de diversas raças foram analisados, sendo que, entre os filhotes, 59 eram machos e 39 fêmeas, cujas idades variavam de três até 330 dias. Fezes foram colhidas diretamente da ampola retal, purificadas e processadas pela técnica de Kinyoun modificada. A ocorrência de Cryptosporidium spp. observada foi de 21,4% (21/98) para potros e 18,4% (18/98) para éguas. A ocorrência de Cryptosporidium spp. teve uma associação significativa com a raça e a idade dos animais. A partir dos resultados obtidos, conclui-se neste estudo que potros com idade superior a dois meses e animais da raça Mangalarga foram menos susceptíveis à ocorrência de Cryptosporidium spp.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)