999 resultados para Pesquisas sobre Serviços de Saúde
Resumo:
Trata da porcentagem da verba municipal que deve ser investida em serviços de saúde pública. Além disso, apresenta breve base de cálculo para esta porcentagem. Material produzido para utilização no curso "Responsabilidades gestoras no último ano de mandato" fornecido pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).
Resumo:
O objetivo do curso é disseminar o conhecimento das condições de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas, para que profissionais de saúde, em especial àqueles que atuam no SUS, reflitam sobre como os processos de trabalho e modos de vida dessas populações podem interferir nas relações de saúde-doença. O curso possui três unidades, que tratam dos temas: vida e situação de saúde, vigilância e promoção da saúde, e atenção à saúde e práticas de cuidado. Os conteúdos visam possibilitar a transformação de práticas de cuidado e a melhoria do acesso aos serviços de saúde para essas populações, considerando os determinantes sociais da população atendida, conforme a Portaria Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta. Ofertado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), integrante da Rede UNA-SUS, o curso foi desenvolvido de forma intersetorial e participativa, a partir de trabalho conjunto entre as Secretarias de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) e de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde. Contou também com a colaboração do Grupo da Terra.
Resumo:
No Brasil, a mortalidade infantil ainda consiste num problema de saúde pública, tornando-se necessário aumentar a cobertura e melhorar a qualidade dos serviços destinados à saúde da criança, para uma possível redução deste índice. Para tanto, o objetivo deste estudo foi melhorar a qualidade na Atenção à Saúde da criança de zero a setenta e dois meses na UBS-Centro, do município de Luís Correia – PI, no ano de 2014. Foram utilizados os dados do Ministério da Saúde para a revisão bibliográfica. Inicialmente, a intervenção foi dirigida à sensibilização e qualificação da equipe e da comunidade por meio de reuniões para esclarecer sobre os objetivos, ações e metas propostas, bem como à capacitação dos profissionais quanto ao Protocolo de Saúde da Criança do Ministério da Saúde, 2012. Fichas espelhos foram distribuídas, atendimentos foram realizados e várias ações desenvolvidas com o propósito de atingir as metas estabelecidas. Os dados foram colhidos e registrados semanalmente em planilha do Excel disponibilizada pela UFPEL, que ao final dos três meses de intervenção produziram gráficos representando cada um dos indicadores. Ao término do projeto observou-se uma cobertura de 66,3% das crianças entre zero e 72 meses pertencentes à área de abrangência da unidade saúde e acompanhadas na UBS e uma cobertura de 65,4% de crianças com primeira consulta odontológica programática de um universo de 78 crianças residentes na área de abrangência da unidade. Conclui-se que houve um melhora significativa quanto a todos os aspectos envolvidos: cobertura, qualidade, adesão, registro e promoção de saúde infantil.
Melhoria da Atenção à Saúde dos Usuários com HAS e/ou DM do Centro de Saúde de São José do Norte, RS
Resumo:
Ao longo dos últimos trinta anos, houve uma mudança do perfil de morbimortalidade da população brasileira com predomínio das doenças crônicas não transmissíveis. Grande impacto econômico ocorre notadamente nos serviços de saúde, como consequência dos crescentes custos do tratamento da doença e, sobretudo, das complicações, como as doenças cardiovasculares e a diálise por insuficiência renal. A atenção primária à saúde é responsável pela atenção aos problemas mais comuns na comunidade e tem papel primordial nas ações de controle da hipertensão arterial, da diabetes mellitus e das doenças cardiovasculares. Suas ações vão desde a promoção à saúde e prevenção de riscos até rastreamentos, manejo específico e prevenção de suas complicações. O projeto de intervenção realizado no Centro de Saúde de São José do Norte objetivou ampliar e qualificar a atenção à saúde de hipertensos e diabéticos. Para tanto, foi necessário um trabalho em equipe, com ênfase na escuta e no exame clínico, além da realização de exames complementares, do monitoramento contínuo, da promoção de saúde e da melhora nos registros. Os cadernos de atenção básica nortearam as condutas neste processo. A intervenção foi realizada nos meses de agosto a novembro, totalizando doze semanas, e o cadastramento dos usuários portadores de HAS foi crescente: 3,3% (58 Usuários) no primeiro mês; 9,4% (156 Usuários) no segundo mês e 12,5% (207 Usuários) no terceiro. Da mesma forma, 24 usuários com DM foram cadastrados no mês 1 (5,9%), 59 cadastrados no mês 2 (14,4%), e no terceiro mês foram 80 (19,5%). A intervenção conseguiu realizar exame clínico completo, orientações sobre atividade física, alimentação, cessação do tabagismo e higiene bucal em 100% dos cadastrados. A estratificação do risco cardiovascular foi realizada em quase 80% dos usuários com HAS e 90% dos usuários com DM, o que acompanhou o resultado sobre exames complementares em dia de acordo com o protocolo. Como a população de abrangência é grande, para atingir uma cobertura de 100% seria necessário maior tempo de acompanhamento, ou ampliação da ESF, com mapeamento e divisão do território. Apesar de não alcançar a totalidade da população, a intervenção conseguiu proporcionar um atendimento mais qualificado a essa população.
Resumo:
De acordo com o manual de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância 2012, a sobrevivência infantil é uma das principais questões pendentes que nos legou o século XX, assim, garantir um crescimento e desenvolvimento saudáveis a todos na infância é um objetivo que, já iniciado o século XXI, lhe deve estar indissoluvelmente associado. No contexto da atenção primária em saúde, embora muitos avanços venham ocorrendo no tocante à redução da mortalidade infantil e ampliação da cobertura dos serviços de saúde, dois importantes desafios têm sido destacados: como melhorar a qualidade das intervenções de saúde e como alcançar as crianças mais desfavorecidas e garantir a longitudinalidade do cuidado. Nesse sentido, um adequado cuidado na promoção em saúde, especialmente com relação ao Crescimento e Desenvolvimento da criança nos dois primeiros anos de vida, é imprescindível para evitar agravos, como anemia, pneumonia, diarréia e desnutrição, as quais são as enfermidades que têm um expressivo peso no quadro de morbimortalidade na infância. A partir da realidade apresentada, o objetivo desta intervenção foi melhorar a qualidade do cuidado em Saúde da Criança de zero a 72 meses de vida na Unidade Básica de Saúde do Gramoré, em Natal, Rio Grande do Norte. Para isso, buscou-se a ampliação da cobertura, melhoria na adesão dos usuários ao programa de Saúde da Criança, melhoria na qualidade do atendimento ao usuário, melhoria no registro do atendimento realizado, realização da clssificação de risco da população alvo, promoção da saúde e melhoria na qualidade de vida dos cadastrados no programa. Os métodos utilizados para alcançar os objetivos contemplaram os quatro eixos pedagógicos: Organização e gestão do serviço (cadastramento das crianças alvo, melhorando o acolhimento, garantindo o retorno agendado e realizando o devido registro nas fichas-espelho); Monitoramento e Avaliação (realização de avaliação clínica, solicitação de exames de triagem, avaliação do crescimento/desenvolvimento, avaliação nutricional, orientações sobre alimentação, prevenção de acidentes e prevenção de cáries e prescrição dos medicamentos da farmácia popular, bem como das vacinas para a faixa etária); Engajamento Público (rodas de conversa sobre saúde da criança, busca ativa das crianças faltosas, compartilhamento de saberes nas consultas) e Qualificação da Prática Clínica (capacitação da equipe a partir do protocolo de condutas do Ministério da Saúde, padronizar as consultas e registros dos dados, melhoria da saúde bucal ampliando o acesso e implantação de um protocolo padrão de condutas). Foram inseridas fichas de acompanhamento em todos os prontuários dos usuários avaliados. A maior beneficiada com esta intervenção foi a comunidade, que passou a frequentar a unidade assiduamente. As ações educativas durante os trabalhos de grupo focaram sempre nas idéias de prevenção e promoção, reforçando repetidamente a necessidade de um vínculo permanente entre usuário e unidade. Para isso, obtivemos resultados bastante satisfatórios: conseguimos uma cobertura total de 87 crianças (cerca de 35% das crianças da população alvo), com todos os atendimentos de alta qualidade de saúde, contemplando um olhar holístico sobre cada criança assistida. Melhoramos significativamente o acolhimento, organizando a agenda, atendendo a um dos princípios básicos da atenção básica, o primeiro contato. Além disso, os nossos principais resultados foram: atingimos a meta de 93% no monitoramento do crescimento e desenvolvimento, 100% de atualização do cartão vacinal, 96% do uso do sulfato ferroso entre crianças de 6 meses a 2 anos de vida e 89% de crianças assistidas na saúde bucal. Apesar de todo o exposto, ainda possuímos inúmeros problemas, muitos usuários ainda têm dificuldades para agendamento, mas sem dúvida ocorreu uma melhora significativa. Ainda é necessário melhorar a atenção na saúde bucal, para a qual faltam equipamentos, materiais e resposta da gestão. Necessitamos de uma informatização dos dados, fundamental para planejamento de ações futuras e precisamos aumentar ações de grupo com a comunidade.
Resumo:
As raízes históricas e culturais da doença mental sempre foram norteadas por forte rejeição, discriminação, preconceito, violência, isolamento social e despreparo dos profissionais atuantes. Isto ainda acontece na rede de atendimento em saúde, o que inclui a Estratégia de Saúde da Família (ESF). O presente trabalho teve por objetivo discorrer sobre a história da reforma psiquiátrica no Brasil e levantar ações estratégicas para atenção em saúde mental na Estratégia de Saúde da Família. Trata-se de um estudo exploratório descritivo. Foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases de dados eletrônicas: LILACS e Scielo com unitermos: história, saúde mental, estratégia de saúde da família. Foram também utilizados como fontes de pesquisa os módulos do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família e a Linha Guia em Saúde Mental do Estado de Minas Gerais. Verificou-se que o processo de desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internação psiquiátrica avançou significativamente no Brasil, sobretudo através do Ministério da Saúde, que tem garantido mecanismos seguros para a redução de leitos e a expansão de serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos. Por sua proximidade com famílias e comunidades, as equipes de saúde da família se apresentam como um recurso estratégico para o enfrentamento de importantes problemas de saúde pública, como os agravos vinculados à saúde mental do indivíduo. Inicialmente, é importante realizar a avaliação do indivíduo. As demandas psicossociais na Atenção Básica nem sempre aparecem de forma clara nos atendimentos, nesse sentido, torna-se importante a investigação completa sobre o usuário dentro de uma abordagem bio-psico-socio-espiritual, enfocando o indivíduo como um todo. Em todos os níveis da assistência, o acolhimento é a primeira dimensão a ser considerada. É a primeira abordagem para tratar o indivíduo com transtorno mental, pois possibilita ouvir, simpatizar, empatizar, conhecer a realidade do usuário e identificar os possíveis transtornos que ele possa apresentar. A visita domiciliar é outra estratégia útil na abordagem do indivíduo com sofrimento mental, onde os profissionais de saúde mental podem entender melhor o problema do paciente e a dinâmica familiar, assim como buscar o envolvimento dos familiares no tratamento, o acompanhamento do usuário, sua integração no domicílio, além de identificar alguma relação do adoecimento psíquico com as relações interpessoais no núcleo familiar. A redução do número de internações em hospitais psiquiátricos e a criação de políticas orientando novas formas de atendimento para essa população, como a expansão dos hospitais-dia e dos atendimentos ambulatoriais nos centros de saúde, vieram a transformar o atendimento em grupo no principal recurso terapêutico nesses contextos. Existem várias práticas possíveis em saúde mental que precisam ser mais exploradas e os profissionais que compõem a ESF necessitam aprofundar seus conhecimentos técnicos e científicos acerca destas práticas. Sabe-se que a ESF está estruturada na lógica de atenção básica à saúde, por meio de novas práticas setoriais, que vem afirmar a indissociabilidade entre os trabalhos clínicos e a promoção da saúde.
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O presente estudo tem como objetivo avaliar a importância geral e os efeitos de práticas de promoção a saúde na qualidade de vida do idoso por meio de uma revisão bibliográfica realizada em diferentes bases de dados por meio de acesso à internet, e levantamento bibliográfico em revistas, artigos e periódicos. Face ao envelhecimento da população brasileira, torna crescente a demanda por prevenção e assistência aos pacientes idosos, havendo a necessidade de reestruturação de serviços e de programas de saúde que possam responder às suas necessidades, uma vez que essa faixa etária representa a maior consumidora dos serviços de saúde. Problemas como isolamento social, desenvolvimento de alterações comportamentais e de infecção hospitalar, declínio e dependência funcional, mudanças na qualidade de vida, falta de tratamento diferenciado segundo sua faixa etária são alguns fatores observados durante a permanência dos idosos no hospital, portanto evitar uma internação deve ser o objetivo principal dos programas de saúde voltados a esta população. Os dados encontrados na literatura remetem a refletir sobre a necessidade de formação de recursos humanos qualificados para trabalharem com idosos, bem como a necessidade de incentivo a programas que evitem a hospitalização e consequentemente mantenham o idoso ativo na sociedade.
Resumo:
Este trabalho é o resultado de uma revisão bibliográfica, que visa sistematizar as referências da literatura para os conceitos envolvidos na Reforma Sanitária Brasileira; Processo de Consolidação do SUS; Modelo de Atenção Básica à Saúde e Programa Saúde da Família. Foram consultados Documentos Normativos Oficiais, Relatórios Finais de Conferência de Saúde e 492 textos, publicados entre os anos de 1984 e 2009, disponíveis na base de dados SciELO, dos quais 27 foram selecionados e examinados na íntegra. Os resultados foram sistematizados em três temas: Reforma Sanitária, SUS e Programa Saúde da Família. Um tópico especial sobre o processo de organização do trabalho foi incluído nas discussões finais. A análise dos textos mostrou que o Movimento da Reforma Sanitária contribuiu para a construção do Sistema Único de Saúde (SUS), aumentando a qualidade e a quantidade dos serviços públicos de saúde oferecidos à população brasileira. A implementação do Programa Saúde da Família apresenta-se como principal eixo de implantação do SUS e uma oportunidade para melhorar a prática multissetorial e multiprofissional em Cuidados Primários de Saúde. A avaliação do Programa de Saúde da Família é essencial para a validação e condução da estratégia de atenção primária à saúde.
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Este estudo apresenta uma revisão de literatura narrativa sobre a atenção à saúde bucal dos idosos do Programa Saúde da Família (PSF) Tiradentes. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura sobre as condições de saúde bucal (edentulismo) da população idosa para poder subsidiar o planejamento-avaliação de ações nessa área, nos diferentes níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Realizou-se a busca ativa de informações nas bases de dados BBO e da biblioteca virtual SCIELO, no período de 2000 a 2009, dissertações de mestrado e teses de doutorado disponibilizadas na internet, cadernos do Curso de Especialização em Atenção Básica da Saúde da Família, e cadernos do Ministério da Saúde e linhas guia de saúde do Governo de Minas Gerais, além do SB Brasil 2003 (BRASIL, 2004). O aumento da expectativa de vida coloca a discussão da saúde bucal do idoso e o aumento da atenção a essa faixa etária como necessidades reais do SUS. O mau estado de conservação dos dentes dos idosos e a alta prevalência de edentulismo são um reflexo do acesso à atenção em saúde bucal, da sua condição de vida e com um forte componente social e cultural e podem contribuir para uma piora do quadro de saúde de indivíduos idosos e queda da qualidade de vida. O edentulismo é um problema de saúde pública que gera grande necessidade de reposição protética. A ampliação do acesso ao serviço de prótese dentária no SUS é uma necessidade real e de grande relevância, para garantir o princípio da equidade no uso de serviços odontológicos. Os problemas bucais podem ser minimizados e controlados com a consolidação do PSF, adequando a sociedade envolvida a sua realidade. Sugere-se a realização de padronização dos estudos sobre da saúde bucal de idosos.
Resumo:
Este estudo aborda a realidade do cuidador de idosos dependentes que, por suas condições de trabalho e necessidade de resguardar sua própria saúde, se vê carente de uma orientação que propicie melhores condições de vida e trabalho. O objetivo foi analisar a visão da equipe do programa de saúde da família sobre a necessidade e relevância do cuidado pelos cuidadores de idosos dependentes e, especificamente, conceituar cuidado e cuidador; verificar as dificuldades encontradas pelos cuidadores na assistência diária aos idosos dependentes no domicílio; identificar a importância das políticas públicas na promoção da saúde desses cuidadores e a responsabilidade do enfermeiro na assistência à saúde dos idosos dependentes. Trata-se uma revisão de literatura desenvolvida através de fontes bibliográficas como periódicos, livros e bases de dados eletrônicos do período de 1990 a 2009. Foram identificadas 67 obras conforme os descritores que tratavam do assunto, disponíveis na base Scielo e algumas pertencentes a outros tipos de fontes bibliográficas, tais como livros e cartilhas. Destas 67 obras, 41 contribuíram para o desenvolvimento da pesquisa, tendo sido descartados 26 artigos que, apesar de falarem do assunto, abordavam mais especificamente outros temas que não foram objeto dessa pesquisa. Os resultados apontaram para a urgência de mudanças e inovação das políticas públicas de atenção à saúde do idoso, bem como de seu cuidador, na medida em que se vislumbra o crescimento acelerado do número de idosos na sociedade e esta se encontra totalmente despreparada para acompanhar essa evolução, inclusive os familiares de pessoas idosas, o que acaba incentivando a família à contratação de cuidadores de idosos. Concluiu-se, ainda, que a condição dos cuidadores deve ser contemplada pela equipe de enfermagem e pelos serviços de saúde tanto do ponto de vista de sua orientação para lidar com as incapacidades dos pacientes idosos que assistem, bem como para orientar a respeito do cuidado com sua própria saúde. Desse modo, tem-se entendido que a equipe de Saúde da Família pode contribuir com ações e atitudes no cuidado com o cuidador de idosos de sua área de abrangência, assim como se entende que haja necessidade de ações que norteiem políticas públicas de saúde buscando um enfoque para o cuidado dos próprios cuidadores.
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A gravidez é um período especial da vida da mulher. Nesse período, em que prepara para gerar uma nova vida, ocorrem várias transformações no corpo e na mente da futura mãe e de sua família. Existem mitos, crenças e desconhecimento relacionando a saúde bucal e a gestação, que também interferem no aparecimento de doenças e dificultam o acesso das gestantes aos serviços de saúde bucal. Além disso, a gestante tem, ainda, um importante papel na transmissibilidade da cárie dental, sendo a principal responsável pela transmissão de bactérias cariogênicas para o bebê. Sendo a gravidez um período propício para a incorporação de novos hábitos pela gestante e a importância do papel da mãe/mulher no cuidado com a família, as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças devem ser realizadas e enfatizadas. Desse modo, este estudo realizou uma revisão de literatura que teve por objetivo investigar aspectos relacionados à saúde bucal de mulheres gestantes, bem como discutir sobre as ações oferecidas pelos serviços de saúde, em especial pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Na mulher grávida, algumas alterações biológicas podem propiciar o aparecimento de doenças bucais que muitas vezes resultam em problemas durante a gravidez. A equipe multiprofissional da ESF, em especial a equipe de saúde bucal (ESB) inserida neste grupo de profissionais deve atuar no intuito de prevenir intercorrências durante o período gestacional. Além da abordagem clínica da gestante, a equipe multiprofissional tem a oportunidade de criação de vínculo, responsabilidade e confiança. São atitudes necessárias para a assimilação e troca de saberes, que possibilitam uma melhora na qualidade de vida dessas mulheres e familiares, inclusive em relação à saúde bucal. Suas ações de intervenção precisam acontecer durante as consultas, visitas domiciliares e grupos operativos.
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Este estudo nasce da minha experiência como enfermeira do Programa de Saúde da Família (PSF) no município de Boa Esperança - MG através das atividades desempenhadas no cuidado direto aos usuários com transtornos mentais e suas famílias, principalmente nas dificuldades em oferecer-lhes um atendimento mais humanizado. Esta monografia tem por objetivo buscar evidências científicas na literatura nacional sobre a humanização da assistência ao usuário com transtornos mentais acompanhados pelo Programa de Saúde da Família. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica realizado nos periódicos nacionais através de revisão nas bases de dados Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Eletrônica de Periódicos Científicos Brasileiros (SCIELO), Biblioteca Virtual de Enfermagem e livros pertinentes ao tema. A consulta às bases de dados foi realizada entre os meses de outubro de 2009 a maio 2010 considerando os trabalhos publicados nos anos de 2000 a 2010 em português com textos completos. Sabe-se que a política de saúde mental é fruto de formulações e reformulações, com sucessivas contradições, e nesse cenário assiste-se a subsequentes mudanças na prática assistencial. Atualmente a Reforma Psiquiátrica, tendo como premissa o cuidado integral ao portador de transtorno mental, prevê a inserção da saúde mental na atenção básica especialmente por meio das equipes de saúde da família. Existem instrumentos que favorecem a inclusão das ações de saúde mental no programa de saúde da família como o acolhimento, vínculo e responsabilização, o domicílio como espaço terapêutico e intervenções através da visita dos profissionais do programa de saúde da família. Em contrapartida existem também fatores que dificultam a inclusão dessas ações como: a falta de referência e contra- referência entre o programa de saúde da família e serviços de saúde mental; a relutância dos profissionais do PSF em assumir os problemas mentais dentro de seu território de atuação; a dificuldade dos usuários em reconhecer a atenção primária como porta de entrada para o tratamento e principalmente á ausência de um processo educativo permanente para toda ESF. Percebe-se assim que é fundamental para garantir a implementação da assistência humanizada de saúde mental no programa de saúde da família à capacitação e educação permanentes para estes profissionais, pois o caminho para a humanização da assistência é a qualificação profissional onde as velhas práticas são substituídas e reinventadas. Dentro dessa ótica, este trabalho propõe uma análise de como a educação em saúde poderá contribuir para implementação da assistência humanizada de saúde mental no programa de saúde da família.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi conhecer e analisar o processo de inserção das Equipes de Saúde Bucal (ESB) no Programa de Saúde da Família em Betim/MG, mediante relato de experiência. Para tanto, foi feita consulta a documentos da Secretaria Municipal de Saúde de Betim sobre o processo de implantação das equipes de saúde bucal. Observaram-se avanços quantitativos na ampliação da cobertura após implantação de 30 ESB em diferentes regiões do município. Para definir as áreas geográficas a serem cobertas pelas novas equipes, foram utilizados critérios norteados pelos princípios básicos defendidos pelo SUS como a universalidade e a equidade. Isso permitiu repensar e mudar a organização do serviço para a construção de um novo modelo com melhoria da qualidade do serviço e do acesso e compromisso com as necessidades dos usuários. Possibilitou garantia de integralidade da atenção mediante a chegada de novas categorias profissionais que estão envolvidas no trabalho conjunto por uma assistência multidisciplinar. Em contrapartida este trabalho mostra que a atenção em saúde bucal ainda esbarra na dificuldade de programar atividades de cunho educativo e preventivo. O acesso ainda é predominantemente individualizado e sofre com valorização da especialização. Falta implementar atividades coletivas/preventivas que produzam mudanças de comportamento duradouras, a fim de superar a dicotomia entre atividades preventivas e curativas, executando-as em conjunto por meio dos mesmos programas.
Resumo:
O Trabalho de conclusão de curso que se apresenta é parte integrante do curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e teve como objetivo geral descrever sobre a implantação do Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) nas unidades básicas de saúde, avaliando os desafios impostos ao profissional da enfermagem para que o modelo assistencial torne-se de fato uma realidade nesse ambiente. Foi elaborada uma investigação sobre a temática em base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde - BVS, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, GOOGLE, Biblioteca Regional de Medicina - BIREME, Internet em geral e livros. A busca foi realizada entre setembro de 2010 a novembro de 2010, compreendendo publicações entre 1999 a 2010. Foram encontradas 24 publicações de caráter cientifico sobre o assunto e após a análise e avaliação da qualidade do material foram selecionadas 17 fontes para serem utilizadas no presente trabalho, dentre as quais três fontes são publicações e cartilhas do Ministério da Saúde sobre as políticas de humanização e o acolhimento. Os resultados apontam em primeiro lugar que reorganização dos serviços de saúde, tem como pressuposto a integralidade na produção do cuidado, em um processo de trabalho centrado no usuário e relações acolhedoras da equipe multiprofissional, capazes de produzir vínculo, em um processo produtivo que aposta nas tecnologias mais relacionais para a assistência aos usuários, onde a equipe se responsabiliza pelo cuidado. O ACCR tem como objetivo principal organizar o fluxo de usuários no sistema de saúde, escolhendo quais devem ter prioridade no atendimento, ou seja, fazer com que os usuários mais graves sejam atendidos primeiro. Verificou-se que os principais desafios impostos ao profissional para de fato implantar o Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) estão relacionados à capacitação e a consolidação dos avanços alcançados com a implantação do acolhimento demanda que os agentes de tal trabalho sejam atendidos em suas necessidades de educação permanente, supervisão e apoio institucional a fim de que o trabalho que realizam seja qualificado de forma inequívoca.
Resumo:
Este trabalho desenvolve a reflexão sobre a importância de se efetivar a proposta do acolhimento nas unidades básicas de saúde como um eixo de organização do processo de trabalho e em especial, do atendimento da demanda espontânea. Realizou-se busca na literatura nacional, da produção científica que aborda o acolhimento como estratégia para a organização do processo de trabalho e a melhoria da qualidade da assistência prestada, em especial pelos profissionais médicos. Os resultados demonstraram que o acolhimento se concretiza nas práticas de saúde, por meio de escuta qualificada e possibilidades de respostas dos serviços de saúde às necessidades dos usuários, devendo traduzir-se na qualificação da produção de saúde. Observou-se que embora seja prescrito que todos os profissionais devem realizar o acolhimento, a inserção dos médicos nesse processo ainda é incipiente.