1000 resultados para Manejo de Bacias Hidrográficas
Plantações florestais e a proteção de florestas nativas em unidades de manejo certificadas no Brasil
Resumo:
A certificação florestal tem-se expandido pelos vários estados do Brasil, tanto na modalidade de plantações florestais quanto nas florestas nativas. Este trabalho teve por objetivo principal analisar a contribuição que a certificação de plantações florestais tem na proteção de florestas nativas nos estados brasileiros pelos sistemas FSC e CERFLOR. Foram consultados os resumos públicos das unidades de manejo florestal certificadas nos estados brasileiros, tanto os referentes à certificação de plantações florestais quanto os referentes a florestas nativas. Buscou-se a informação referente à área total certificada da unidade de manejo florestal e, no caso de plantações florestais, a área efetiva de plantações, a área de proteção florestal e a área destinada a outros usos. A área total de floresta nativa certificada é de 2,78 milhões de hectares, enquanto a de plantações florestais é de pouco mais de quatro milhões de hectares. As áreas protegidas no Estado da Bahia são as maiores pelo CERFLOR (46,35%) e a segunda maior pelo FSC (40,67%), ao passo que as menores áreas destinadas a esse fim estão no Estado de São Paulo, com 23,33% pelo CERFLOR e 21,02% pelo FSC. Estados da Região Amazônica destinam percentual maior de área de proteção florestal. Conclui-se que as empresas que detêm a certificação de plantações florestais exercem importante função na proteção florestal, pois, em muitos casos, essas empresas cumprem um percentual muito maior do que o exigido pela lei. Escolher um ou outro sistema de certificação não influencia no maior grau de exigência com relação à proteção de espécies nativas.
Resumo:
As zonas ripárias situam-se às margens dos sistemas de drenagens de águas superficiais, afetando processos hidrológicos. O Código Florestal Brasileiro estabelece um afastamento mínimo ao longo dos cursos de águas, considerado como área de preservação permanente. Este trabalho objetivou determinar a distribuição do uso do solo em bacias agrícolas com várias dimensões para diferentes afastamentos em relação ao sistema de drenagem de águas superficiais. A metodologia utilizada compreendeu o uso de imagens do satélite SPOT-5, para classificação do uso de solo em seis bacias com áreas variando de 14 a 600 km². A precisão da classificação foi determinada pela acuracidade e o nível de acerto, determinado pelo coeficiente Kappa. A partir do sistema de drenagem foram traçadas linhas paralelas aos cursos de águas, denominados buffers, com afastamento das margens de 20, 30, 50, 100 e 200 m. Em cada buffer foi determinada a distribuição da ocupação do uso do solo. Os valores obtidos com a classificação indicaram acerto com coeficiente Kappa médio de 0,96. Os temas classificados em todas as imagens apresentaram boa acuracidade, com valores maiores que 96%. Os resultados apontaram que o uso da terra predominante em todas as bacias é a mata nativa com valores médios de 46,8%, seguida de culturas agrícolas com 24,7% e pastagens com 21,7%. As áreas de matas nativas apresentavam tendência de redução à medida que se afastavam dos cursos de água, enquanto os reflorestamentos tendiam a aumentar o percentual da área ocupada com o afastamento das margens dos rios.
Resumo:
Diante da crescente necessidade de realização de boas técnicas de manejo florestal, foi conduzido um experimento de campo com o objetivo de avaliar a possível interação entre o manejo de plantas daninhas e a adubação de cobertura no desenvolvimento de plantas de eucalipto. Os tratamentos foram dispostos em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5x3, constituído de cinco situações de controle das plantas daninhas (testemunha "no mato"; testemunha "limpa"; isoxaflutole; glyphosate; isoxaflutole+glyphosate - em pré e pós- emergência, respectivamente) e três doses de adubação de cobertura (0,5 x; x; e 1,5 x, em que x corresponde à dose recomendada para adubação da cultura). No tricentésimo dia após o plantio do eucalipto, a massa de matéria seca de folhas e a massa de matéria seca de caule foram as características mais sensíveis à interferência das plantas daninhas. Quando em convivência com essas plantas, as doses de adubação de cobertura não promoveram grandes alterações nas variáveis supracitadas, indicando a competição da cultura com as plantas daninhas pelo recurso oferecido. Já nos tratamentos que ficaram livres da convivência com as plantas daninhas por todo o período avaliado (testemunha "limpa") ou por grande parte dele (isoxaflutole + glyphosate), a maior dose de adubação de cobertura foi responsável pelos maiores valores de massa de matéria seca de folhas e caule.
Resumo:
Esta pesquisa foi realizada em um fragmento de floresta estacional semidecídua, localizada em Pirenópolis, Goiás, e investigou as alterações no regime de luz, medida pela densidade de fluxo de fótons, associadas a intervenções silviculturais que visaram, sobretudo, aumentar o crescimento de espécies arbóreas, sem permitir a invasão por espécies oportunistas que poderiam influenciar negativamente a dinâmica da regeneração natural. O delineamento foi em blocos casualizados, em esquema fatorial, testando as diferenças entre tratamentos silviculturais, estações climáticas e alturas de medida no sub-bosque (1,30 m e ao nível do solo). Foram testadas duas intensidades de corte seletivo de indivíduos arbóreos e de cipós na floresta. Os tratamentos foram suficientes para alterar o regime de luz, tanto na estação seca como na estação chuvosa, em acordo com a hipótese testada. O sombreamento na área controle foi de 97% na estação chuvosa e de 86% na estação seca, apresentando diferenças significativas com o sombreamento associado aos tratamentos silviculturais, que variaram de 93% a 94% na chuva e de 77% a 80% na seca. Esse estudo pode auxiliar na validação deste sistema de manejo florestal proposto para as florestas estacionais semidecíduas no Brasil Central, devendo ser associado aos estudos populacionais e de comunidade, preservando os fragmentos florestais encontrados na região e gerando benefícios ambientais e renda extra para a população rural.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar o processo de crescimento do Eucalyptus grandis quando submetido à irregularização do terreno. Baseando-se na "Ótica da Teoria do Caos" e partindo-se da hipótese de que as áreas reflorestadas por E. grandis são consideravelmente sensíveis às condições iniciais de preparação do solo, aplicou-se a técnica das rugosidades (variações do relevo alternando superfícies côncavas e convexas) para desencadear ao longo do tempo propriedades emergentes que aceleram o processo de crescimento vegetal. A área de estudo localiza-se na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí, em Brusque, SC. Esta foi dividida em quatro parcelas menores: duas com tratamentos irregulares (IR-A e IR-B) e outras duas com tratamentos regulares (R-A e R-B). Os tratamentos irregulares consistiram na abertura de cavas, utilizando-se uma retroescavadeira hidráulica, intercaladas com 1 m de largura, 4 a 5 m de comprimento e 0,5 m de profundidade. Nos tratamentos regulares foi adotado o cultivo mínimo do solo, onde o preparo do solo ficou restrito às linhas ou covas de plantio. Na análise do desenvolvimento de E. grandis (altura, diâmetro do colo e na altura do peito - DAP) verificou-se diferenças estatísticas entre as técnicas de preparação do solo, sendo os maiores valores nos tratamentos irregulares. Nas parcelas irregulares (IR-A e IR-B) foram encontrados os maiores valores médios de altura (5,29 m e 5,46 m), diâmetro do colo (45,65 mm e 45,4 mm) e DAP (4,44 cm e 4,79 cm), respectivamente. Pressupõe-se que as rugosidades funcionaram efetivamente como componentes auxiliares na internalização da matéria, retendo água, sedimentos e nutrientes, fato que deve ter potencializado e acelerado o crescimento do E. grandis.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas em microbacias hidrográficas caracterizadas por diferentes coberturas do solo: pastagem, floresta e cafeeiro. Foi desenvolvido um índice de qualidade de água utilizando a análise de componentes principais, que proporcionou a redução das 13 características de qualidade em duas componentes, que explicaram 91,2% da variância total. As águas superficiais e subterrâneas das microbacias foram adequadas ao consumo humano, após tratamento convencional, ao longo de todo o período estudado, exceto a água subterrânea da microbacia coberta com pastagem no período de estiagem.
Resumo:
A sustentabilidade da extração madeireira seletiva depende de avaliações de impacto e monitoramento dos fatores abióticos, vegetação e fauna. Os objetivos deste trabalho foram estimar e comparar a riqueza e composição de formigas em área de manejo florestal sustentável de baixo impacto, no Projeto de Assentamento Chico Mendes, no Acre. As coletas foram realizadas com armadilhas pitfall e extrator de Winkler, em 30 parcelas de 10 x 10 m. As parcelas foram igualmente distribuídas em três tratamentos: (1) manejo - base de árvores exploradas em 2007; (2) queda natural - base de árvores caídas naturalmente em área não manejada; e (3) controle - parcela sem queda de árvore na mesma área não manejada. Para a caracterização da vegetação, foram tomadas medidas das variáveis: densidade arbórea e arbustiva, área basal arbórea e de árvores caídas, espessura de serapilheira e cobertura de dossel. A densidade arbórea foi significantemente maior no tratamento controle que no manejo. Diferenças significativas foram encontradas em cobertura de dossel entre os tratamentos controle e manejo e controle e queda natural. Foram coletadas 88 espécies de formigas, distribuídas em sete subfamílias. Não houve diferença na riqueza de espécies entre os tratamentos. Embora menor similaridade tenha sido encontrada entre os tratamentos manejo e controle, não foram observadas grandes diferenças na composição entre eles. Esses resultados indicaram que, nessa área, a atividade de extração madeireira de baixo impacto não afetou a assembleia de formigas, portanto, funcionalmente, essa forma de manejo não acarretou alterações no ecossistema em relação aos serviços associados às formigas.
Resumo:
Este estudo investiga os tipos de manejo e o perfil socioeconômico relacionado a estes, nas propriedades rurais do Refúgio de Vida Silvestre de Una. Tem-se como pressuposto de que as agroflorestas sucessionais são as mais favoráveis para conservação do bioma Mata Atlântica, inclusive na escala de paisagem. Portanto, objetiva-se conhecer os aspectos socioeconômicos associados à adoção de um tipo de manejo e sua inserção na paisagem. Para tanto, foram realizadas entrevistas em 73 propriedades, entre janeiro e maio de 2011. Os dados sobre os agrossistemas foram classificados em tipos de manejo: convencional, tradicional, orgânico e agroflorestal. Os resultados apontaram a predominância do tipo de manejo tradicional entre as propriedades. O perfil socioeconômico encontrado é compatível com as características do tipo de manejo predominante, o tradicional. Observaram-se no manejo tradicional: maior contribuição da mão de obra familiar e menor ocorrência de fonte de renda proveniente de trabalho rural para terceiros. A capacitação para atividade agrícola foi a única característica socioeconômica que apresentou maior importância para o manejo agroflorestal. Na paisagem, os resultados apontaram para a necessidade de adequação das práticas utilizadas nos agroecossistemas tradicionais aos objetivos da conservação do bioma, pois 39% das propriedades estão a uma distância de 350 m dos fragmentos, considerada máxima para que ocorra a conectividade estrutural, e possuem esse tipo de manejo.
Resumo:
A expansão da fronteira agrícola no Oeste do Pará nas últimas décadas tem alterado a paisagem, antes ocupada por florestas ou agricultura familiar, provocando alterações ambientais com impacto nos recursos hídricos. O trabalho avaliou a qualidade da água de 24 microbacias hidrográficas, sob diferentes usos de solo: área natural/referência (Flona Tapajós), agricultura tradicional (PA-Moju) e agriculturas mecanizadas recentes e antigas de soja (Rodovias Curuá-Una e BR-163, respectivamente), com base na Resolução Conama nº 357/05, em Santarém e Belterra, no Pará. As coletas ocorreram em outubro/11 e abril/12. Parâmetros analisados: pH, cor, turbidez, TDS, OD, DBO, nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal, fósforo total, clorofila-a e coliformes termotolerantes. Confrontando os resultados com os da Resolução, constatou-se no período seco que seis microbacias da Flona Tapajós e uma do PA-Moju apresentaram concentrações abaixo dos limites permissíveis para OD. Apenas uma microbacia (BR-163) apresentou pH no intervalo aceitável, e todas as microbacias do PA-Moju superaram o limite estabelecido para clorofila-a. A cor apresentou desconformidade em quatro microbacias da Curuá-Una, durante o período chuvoso. As atividades antrópicas estão causando assoreamento e aporte de compostos e nutrientes aos recursos hídricos, promovendo a sua degradação. A Resolução nº 357/05 necessita de adequações para a região Amazônica, visto que alguns parâmetros que apresentaram valores em desconformidade com a legislação refletem condições naturais da região.
Resumo:
Realizou-se um experimento com o propósito de avaliar o efeito de diferentes sistemas de manejo aplicados na entrelinha da seringueira (Hevea brasiliensis), na estabilidade de agregados em água de um Latossolo Vermelho, textura argilosa do Município de Jaboticabal, SP, e um Argissolo Vermelho-Amarelo, textura areia/média do Município de Tabapuã, SP, cujos tratamentos consistiram em: roçadeira, adubo-verde perene (Pueraria phaseoloides) e gradagem. As amostras de solo foram retiradas após sete anos de aplicação desses manejos nas camadas de 0-0,1; 0,1-0,2; 0,2-0,3; e 0,3-,4 m. A estabilidade de agregados foi obtida em peneira com classes de tamanhos de 8-4; 4-2; 2-1; 1-0,5; 0,5-0,125; e <0,125 mm. A Pueraria phaseoloides propiciou diferença significativa em relação aos demais sistemas de manejo na camada superficial (10 cm), quanto à distribuição de agregados, apresentando maior distribuição de agregados maiores no Latossolo Vermelho. O manejo com a grade dessa mesma camada, em ambos os solos, apresentou valores superiores de agregados de tamanho pequeno. A matéria orgânica dos solos apresentou relação direta e significativa com a estabilidade dos agregados maiores e relação inversa e significativa com a estabilidade de agregados menores.
Resumo:
O eucalipto sofre severos danos por cupins durante a implantação das mudas no campo, sendo considerada praga importante da cultura. No ecótono Cerrado/Pantanal não existem estudos anteriores sobre a ocorrência de cupins em plantações de eucalipto. O objetivo foi conhecer a riqueza de cupins, sua distribuição nos tratamentos e a influência do ambiente nas populações de cupins, nos híbridos de eucalipto Eucalyptus grandis x E. camaldulensis e Eucalyptus urophylla x E. grandis com fertirrigação por gotejamento, microaspersão e sequeiro. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com 10 tratamentos e quatro repetições. A riqueza de cupins foi associada pela Análise de Correspondência e pela influência climática pela Análise de Componentes Principais. Os cupins foram coletados de março de 2012 a fevereiro de 2013, em 432 parcelas de 4,0 x 2,25 m, em uma área de 3 ha, seguindo o protocolo rápido de coleta, observando-se a serrapilheira, e até 30 cm de profundidade no solo. Obtiveram-se 18 espécies de Termitidae, Rhinotermitidae, Heterotermitinae, Syntermitinae, Apicotermitinae e Nasutitermitinae. Nos tratamentos com gotejamento, houve a maior frequência total, com presença de 18 espécies de cupins nos híbridos, sem associação significativa. A associação entre espécies de cupins e tratamentos constituiu quatro grupos. A precipitação e a umidade relativa do ar influenciaram significativamente na comunidade dos cupins. Portanto, a maior riqueza de espécies ocorreu nos tratamentos com gotejamento. Das espécies consideradas pragas de eucalipto, destacou-se Syntermes molestus, pela sua maior frequência durante as coletas. Ocorreu diferença significativa na distribuição das espécies de cupins associadas aos tratamentos entre os meses de coleta. A riqueza e a distribuição dos cupins são influenciadas ao longo do ano pelos diferentes manejos de irrigação em áreas de cultivo de eucalipto.
Manejo da irrigação na cultura do crisântemo em vaso, cultivar rage, cultivado em ambiente protegido
Resumo:
Dentre as dificuldades que os produtores têm encontrado ao adotarem o cultivo em ambiente protegido, destaca-se a falta de dados específicos sobre o uso racional da água e o desconhecimento da quantidade e do momento de irrigar. Esta pesquisa foi desenvolvida na propriedade de um produtor, no Distrito de Holambra II, região de Paranapanema - SP, em cultivos rotineiramente desenvolvidos pelo produtor, buscando melhor representatividade dos dados obtidos. O objetivo principal deste experimento foi identificar a tensão de água no solo que pudesse resultar em melhor qualidade comercial da cultivar de crisântemo "Rage", cultivado em vaso e mantido em ambiente protegido. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com duas repetições. Os tratamentos foram definidos por seis níveis de tensão de água: -2; -3; -4; -6; -10 e -30 kPa. Para cada tensão, foram calculadas a altura correspondente na coluna de mercúrio do tensiômetro, as lâminas e o tempo de irrigação. Os resultados obtidos demonstraram que a cultivar Rage obteve a maior porcentagem de vasos de alta qualidade (A1) no tratamento irrigado com a tensão de -4 kPa. O tratamento irrigado, quando atingia -30 kPa, resultou na menor porcentagem de vasos A1.
Resumo:
Dois métodos de manejo de irrigação, por tensiometria e pelo balanço hídrico climatológico simplificado baseado no tanque "Classe A", foram aplicados e avaliados os resultados no balanço de água no solo, na evapotranspiração e na produtividade de grãos da cultura do feijoeiro, cultivar IAC-Carioca, conduzida na estação seca com irrigação por pivô central, após uma cultura de milho (estação úmida), no primeiro ano de cultivo, nos sistemas de plantio direto e convencional em uma área de Latossolo Vermelho. Concluiu-se que ambos os métodos são possíveis de serem adotados por irrigantes ou técnicos com níveis médios de tecnologia e conhecimento, embora com a tensiometria seja possível um melhor entendimento das reais condições hídricas do solo na região do sistema radicular da cultura. Não foram verificadas diferenças importantes de armazenamento de água no solo e de produtividade de grãos entre os sistemas de plantio nesse primeiro ano; o manejo por tensiometria resultou em maiores variações na água disponível consumida do que o do balanço hídrico climatológico simplificado e resultou, em relação a esse, economia de 15% na água de irrigação aplicada, sem afetar a produtividade de grãos.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi estudar o desempenho de uma semeadora-adubadora, operando em duas velocidades sobre a palhada da cultura do milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Brown), após diferentes manejos, na semeadura direta da cultura da soja (Glycine Max L.). O experimento foi realizado com seis tratamentos, em esquema fatorial, delineados em blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos combinaram três manejos (triturador de palhas tratorizado, rolo- faca e herbicida) com duas velocidades de deslocamento da semeadora-adubadora (5,2 e 7,3 km h-1). Foram analisadas as seguintes variáveis: acúmulo e decomposição de massa seca do milheto, índice de emergência da cultura da soja, uniformidade de distribuição longitudinal de sementes, capacidade de campo efetiva da semeadora-adubadora e produtividade da soja. Os resultados mostraram que não houve diferença na decomposição da massa de milheto após os manejos e que esses, juntamente com a velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora-adubadora, não influenciaram no número de dias para a emergência das plântulas de soja e na distribuição longitudinal das sementes. A capacidade de campo efetiva da semeadora-adubadora foi maior na velocidade mais alta. O rendimento de grãos não diferiu significativamente nos tratamentos estudados.
Resumo:
Avaliou-se o desempenho operacional de campo de uma semeadora-adubadora de precisão, equipada com seis linhas espaçadas de 550 mm, em um solo muito argiloso, classificado como Nitossolo Vermelho Distrófico Latossólico, na semeadura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). Os tratamentos consistiram de três métodos de preparo do solo: a) convencional (uma aração com arado de discos e duas gradagens niveladoras); b) escarificação (uma passagem de escarificador conjugado com rolo destorroador), e c) semeadura direta. Esses procedimentos foram combinados com quatro condições de cobertura do solo no inverno (consórcio aveia-preta + nabo forrageiro manejados com rolo-faca, triturador de palhas, herbicida e solo em pousio). Os métodos de preparo do solo e os manejos da cobertura foram repetidos por três anos consecutivos. Os valores de força e pico de força de tração na barra, patinagem dos rodados motrizes e consumo de combustível foram maiores no preparo com escarificador em relação aos obtidos no preparo convencional e na semeadura direta. A capacidade de campo efetiva foi maior na semeadura direta em relação aos outros tratamentos. Os manejos efetuados nas coberturas vegetais e o solo mantido em pousio não influenciaram em nenhuma das variáveis.