990 resultados para Dionísio, Eduarda, 1946- - Personagens Mulheres
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o nvel de estresse de homens e mulheres que buscavam tratamento para infertilidade e identificar variveis associadas. MTODOS: Estudo transversal com 101 homens e 101 mulheres que se consultavam pela primeira vez em um Ambulatrio de Reproduo Humana. Os participantes responderam verso brasileira do Inventrio de Problema de Fertilidade (IPF) com base nos quatro domnios: "relacionamentos sociais", "vida sem filhos"; "relacionamento conjugal/sexual" e "maternidade/paternidade" e tambm a um questionrio com caractersticas socioeconmicas e reprodutivas. Realizou-se anlise bivariada atravs dos testes qui-quadrado e exato de Fisher, considerando p<0,05. Posteriormente realizou-se anlise multivariada de correspondncia, na qual foram includas as variveis com p<0,20. RESULTADOS: De modo geral, os participantes apresentaram alto nvel de estresse em todos os domnios, exceto no domnio "vida sem filhos". A anlise multivariada por correspondncia apontou que as variveis que se aproximaram do estresse alto no domnio "relacionamentos sociais" foram: ser do sexo feminino, ter o problema da infertilidade, e considerar a qualidade do relacionamento conjugal regular. No domnio "vida sem filhos" as variveis que se aproximaram do estresse alto foram: ser do sexo feminino, ter idade entre 18 e 24 anos, e ter o problema da infertilidade. Ser do sexo masculino, considerar a adoo, pais e/ou sogros e outras pessoas saberem da dificuldade para engravidar, e considerar a qualidade do relacionamento conjugal timo aproximaram-se do alto nvel de estresse no domnio "relacionamento conjugal/sexual". Para o domnio "maternidade/paternidade" evidenciou-se que as variveis ser do sexo feminino, considerar a qualidade do relacionamento conjugal regular, ter idade entre 25 e 35 anos, e praticar religio evanglica ou protestante aproximaram-se do alto nvel de estresse. CONCLUSO: Homens e mulheres que buscam tratamento para infertilidade apresentam alto nvel elevado de estresse, sugerindo que o apoio psicossocial importante e deve ser diferenciado para homens e mulheres.
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OBJETIVO: Correlacionar os nveis sricos pr-operatrios do antgeno do cncer 125 (Ca-125) e os achados laparoscpicos em mulheres com sintomas dolorosos sugestivos de endometriose. MTODOS:Um estudo retrospectivo foi realizado incluindo todas as mulheres com sintomas de dor plvica suspeitos para endometriose operadas por laparoscopia no perodo de janeiro de 2010 a maro de 2013. As pacientes foram divididas em 2 grupos de acordo com a dosagem de Ca-125 (<35 U/mL e >35 U/mL). Subsequentemente, as pacientes com endometrioma ovariano foram excludas e uma anlise adicional foi conduzida novamente de acordo com os nveis do Ca-125. Os seguintes parmetros foram comparados entre os grupos: presena de endometrioma, presena e nmero de leses de endometriose profunda infiltrativa (EPI) e escore da American Society for Reproductive Medicine. A anlise estatstica foi realizada com o programa Statistica verso 8.0, usando o teste exato de Fisher, o teste t de Student e o teste Mann-Whitney, quando necessrio. Os valores p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. RESULTADOS: Durante o perodo de estudo, um total de 350 mulheres foram submetidas a tratamento laparoscpico de endometriose. Cento e trinta pacientes (37,1%) apresentaram Ca-125 >35 U mL e 220 (62,9%) apresentaram Ca-125 <35 U/mL. A presena de endometrioma ovariano (47,7 versus 15,9%), leses de EPI (99,6 versus 78,6%) e leses de EPI intestinal (60 versus 30,9%) foi mais frequente, e o escore da AFSr foi maior (34 versus 6) no primeiro grupo. Na segunda anlise, excluindo as pacientes com endometrioma ovariano (>35 U/mL=68 pacientes e <35 U/mL=185 pacientes), resultados semelhantes foram obtidos. A presena de leses de EPI (91,2 versus 76,2%), leses de EPI intestinal (63,2 versus 25,4%), leses de EPI de bexiga (20,6 versus 4,8%) e leses de EPI ureteral (7,3 versus 1,6%) foi mais frequente, e o escore da AFSr foi maior (10 versus 6) no grupo Ca-125>35 U/mL. CONCLUSES: Em mulheres com sintomas dolorosos plvicos suspeitos para endometriose com dosagem pr-operatria de Ca-125 >35 U/mL, a investigao de EPI mandatria, especialmente quando no se identifica endometrioma ovariano em exames de imagem.
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OBJETIVO: Avaliar a funo sexual de mulheres aps a menopausa com diagnstico de sndrome metablica. MTODOS: Estudo caso-controle, incluindo 195 mulheres aps o perodo da menopausa (amenorreia ≥1 ano, FSH ≥30 mUI/mL e idade entre 43 a 69 anos), atendidas no Departamento de Obstetrcia e Ginecologia da Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So Paulo e nas Unidades Bsicas de Sade do Programa de Sade da Famlia da cidade de So Paulo. Foram coletados dados clnicos e avaliados o ndice de massa corprea e a circunferncia abdominal. Na anlise bioqumica foram solicitadas dosagens de colesterol total, HDL e LDL colesterol, triglicerdeos e glicemia de jejum. Foram consideradas com sndrome metablica as mulheres que apresentaram trs ou mais critrios diagnsticos: circunferncia abdominal maior do que 88 cm; triglicerdeos ≥150 mg/dL; HDL colesterol <50 mg/dL; presso arterial ≥130/85 mmHg e glicemia de jejum≥110 mg/dL. As participantes foram divididas nos Grupos Controle (n=87) e Sndrome Metablica (n=108). Empregou-se o questionrio Female Sexual Function Index (FSFI) para avaliar a funo sexual. RESULTADOS: A mdia de idade foi de 54,04,7 anos. O ndice de disfuno sexual em mulheres com sndrome metablica foi significativamente superior ao do Grupo Controle, quando considerado o FSFI <26,5 (90/108 [83,3%] versus 42/87 [48,2%], p<0,001) ou FSFI <23 (62/108 [57,4%] versus 16/87 [18,39%], p<0,001). Os domnios desejo, excitao, lubrificao, orgasmo (p<0,001) e satisfao (p=0,002) apresentaram escores inferiores nas mulheres portadoras da sndrome metablica. Para o escore de dor no houve diferena significante (p=0,57). Todos os componentes do diagnstico da sndrome metablica estiveram associados a maiores nveis de disfuno sexual (p<0,001). CONCLUSO: Mulheres aps a menopausa com sndrome metablica apresentam mais frequentemente disfuno sexual do que aquelas na mesma faixa etria que no so portadoras da sndrome.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia e identificar fatores associados ao exame citopatolgico do colo do tero em atraso (realizado h mais de trs anos) entre mes com filhos menores de dois anos de idade que frequentaram o exame pr-natal. MTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com inqurito domiciliar. Os critrios de incluso foram: mulheres com filhos menores de dois anos, residentes na Zona Norte do municpio de Juiz de Fora (MG), na data da entrevista. Utilizou-se amostragem complexa com estratificao e conglomerao. Aplicou-se um questionrio que abordou questes demogrficas e socioeconmicas, alm de informaes sobre o pr-natal e as prticas de preveno do cncer do colo do tero. Para anlise estatstica dos fatores associados, foi utilizado o teste do χ e, posteriormente, o modelo de regresso logstica com as variveis que apresentaram nvel de significncia menor ou igual a 0,05 na anlise bivariada. RESULTADOS: Encontrou-se uma prevalncia de exame em atraso de 26,6% (IC95% 21,3 - 32,6), incluindo as mulheres que nunca se submeteram ao exame citopatolgico (CP) do colo do tero anteriormente. As variveis com associao significativa no submisso ao exame no prazo estipulado foram: estado civil casada (OR 0,5; IC95% 0,2 - 0,9) e separada/viva (OR 0,1; IC95% 0,02 - 0,8), ter se submetido ao exame ginecolgico no pr-natal (OR 0,3; IC95% 0,1 - 0,6) e nmero de consultas pr-natal (OR 0,09; IC95% 0,03 - 0,25 para mais de 11 consultas), todos fatores de proteo. CONCLUSES: A prevalncia de exame citopatolgico atualizado est ligeiramente abaixo do indicado pela Organizao Mundial da Sade. Alm disso, o fato de ter frequentado o pr-natal no foi determinante para garantir a realizao do exame citopatolgico segundo periodicidade recomendada.
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OBJETIVO: Descrever as prticas e cuidados com a rea genital de mulheres universitrias. MTODOS: Estudo analtico descritivo, que analisou os hbitos e costumes de 364 estudantes de uma universidade pblica do Estado de So Paulo quanto ao uso de roupas ntimas, piercings corporais, tatuagens, depilao e prticas sexuais. Um questionrio com 42 perguntas avaliou as prticas habituais mais comuns das universitrias. Todas as perguntas foram autorrespondidas e os questionrios, sem qualquer identificao, foram colocados em urnas lacradas para garantir o sigilo das informaes. As respostas foram tabuladas em planilha Microsoft Excel 2007 para obteno de anlise univarivel. RESULTADOS: A mdia de idade das universitrias estudadas foi de 21 anos (DP2,7), sendo 84% brancas. Participaram do estudo voluntrias das reas de biolgicas (50%), exatas (29%) e humanas (21%). Observou-se que 61,8% das entrevistadas usam calcinhas de algodo, porm, ao mesmo tempo, 75,4% usam calas jeans apertadas, e que somente 18,4% deixam de usar calcinha para dormir. Apenas uma participante relatou ter piercing genital e nenhuma tinha tatuagem. A maioria das universitrias faz depilao genital, sendo que aproximadamente um tero delas o faz de forma completa. Aps depilar, dois teros usam produtos como anti-inflamatrios e/ou hidratantes na regio. Apenas 62% usam camisinha masculina e 17,6% lubrificante na relao sexual. Metade pratica sexo oral receptor; 17,9% sexo anal e 26,6% delas relatam ter dor no ato sexual. Corrimento vaginal foi relatado aps a relao sexual em 25,6% dos casos. CONCLUSO:Mulheres jovens de universidade pblica brasileira tm muitos hbitos inadequados de cuidados relacionados sua rea genital. No costumam usar piercings ou tatuagens genitais, mas relatam ter dor no ato sexual e corrimento vaginal aps o sexo em um grande nmero de casos.
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OBJETIVO: Caracterizar e comparar variveis clnicas, antropomtricas e bioqumico-metablicas de pacientes com sndrome dos ovrios policsticos (SOP), estratificadas segundo o ndice de massa corprea (IMC). MTODOS: Estudo transversal com 78 mulheres entre 18 e 45 anos com diagnstico de SOP, pelos Critrios de Rotterdam. As pacientes foram estratificadas segundo o IMC. As variveis analisadas foram: idade, estado civil, sedentarismo, irregularidade menstrual, presso arterial (PA), medidas antropomtricas, perfil lipdico, glicemia em jejum e dosagens hormonais. Para comparar as variveis analisadas entre os diferentes IMC, usou-se a Anlise de Varincia e o Teste de Kruskal-Wallis. O nvel de significncia para todos os testes foi de 5%. RESULTADOS: As pacientes apresentaram mdia de idade de 26,3 anos, sendo 79,5% classificadas como sedentrias e 68% com hiperandrogenismo. A circunferncia da cintura, a Razo cintura/quadril, a Razo cintura/estatura e a porcentagem de gordura corporal foram maiores no grupo de obesas. A presena de marcadores de risco cardiovascular (RCV - glicemia de jejum, PA sistlica e diastlica e LDL-colesterol) foi diretamente proporcional ao IMC, enquanto que os nveis de HDL-colesterol e SHBG foram inversamente proporcionais ao IMC. CONCLUSO: A presena de marcadores de RCV aumentou proporcionalmente ao IMC, evidenciando que o perfil metablico das mulheres obesas com SOP mais desfavorvel do que n no obesas.
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OBJETIVO: Quantificar o nmero de clulas de defesa e os nveis de imunoglobulina E (IgE) no sangue perifrico em amostra de mulheres com candidase vaginal recorrente. MTODOS: Estudo de corte transversal com 60 mulheres, 40 com candidase vulvovaginal e 20 do grupo controle (sem doena). As clulas de defesa foram identificadas utilizando um sistema de impedncia combinada com a citometria de fluxo, os nveis de IgE total e especfica foram medidos por meio de tcnicas de quimiluminescncia, o teste de Mann-Whitney foi utilizado para variveis nominais e do teste de Spearman para correlaes das concentraes de IgE e de eosinfilos no sangue perifrico. RESULTADOS: O nmero de eosinfilos no sangue perifrico de pacientes com candidase vulvovaginal, 302,60 (253,07), foi significativamente maior do que o grupo controle, 175,75 (109,24) (p=0,037). Os nveis sricos de IgE total e especfica foram semelhantes em ambos os grupos de mulheres com e sem candidase vulvovaginal recorrente (p=0,361). Entretanto, observou-se uma correlao positiva moderada entre eosinofilia e nveis de IgE total no sangue perifrico de mulheres com candidase vaginal recorrente (r=0,25). CONCLUSO: Mulheres com candidase vaginal recorrente parecem ter maior concentrao de eosinfilos no sangue perifrico que as assintomticas.
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OBJETIVO: Foi avaliar a frequncia e os fatores de risco de quedas em mulheres na ps-menopausa. MTODOS: Estudo clnico, transversal, envolvendo 358 mulheres (idade entre 45 e 65 anos e amenorreia >12 meses) com tempo de ps-menopausa <10 anos. Os critrios de excluso foram: doena neurolgica ou msculo esqueltico, vestibulopatias, hipertenso arterial no controlada, hipotenso postural, dficit visual sem correo, uso de medicamentos (sedativos e hipnticos). A queda foi definida como mudana de posio inesperada, no intencional, que faz com que o indivduo permanea em nvel inferior posio inicial. Foram analisados o histrico de quedas (ltimos 24 meses) e as caractersticas clnicas, antropomtricas (ndice de massa corprea (IMC) e circunferncia da cintura (CC)) e densidade mineral ssea. Na comparao segundo grupo de mulheres com e sem histrico de queda, foi empregado o Teste do Qui-quadrado ou Exato de Fisher e regresso logstica com clculo do odds ratio (OR). RESULTADOS: Entre as mulheres includas, 48,0% (172/358) referiram queda, com fratura em 17,4% (30/172). A queda ocorreu dentro de casa em 58,7% (101/172). A mdia de idade foi 55,76,5 anos, tempo de menopausa de 5,83,5anos, IMC 28,34,6 kg/m e CC 89,011,4 cm. Foi observada maior frequncia de tabagismo e diabetes entre as mulheres com histrico de quedas quando comparadas quelas sem queda, de 25,6 versus 16,1% e 12,8 versus 5,9%, respectivamente (p<0,05). Na anlise multivariada em funo das variveis clnicas influentes, o risco de queda aumentou com o tabagismo atual (OR 1,93; IC95% 1,01-3,71). Demais variveis clnicas e antropomtricas no influenciaram no risco de queda. CONCLUSES: Em mulheres na ps-menopausa inicial houve expressiva frequncia de quedas. O tabagismo foi indicador clnico de risco para queda. Com o reconhecimento de fatores determinantes para queda, medidas preventivas so importantes, como a orientao de abolir o tabagismo.
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OBJETIVO: Avaliar a reteno de peso 12 meses aps o parto e seus fatores associados entre mulheres que realizaram o pr-natal em Unidades de Sade da cidade de Porto Alegre. MTODOS: Gestantes no terceiro trimestre gestacional foram identificadas em 20 Unidades de Sade, e dados socioeconmicos, demogrficos e antropomtricos foram coletados. Seis e 12 meses aps o parto, realizou-se visita domiciliar s mulheres participantes para obteno das medidas antropomtricas. O ganho de peso gestacional foi avaliado considerando-se o ndice de massa corporal (IMC) pr-gestacional. A reteno de peso foi obtida pela subtrao do peso pr-gestacional, e o peso aferido 6 e 12 meses aps o parto. Para anlise dos dados, utilizou-se o Teste de McNemar, a ANOVA com as comparaes mltiplas de Bonferroni e a regresso linear mltipla. RESULTADOS: Das 715 gestantes entrevistadas, 545 foram avaliadas 12 meses aps o parto. A prevalncia de excesso de peso 12 meses aps o parto foi superior comparado ao perodo pr-gestacional (52,9 versus 36,7%) e 30,7% das mulhere retiveram ≥10 kg. A reteno de peso 12 meses aps o parto foi superior nas mulheres que apresentavam sobrepeso pr-gestacional (9,97,7 kg) em comparao quelas eutrficas (7,66,2 kg). Maior IMC pr-gestacional, maior ganho de peso gestacional e ser adolescente foram associados com maior reteno de peso 12 meses aps o parto (p<0,001). CONCLUSO: necessria a adequada assistncia pr-natal para minimizar os efeitos adversos do ganho de peso excessivo durante a gestao na sade da mulher.
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OBJETIVO: Avaliar a contribuio do hiperandrogenismo para o desenvolvimento da sndrome metablica (SM) em mulheres obesas com ou sem Sndrome dos Ovrios Policsticos (SOP). MTODOS: Estudo transversal retrospectivo no qual foram includas 60 mulheres obesas com fentipo clssico da SOP - Consenso de Rotterdam - e 70 obesas sem SOP. A SM foi diagnosticada pelos critrios do NCEP-ATP III. A obesidade foi definida pelo ndice de massa corprea e o hirsutismo, pelo ndice de Ferriman-Gallwey (IFG). As dosagens realizadas foram: testosterona total, sulfato de dehidroepiandrosterona (SDHEA), insulina e glicose, colesterol total, HDL e triglicerdios. A resistncia insulnica (RI) foi avaliada pelo HOMA-IR e pelo ndice de sensibilidade insulina de Matsuda e De Fronzo. A analise estatstica foi realizada com o teste t de Student, teste do χ e anlise de regresso logstica multivariada (p<0,05). RESULTADOS: As obesas com SOP apresentaram significativamente maiores valores de IFG (15,46,1), circunferncia da cintura (105,611,4 cm), testosterona (135,871,4 ng/dL), SDHEA (200,8109,2 g/dL), HOMA-IR (8,48,5) e menores valores de ISI (2,01,8) quando comparadas s obesas no SOP (3,22,1; 101,49,2 cm; 50,018,2 ng/dL; 155,092,7 g/dL; 5,14,7; 3,32,7, respectivamente) (p<0,05). A frequncia de SM foi significativamente maior nas obesas com SOP (75%) do que nas obesas no SOP (52,8%) (p=0,01). A anlise multivariada no demonstrou contribuio das varivies IFG, testoterona total e SDHEA para o desenvolvimento da SM (p>0,05). CONCLUSO: Mulheres obesas com SOP apresentam maior frequncia de SM quando comparadas s obesas no SOP. O hiperandrogenismo no mostrou influncia nesse grupo de mulheres estudadas.
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OBJETIVO: Analisar os achados citológicos de mulheres detectadas com adenocarcinoma do colo do útero, levando em conta o histórico da paciente no ano que antecedeu ao diagnóstico e a histopatologia das lesões. MÉTODOS: Este é um estudo comparativo, retrospectivo conduzido com dados de mulheres com adenocarcinoma ou com carcinoma escamoso do colo do útero detectados entre 2002 e 2008. Os laudos da citologia foram sintetizados de acordo com a terminologia Bethesda revisada em 2001 e foram comparados com a histopatologia de adenocarcinoma e de carcinoma escamoso. Foram verificadas as distribuições dos achados citológicos, a concordância global e corrigida pelo acaso com o uso do coeficiente Kappa de Cohen. Para isso, as alterações citológicas foram agregadas de acordo com a origem epitelial, formando os grupos de células glandulares e de células escamosas, tendo como padrão ouro os grupos de tumor histopatologicamente confirmados (adenocarcinoma versus carcinoma escamoso). RESULTADOS: No período, 284 casos de câncer do colo uterino foram diagnosticados. Os casos efetivamente estudados compreenderam 27 e 54 pacientes com adenocarcinoma e com carcinoma escamoso, respectivamente. O grupo de adenocarcinoma representou 9,5% do total diagnosticado, com 56% das mulheres com idade inferior a 50 anos. A coleta da citologia foi feita em média 92 dias antes do diagnóstico do câncer (variação: 19 dias a 310 dias). Em 41,6% dos casos, a citologia que precedeu o diagnóstico do adenocarcinoma foi indicativa de alterações glandulares do tipo adenocarcinoma e atipias de células glandulares. A concordância simples foi de 73,7% e o coeficiente Kappa de 48,7%, sugerindo moderada concordância. CONCLUSÃO: Nesta população, a citologia teve um importante papel no rastreio de mulheres com adenocarcinoma, embora algumas delas tenham sido referidas para esclarecer sintomas clínicos. A concordância entre os achados da citologia e da histopatologia foi moderada.
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OBJETIVO: Descrever desfechos obstétricos e frequência de trombofilias em gestantes com óbito fetal de repetição após a 20a semana de gravidez. MÉTODOS: Avaliação de desfechos obstétricos em uma série de casos de gestantes com óbito fetal de repetição após a 20a semana de gestação, acompanhadas de 2001 a 2013. A atividade de antitrombina, atividade da proteína C e S, presença de fator V de Leiden, presença da mutação do gene de protrombina e presença de síndrome antifosfolípide foram avaliadas nessas pacientes. RESULTADOS: Foram incluídas 20 pacientes que tinham óbito fetal de repetição. Trombofilias foram encontradas em 11 delas, sendo 7 diagnosticadas como síndrome antifosfolípide, 3 como deficiência de proteína S e 1 como mutação do gene da protrombina. Todas foram tratadas com heparina subcutânea (heparina não fracionada ou enoxaparina) e 14 delas com ácido acetilsalicílico (AAS) durante toda a gestação. Complicações obstétricas ocorreram em 15 pacientes e incluíram: restrição de crescimento fetal intrauterino (25%), placenta prévia (15%), índice de líquido amniótico diminuído (25%), pré-eclâmpsia grave (10%), sofrimento fetal (5%) e óbito fetal (5%). A idade gestacional média do parto foi de 35,8±3,7 semanas e o peso dos recém-nascidos foi, em média, de 2.417,3±666,2 g. CONCLUSÃO: A pesquisa de trombofilias deve ser realizada em todas as gestantes com óbitos fetais de repetição após a 20a semana de gestação, como forma de identificar possíveis fatores causas passíveis de tratamento.
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OBJETIVO: Investigar a presença de sintomas depressivos em mulheres com dor pélvica crônica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal descritivo, no qual foram incluídas mulheres com diagnóstico de dor pélvica crônica, com idade maior ou igual a 18 anos, sem gravidez no último ano e sem câncer. A amostra foi definida com base no cálculo de amostragem representativa que estimou o quantitativo de 50 mulheres, que estavam em seguimento no ambulatório de Ginecologia, tendo sido encaminhadas pela rede básica do Sistema Único de Saúde. A coleta dos dados ocorreu no período de outubro de 2009 a maio de 2010. Foram analisadas características sociodemográficas, econômicas e clínicas. A intensidade da dor foi avaliada pela escala analógica visual. Os sintomas depressivos foram investigados pelo Inventário de Depressão de Beck.Para análise estatística, foram utilizadas medidas de posição (média, mediana), dispersão (desvio padrão) e teste do χ2. O nível de significância estatística adotado foi de p≤0,05. RESULTADOS: A média de idade das participantes foi de 41,6±9,4 anos. Predominaram mulheres com nível médio de escolaridade, cor parda, religião católica, que viviam com o companheiro fixo. A maioria (98%) estava economicamente ativa, tendo como ocupação serviços domésticos. Quanto à percepção subjetiva da dor, evidenciou-se que 52% afirmaram dor intensa e 48%, moderada. A maioria das mulheres (52%) convivia com a dor há menos de cinco anos, e 30%, há mais de 11 anos. O escore médio do BDI foi de 17,4 (±9,4). Foi observado que 58% das mulheres tiveram sintomas depressivos de grau leve, moderado e grave avaliados pelo BDI. Os sintomas depressivos de frequências mais elevadas foram fatigabilidade, perda da libido, irritabilidade, dificuldade de trabalhar, preocupações somáticas, choro, insatisfação, tristeza e insônia. CONCLUSÃO: Os sintomas depressivos foram frequentes nessas mulheres com dor pélvica crônica.
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OBJETIVOS: Avaliar a frequência dos distúrbios do sono, como apneia obstrutiva do sono, síndrome das pernas inquietas e insônia, em pacientes na pós-menopausa com sobrepeso/obesidade no ambulatório de distúrbios do sono no climatério. MÉTODOS: Foram selecionadas 34 pacientes na pós-menopausa, e os seguintes critérios de inclusão foram adotados: idade entre 50 e 70 anos, mínimo de 12 meses de amenorreia, Índice de Massa Corporal igual ou superior a 25 kg/m2, pacientes com queixas relacionadas ao sono e que tivessem sido submetidas a pelo menos uma polissonografia. As pacientes responderam a seis questionários sobre características do sono e sintomas do climatério e uso de medicações. Foram aferidos o peso e a altura em balança padronizada e as medidas das circunferências do abdome e do quadril. Para a análise estatística, o teste do χ2 foi utilizado para variáveis qualitativas, e o teste t de Student, para análise das variáveis quantitativas. RESULTADOS: A média de idade foi de 60,3 anos, o Índice de Massa Corporal médio de 31,6, o tempo de pós-menopausa médio de 11,6 anos e o Índice Menopausal de Kupperman médio de 19. Da amostra, 85,2% apresentou relação cintura/quadril igual ou superior a 0,8; metade apresentou escore igual ou superior a 9 na Escala de Epworth; 68% apresentou distúrbio do sono de acordo com o índice de Pittsburgh e 68% dos casos foram classificados como de alto risco para apneia do sono pelo Questionário Berlin. Na polissonografia, 70,5% apresentou eficiência do sono menor que 85%; 79,4% com latência do sono menor que 30 min; 58,8% com latência para sono REM menor que 90 min e 44,1% com apneia leve. Comparando os grupos, houve associação linear média entre IMC e IAH e relação entre IMC elevado e uso de medicações para distúrbios da tireoide. CONCLUSÃO: Foi observada alta prevalência de distúrbio respiratório do sono, sono fragmentado e insônia de início, bem como maior incidência de distúrbios da tireoide no grupo com IMC mais elevado.
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OBJETIVO: Verificar a relao entre gordura corporal total e de tronco com o desempenho da marcha em mulheres na menopausa.MTODOS: Trinta e nove mulheres na menopausa, com idade de 50 anos ou mais, foram avaliadas. As avaliaes foram: peso e estatura para clculo do ndice de massa corporal (IMC), composio corporal pela tcnica de Dual-Energy X-ray Absorptiometry (DEXA) e marcha utilizando um baropodmetro. As variveis de composio corporal utilizadas foram gordura corporal total, percentual de gordura corporal e gordura de tronco, enquanto as variveis da marcha foram porcentagem de tempo de duplo apoio e de apoio simples e velocidade. As mulheres foram divididas de acordo com a mediana em dois grupos para cada varivel da composio corporal: menos e mais gordura corporal, menos e mais percentual de gordura e menos e mais gordura de tronco. Para comparar as variveis de marcha nesses grupos, foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para avaliar as possveis relaes entre as variveis de composio corporal e marcha, o teste de correlao de Spearman foi utilizado. Todas as anlises foram realizadas com nvel de significncia de 5%.RESULTADOS: O grupo com mais gordura de tronco, quando comparado com o grupo com menos gordura de tronco, apresentou maiores valores de duplo apoio (p=0,007) e menores valores de apoio simples (0,03). Foram encontradas correlaes significativas e positivas entre gordura de tronco e duplo apoio (R=0,40) e negativas entre gordura de tronco e apoio simples (R=-0,32).CONCLUSO: Mulheres na menopausa que apresentam maiores quantidade de gordura no tronco tendem a apresentar desempenho prejudicado na marcha.