972 resultados para Cracked eggs


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The narrow-barred Spanish mackerel (Scomberomorus commerson) is widespread throughout the Indo-West Pacific region. This study describes the reproductive biology of S. commerson along the west coast of Australia, where it is targeted for food consumption and sports fishing. Development of testes occurred at a smaller body size than for ovaries, and more than 90% of males were sexually mature by the minimum legal length of 900 mm TL compared to 50% of females. Females dominated overall catches although sex ratios within daily catches vary considerably and females were rarely caught when spaw n ing. Scomberomorus commerson are seasonally abundant in coastal waters and most of the commercial catch is taken prior to the reproductive season. Spawning occurs between about August and November in the Kimberley region and between October and January in the Pilbara region. No spawning activity was recorded in the more southerly West Coast region, and only in the north Kimberley region were large numbers of fish with spawning gonads collected. Catches dropped to a minimum when spawning began in the Pilbara region, when fish became less abundant in inshore waters and inclement weather conditions limited fishing on still productive offshore reefs. Final maturation and ovulation of oocytes took place within a 24-hour period, and females spawned in the afternoon-evening every three days. A third of these spawning females released batches of eggs on consecutive days. Relationships between length, weight, and batch fecundity are presented.

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Distribution of eggs and larvae and feeding and growth of larvae of Japanese Spanish mackerel (Scomberomorus niphonius) were investigated in relation to their prey in the Sea of Hiuchi, the Seto Inland Sea, Japan, in 1995 and 1996. The abundance of S. niphonius eggs and larvae peaked in late May, corresponding with that of clupeid larvae, the major prey organisms of S. niphonius larvae. The eggs were abundant in the northwestern waters and the larvae were abundant in the southern waters in late May in both years, indicating a southward drift during egg and yolksac stages by residual f low in the central part of the Sea of Hiuchi. Abundance of clupeid larvae in southern waters, where S. niphonius larvae were abundant, may indicate a spawning strategy on the part of first-feeding S. niphonius larvae to encounter the spatial and temporal peak in ichthyoplankton prey abundance in the Seto Inland Sea. Abundance of the clupeid larvae was higher in 1995 than in 1996. Feeding incidence (percentage of stomachs with food; 85.3% in 1995 and 67.7% in 1996) and mean growth rate estimated from otolith daily increments (1.05 mm/d in 1995 and 0.85 mm/d in 1996) of S. niphonius larvae in late May were significantly higher in 1995. Young-of-the-year S. niphonius abundance and catch per unit of fishing effort of 1-year-old S. niphonius in the Sea of Hiuchi was higher in 1995, indicating a more successful recruitment in this year. Spatial and temporal correspondence with high ichthyoplankton prey concentration was considered one of the important determinants for the feeding success, growth, and survival of S. niphonius larvae.

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Inter and intra-annual variation in year-class strength was analyzed for San Francisco Bay Pacific herring (Clupea pallasi) by using otoliths of juveniles. Juvenile herring were collected from March through June in 1999 and 2000 and otoliths from subsamples of these collections were aged by daily otolith increment analysis. The composition of the year classes in 1999 and 2000 were determined by back-calculating the birth date distribution for surviving juvenile herring. In 2000, 729% more juveniles were captured than in 1999, even though an estimated 12% fewer eggs were spawned in 2000. Spawning-date distributions show that survival for the 2000 year class was exceptionally good for a short (approximately 1 month) period of spawning, resulting in a large abundance of juvenile recruits. Analysis of age at size shows that growth rate increased significantly as the spawning season progressed both in 1999 and 2000. However, only in 2000 were the bulk of surviving juveniles a product of the fast growth period. In the two years examined, year-class strength was not predicted by the estimated number of eggs spawned, but rather appeared to depend on survival of eggs or larvae (or both) through the juvenile stage. Fast growth through the larval stage may have little effect on year-class strength if mortality during the egg stage is high and few larvae are available.

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Os girinos são organismos diversos e abundantes nos pequenos riachos de cabeceira de florestas tropicais e constituem importantes componentes da diversidade biológica, da trófica e funcional dos sistemas aquáticos. Diferentes características estruturais e limnológicas dos ambientes aquáticos influenciam a organização das assembleias de girinos. Embora o estágio larvar dos anuros seja o mais vulnerável de seu ciclo de vida, sujeito a elevadas taxas de mortalidade, as pesquisas sobre girinos na região neotropical ainda são pouco representativas diante da elevada diversidade de anfíbios desta região e ferramentas que permitam a sua identificação ainda são escassas. Nesta tese, dividida em três capítulos, apresento uma compilação das informações relacionadas aos principais fatores que afetam as assembleias de girinos na região tropical (Capítulo 1), a caracterização morfológica dos girinos encontrados nos riachos durante o estudo e uma proposta de chave dicotômica de identificação (Capítulo 2) e avalio a importância relativa da posição geográfica e da variação temporal de fatores ambientais locais sobre as assembleias de girinos, assim como a correlação entre as espécies de girinos e as variáveis ambientais de 10 riachos, ao longo de 15 meses, nas florestas da REGUA (Capítulo 3). Há pelo menos oito tendências relacionadas à distribuição das assembleias de girinos: (1) o tamanho dos riachos e a diversidade de microhabitats são importantes características abióticas influenciando a riqueza e a composição de espécies; (2) em poças, o gradiente de permanência (e.g., hidroperíodo) e a heterogeneidade do habitat são os principais fatores moldando as assembleias de girinos; (3) a composição de espécies parece ser um parâmetro das assembleias mais relevante do que a riqueza de espécies e deve ser primeiramente considerado durante o planejamento de ações conservacionistas de anuros associados a poças e riachos; (4) a predação parece ser a interação biótica mais importante na estruturação das assembleias de girinos, com predadores vertebrados (e.g. peixes) sendo mais vorazes em habitats permanentes e predadores invertebrados (e.g. larvas de odonata) sendo mais vorazes em ambientes temporários; (5) os girinos podem exercer um efeito regulatório, predando ovos e girinos recém eclodidos; (6) o uso do microhabitat varia em função da escolha do habitat reprodutivo pelos adultos, presença de predadores, filogenia, estágio de desenvolvimento e heterogeneidade do habitat; (7) os fatores históricos restringem os habitats reprodutivos que uma espécie utiliza, impondo restrições comportamentais e fisiológicas; (8) a variação temporal nos fatores bióticos (e.g., fatores de risco), abióticos (e.g., distribuição de chuvas), e no padrão de reprodução das espécies pode interferir na estrutura das assembleias de girinos tropicais. A variação temporal na heterogeneidade ambiental dos riachos da REGUA resultou na previsibilidade das assembleias locais de girinos, sendo que os parâmetros ambientais explicaram 23% da variação na sua composição. Os parâmetros espaciais explicaram uma porção menor da variação nas assembleias (16%), enquanto uma porção relativamente elevada da variação temporal da heterogeneidade ambiental foi espacialmente estruturada (18%). As variáveis abióticas que apresentaram as maiores correlação com a composição das assembleias de girinos foram a proporção de folhiço e de rochas no fundo do riacho, e secundariamente a profundidade, a condutividade e a temperatura. O gradiente gerado pela proporção de folhiço e de rochas representou a transição entre riachos permanentes e intermitentes. Este gradiente proporcionou o turnover de espécies, o qual também seguiu um gradiente de condutividade, temperatura, profundidade, e em menor extensão, de hidroperíodo e largura, que estiveram fortemente associado ao grau de permanência dos riachos. Estes resultados corroboram tanto a hipótese do controle ambiental, como do controle biótico de comunidades e indicam que a variação temporal da heterogeneidade ambiental e a variação na posição geográfica são importantes para a estruturação local de assembleias de girinos da REGUA. Os resultados também permitiram distinguir entre assembleias de girinos exclusivas de riachos permanentes, exclusivas de riachos intermitentes e aquelas registradas nos dois tipos de riachos. Os resultados deste capítulo são relevantes para compreender em que extensão os efeitos da variação temporal na heterogeneidade ambiental e de processos espaciais afetam localmente a estruturação de assembleias de girinos.

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A distribuição espacial dos indivíduos é decorrente da presença e ausência de microhábitats adequados, sendo aqueles que se estabelecem nas melhores manchas favorecidos pela seleção natural. A aquisição de um território permite a manutenção do indivíduo e o sucesso reprodutivo. A reprodução é considerada de alto custo energético, pois há deslocamento dos recursos para a manutenção de uma prole em vez de serem incorporados no crescimento individual. Investir em uma prole não significa alcançar o sucesso reprodutivo. O sucesso reprodutivo pode ser afetado, por exemplo, por eventos de predação, disponibilidade de alimento e cuidado parental. Este último pode ser realizado por ambos os membros do par reprodutor ou por apenas um deles. A deserção do cuidado parental por um dos sexos pode ser uma resposta à cópulas extra-par. Formicivora littoralis tem distribuição muito restrita. É a única espécie de ave considerada endêmica de restinga e se encontra ameaçada de extinção, embora seja localmente abundante. O presente estudo teve como objetivos: 1) estimar os tamanhos de territórios e compara-los entre estação reprodutiva e não reprodutiva; 2) testar a influência do tamanho dos indivíduos e quantidade de vizinhos no tamanho do território; 3) descrever ninhos, ovos, filhotes e determinar o sucesso reprodutivo; 4) quantificar o cuidado parental; 5) desenvolver marcadores moleculares de microssatélites para determinar paternidade. Para os indivíduos capturados e marcados individualmente, foram obtidas amostras de sangue e medidas morfométricas (tarso, asa, cauda, comprimento total), além do peso. Os tamanhos dos territórios foram estimados pelo método do mínimo polígono convexo (unindo pontos onde machos foram registrados vocalizando). A densidade foi estimada com base no tamanho dos territórios. Aspectos da reprodução foram acessados por meio de busca mensal por ninhos e acompanhamento destes por dois dias consecutivos. Foram obtidas as taxas de predação e a quantificação do cuidado parental. Para a paternidade foram utilizados sete marcadores de microssatélites, desenvolvidos para este fim. Formicivora littoralis possui território pequeno (0,008 a 0,32ha), que varia de acordo com a estação (menor na estação reprodutiva). O tamanho do território não foi relacionado com o tamanho do indivíduo, mas apresentou resultado significativo quando comparado com a quantidade de territórios vizinhos, mostrando ser menor quanto maior o número de vizinhos. A espécie apresentou elevada densidade (0,53 a 1,15 indivíduos/km2). Com relação à reprodução, ninhos tem o formato de cesto aberto onde foram postos no máximo dois ovos. Os filhotes nasceram sem penas. A razão sexual no ninho foi igual em ambos os sexos. A taxa de predação foi elevada na fase de incubação quando comparada à fase no ninho após a eclosão. O cuidado parental (durante a incubação e com os filhotes) foi realizado pelos dois sexos, sem diferenças na proporção do investimento realizado. Dos nove ninhos analisados, todos contiveram pelo menos um ninhego proveniente de fertilização extra-par. Um total de 81,2% dos ninhegos (13 em 16) não foram prole biológica do macho do par reprodutor que realizava o cuidado parental e que se encontrava pareado socialmente com a fêmea. Essa taxa foi a mais elevada entre os estudos já realizados nos neotrópicos

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In 1988, the Oregon Department of Fish and Wildlife began sampling and monitoring the development of a new fishery for Pacific hagfish, Eptatretus stouti, and black hagfish, E. deani. Hagfish landings by Oregon trap vessels have ranged from 11,695 kg in 1988 to 340,774 kg in 1992. Whole frozen fish were shipped to South Korea for the "eel skin" leather market. From 1988 through 1989, I sampled 924 Pacific hagfish and 897 black hagfish from commercial and research catches. Mean length of fish sampled from commercial landings was 39.6 cmf or Pacific hagfish and 34.5 cm for black hagfish. Weight-length relationships (W=aLb) were calculated for males and females of both species. Fifty percent maturity for male and female Pacific hagfish was 35 cm and 42 cm, respectively, while 50% maturityf or male and female black hagfish was 34 cm and 38 cm, respectively. Examination of gonads for both species indicated that spawning either occurs throughout the year or the spawning period is protracted. Mature females of both species had from one to three distinct sizes of eggs, but they usually carried only one group of eggs over 5 mm in length. Mature Pacific hagfish females averaged 28 eggs over 5 mm in length, and black hagfish females averaged 14 eggs over 5 mm in length. Hermaphroditism was found in 0.2% of the Pacific hagfish examined.

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PREFACE: Four species of menhaden, Brevoortia spp., are found along the Atlantic and Gulf of Mexico coasts of the United States. The Atlantic menhaden, B. tyrannus, is found from Nova Scotia, Can., to West Palm Beach, Fla.; the yellowfin menhaden, B. smithi, is found from Cape Lookout, N. C., to the Mississippi River Delta, La.;the Gulf menhaden, B. patronus, is found from Cape Sable, Fla., to Veracruz, Mex.; and the finescale menhaden, B. gunteri, is found from the Mississippi River Delta, La., to Campeche, Mex. Menhaden are euryhaline species that inhabit coastal and inland tidal waters. Spawning occurs principally at sea (in northern areas some spawning occurs in bays and sounds). Eggs hatch at sea and the larvae are moved to estuaries by ocean currents where they metamorphose and develop as juveniles.

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Four recognized species of menhaden, Brevoortia spp., occur in North American marine waters: Atlantic menhaden, B. tyrannus; Gulf menhaden, B. patronus; yellowfin menhaden. B. smithi; and finescale menhaden, B. gunteri. Three of the menhaden species are known to form two hybrid types. Members of the genus range from coastal waters of Veracruz, Mex., to Nova Scotia, Can. Atlantic and Gulf menhaden are extremely abundant within their respective ranges and support extensive purse-seine reduction (to fish meal and oil) fisheries. All menhaden species are estuarine dependent through late larval and juvenile stages. Depending on species and location within the range, spawning may occur within bays and sounds to a substantial distance offshore. Menhaden are considered to be filter-feeding, planktivorous omnivores as juveniles and adults. Menhaden eggs, immature developmental stages, and adults are potential prey for a large and diverse number of predators. North American menhadens, including two hybrids, are hosts for the parasitic isopod, Olencira praegustator, and the parasitic copepod, Lemaeenicus radiatus. Although the data are quite variable, a dome-shaped Ricker function is frequently used to describe the spawner-recruitment relationship for Atlantic and Gulf menhaden. Each of these species is treated as a single stock with respect to exploitation by the purse-seine reduction fishery. Estimates of instantaneous natural (other) mortality rates are O.45 for Atlantic menhaden and 1.1 for Gulf menhaden.

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Literature was reviewed for data describing fecundity, maturity, and growth in the ovoviviparous genus Sebastes (rockfishes). Assembled data were examined for patterns associated with geographic location and fish length. Rockfishes display great range in length at maturity (9-52 cm total length) and estimated fecundity at maturity (1,700-417,000 eggs or embryos). Within species, length at maturity usually increases at higher latitudes and tends to be greater for females than males. Among species, length at maturity of females is positively and significantly correlated with maximum length and with the ratio of fecundity at maturity to fecundity at maximum length. Fecundity of rockfishes is not notably lower than oviparous fishes such as snappers (Lutjanidae) andcods (Gadidae).

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Modern dinoflagellate cysts in surface sediments collected on Santa Cruz Island, Galapagos, are described, along with other palynomorphs such as microforaminiferal linings, tintinnid loricae, copepod eggs and acritarchs including Domasiella-like micro-remains and Halodinium spp. The dinoflagellate cyst assemblages mainly consisted of Spiniferites cf. scabratus (gonyaulacoid) followed by Brigantedinium spp. and Selenopemphix quanta (peridinioids). No gymnodinioid cysts were found. No remarkable differences in cyst composition and densities were recognized between stations. The cyst assemblages were characterized by low species diversity and low cyst concentrations in comparison with the Pacific coast of Guatemala and Peru. CDF Contribution Number 1019.

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A benthic survey was carried out from November 1998 to December 1999 in the tidal flats of Bahía Samborombón (Río de la Plata estuary, Argentina), in order to study the population structure, reproductive aspects, growth and secondary production of Capitella capitata (Fabricius, 1780). Growth was analyzed using ELEFAN routine, and the secondary production was estimated by Hynes and Coleman's method (1968). C. capitata did not present periods of very important recruitments throughout the year; however, the abundance of smallest size classes was higher during summer and autumn. The summer cohort showed a growth rate (K) of 2.05 and a seasonal growth oscillation (C) of 0.6, pointing out that worms grew very slowly during winter months. The life span of this cohort was 13 months. The autumn cohort showed a lower growth rate (K= 1.5) and its growth was lowest during winter. The life span was 15 months for this cohort. C. capitata in Punta Rasa presented an extended reproductive period, with absence of activity during winter months. The type of eggs and larvae suggest that C. capitata has benthic larval development in the study area, destining its reproductive effort to the production of a low number of eggs, and assuring larvae survival through incubation in brooding tubes. The annual mean biomass in Punta Rasa was 0.117 g m-2 (AFDW), with a mean secondary production of 0.23 g m-2 y-1 and a P/B ratio of 1.96 y-1. The relatively low density, biomass production and P/B ratio of C. capitata in Punta Rasa can be considered as reference values for this species inhabiting undisturbed or moderately disturbed areas.

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A esquistossomose acomete 207 milhões de pessoas, com mais de 200 mil mortes anuais. Seu principal agente etiológico é o helminto Schistosoma e o principal modelo experimental, o camundongo. Linhagens de camundongos selecionadas geneticamente para susceptibilidade (TS) e resistência (TR) a tolerância imunológica constituem bons modelos para o estudo da resposta imunológica específica e inespecífica nas infecções. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a infecção experimental por S. mansoni nestes camundongos, evidenciando a imunopatologia por diversos parâmetros na fase aguda da infecção. TR e TS não diferiram quanto a penetração de cercárias, recuperação de vermes adultos, fecundidade/produtividade de ovos das fêmeas de S. mansoni, mas predominaram ovos mortos em TS. Quanto maior o número de casais, maior a probabilidade de troca de casais e regressão sexual da fêmea, além de pequena redução da produtividade de ovos. Análise ultraestrutural dos parasitos machos recuperados de TS apresentaram tubérculos edemaciados, espinhos encurtados e em menor densidade que os parasitos dos TR. O tegumento dos parasitos recuperados de TS apresentou-se desorganizado, intensamente vacuolizado e com tendência a se desprender da superfície e espinhos internalizados e células vitelínicas desorganizadas. TS desenvolveram granulomas hepáticos grandes, com fibras radiais e predomínio do estágio exsudativo-produtivo com características de fase produtiva (EP/P), enquanto camundongos TR desenvolveram granulomas menores, com fibras concêntricas e predomínio de granulomas exsudativo-produtivos. TS desenvolveu hepatomegalia mais acentuada na fase aguda da infecção e exacerbada esplenomegalia na fase crônica. A aspartato aminotransferase mais elevada nos TR foi coerente com a acentuada histólise nos granulomas iniciais dos TR. É possível que a histólise menor em TS tenha contribuído para sua intensa hepatomegalia na fase aguda. Leucócitos totais séricos aumentaram em TS, nas fases aguda e crônica, mas não em TR. TS apresentaram anemia durante a fase crônica da infecção, possivelmente devido ao desvio na hematopoiese medular para a produção de leucócitos ou apoptose das hemácias. A mieloperoxidase neutrofílica hepática e no íleo foi maior em TS e a peroxidase de eosinófilos foi mais elevada no íleo do TS. Ambas as linhagens produziram IFN-γ, mas os níveis funcionais de IFN-γ foram diferentes nas duas linhagens em cultura de células. É possível que a imunopatologia hepática grave na linhagem TS possa estar relacionada aos altos títulos IFN-γ. TS produziu IL-10 em maior quantidade, entretanto esta citocina não foi capaz de regular o crescimento exacerbado dos granulomas hepáticos. Altos títulos de IL-4 na linhagem TS também são coerentes com a exacerbação dos granulomas, pois, como a IL-13, a IL-4 induz síntese de colágeno e está relacionada ao desenvolvimento da fibrose no granuloma esquistossomótico. Observamos redução do percentual relativo de células T CD4+ hepáticas de animais infectados em ambas as linhagens e redução percentual nas subpopulações de linfócitos B na medula óssea (precursores, linfócitos B imaturos, maduros e plasmócitos) mais acentuada em TS que em TR, possivelmente devido a extensa mobilização de B imaturos induzida pela inflamação ou desvio da hematopoiese para síntese de granulócitos em TS. Quantitativamente, TR não alterou suas subpopulações de linfócitos B. TS e TR são bons modelos para estudo da resposta imunológica na infecção esquistossomótica experimental. Novos estudos são necessários para confirmar nossas propostas e compreender os mecanismos envolvidos na diferença da resposta imunológica dessas linhagens na relação schistosoma-hospedeiro.

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Ecologicamente, comunidades são conjuntos de populações convivendo no mesmo espaço e tempo. A forma como as espécies que compõem estas comunidades, como elas se distribuem e como estão estruturadas, depende de inúmeros fatores, entre eles históricos, biogeográficos e evolutivos. Neste estudo, buscamos compreender como as comunidades de anfíbios anuros e de lagartos estão estruturadas e quais fatores ambientais e de degradação são determinantes nesta estruturação. Amostramos cinco remanescentes de restinga no estado do Espírito Santo, utilizando método de procura ativa em transecções lineares nas diferentes fisionomias vegetais destes ecossistemas. Realizamos amostragens nas estações seca e de chuvas em todas as restingas, e somamos um total de 60 horas de esforço amostral para os anfíbios e 75 horas para os lagartos. Registramos um total de 32 espécies de anfíbios anuros conjuntamente nos cinco remanescentes de restinga, sendo duas destas espécies endêmicas deste ecossistema: Scinax agilis e Melanophryniscus setiba. A restinga do Parque Paulo Cesar Vinha foi o remanescente com a maior riqueza de espécies de anuros, enquanto a restinga da Reserva Biológica de Comboios foi, comparativamente, o remanescente com menor riqueza de espécies. Em termos de composição de espécies, as restingas de Praia das Neves e Paulo Cesar Vinha foram as mais similares, enquanto a restinga de Comboios foi a mais distante na análise de agrupamento. Registramos no conjunto de restingas seis modos reprodutivos para as espécies de anuros, sendo 75% deles relacionados aos ambientes aquáticos. A disponibilidade de locais de desova esteve positivamente relacionada à riqueza de espécies. Todos os mesohábitats das restingas, com exceção das fitofisionomias de halófila-psamófila, foram utilizados pelos indivíduos registrados, entretanto, uma porcentagem considerável dos indivíduos foi encontrada nos alagados. Em relação às comunidades de lagartos, adotamos além dos nossos dados, aqueles disponíveis em Dias e Rocha (2014) e aqueles disponíveis em Winck (2012). Registramos um total de 23 espécies de lagartos nos remanescentes de restinga amostrados nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Observamos que as comunidades presentes nos remanescentes estudados possuem considerável diferenciação entre elas. A diversidade beta (β) foi elevada enquanto o grau de aninhamento foi intermediário. Registramos ainda a presença do lagarto exótico invasor Hemidactylus mabouia em ambiente natural nos remanescentes de restinga estudados neste Tese. Encontramos 45 indivíduos, distribuídos em três dos cinco remanescentes amostrados. Registramos ainda ovos de H. mabouia (2 deles eclodidos) em dois dos cinco locais estudados, indicando que o recrutamento de indivíduos está ocorrendo com sucesso nas populações invasoras. A presença de H. mabouia esteve relacionada à restingas com maior frequência de degradação ambiental. Consideramos que os dados obtidos nesta tese, fornecem informações de considerável importância para o entendimento da estrutura das comunidades de anfíbios e lagartos nos ecossistemas de restinga ao longo da costa brasileira

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Essa tese teve como objetivo avaliar a associação do consumo de padrões alimentares e produtos alimentícios ultraprocessados (UP) sobre indicadores antropométricos e sua variação entre adolescentes. Para tal, foram analisados os dados de 1.031 estudantes de quatro escolas privadas e duas escolas públicas da região metropolitana do Rio de Janeiro que foram acompanhados por três anos consecutivos (2010 a 2012) no Estudo Longitudinal de Avaliação Nutricional de adolescentes (ELANA). Os resultados estão apresentados em três manuscritos que compõem a tese. O primeiro manuscrito identificou três padrões alimentares: Ocidental, composto por massas, embutidos e bacon, carnes, doces, bebidas açucaradas, salgados e fast food, biscoito, pães e cereais, leite e derivados e ovos, o Saudável, caracterizado por peixes, hortaliças, verduras, raízes e feculentos, frutas e sucos e o Arroz/Feijão, composto pelo consumo de arroz, feijão e café. Na análise dos dados na linha de base o padrão Ocidental associou-se a um menor índice de massa corporal (IMC) e não foi observada associação estatisticamente significativa em relação ao percentual de gordura corpórea (%GC) e o padrão em questão. Adicionalmente, foi verificada uma associação negativa entre o padrão Arroz/Feijão e ambos os indicadores antropométricos sugerindo que esse padrão de consumo tradicional possa ser protetor para a obesidade. No segundo manuscrito avaliou-se a relação entre o consumo de UP e indicadores de qualidade da dieta. O consumo de UP foi avaliado em gramas por dia e em gramas/total de calorias. Observou-se um aumento das variáveis marcadoras de alimentação não saudável e saudável com o aumento do consumo de UP. No entanto, quando relacionados ao aumento de consumo de UP/energia observou-se um aumento de marcadores de alimentação não saudável e, com exceção da vitamina C, uma redução de marcadores de alimentação saudável. Assim, a densidade do consumo de UP mostrou-se um bom indicador de qualidade da dieta entre adolescentes. No terceiro manuscrito avaliou-se a associação entre o consumo de UP e a evolução temporal do IMC e %GC. A análise longitudinal por modelos lineares mistos, que levam em conta todas as observações ao longo do tempo, indicou que nas análises não ajustados havia uma associação negativa entre consumo de UP e o IMC e %GC, porém nas análises de UP/energia e nas análises ajustadas por atividade física e uma variável de controle para a qualidade do relato não mais foram observadas associações com o consumo de UP e as medidas antropométricas de adiposidade. Pode-se concluir que não evidenciamos associação do consumo de UP com medidas antropométricas de obesidade uma vez que o consumo elevado de UP associado ao crescimento do %GC nas análises transversais, não se manteve nas análises longitudinais. A discrepância entre os achados dos estudos seccionais e os longitudinais pode decorrer de confundimento residual nos estudos seccionais. Conclui-se, que para redução do ganho excessivo de peso, orientações relativas exclusivamente a um padrão de alimentação saudável que incorpora a ideia de UP, devem ser acompanhadas de redução da quantidade de alimentos consumidos.

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Essa tese teve como objetivo avaliar a associação do consumo de padrões alimentares e produtos alimentícios ultraprocessados (UP) sobre indicadores antropométricos e sua variação entre adolescentes. Para tal, foram analisados os dados de 1.031 estudantes de quatro escolas privadas e duas escolas públicas da região metropolitana do Rio de Janeiro que foram acompanhados por três anos consecutivos (2010 a 2012) no Estudo Longitudinal de Avaliação Nutricional de adolescentes (ELANA). Os resultados estão apresentados em três manuscritos que compõem a tese. O primeiro manuscrito identificou três padrões alimentares: Ocidental, composto por massas, embutidos e bacon, carnes, doces, bebidas açucaradas, salgados e fast food, biscoito, pães e cereais, leite e derivados e ovos, o Saudável, caracterizado por peixes, hortaliças, verduras, raízes e feculentos, frutas e sucos e o Arroz/Feijão, composto pelo consumo de arroz, feijão e café. Na análise dos dados na linha de base o padrão Ocidental associou-se a um menor índice de massa corporal (IMC) e não foi observada associação estatisticamente significativa em relação ao percentual de gordura corpórea (%GC) e o padrão em questão. Adicionalmente, foi verificada uma associação negativa entre o padrão Arroz/Feijão e ambos os indicadores antropométricos sugerindo que esse padrão de consumo tradicional possa ser protetor para a obesidade. No segundo manuscrito avaliou-se a relação entre o consumo de UP e indicadores de qualidade da dieta. O consumo de UP foi avaliado em gramas por dia e em gramas/total de calorias. Observou-se um aumento das variáveis marcadoras de alimentação não saudável e saudável com o aumento do consumo de UP. No entanto, quando relacionados ao aumento de consumo de UP/energia observou-se um aumento de marcadores de alimentação não saudável e, com exceção da vitamina C, uma redução de marcadores de alimentação saudável. Assim, a densidade do consumo de UP mostrou-se um bom indicador de qualidade da dieta entre adolescentes. No terceiro manuscrito avaliou-se a associação entre o consumo de UP e a evolução temporal do IMC e %GC. A análise longitudinal por modelos lineares mistos, que levam em conta todas as observações ao longo do tempo, indicou que nas análises não ajustados havia uma associação negativa entre consumo de UP e o IMC e %GC, porém nas análises de UP/energia e nas análises ajustadas por atividade física e uma variável de controle para a qualidade do relato não mais foram observadas associações com o consumo de UP e as medidas antropométricas de adiposidade. Pode-se concluir que não evidenciamos associação do consumo de UP com medidas antropométricas de obesidade uma vez que o consumo elevado de UP associado ao crescimento do %GC nas análises transversais, não se manteve nas análises longitudinais. A discrepância entre os achados dos estudos seccionais e os longitudinais pode decorrer de confundimento residual nos estudos seccionais. Conclui-se, que para redução do ganho excessivo de peso, orientações relativas exclusivamente a um padrão de alimentação saudável que incorpora a ideia de UP, devem ser acompanhadas de redução da quantidade de alimentos consumidos.