895 resultados para Cardiovascular Risk Factor


Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Os ácidos gordos desempenham um papel fisiológico importante como componentes indispensáveis na estrutura celular, bem como fontes de energia. Nas últimas décadas, tem havido um aumento notável do interesse público nos ácidos gordos polinsaturados ómegas 3 e 6 e no seu impacto sobre a saúde humana, especialmente em doenças metabólicas e cardiovasculares. Estes ácidos gordos específicos podem prevenir e/ou tratar várias patologias metabólicas, atuando nomeadamente como compostos anti-inflamatórios. A menopausa é um fator de risco para doença cardiovascular, a diminuição de estrogénio, que ocorre neste estado fisiológico, provoca disfunção endotelial e stresse oxidativo. Consequentemente há uma redução dos níveis de ácidos gordos polinsaturados ómegas 3, o que contribui para o aparecimento de aterosclerose e doença cardiovascular. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar e caracterizar o perfil lipídico de ácidos gordos de uma amostra de mulheres pós-menopausa e com este, estudar as associações entre o perfil lipídico determinado e parâmetros metabólicos de risco (parâmetros clínicos e bioquímicos). Inicialmente, os ácidos gordos foram extraídos da matriz plasmática através da derivatização destes e a sua composição percentual no plasma foi determinada com recurso a cromatografia gasosa com deteção de ionização de chama. De seguida, através do software IBM SPSS Statistics 21, foram estabelecidas associações entre os parâmetros clínicos e bioquímicos e o perfil lipídico determinado. A população em estudo foi divida em dois grupos consoante o período de entrada na menopausa (há menos de 7 anos e há 7 anos ou mais). Não há conhecimento de estudos semelhantes ao apresentado, que relacionem todo o perfil de ácidos gordos com parâmetros metabólicos de risco considerando o estado menopausal. Os resultados obtidos mostram que o perfil lipídico influencia vários marcadores metabólicos / endócrinos com relevância clínica que devem ser explorados em futuros ensaios clínicos. Para as mulheres na menopausa há menos de 7 anos foram estabelecidas as seguintes relações: i) entre os ácidos gordos saturados e insaturados cis e os níveis de ALP; ii) entre os ácidos gordos mono e polinsaturados cis e os níveis de GGT, IL10 e estradiol; iii) entre os ácidos gordos polinsaturados trans e o IMC e os níveis de IL6; iv) entre os ómegas 3 e os níveis de IL10 e ácido úrico; v) entre os ómegas 6 e os níveis de estradiol, ALP e GGT; vi) entre os ómegas 9 e os níveis de estradiol e GGT; vi) entre os ácidos gordos de curta cadeia e os níveis de colesterol total, LDL, triglicerídeos e IL10; vii) entre os ácidos gordos saturados de cadeia longa e o ΣÁcido láurico, mirístico, palmítico e esteárico e os níveis de triglicerídeos, ALP e GGT; viii) os níveis de IL10 podem ser simultaneamente associados com os ácidos gordos de curta cadeia e os ómegas 3. Para as mulheres na menopausa há 7 anos ou mais foram estabelecidas relações: i) entre os ómegas 3 e o IMC e os níveis de triglicerídeos; ii) entre os ácidos gordos monoinsaturados cis e os ómegas 9 com os níveis de ALT. Relações independentes do estado menopausal também foram estabelecidas, nomeadamente: i) entre os ácidos gordos polinsaturados cis e ómegas 6 e os níveis de ALT, triglicerídeos e AST; ii) entre os níveis de ácidos gordos monoinsaturados cis e ómegas 9 e os níveis de AST e triglicerídeos. O perfil lipídico de ácidos gordos pode ser considerado um biomarcador para a condição de saúde da mulher na menopausa.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

BACKGROUND: Aneurysm shrinkage has been proposed as a marker of successful endovascular aneurysm repair (EVAR). Patients with early postoperative shrinkage may experience fewer subsequent complications, and consequently require less intensive surveillance. METHODS: Patients undergoing EVAR from 2000 to 2011 at three vascular centres (in 2 countries), who had two imaging examinations (postoperative and after 6-18 months), were included. Maximum diameter, complications and secondary interventions during follow-up were registered. Patients were categorized according to early sac dynamics. The primary endpoint was freedom from late complications. Secondary endpoints were freedom from secondary intervention, postimplant rupture and direct (type I/III) endoleaks. RESULTS: Some 597 EVARs (71.1 per cent of all EVARs) were included. No shrinkage was observed in 284 patients (47.6 per cent), moderate shrinkage (5-9 mm) in 142 (23.8 per cent) and major shrinkage (at least 10 mm) in 171 patients (28.6 per cent). Four years after the index imaging, the rate of freedom from complications was 84.3 (95 per cent confidence interval 78.7 to 89.8), 88.1 (80.6 to 95.5) and 94.4 (90.1 to 98.7) per cent respectively. No shrinkage was an independent risk factor for late complications compared with major shrinkage (hazard ratio (HR) 3.11; P < 0.001). Moderate compared with major shrinkage (HR 2.10; P = 0.022), early postoperative complications (HR 3.34; P < 0.001) and increasing abdominal aortic aneurysm baseline diameter (HR 1.02; P = 0.001) were also risk factors for late complications. Freedom from secondary interventions and direct endoleaks was greater for patients with major sac shrinkage. CONCLUSION: Early change in aneurysm sac diameter is a strong predictor of late complications after EVAR. Patients with major sac shrinkage have a very low risk of complications for up to 5 years. This parameter may be used to tailor postoperative surveillance.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

PURPOSE: Recently, the absence of spontaneous venous pulsation (SVP) has been suggested as a vascular risk factor for primary open-angle glaucoma (POAG). As the mechanism behind this phenomenon is still unknown, the authors have studied this vascular component using colour Doppler imaging (CDI). METHODS: A total of 236 patients were divided into three diagnostic groups: healthy controls (81), POAG (86) and normal tension glaucoma (NTG; 69). All subjects were submitted to CDI studies of the retrobulbar circulation, intraocular pressure measurements and assessment of SVP existence. Mann-Whitney, chi-square contingency tables and Spearman correlations were used to explore differences and correlations between variables in the diagnostic groups. RESULTS: Eighty-two percent of healthy controls had SVP (66/81), while a smaller numbers were registered in both glaucoma groups: POAG - 50% (43/86); NTG - 51% (35/69). In NTG patients, but not in POAG patients, the prevalence of the SVP phenomenon decreases with increased glaucoma damage (p = 0.04; p = 0.55, respectively). Overall glaucoma patients from both groups had lower central retinal vein (CRV) velocities than the healthy controls (p < 0.05). NTG patients with SVP had less severe visual field defects (mean defect -6.92 versus -11.1, p < 0.05), higher [correction added after online publication 21 September 2012; the word 'higher' has been inserted to replace the word 'lower'] peak systolic and mean flow velocities in the central retinal artery (p < 0.01; p < 0.05, respectively) as well as higher [correction added after online publication 21 September 2012; the word higher has been inserted to replace the word lower] maximal velocities and RI of the CRV (p < 0.02; p < 0.05, respectively). CONCLUSIONS: Glaucoma patients have a decrease in CRV velocities. SVP is less prevalent in glaucoma patients than in healthy individuals. This phenomenon apparently reflects different hemodynamic patterns in the central retinal vessels. This variable may be of particular importance in NTG patients, where it may be associated with more advanced functional damage.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - A valorização económica de intervenções preventivas pode contribuir para melhorar a afetação de recursos em saúde. A hipertensão, primeira causa de morte em Portugal, é um grave problema de saúde Pública e o principal fator de risco para a ocorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O presente estudo é um primeiro ensaio para quantificar a disposição para pagar (DPP) da sociedade por uma intervenção de promoção da adesão à terapêutica em hipertensos não controlados. Foi aplicado um questionário presencial a uma amostra de conveniência (n=93), numa perspetiva ex post, sendo o questionário constituído por dois formatos de questões e dois cenários de diferentes reduções de pressão arterial sistólica (cenário 1 corresponde à redução de 10 mmHg e cenário 2 à redução de 20 mmHg). O risco de AVC a 10 anos foi adaptado à idade e ao sexo de cada participante. Relativamente ao cenário 1, a DPP média foi de €25,87 e €33,93, dependendo do formato da questão (resposta aberta ou bidding game, respetivamente). Na questão de resposta aberta, 78,3% dos participantes estavam dispostos para pagar pela intervenção, no bidding game 75,6% dos participantes referiram estar dispostos para pagar pelo menos €10. No cenário 2, a DPP média foi de €26,81 e €34,79, dependendo se o formato da questão era do tipo resposta aberta ou bidding game, respetivamente. Na questão de resposta aberta, 84,3% dos participantes estavam dispostos para pagar pela intervenção, no bidding game 76,1% dos participantes referiram estar dispostos para pagar pelo menos €10. Ao contrário do bidding game, nas questões de resposta aberta verificou-se 25,8% e 24,7% de respostas “não sei”, para o cenário 1 e cenário 2 respetivamente, diretamente relacionada com a baixa escolaridade dos participantes (p=0,004). Também se verificou uma maior tendência para respostas às questões de bidding game com valores mais elevados, comparativamente às questões de resposta aberta. Identificaram-se duas variáveis explicativas para os valores DPP: o rendimento e a ocupação principal. A sensibilidade dos respondentes à magnitude dos ganhos em saúde foi verificada internamente em cada questionário (os participantes referiram DPP mais elevadas no cenário 2 relativamente ao cenário 1), no entanto, os participantes que beneficiariam mais da intervenção não demonstraram DPP superiores aos restantes. Para confirmar os efeitos identificados neste estudo e extrapolá-los para a população portuguesa é necessário realizar um estudo representativo de população portuguesa.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO- Introdução: A obesidade e a Síndrome Metabólica (SM) são atualmente um importante problema de saúde pública, com prevalências crescentes, que se acompanham também por aumento da prevalência de Diabetes Mellitus (DM).Estudos prévios demonstram associação destas entidades com o aumento de risco de eventos cardiovasculares, em particular a DM. A SM tem sido uma entidade muito debatida nos últimos anos, com aparecimento de diversas definições, contribuindo para resultados díspares no que diz respeito à influência da SM nas doenças cardiovasculares. Também têm sido descritas variações étnicas e regionais. Para além de alguns estudos epidemiológicos na população geral, a informação relativamente à sua influência na presença de doença cardiovascular é desconhecida em Portugal, em particular em populações com suspeita de doença coronária. Objetivos - Esclarecimento de questões relacionadas com a prevalência de SM e a sua influência na evolução de doença ateroclerótica arterial por avaliação de uma população com suspeita de doença coronária. População e Métodos - Estudo observacional, transversal, com inclusão prospetiva de indivíduos admitidos letivamente para realização de angiografia coronária por suspeita de doença coronária, tendo sido também efetuadas análises laboratoriais e ecografia carotidea para avaliação da espessura intima-média carotidea (EIMc) e da presença de placas carotídeas. Efetuou-se avaliação dos parâmetros demográficos, antropométricos, determinação do perfil lipídico, glicémia e insulinémia. Os exames angiográficos foram analisados por análise quantitativa semi-automática. Foram excluídos indivíduos com antecedentes conhecidos de doença cardíaca. Resultados - Incluíram-se 300 doentes, com idade média de 64 ± 9 anos, 59% do género masculino. A prevalência de SM de acordo com a definição da AHA/NHLBI foi 48,4% (ajustada para idade e género da população portuguesa) e a prevalência de DM foi 14,8% (ajustada). A concordância global das três definições mais recentes de SM foi de apenas 43%. A prevalência de SM aumenta com a idade e é também mais elevada no género feminino. O componente mais frequente foi a hipertensão arterial, seguido pela obesidade abdominal, a elevação da glicémia e por fim as alterações dos triglicéridos e do colesterol HDL. Por outro lado, a presença de doença coronária significativa (lesões ≥50%) ocorreu em apenas 51,3% dos doentes, sendo ainda mais baixa no género feminino. Demonstrou-se também uma baixa capacidade preditiva para doença coronária dos testes não invasivos clássicos, em particular no género feminino. A prevalência de doença coronária significativa foi idêntica nos indivíduos com SM comparativamente com indivíduos sem alterações metabólicas (46,3% vs. 48,2%, respectivamente), sendo mais elevado nos diabéticos (65,2%). Os fatores predizentes independentes de doença coronária significativa foram a idade, o género masculino, a elevação da glicémia e dos triglicéridos. Pelo contrário, o Índice de Massa Corporal (IMC) mostrou uma associação protetora relativamente à presença de doença coronária. A SM não é fator predizente de doença coronária. Relativamente às dimensões dos vasos coronários, o IMC correlaciona-se positivamente e a glicémia / DM correlacionam-se negativamente. A EIMc aumenta com o aumento da idade e no género masculino. A EIMc foi intermédia nos doentes com SM (0,88 ± 0,31 mm) comparativamente com os doentes diabéticos (0,97 ± 0,34 mm) e os indivíduos “Normais” (0,85 ± 0,34 mm). Os fatores predizentes independentes de EIMc foram a idade, o género masculino, o colesterol HDL e a insulinémia. A EIMc permite predizer com uma acuidade moderada a presença de doença coronária significativa (AUC 0,638), em particular no género feminino, sendo um fator predizente independente de presença de doença coronária (OR 2,35, IC 95% 1,04-5,33. p=0,04). Apesar de não se correlacionar com o número de vasos coronários com doença, correlacionou-se com a gravidade da doença (pelo score de Gensini). A insulinémia e o índice HOMA aumentam diretamente com a idade e com o IMC, sendo contudo sobreponíveis em ambos os géneros. Os fatores predizentes de índice HOMA (resistência à insulina) foram o IMC, bem como os restantes componentes de SM, estando o índice HOMA relacionado com a presença de SM e o número dos seus componentes presentes. O limiar para resistência à insulina foi de 2,66 e para SM foi 2,41. Ao contrário das restantes definições de SM, a definição da AHA/NHLBI não é predizente da presença de DM no género masculino. A associação da resistência à insulina com doença coronária foi limiar (OR 1,13, IC 95% 1,00-1,28, p=0,045). Conclusões - Numa população com suspeita de doença coronária, a prevalência de SM é muito elevada (superior a 50%), sendo a prevalência de DM de 23%. Também a obesidade e o excesso de peso foram extremamente prevalentes nesta população. A concordância entre definições de SM é baixa. A hipertensão arterial e a obesidade abdominal são os componentes mais frequentes de SM, sendo menos prevalentes as alterações lipídicas. Pelo contrário, a presença de doença coronária significativa foi muito baixa, em particular nas mulheres. A SM não se associou à presença de doença coronária significativa, estando esta mais dependente das alterações do metabolismo glicídico e dos triglicéridos, bem como de outros fatores de risco não modificáveis, nomeadamente a idade e o género. A EIMc da carótida comum e a presença de placas carotídeas é mais elevada nos indivíduos diabéticos, estando também ligeiramente aumentada nos doentes com SM, sendo os fatores predizentes de EIMc apenas a idade, o género, a hiperinsulinémia bem como os níveis baixos de colesterol HDL. A utilização da avaliação da EIMc na estratificação de risco pré-angiografia coronária, poderá ser útil no género feminino. A hiperinsulinémia e o índice HOMA (índice de resistência à insulina), estão relacionados com o IMC e consequentemente com a presença de obesidade, embora também se correlacione de forma independente com os outros componentes de SM. A resistência à insulina associou-se à presença de SM. Relativamente à capacidade preditiva da coexistência com DM, verificou-se associação com a definição da NCEP-ATP III e da IDF, contudo, a definição da AHA/NHLBI só foi predizente de DMnas mulheres. -------------ABSTRACT - Introduction: Obesity and Metabolic Syndrome (MS) are a major public health problem, with increasing prevalence, that follows the increase in diabetes prevalence. Previous studies showed an association of both entities with increased cardiovascular risk, particularly diabetes. MS has been debated in the last few years, with several definitions and different results when analysed the influence of MS on cardiovascular diseases. There are also some regional and ethnical variations. Beyond general population epidemiological studies, information about the influence on cardiovascular disease in Portugal is unknown, particularly in patients with suspected coronary disease. Objectives- To clarify several questions regarding the prevalence of MS and the influence in arterial atherosclerotic disease by evaluation of a population with suspected coronary artery disease. Population and Methods- Observational, cross-sectional study with prospective inclusion of individuals admitted electively for coronary angiography with suspicion of coronary artery disease. All individuals also performed laboratorial evaluation and carotid ultrasound to evaluate carotid intima-media thickness (cIMT) and carotid plaques. We also evaluated demographic, anthropometric parameters, lipid profile, blood glucose and blood insulin. Angiographic data was obtained by semi-automated quantitation. Individuals with previously known cardiac history were excluded from the study. Results- We included 300 individuals with a mean age of 64 ± 9 years, 59% males. MS prevalence according to AHA/NHLBI definition was 48.4% (adjusted for age and gender of the Portuguese population) and the adjusted prevalence of diabetes was 14.8%. Global agreement between the more recent three definitions of MS was only 43%. MS prevalence increases with age and is also higher in women. The most frequent components were hypertension and abdominal obesity, followed by elevated glucose and triglicerides and low HDL-cholesterol. Significant coronary artery disease (stenosis ≥50%) was present in only 51.3% of patients, being lower in females. Non-invasive tests also had a low predictive capacity, particularly in females. The prevalence of significant coronary disease was identical in patients with MS compared with normal metabolism individuals (46.3% vs. 48.2%, respectively), being higher in diabetics (65.2%). Independent predictive factors for coronary disease were age, male gender, high blood glucose and triglycerides. On the contrary, Body Mass Index (BMI) was a protective factor for coronary disease. MS wasn’t a predictor of coronary disease. BMI showed a positive correlation with coronary vessel diameter and glucose /diabetes had a negative correlation. CIMT increased with age and was higher in males. CIMT was intermediate in patients with MS (0.88 ± 0.31 mm) when compared to diabetic patients (0.97 ± 0.34 mm) and “Normal” individuals (0.85 ± 0.34 mm). Independent predictors for cIMT were age, male gender, HDL-cholesterol and insulin. CIMT had a moderate predictive accuracy for coronary disease (AUC 0,638), particularly in females and is an independent predictor of the presence of significant coronary disease (OR 2.35, 95% CI 1.04-5.33. p=0.04). Although it did not correlate with the number of diseased coronary arteries, it correlated with coronary disease severity by the Gensini score. Insulin and HOMA index increase directly with age and BMI, but were identical in both genders. Predictive factors for HOMA index (insulin resistance) were BMI as well as the other MS components. HOMA index is related to MS and the number of its components. The cut-off for insulin resistance was 2.66 and for MS 2.41. Unlike other MS definitions, AHA/NHLBI definition is not a predictor of diabetes in males. There was a borderline association between insulin resistance and coronary disease (OR 1.13, 95% CI 1.00-1.28, p=0.045). Conclusions - In a population of patients with suspected coronary disease, MS prevalence is extremely high (above 50%) with a diabetes prevalence of 23%. Also obesity and overweight are very prevalent in this population. Global agreement between MS definitions is however low. Hypertension and abdominal obesity are the most frequent components, with a lower prevalence of lipid abnormalities. Coronary disease prevalence was low, particularly in women. MS wasn’t associated with coronary disease. Coronary disease was related to glucose and triglycerides, as well as with other non-modifiable factors such as age and gender. CIMT and carotid plaques are increased in diabetic patients, and also slightly elevated in patients with MS, but cIMT independent predictors were age, male gender, insulin and HDLcholesterol. CIMT can be useful in risk stratification before coronary angiography particularly in women. Elevated insulin and HOMA index (an insulin resistance index) are related with BMI and consequently with obesity, and it was also correlated with other MS components. Insulin resistance was associated with MS. The presence of diabetes was associated with the presence of MS by NCEP-ATP III and IDF definitions; however, AHA/NHLBI definition was only predictive of diabetes in females.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

The association between depression and cardiovascular disease is well documented. Nevertheless, the process through which they are linked remains unknown, as does the direction of this relationship. Studies have suggested both that depression is a risk factor for heart disease and that heart disease is a risk factor for depression. A number of studies have established that a relationship exists between depression and inflammation, with alterations in the levels of inflammatory markers (IL-1, IL-6, TNF-alpha and others). Depressive symptoms have also been identified in many diseases characterized by inflammatory processes e.g. rheumatoid arthritis, bronchial asthma, diabetes, tuberculosis and cardiovascular diseases. In this brief viewpoint, we explain and propose how to use Chagas disease, a disorder characterized by inflammatory processes and leading to cardiovascular and autonomic problems, as a model for studying the directionality of the relationship between heart disease and depression.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUCTION: Infection with Leishmania chagasi is the most common clinical presentation for visceral leishmaniaisis in endemic areas. The municipality of Raposa is an endemic area in State of Maranhão, Brazil, and have had registration cases of visceral leishmaniasis disease. For this reason, a cross- sectional study was conducted to evaluate the risk factors for infection with L. chagasi detected by Montenegro skin test. METHODS: The sample comprised 96% of the inhabitants of the villages of Maresia, Pantoja, and Marisol located in the municipality of Raposa, corresponding to 1,359 subjects. Data were collected using a questionnaire. Univariate and multivariate logistic regression models were applied to evaluate the association between the variables studied and infection of L. chagasi. RESULTS: The variables associated with infection upon nonadjusted analysis were a straw roof, mud walls, floors of beaten earth, presence of sand flies inside or outside of the dwelling, and bathing outdoors. Adjusted analysis showed that the presence of sand flies inside/outside the dwelling was a risk factor, and age younger than 10 years was a protective factor against asymptomatic infection. CONCLUSIONS: The results highlight the extent to which precarious living conditions of the population strengthen the epidemiological chain of visceral leishmaniasis.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

IntroductionTo determine the prevalence of immunoglobulin G (IgG) and immunoglobulin M (IgM) anti-Toxoplasma gondii antibodies among pregnant and postpartum women attended within the public healthcare system in Niterói, State of Rio de Janeiro, and to detect possible exposure factors associated with T. gondii infection in this population.MethodsIgM and IgG anti-T. gondii antibodies were investigated in 276 pregnant and 124 postpartum women by using the indirect immunofluorescence (IFAT) and immunoenzymatic assay (ELISA) techniques. The participants were selected by convenience sampling. All these 400 patients filled out a free and informed consent statement, answered an epidemiological questionnaire and were informed about the disease.ResultsAmong the 400 samples analyzed, 234 (58.5%) were reactive to IgG anti-T. gondii antibodies, according to the IFAT and/or ELISA assay. One pregnant woman was found to be reactive to IgM anti-T. gondii antibodies, with an intermediate IgG avidity test. Risk factor analysis showed that seropositivity was significantly associated (p<0.05) with age, contact with cats and presence of rodents at home. Through a logistic regression model, these associations were confirmed for age and contact with cats, while education at least of the high school level was found to be a protective factor.ConclusionsThe prevalence rate of IgG anti-T. gondii antibodies in the City of Niterói was high and the risk factors for infection detected after multivariate analysis were: age over 30 years, contact with cats and education levels lower than university graduate level.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Evidence shows that cardiac hypertrophy (CH) is a risk factor for many cardiovascular diseases. Several stimuli may cause CH-like manifestations and promote volume or pressure overload. Exercise-induced cardiac hypertrophy is an expected adaptation to regular exercise training. Salt intake has been shown to be the most important determinant of blood pressure in different populations. The purpose of the present work was to verify the influence of physical exercise and sodium intake on the blood pressure and myocardium. The study was performed on 36 rats divided into six groups: Group I (diet without salt overload), Group II (diet without salt overload and swimming), Group III (diet with 2.5% NaCl solution and swimming), Group IV (diet with 5% NaCl solution and swimming), Group V (diet with 2.5% NaCl solution without exercise), Group VI (diet with 5% NaCl solution without exercise). The arterial pressure was significantly lower in Group I when compared with Group IV. The ratio of cardiac mass/body mass was increased in Groups III and IV. In conclusion, there was evidence that exercise training and NaCl intake promotes arterial hypertension and cardiac hypertrophy.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Introdução: A transição para a reforma é um acontecimento que pode acarretar alterações suscetíveis de afetar o estado de saúde. Vários estudos têm investigado os efeitos da reforma no estado de saúde, embora poucos o tenham investigado, especificamente, nas doenças crónicas. As recentes políticas de aumento da idade de reforma, assim como a ausência de consenso sobre os efeitos da reforma na saúde, atribuem-lhe ainda maior importância. Constituem objetivos do presente estudo quantificar a associação entre a Passagem à situação de reforma (e idade de reforma) e a frequência de cada uma das principais doenças crónicas, no sentido dos efeitos da reforma nestes indicadores de saúde (doença respiratória crónica, diabetes, doença cardiovascular, AVC, depressão e cancro). Material e Métodos: Desenvolveu-se um estudo transversal, no qual foram analisados os dados provenientes das amostras representativas da população portuguesa SHARE 2011 e ECOS 2013. As associações foram quantificadas através do cálculo do Odds ratio por Regressão Logística Binária com avaliação do confundimento e modificação de efeito. As variáveis de doença crónica foram medidas por auto-reporte. Foram considerados os reformados que se encontrassem em processo de reforma (ou seja, reformados há 5 anos ou menos) e que não se tivessem reformado por doença. Resultados: A reforma não se encontrou significativamente associada a nenhuma das doenças crónicas consideradas, excetuando-se: i) o cancro (na amostra ECOS), para o qual foi fator protetor; ii) e a doença cardiovascular (na amostra SHARE), para a qual teve um efeito prejudicial, mas apenas em não hipertensos. A reforma em idade antecipada pareceu encontrar-se associada a um pior estado de saúde, relativamente à reforma em idade legal (ou após). Tal observou-se no Cancro (nas amostras ECOS e SHARE), na Diabetes (na amostra SHARE), e no AVC em pessoas sem Doença Cardiovascular (na amostra SHARE). Pelo contrário, em pessoas com Doença Cardiovascular a reforma antecipada pareceu constituir um fator protetor. Discussão e conclusões: As diferenças observadas nos resultados entre amostras poderão, entre outros, atribuir-se às diferentes populações em estudo, dimensões amostrais e desenhos de amostragem. Os resultados obtidos não são muito diferentes dos que têm sido descritos na bibliografia, ainda que haja um número reduzido de estudos sobre esta matéria. Indicam que, eventualmente, as recentes alterações de aumento da idade de reforma poderão expandir o grupo de pessoas que se reformam antecipadamente, podendo resultar, eventualmente, num aumento da prevalência de doenças crónicas na população portuguesa. Os mecanismos através dos quais a reforma poderá influenciar a ocorrência de doenças crónicas permanecem por explicar, embora os seus principais fatores de risco pareçam representar importantes modificadores de efeito.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - A obesidade constitui um importante problema de saúde pública com consequências económicas de grande dimensão. Os obesos têm um risco acrescido de contrair doenças e de sofrer morte prematura devido a problemas como a diabetes, hipertensão arterial, AVC, insuficiência cardíaca e algumas neoplasias malignas. O presente estudo tem como objectivo estimar o custo económico indirecto (valor da produção perdida) associado à obesidade em Portugal no ano de 2002. O estudo adopta uma abordagem tipo custos da doença baseada na prevalência. Os dados são retirados do Inquérito Nacional de Saúde e estatísticas de rotina publicadas pelo INE e por outros organismos oficiais. Consideram-se como obesas pessoas com índice de massa corporal (IMC) ≥ 30 kg/m2 e estabelecem-se como limites etários para participação em actividades económicas produtivas as idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos. A estratégia de imputação de custos ao factor de risco obesidade caracteriza- se por estimar, para a população portuguesa, as proporções de doença e morte prematura atribuíveis à obesidade e em multiplicar as estimativas populacionais encontradas pelo valor da produtividade económica potencial das pessoas afectadas. O custo indirecto total da obesidade em Portugal no ano de 2002 foi estimado em 199,8 milhões de euros. A mortalidade contribuiu com 58,4% deste valor (117 milhões de euros) e a morbilidade com 41,6% (83 milhões de euros). Os custos da morbilidade advêm de mais de 1,6 milhões de dias de incapacidade anuais, principalmente por faltas ao trabalho associadas a doenças do sistema circulatório e diabetes tipo II. Os custos da mortalidade são o resultado de 18 733 potenciais anos de vida activa perdidos, numa razão de 3 mortes masculinas por cada morte feminina. Os resultados indicam que a obesidade acarreta consideráveis perdas económicas para o país. Comparando os resultados com um estudo complementar que calculou os custos directos (em cuidados de saúde) da obesidade, verifica-se que a componente indirecta representa 40,2% do total dos custos da obesidade. A implementação de estratégias que prevenissem ou reduzissem a incidência e prevalência de obesidade em Portugal poderia gerar ganhos de produtividade elevados. Para conhecer a dimensão destes ganhos é necessária mais investigação sobre os benefícios clínicos e relação custo-efectividade de estratégias para a redução da obesidade.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Type 2 diabetes (T2D) has been suggested to be a risk factor for multiple myeloma (MM), but the relationship between the two traits is still not well understood. The aims of this study were to evaluate whether 58 genome-wide-association-studies (GWAS)-identified common variants for T2D influence the risk of developing MM and to determine whether predictive models built with these variants might help to predict the disease risk. We conducted a case–control study including 1420 MM patients and 1858 controls ascertained through the International Multiple Myeloma (IMMEnSE) consortium. Subjects carrying the KCNQ1rs2237892T allele or the CDKN2A-2Brs2383208G/G, IGF1rs35767T/T and MADDrs7944584T/T genotypes had a significantly increased risk of MM (odds ratio (OR)=1.32–2.13) whereas those carrying the KCNJ11rs5215C, KCNJ11rs5219T and THADArs7578597C alleles or the FTOrs8050136A/A and LTArs1041981C/C genotypes showed a significantly decreased risk of developing the disease (OR=0.76–0.85). Interestingly, a prediction model including those T2D-related variants associated with the risk of MM showed a significantly improved discriminatory ability to predict the disease when compared to a model without genetic information (area under the curve (AUC)=0.645 vs AUC=0.629; P=4.05×10-06). A gender-stratified analysis also revealed a significant gender effect modification for ADAM30rs2641348 and NOTCH2rs10923931 variants (Pinteraction=0.001 and 0.0004, respectively). Men carrying the ADAM30rs2641348C and NOTCH2rs10923931T alleles had a significantly decreased risk of MM whereas an opposite but not significant effect was observed in women (ORM=0.71 and ORM=0.66 vs ORW=1.22 and ORW=1.15, respectively). These results suggest that TD2-related variants may influence the risk of developing MM and their genotyping might help to improve MM risk prediction models.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

PURPOSE: To determine the frequency of coronary artery disease, microalbuminuria and the relation to lipid profile disorders, blood pressure and clinical and metabolic features. METHODS: Fifty-five type 2 diabetic patients (32 females, 23 males), aged 59.9±9 years and with known diabetes duration of 11±7.3 years were studied. Coronary artery disease (CAD) was defined as a positive history of myocardial infarction, typical angina, myocardial revascularization or a positive stress testing. Microalbuminuria was defined when two out of three overnight urine samples had a urinary albumin excretion ranging 20 - 200µg/min. RESULTS: CAD was present in 24 patients (43,6%). High blood pressure (HBP) present in 32 patients (58.2%) and was more frequent in CAD group (p=0.05) HBP. Increased the risk of CAD 3.7 times (CI[1.14-12]). Microalbuminuria was present in 25 patients (45.5%) and tended to associate with higher systolic blood pressure (SBP) (p = 0.06), presence of hypertension (p = 0.06) and know diabetes duration (p = 0.08). In the stepwise multiple logistic regression the systolic blood pressure was the only variable that influenced UAE (r = 0.39, r² = 0.14, p = 0.01). The h ypertensive patients had higher cholesterol levels (p = 0.04). CONCLUSION: In our sample the frequency of microalbuminuria, hypertension, hypercholesterolemia and CHD was high. Since diabetes is an independent risk factor for cardiovascular disease, the association of others risk factors suggest the need for an intensive therapeutic intervention in primary and in secundary prevention.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

OBJECTIVE: Parasympathetic dysfunction is an independent risk factor in individuals with coronary artery disease, and cholinergic stimulation is a potential therapeutical option. We determined the effects of pyridostigmine bromide, a reversible anticholinesterase agent, on electrocardiographic variables of healthy individuals. METHODS: We carried out a cross-sectional, double blind, randomized, placebo-controlled study. We obtained electrocardiographic tracings in 12 simultaneous leads of 10 healthy young individuals at rest before and after oral administration of 45 mg of pyridostigmine or placebo. RESULTS: Pyridostigmine increased RR intervals (before: 886±27 ms vs after: 1054±37 ms) and decreased QTc dispersion (before: 72±9ms vs after: 45±3ms), without changing other electrocardiographic variables (PR segment, QT interval, QTc, and QT dispersion). CONCLUSION: Bradycardia and the reduction in QTc dispersion induced by pyridostigmine may effectively represent a protective mechanism if these results can be reproduced in individuals with cardiovascular diseases.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

"Published online before print November 20, 2015"