1000 resultados para 03010130 TM-7
Resumo:
Como resultado das 40 experiências relatadas neste trabalho, as seguintes conclusões podem ser tiradas: 1) Dos 2 até aos 8 meses de molestia há na bouba uma grande resistência á superinoculação (13 experiências negativas em 15). Nas 2 experiências positivas, foram obtidas lesões atípicas (pianides): a) Tal resistência parece independer da presença de lesões boubaticas cutaneas e se fez sentir mesmo em casos com a lesão inicial exclusiva. b) Dentro desse período de molestia, tal resistência pode desaparecer com o tratamento: 2 doentes tratados aos 6 meses e reinoculados adquiriram bouba em tempo normal. Porém, um caso tratado aos 7 meses e reinoculado, desenvolveu uma pianide. Êste fato parece mostrar que essa resistência depende principalmente da presença da infecção ativa ou latente, raramente traduzindo uma imunidade no verdadeiro sentido do têrmo. c) No caso de emprego de homo-virus, essa resistência prolongou-se até um ano d molestia, havendo apenas um caso duvidoso em 10 inoculações. 2) Do 10º mês ao 4º ano de molestia, em 8 superinoculações observou-se uma resistência parcial que se traduziu de 2 modos, quanto à natureza da lesão atípica que se obteve no ponto inoculado; "lesão frustra papulo-eritematosa" (7 meses); e lesão semelhante ás "pianides" da infecção natural (1 vez), a qual permaneceu localizada sem manifestações metastaticas, até 4 meses de observação. a) Também este estado de resistência parcial, parece independer da presença de lesões boubaticas aparentes. b) Com o tratamento esse estado parece não se modificar: um doente tratado nesse período da molestia, reagiu à inoculação de modo semelhante, embora sem nenhuma manifestação clínica e com a R. Wa. negativa. Inegavelmente, essas "lesões frustras" e também as "pianides" obtidas, representam respostas de organismos que obtiveram vantagens na luta com a doença, possuindo um certo grau de imunidade, que é muitíssimo maior no caso das primeiras. 3) Depois do 5º ano de molestia, a resposta á superinoculação traduziu um estado de maior sensibilidade do organismo infectado. Observou-se no ponto inoculado uma reação precoce papulo-eritemato-ulcerosa, francamente necrotica e destrutiva, ao mesmo tempo que se verificou exacerbação das lesões dos pacientes, com grande infartamento gangliomar satélite. Até 18 meses depois, em um caso, a lesão obtida permaneceu localizada sem manifestações generalizadas. a) O tratamento não modificou tal estado. Doentes tratados ( e parcial ou totalmente curados), reagiram da mesma maneira à reinoculação dentro desse período da molestia. Apenas em um caso de mais de 5 anos (nº 40) não se obteve a lesão ulcero-necrotica. Era o único dos 13 experimentados que não tinha nem tivera lesões ulcero-gomoides destrutivas. por outro lado, 2 pacientes apresentando lesões gomo-ulcerativas, mas tendo menos de 3 anos de molestia, não deram a lesão ulcerativo-necrotica em resposta à superinoculação. (Experiências ns. 38 e 39). Interessante é que esta lesão ulcerativo-necrotica contém treponemas embora raros, e em evolução pode tomar o carater das lesões destrutivas gomo-ulcerativas peculiares ao chamado "período terciario" da doença, com as quais também se assemelha histopatológicamente. Sob o ponto de vista imunológico, esta lesão representa um estado de maior sensibilidade do organismo para o agente infeccioso. 4) Como o tratamento precoce perturba o desenvolvimento da imunidade, sob o ponto de vista epidemiológico, seria aconselhável aguardar o período terminal do chamado secundarismo, isto é da fase de generalização boubatica, para tratar os pacientes em Postos, hospitais ou ambulatórios pois, tais doentes poderiam se reinfestar uma vez retornados ao fóco. Claro que em campanhas terapeuticas profilaticas, as lesões "abertas" primo-secundarias, devem ser rapidamente eliminadas uma vez que são as mais contagiantes, por mais ricas em germes. 5) Existe na framboesia trópica uma verdadeira imunidade além de uma simples resistência á superinoculação devido a presença da infecção ativa ou latente. Com efeito, pacientes tratados em determinado período da molestia e curados clinica e sorologicamente, mostraram resistência parcial á reinoculação, reagindo de modo semelhante a outros do mesmo período de molestia e não tratados. 6) A imunidade na framboesia tropica se manifesta seja como uma resistência á superinoculação ou reinoculação seja como uma modificação da lesão boubatica inicial, seja, finalmente, como uma resistência á generalização da doença. 7) Os resultados das esperiências sugerem que as diferentes manifestações cutaneas da molestia são condicionadas até certo ponto pelo estado imunitario do organismo infectado. 8) Os diferentes gráus de imunidade, encontrados na framboesia trópica, estão até certo ponto relacionados com o tempo de doença. Porém, são atingidos mais ou menos ràpidamente, segundo o organismo infectado e, talvez segundo a virulência do treponema, do mesmo modo como os chamados "secundarismo" e 'terciarismo" da doença.
Resumo:
Bd.2 (1811)
Resumo:
1) "Purú-purú" é uma palavra indígena que quer dizer "pintado" ou "manchado", peculiar à Amazonia Brasileira. Com êsse nome é designada uma dermatose referida entre os selvicolas desde 1774, por Ribeiro Sampaio. Certas tribus, com alta incidência da moléstia passaram a ser cahamadas também "Purú-purús", o mesmo acontecendo com o rio onde habitavam - Rio Purús. 2) A doença existe na bacia do Rio Solimões e seus principais afluentes: Javari, Juruá, Purús, Içá, Japurá, e Negro. Por esses rios, o fóco da dermatose se continua nos países limitrofes com o Brasil: Guianas, Venezuela, Colombia, Perú (Equador) e Bolivia. 3) Desde 1890 essa dermatose foi relacionada à pinta (carate ou mal del pinto) por P. S. de Magalhães, idéa essa depois defendida por Juliano Moreira, Carlos Chagas, Roquete Pinto, Wappeus, O. da Fonseca Filho, Da Matta, Brumpt e outros, baseados na semelhança clínica e na terapêutica. Recentemente (1945), essa provavel identidade das duas dermatoses, recebeu fundamento sorológico de Biocca (que verificou a positividade das reações de Kline e Kahn em doentes de purú-purú), e, pelo presente trabalho, recebe base clínico-epidemio-anatomo-patológica. 4) Sob o ponto de vista clínico, as lesões cutaneas discromicas da moléstia, são de 3 órdens: a) lesões papulo-eritemato-escamosas, isoladas ou não, arredondadas, pruriginosas e de bordos nitidos; b) lesões maculo-escamosas, maiores mais pálidas, ás vezes já mostrando alterações pigmentares na parte central; c) máculas discromod´rmicas, lisas ou ligeiramente escamosas, com maior ou menor alteração pigmentar, as quais assumem diferentes aspéctos, consequentes à hipo - ou hiperpigmentação, variaveis também com a côr do paciente. As colorações predominantes nas manchas, são o branco, o preto e o vermelho, com tonalidades eminentemente variaveis. Embora raramente, nessas extensas dermodiscromias, observa-se superposição de lesões papulo-eritemato-escamosas. O aparecimento dos 3 tipos de leões acima citados, obedece seguramente a um processo evolutivo da dermatose, dando-se na órdem exposta e de acordo com o tempo de doença. Além das lesões discromicas, características da enfermidade, foi observado purido, e infartamento ganglionar. O estado geral dos doentes era bom. A avaliação de anemia e eosinofilia, foi prejudicada pela ocurrência de outros processos mórbidos (malaria e helmintiases). Em 2 pacientes pretos e adultos, havia avançada hiperqueratose palmo-plantar. 5) Sob o ponto de vista epidemiológico, foram feitas as seguintes observações: a) Idade. A dermtose ocorre em tôdas as idades, mais incide principalmente dos 15 aos 29 anos. Tomando um grupo relativamente homogêneo de doéntes de um mesmo local, 53% têm 15 e mais anos de idade. De 36 doentes que deram informações seguras ou aproximadas quanto à idade em que lhes apareceu a doença, verifica-se que 77% já estavam infectados antes dos 15 anos. Em 5 casos, a infecção se deu antes dos 2 anos de idade. b) Sexo. Nos doentes em conjunto, existiam 34 homens e 35 mulheres. Mas, no grupo homogeneo acima citado, havia ligeira predominância do sexo feminino (60.7%). c) Côr ou raça. Foram encontradas as seguintes percentagens: Pretos - 34.8%, brancos - 27.5% índios - 23.2% e mulatos - 14.5%. Essas diferenças não indicam predileção racial. d) Família. A A dermatose é eminentemente familial. Em grupo de 41 doentes, 34 pertenciam a 8 familias. e) Lesão inicial. Contágio. Em 6 casos ainda existia a lesão inicial, chamada "empigem", isolada ou acompanhada de outras lesões semelhantes. De 33 doentes, 26 (78.8%) referiam a lesão inicial nas partes descobertas do corpo (rosto, braços e mãos, pernas e pés), isto é regiões mais sujeitas a pequenos traumas, que servem como "porta de entrada" do treponema. Os AA não acreditam na existência de um vetor. Pensam que o contágio é direto, as condições eficientes e predisponentes do mesmo, coexistindo no domícilio, onde vivem em promiscuidade e falta de higiene, doentes e sadios. Os autores não encontraram treponemas em córtes impregnados de purú-purú, tanto de lesão recente como de lesão tardia. Atribuem o fracasso ao provável uso de antitreponemicos pelos doentes, uma vez que a terapeutica empírica pelo arsênico e mercúrio é muito espalhada na Amazônia. Histopatológicamente, encontraram na lesão recente: hiperqueratose, hiperacantose, exocitose, exoserose e espongiose na epiderme; e infiltração de células redondas, edema e diltação dos capilares no derma papilar e subpapilar; pela impregnação, acharam irregularidade na distribuição do pigmento melanico, assim como melanóforos entre as células inflamatórias do derma. Na lesão tardia observaram: notável atrofia do epiderme, reduzida às vezes , a 3 a 5 camadas celulares, havendo desaparecimento das papilas dérmicas; no derma, havia discreta infiltração de células redondas, relacionadas aos vasos sanguineos, ao lado de macrófagos melaniferos mais ou menos abundantes; pela impregnação, quanto às alterações pigmentares, foram observadas todas as graduações, desde a completa ausência de pigmento na basal, até um acúmulo notável de melanina, atingindo as próprias células de Malpighi. 7) Com o tratamento pelo neo-salvarsan os AA observaram grandes melhoras e mesmo cura aparente, com 6 a 8 injeções. Certas manifestações acromicas vitiligoides, antigas, não mostraram modificações apreciáveis com a terapêutica. 8) No Brasil, fora da Amazônia, tem sido descrito casos isolados de purú-purú, porém, na opinião dos autores, todos ou quase todos, são provavelmente, manifestações discromicas tardias de sífilis ou bouba, semelhantes aos publicados por um deles (F. N. G). Pensam do mesmo modo, quanto aos casos de pinta descritos fora da América: África, Egito, Argeria, Sahara, Trípoli, Turquestão, Filipinas, Iraque, Índia, Ceilão, etc. Ainda nesta mesma ordem de idéas, os autores negam validade ao conceito epidemiológico da existência de casos isolados, a não ser procedentes das zonas pintogenas. 9) Um dos autores (F. N. G.) emite a seguinte hipótese, que considera sugestiva, embora dificilmente demonstrável: Os treis treponemas (T. pallidum, T. pertenue e T. carateum), oriundos de um ancestral comum. tornaram-se peculiares respectivamente ao branco, ao preto e ao índio, mantendo-se assim isolados. Secundariamente, com as correntes migratórias, misturaram-se as doenças...
Resumo:
O estudo complementa outro, recentemente publicado e que versou, especialmente, sobre as condições de segurança dos operários, em uma grande indústria gráfica, com exame pormenorizado da frequência e causas de acidentes de trabalho, entre eles ocorridos. No presente estudo, adstrito à finalidade de revistar, na mesma indústria. fatores com influência sobre a saúde e o conforto dos operários, os A. A. estendem-se, primeiramente, sobre as condições físicas da atmosfera das diversas oficinas, aquilatadas não só através de inquérito local, visando o insolamento, sistema de ventilação, existência de fontes produtoras de calor, como também através de determinações de temperaturas efetivas e, subsidiàriamente, dos índices fornecidos por práticas de catatermometria sêca e molhada. Indicam os A. A. providências para melhorar a situação de conforto uma vez que as referidas condições físicas da atmosfera nem sempre se mostraram das mais satisfatórias. Fazem referência a causas presentes ou potenciais de poluição atmosférica. E, dando de começo particular relevo às fontes produtoras de poerias e fumos de chumbo nas oficinas de Composição, Fundição, Linotipia e Estereotipia, aludem, desde logo, como fator importante desta poluição, às práticas de limpeza de máquinas e locais, em que se trabalha com liga contendo aquele metal. Revistam como se processa tal limpeza na I. N. e propõem várias correções. Além dessas práticas de limpeza, focalizam, com detalhes, outras oportunidades em que pode haver passagem ao ar dos fumos de sub-óxido de chumbo: a) possivelmente, durante o funcionamento normal de máquinas que trabalham com a liga metálica, sobretudo quando são as temperaturas alcançadas inferiores às que - graças à formação de uma película à superfície do material em estado de fusão - já asseguram obstáculo (na verdade progressivamente crescente) à passagem do tóxico à atmosfera; b) nìtidamente, quando é agitado esse material, como sucede, se não forem alimentadas automáticamente essas máquinas; c)ainda, se não for feito, ao menos em ambiente fechado, o transporte da liga em fusão para os diversos moldes. Embora não dispuzessem, para uma investigação completa, de aparelhamento moderno para coleta de amostras que permitissem a dosagem do chumbo no ar, procuraram os A. A. ter uma visão atual e retrospectiva da possivel ocorrência de saturnismo entre os operários da I.N., através da perquirição, em uma amostra de 113 operários que vinham lidando com o chumbo, do seguinte grupo de sintomas e sinais: orla gengival de Burton, anorexia, nauseas, sabor metálico, constipação, dor epigástrica, cólica intestinal forte, palidez, insônia, cefaléia, tremor e fraqueza dos extensoes antibraquiais, aferida esta pela técnica recomendada por Vigdortschick. Conquanto não tenha sido possivel precisar, exatamente, a época da ocorrência dos sintomas, não deixou de chamar a atenção o fato de, em cotejo com outra amostra de 43 operários não expostos, evidenciar o exame da situação em globo, pelo teste do x², que a exposição ao chumbo teria provavelmente acarretado, para aqueles 113 operários, um conjunto significativo de sintomas e sinais, embora nem todos eles, quando considerados isoladamente, parecessem denunciar associação presente ou passada com a referida exposição. Convindo fazer mais luz sobre o assunto, recorreram os A. A. a prova de laboratório. E, depois de aludirem a várias das que têm sido mais preconizadas, para ao menos indicarem anormalidade na absorção de chumbo, dão as razões por que se deixaram ficar com a dosagem de chumbo na urina. Assinalam os cuidados que tiveram para colheita das amostras individuais de urina (de 100 a 200 ml), na impossibilidade de fazer dosagem em todo o volume eliminado nas 24 horas. Adotaram, para as rferidas análises, o método que empega a ditizona, descrito por Bambach e Burkey, respeitadas todas as exigências referentes à pureza dos reativos, qualidade e limpeza da vidraria e utilizando, para a determinação final de chumbo, o fotômetro de Pulfrich com filtro S 50 e cuba de 20 mm; sempre usaram, ademais, solução padrão de ditizona devidamente calibrada, juntando, a cada série de especimes de urinas examinadas, um tesemunho de água bi-distilada. Os resultados das análises em duas amostras de operários (47 expostos e 27 não expostos ao chumbo) deram médias de eliminação de chumbo (expressas em y por 100 ml) respectivamente de 9,30 ± 0,86 e 5,70 ± 0,75 com os desvios padrões de 5,92 e 3,92. O teste de t, empregado para averiguar se era ou não real a diferença entre as duas médias observadas, deu valor significativo (2,804) mesmo para P = 1%. Um exame mais detido da atividade profissional dos operários, que figuravam nas duas amostras, também escolhidas ao acaso, revelou porém que, tanto em um como no outro grupo, havia alguns que, fora do horário normal de serviço na I.N., exerciam trabalho em oficinas gráficas particulares. Foram assim organizados, para maior precisão, três grupos: a) dos operários expostos ao chumbo, dentro e fora da I.N.; b) dos expostos apenas na I.N.; c) dos não expostos ao tóxico profissional. Comportavam esses grupos, respectivamente 13,29 e 23 operários. Ainda o teste de t revlou diferenças significativas entre as médias de chumbo eliminado na urina (11,66 7,74 e 5,20 y, respectivamente, nos três grupos), quando comparadas a primeira com a segunda; e uma e outracom a terceira. Tomando como termo de referência dados de Kehoe - 10y em 100 ml de urina como taxa média a marcar o limite de segurança para operários expostos ao chumbo, desde que os valores individuais não excedam frequentemente 15y e só raramente 20y (1% nas suas observações) - concluem os A. A. que, para os operários da I.N., só aí em contacto com o tóxico, a taxa média de eliminação mostrou-se relativamente próxima do limiar de segurança, com a agravante de se ter cota acima de 20y em 7% dos operários; parece, assim, recomendavel certo cuidado com esses operários. E, por mais forte razão, para os outros, expostos ao chumbo...
Resumo:
1. A estrutura externa e interna do esqueleto crânico de Triatoma infestans é descrita e microanatomia da cabeça é apresentada por meio de uma série de cortes transversais. Surgem algumas observações que estão em contradição aos dados da literatura mais nova (posição dos côndilos da cabeça posterior; pontos de origem de alguns músculos, tendão bem desenvolvido da bomba salivar, etc.). 2. Os órgãos da cabeça que servem diretamente ou indiretamente à alimentação são examinados detalhadamente: Tentório, faringe, aparelho salivar, partes bucais (mandíbulas, maxilas e lábio) e músculos sa cabeça. É explicado que a estrutura de algumas partes é mais fácil de ser compreendida quando ela é considerada como resultado de invaginações e evaginações. Dentro desta descrição não é referida a filogenia das partes do esqueleto. 3. O tentório sòmente serve à fixação das partes internas da cabeça mas sim também á condução dos estiletes. Trata-se de uma invaginação da parede crãnica anterior cujo lume pode ser comprovado. 4. Por meio dos resultados microanatômicos e das observações "in vivo" em larvas de bactrodes, é demonstrado o mecanismo do engulhamento. 5. O aparelho salivar é explicado como invaginação complicada do fundo da hipofaringe. 6. O pistilo da bomba salivar possui um tendão, no qual o retrator insere-se em forma de penas. A contra-inserção encontra-se exclusivamente na parte posterior do tentório. 7. A cúpula da bomba tem uma válvula de entrada e outra de saída. Em frente do desembocamento do canal condutor encontra-se uma segunda válvula que aparentemente impede um flutuamento da saliva já injetada na maxila para dentro do canal condutor. 8. A cúpula possui em frente e em baixo do canal produtor de saliva um aumento secundário que representa o começo da invaginação do aparelho salivar e deve ser considerado funcionalmente como reservatório equilibrador. 9. As mandíbulas têm para o protrator uma alavanca de articulação que reforça o efeito do músculo. A alavanca mostra-se como parte final posterior e engrossada do desdobramento do tentório que daqui em diante deve ser chamado "invaginação". A alavanca insere-se por intermédio de um arco de tonofibrilas indiretamente na parte final da mandíbula. Esta inserção é apresentada por uma reconstrução (fig. 35). O retrator da mandíbula insere-se como um tendão na parede do canal do tentório colada á mandíbula. O retrator tem a sua contra-inserção na parede superior e posterior da cabeça. 10. A inserção dos protratores das maxilas também é indireta (mas se malavanca de articulação, veja reconstrução em fig. 36), a dos retratores é direita. o contra-inserção dêstes últimos encontra-se na parede superior e posterior da cabeça. 11. As pontas das mandíbulas são especializadas numa forma que na picada fecham os dois canais (canal de alimentação e de saliva) abrindo-se sòmente no momento da sucção. (fig. 30). 12. Ao contrário aos dados de literatura, é observado que o aparelho salivar tem função própria e que a secreção é expelida através do canal salivar maxilar.
Resumo:
1. São descritas áreas de escamas nas asas do macho e da fêmea de várias espécies de Hesperidae brasilienses. 2. É considerada a corelação destas áreas as articulações entre as asas anteriores e posteriores. 3. Verificou-se que as áreas das escamas odoríferas da asa posterior têm origem nas áreas das escamas de ligação. Esta mudança de função é demonstrada pela forma das escamas em comparação com escamas de ligação em função. 4. É apresentada uma descrição detalhada da estrutura mais fina das escamas de ligação e das escamas odoríferas. 5. As borboletas de sexo masculino das espécies examinadas podem ser divididas de acôrdo com a ausência ou presença de órgãos odoríferos diferentes (v. tabela 1): 1. grupo: borboletas sem glândulas odoríferas especiais (tipo de Vehilius). 2. grupo: borboletas com sulco odorífero na asa anterior (tipo de Augiades) 3. grupo: borboletas com dobra costal da asa anterior (tipo de Thanaos). 4. grupo: borboletas com órgão odorífero no metatórax (tipo de Achlyodes). 6. A fêmea de H 31 possui na memebrana intersegmental VII./VIII. escamas odoríferas de uma notável estrutura mais fina. 7. As escamas odoríferas são estudadas com respeito à sua estrutura fina e dada uma possível derivação da cerda da escama. 8. O estudo dos órgãos odoríferos é feito com respeito ao aumento da superfície destinada á evaporação pelas escamas e ainda á função protetora das escamas de cobertura e dobras cuticulares. 9. A evolução de órgãos odoríferos diferentes em diferentes partes do corpo indica uma evolução polifilética dos órgãos, o que tem valor sistemático na família bem limitada das Hesperidae. 10. Os machos de h 16 e H 130 possuem dois tipos de órgãos odoríferos especiais, a dobra costal e o órgão odorífero do metatórax com pincel-distribuidor na tíbia posterior. Nas espécies citadas e que têm parentesco, toma lugar uma evolução polifilética de órgãos odoríferos. Esta observação é ligada à suposição de que ambos os órgãos têm a mesma função, fata êste ainda não provado. 11. A altura de evolução dos diversos tipos de órgãos odoríferos deixa reconhecer séries filogenéticas. 12. A função dos órgãos odoríferos especiais e masculinos parece ser a de uma glândula odorífera convidativa á fêmea. 13. A função das áreas odoríferas nas asas posteriores do macho e da fêmea não pode ser explicada. É de presumir que trata-se nisto de uma forma de perfume da espécie.
Resumo:
No presente trabalho, descreve-se a estrutura microanatômica e citológica, bem como a função das glândulas laterais de um Diplópode, Rhinocricus padbergii. Chegamos aos seguintes resultados principais: 1 Do ponto de vista anatômico o, o aparelho glandular representa uma invaginação complicada do integumento. O epitélio glandular é uma formação homóloga a hipoderme, fato provado pela presença de um revestimento cuticular e de pigmentos nas células de todo o aparelho. O sistema compõe-se de uma vesícula glandular, de um canal condutor e de um dispositivo de fechamento. 2 Os detalhes da construção do aparelho glandular inteiro apresentamos na figura 1. Todo o complexo possui apenas um forte músculo para o movimento do aparelho de fechamento; seu antagonista é uma região elástica do próprio aparelho de fechamento que funciona à maneira de mola em virtude de numerosas dobras grudadas. 3 A hipoderme glandular possui uma membrana basal muito fina, sendo porem reforçada, secundàriamente, por uma membrana celular mais forte. 4 A expulsão de secreção através da abertura externa ("poro glandular") dá-se por meio de aumento da pressão no interior da cavidade geral do corpo (contrações generalizadas da musculatura inteira do corpo) e pela pressão da borda posterior do segmento anterior, exercida sobre a vesícula glandular devido a contração dos troncos da musculatura longitudinal. 5 A respeito da função das células glandulares diferenciamos quatro estágios: a) Fase I: Na zona media da célula formam-se concentrações de secreção difusas. Os mitocôndrios localizam-se, quase exclusivamente, sobre a face basal da célula. b) Fase II: As concentrações de secreção difusas tornam-se mais densas; as esferas de secreção aumentam, gradativamente, de diâmetro e localizam-se em vacúolos, em forma de fendas, no protoplasma. Os mitocôndrios aumentam de número, distribuindo-se sobre todo o interior da célula. c) Fase III: Os vacúolos pequenos confluem em alguns grandes, , preenchendo-se com esferas de secreção, maiores e menores. Os mitocôndrios deslocam-se em direção à zona apical da célula, encontram-se porém, ainda, também em número elevado no protoplasma. d) Fase IV: Os vacúolos juntam-se, formando um só vacúolo grande que ocupa mais do que a metade do volume da célula e que é preenchida por esferas de secreção. Os mitocôndrios encontram-se agora quase exclusivamente na face apical da célula. 6 - Durante a formação das esferas de secreção ocorre no seu interior um acondensação secondária, que se inicia no centro de cada esfera, e que pode ser comparada com o mesmo fato observado nas esferas de secreção das células lipócrinas das glândulas salivares de Aedes scapularis. 7 - A secreção não é de natureza lipóide. 8 - A expulsão da secreção da célula é processo micro-apócrino. 9 - As esferas de secreção no interior da célula e a secreção contida na vesícula glandular têm uma composição química diferente. Baseando-se na migração dos mitocôndrios (veja os itens 5 a-d dêste resumo) conclui-se que, antes ou durante sua passagem através da face apical da célula, a secreção sofre uma modificação química por ação enzimática.
Resumo:
Os autores descrevem os adultos de uma nova espécie de flebótomo do gênero Psychodopygus, grupo squamiventris, que ocorre no sul do Estado do Pará, Brasil, baseando-se em 7 exemplares machos e 8 fêmeas, coletados com isca humana ou animal. Os machos têm genitália complexa, bem característica, distinguindo-se fàcilmente das epécies afins. As fêmeas são muito semelhantes às das demais espécies do grupo, separando-se, porém, pelo aspecto dos dutos individuais inteiramente esclerotinizados, pelo número de dentes verticais do cibário, de 12 a 20, e plo comprimento do terceiro segmento antenal: 265 a 332μ. Ratificam o parecer de Martins et al. sôbre a identidade de "L. squamiventris" do Amapá, segundo Forattini, com P. maripaensis, e mostram o que lhes parece ser o aspecto natural da genitália do macho dessa espécie. Acreditam na importância da nova espécie na transmissão de Leishmaniose tegumentar para o homem, salientando ainda os hábitos diuturnos das fêmeas.
Resumo:
- Rovell groc del blat. - Rovell bru del blat. - Fungicides pel control dels rovells del blat.
Resumo:
En aquest projecte s'ha implementat un sistema de data archiving amb SAP-IXOS per a una empresa després que aquesta demanés consell a la nostra consultora per reduir espai en la base de dades, ja que només els quedava lliure un 14% de l'ocupació total, i d'aquesta forma millorar el rendiment del sistema. S'ha realitzat un estudi de la base de dades, ocupació en Mb i creixement mensual de les dades en les taules. S'han parametritzat objectes d'arxivat, creat i definits repositoris de contingut, fitxers lògics i s'han programat reports addicionals per arxivar les dades correctament. El resultat ha estat reduir la base de dades en un 22% sent posible l'entrada de noves dades obtenint una resposta més àgil del sistema.
Resumo:
Objetivando ampliar o conhecimento da biologia de flebótomos em cativeiro, que propicie condições para mantê-los regularmente, estabelecemos colônias autônomas de Lutzomyia intermedia e Lutzomyia longipalpis, apresentando aqui dados referentes às observações sobre a alimentaçãodas larvas e adultos. A ração comercializada para peixes é bem aceita pelas larvas das duas espécies, em todos os estádios; é de fácil aquisição e de baixo custo, não favorecendo a proliferação de fungos. As larvas de L. intermedia e de L. longipalpis, em todos os estádios, aceitam rações alimentares de origem vegetal e de origem mista; porém as de 1º e 2º estádios de L. intermedia têm certa preferência pela ração de base vegetal, enquanto que as de 3º e 4º estádios de L. longipalpis ainda que discretamente, preferem ração de origem mista. A prévia alimentação com solução açucarada não é fator indispensável ao hematofagismo nas duas espécies. Ambas se alimentam bem em homem, cão, pinto ou hamster, mas a fonte de alimento sanguíneo mais adequada é o hamster, analisando-se aceitação da isca, desova, duração do ciclo e produtividade a partir do número de ovos postos. As fêmeas de L. longipalpis mostraram maior resistência ao jejum de sangue que as l. intermedia, embora ambas possam resistir, em mais de 70% até o 7º dia, apenas com alimentação de solução açucarada.
Resumo:
The psi2 mutant of Arabidopsis displays amplification of the responses controlled by the red/far red light photoreceptors phytochrome A (phyA) and phytochrome B (phyB) but no apparent defect in blue light perception. We found that loss-of-function alleles of the protein phosphatase 7 (AtPP7) are responsible for the light hypersensitivity in psi2 demonstrating that AtPP7 controls the levels of phytochrome signaling. Plants expressing reduced levels of AtPP7 mRNA display reduced blue-light induced cryptochrome signaling but no noticeable deficiency in phytochrome signaling. Our genetic analysis suggests that phytochrome signaling is enhanced in the AtPP7 loss of function alleles, including in blue light, which masks the reduced cryptochrome signaling. AtPP7 has been found to interact both in yeast and in planta assays with nucleotide-diphosphate kinase 2 (NDPK2), a positive regulator of phytochrome signals. Analysis of ndpk2-psi2 double mutants suggests that NDPK2 plays a critical role in the AtPP7 regulation of the phytochrome pathway and identifies NDPK2 as an upstream element involved in the modulation of the salicylic acid (SA)-dependent defense pathway by light. Thus, cryptochrome- and phytochrome-specific light signals synchronously control their relative contribution to the regulation of plant development. Interestingly, PP7 and NDPK are also components of animal light signaling systems.